Educação

Educação

Educação é uma das mais importantes instituições sociais. O termo educação geralmente se refere a uma instituição social responsável por promover conhecimento, habilidades, valores e normas. Toda sociedade precisa preparar seus jovens para a vida adulta e ensiná-los valores. Educar significa transmitir conhecimento formal – ensinar o aluno a ler, a escrever, a fazer cálculos matemáticos –, mas também significa ensinar valores, moral e ética.

Escola - Educação

A Educação prepara os jovens para adentrar a sociedade. É, portanto, um importante agente de socialização. A Educação promove a integração social. Nas escolas, os alunos aprendem sobre a cultura de outros alunos.

Educação é de importância fundamental para todos os seres humanos. É fundamental para o bem estar social e econômico de todo país.

Educação formal e informal

Educar não significa apenas ensinar o que consta nos livros. Significa também ensinar sobre os assuntos de importância fundamental para a sociedade: cultura, Ética e Moral, o sistema político, crenças religiosas, etc.

Educação Formal é o que alunos aprendem na escola: Português, Matemática, Ciências, História, etc.

Educação Informal ocorre tanto dentro como fora da escola. A maioria das crianças e jovens recebe educação informal em casa. Seus pais as ensinam valores morais e éticos, crenças religiosas e normas de conduta. Na escola também se ensina educação informal: a importância de respeitar os outros, seguir ordens, respeitar pais, professores e figuras de autoridade.

Teorias sobre a Educação

No estudo da Sociologia, as três principais perspectivas sobre a educação são a teoria funcionalista, a teoria do conflito e a teoria da interação simbólica.

Teoria Funcionalista

A teoria funcionalista aborda as funções que a educação exerce para satisfazer as várias necessidades da sociedade. Essa teoria afirma que a educação desempenha várias funções para a sociedade: socialização, integração social, colocação social, capacitação profissional e inovação social e cultural. A educação é também responsável por assistência infantil e pelo estabelecimento de laços de amizade entre jovens.

De acordo com a teoria funcionalista, a mais importante função da sociedade é a socialização. A educação é o principal meio para que as crianças aprendam as normas e os valores da sociedade e as habilidades necessárias. De acordo com Émile Durkheim, o fundador da teoria funcionalista, o papel da educação é o de incentivar a socialização. Para ele, “a educação é umas socialização da jovem geração pela geração adulta”.  Durkheim ensinou que o compartilhamento de uma série de crenças e de valores ajuda a forma uma estrutura social mais coesa ao agregar pessoas de origens diferentes. A educação, portanto, prepara as crianças para a vida em sociedade e as ajuda a desempenhar um papel positivo nela após se formarem do colégio.

De acordo com Durkheim, as escolas são um dos mais importantes agentes de socialização. Na escola, colegas e professores exercem muita influência sobre a socialização das crianças e fazem com que elas ajam conforme seus valores e normas.

A educação também fornece preparo profissional. Séculos atrás, antes da industrialização, a maioria das profissões era passada de pai para filho. Hoje, vivemos em um mundo industrializado e globalizado. A maioria dos empregos requer que o aluno complete tanto o Ensino Fundamental como o Ensino Médio. Muitos empregos exigem um diploma de faculdade.  

Outra importante função da educação é o controle social: tentar prevenir o comportamento desviante. Obrigar os jovens a ir à escola significa evitar que fiquem na rua, causando problemas.

Teoria do Conflito – A desigualdade da educação

A Teoria do Conflito afirma que o objetivo da educação é o de manter a desigualdade social e preservar o poder das pessoas que controlam a sociedade.

A Teoria do Conflito alega que o sistema de educação é distribuído de forma desigual pela sociedade. Isto é, é utilizado para segregar certos grupos. As grandes diferenças entre escolas e colégios, quanto aos recursos que possuem e o nível de educação que podem oferecer, refletem-se no grau de preparo de seus alunos. Escolas cujos alunos pertencem à classe alta costumam ter mais recursos financeiros e, consequentemente, oferecem educação de alto nível. Isso perpetua a desigualdade social, pois os alunos das melhores escolas costumam estudar nas melhores faculdades e ter sucesso profissional e financeiro.

De fato, o nível das escolas varia muito. Isso vale não apenas para as escolas particulares. Escolas públicas localizadas em cidades mais ricas costumam ser melhores que as de cidades e bairros pobres. Isso se reflete no nível de ensino.
As escolas particulares costumam ser melhores que as públicas, pois contam com mais recursos financeiros. Pagam melhor os professores e, portanto, conseguem atrair os melhores. As salas de aula têm relativamente poucos alunos e instalações modernas, inclusive laboratórios, bibliotecas, salas de computadores, etc.

Isso significa que a situação financeira de uma família tem grande impacto sobre a educação de seus filhos. E já que uma boa educação geralmente significa um futuro econômico mais promissor – pois os alunos das melhores escolas geralmente cursam uma faculdade e, posteriormente, conseguem empregos e oportunidades de trabalho –, cria-se um ciclo virtuoso para os ricos e um ciclo vicioso para os pobres. Estes, por falta de recursos financeiros, são obrigados a mandar seus filhos para escolas cujo nível não é tão bom e que não preparam seus filhos para conseguir entrar em uma boa faculdade. Isso limita as oportunidades profissionais desses jovens. O sistema educacional é, portanto, um mecanismo que produz e reproduz a desigualdade na sociedade.

Além da diferença de nível entre escolas, está comprovado que alunos cujos pais fazem parte das classes alta e média geralmente têm um desempenho na escola que é melhor do que alunos cujos pais pertencem às classes mais baixas. Há vários motivos para isso. Filhos de pais das classes altas e média contam com melhores condições de vida, professores particulares, livros didáticos novos e atualizados, etc.

Os proponentes da teoria do conflito alegam que a educação inclui um “currículo oculto” – uma série de valores e crenças que apoiam o status quo, inclusive a existente hierarquia social.

Teoria da Interação Simbólica

A teoria da interação simbólica enfatiza a interação social que ocorre no colégio – na sala de aula, na área recreio e em outros lugares – e seus resultados. As pesquisas indicam que a interação social que ocorre no colégio ajuda a fortalecer os papéis e os estereótipos de gênero.

Há enormes diferenças entre o desempenho educacional dos diferentes grupos que constituem a sociedade. Por exemplo, meninas têm desempenho melhor do que meninos na escola. Um dos motivos disso é que as meninas, em geral, se orgulham de seu sucesso acadêmico. Já os meninos podem se comportar mal ou não estudar porque buscam a admiração não de seus professores, mas de seus colegas, muitos dos quais menosprezam os estudos.

Há também, inegavelmente, um fator cultural. A maioria das famílias asiáticas exige de seus filhos um desempenho acadêmico excepcional. A cultura asiática valoriza o esforço. Muitas famílias brasileiras, por outro lado, não esperam que seus filhos estudem muito: esperam apenas que eles passem de ano. 

Os estudos demonstram que as expectativas do professor quanto ao potencial intelectual de seus alunos influenciam quanto estes aprendem. É interessante ressaltar que os alunos costumam confirmar as expectativas de seus professores. Muitos alunos se comportam da forma como seus professores esperam que se comportem. Se o professor espera que seus alunos se comportem bem, eles provavelmente se comportarão bem. Por outro lado, se um jovem for rotulado como um “mau aluno”, poderá desistir de tentar mudar a percepção que seu professor tem dele. O rótulo por si só pode fazer com que um aluno desista de tentar ser um bom aluno: ele pode se revoltar contra seus professores, desistir de estudar e se comportar mal na sala de aula.

As expectativas do professor em relação aos seus alunos podem ser influenciadas por fatores como etnia e classe social.

Perspectiva Global sobre a Educação

Crianças na Escola

Benjamin Disraeli, famoso político e escritor britânico, afirmou: “O destino deste país depende da educação de nosso povo”. De fato, a educação é fundamental para que um país se desenvolva e seja próspero, principalmente no mundo globalizado de hoje.

O alto crescimento do comércio internacional e, consequentemente, da competição entre países, é um dos principais motivos por que reformas educacionais são necessárias. Globalização significa acirramento da competição econômica. Muitos países estão se industrializando e competindo no mercado global. Os países que possuírem as melhores mentes e as melhores escolas e faculdades serão os líderes econômicos mundiais.   

Há grandes diferenças entre os sistemas educacionais de diferentes países. Nos Estados Unidos, por exemplo, poucas escolas exigem o uso de uniforme. No Japão, a duração do ano letivo é muito maior do que no Brasil e nos Estados Unidos. Além disso, a maioria dos alunos japoneses frequenta instituições acadêmicas chamadas de juku (Reforço Escolar Japonês).  Estas são escolas que os alunos frequentam após o horário escolar para revisar com professores particulares o que estudaram no colégio. 

Educação Universitária

Tanto o indivíduos como a sociedade se beneficiam quando a educação no país melhora. As mudanças econômicas que ocorrem graças à globalização fizeram com que a educação se tornasse absolutamente fundamental para o progresso de um país. A educação superior se tornou muito importante: um diploma universitário significa mais e melhores oportunidades de emprego. É inegável que a educação exerce um papel importante na vida econômica das pessoas.

Cursar uma boa faculdade pode ajudar a determinar o sucesso profissional e financeiro de uma pessoa.

Contudo, infelizmente, não são todos os brasileiros que têm acesso à educação superior. As universidades particulares costumam ser bastante caras. As faculdades públicas são gratuitas, mas é difícil conseguir uma vaga, principalmente nos cursos mais concorridos.

Ação afirmativa

Sistema de cotas ou Ação afirmativa, é uma forma de reservar vagas para determinados grupos. O sistema de cotas foi criado para dar acesso a negros, índios, deficientes, estudantes de escola pública e de baixa renda em universidades, concursos públicos e mercado de trabalho.

Desde agosto de 2012, o Governo Federal aprovou a Lei nº 12.711, que ficou conhecida como Lei de Cotas. Com ela, as instituições federais terão que destinar - até 2016 – metade de suas vagas para alunos oriundos de escolas públicas. Entre esses a distribuição de postos é feita através de critério social e de raça. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência.

As medidas de cotas raciais e cotas sociais implantadas pelo governo ajudam no acesso de certos grupos na concorrência com o resto da população. É certamente um assunto muito polêmico, visto por alguns como a redução da exclusão e visto por outros como uma segunda forma de discriminação.

A Educação no Brasil

O Brasil enfrenta vários desafios em seu sistema educacional.  Um dos maiores problemas é a baixa escolaridade da população brasileira. Um em dez brasileiros é analfabeto. O IBGE ressalta que 23,6% dos brasileiros são analfabetos funcionais, isto é, são incapazes de compreender os textos que leem.

Muitos colégios no Brasil não oferecem um ensino de qualidade. O fato de um aluno se formar do colégio não significa que tenha sido bem preparado para conseguir uma vaga na faculdade ou para ingressar no mercado de trabalho. No Brasil, 60% dos alunos do 9º ano não conseguem interpretar textos dissertativos.

Entre os graves problemas estão alunos desinteressados e desmotivados, o despreparo e a falta de recursos de nossos professores, os baixos salários pagos aos professores, a violência e a falta de uma infraestrutura adequada nas escolas.

O estudo da Unesco concluiu que um aluno no Brasil não está mais seguro na sala de aula do que na rua. Ameaças e atos de violência contra professores também são comuns em nossas escolas. Esse problema impera tanto nos colégios particulares quanto nos públicos. Professores e alunos convivem com as ameaças decorrentes de atividades criminosas: tráfico de drogas, posse de armas e atuação de gangues. Muitos alunos e professores temem frequentar as escolas, o que, evidentemente, prejudica a educação no Brasil.

O primeiro passo para melhorar a educação no Brasil é injetar mais recursos no sistema educacional. Os salários dos professores precisam ser aumentados e o número de alunos por sala de aula, reduzido. É também fundamental que as escolas sejam equipadas com computadores, laboratórios e bibliotecas. Esses recursos são imprescindíveis para incentivar o estudo e despertar o interesse intelectual dos alunos.

É fundamental que nos dias de hoje - época marcada por avanços tecnológicos e científicos - seja dado à população brasileira o melhor grau de escolarização possível. Não basta reduzir a taxa de analfabetismo no país. O nível de escolaridade está fortemente associado à remuneração econômica da população. Isso significa que, em geral, quem mais estuda recebe melhores salários. Infelizmente, ocorre no Brasil um ciclo vicioso: quanto menor o rendimento per capita, menor o grau de escolarização e, consequentemente, menor a chance de colocação e avanço profissional.

Apesar do progresso ocorrido no país desde a implantação do Plano Real, muitas crianças e jovens são forçados a abandonar os estudos para ingressar no mercado de trabalho. Devido à baixa escolarização de segmentos da população, perpetua a miséria no país e uma das piores distribuições de renda de todo o mundo.

Sumário

- Educação
- Educação formal e informal
- Teorias sobre a Educação
i. Teoria Funcionalista
ii. Teoria do Conflito
iii. Teoria da Interação Simbólica
- Perspectiva Global sobre a Educação
- Educação Universitária
- Ação afirmativa
- A Educação no Brasil

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