Oriente Médio

Oriente Médio

Para muitas pessoas, o Oriente Médio se resume ao conflito árabe-israelense. Isso, porém, não é verdade. O conflito entre israelenses e árabes raramente afeta as vidas da população de muitos países da região. Contudo, outras questões e conflitos, envolvendo nacionalismo, religião e desenvolvimento econômico influenciaram profundamente a história e a política do Oriente Médio.

O Crescimento do Nacionalismo

mapa - Oriente Médio

Sentimentos nacionalistas cresceram entre os povos do Oriente Médio durante a Primeira Guerra Mundial. Durante a guerra, os árabes lutaram ao lado dos Aliados contra os otomanos. As nações árabes acreditavam que a derrota do Império Otomano na Guerra resultaria na independência de seus países. Porém, ao final da guerra, a Liga das Nações dividiu os territórios árabes em mandatos sob controle europeu.

Na década de 1920, movimentos nacionalistas surgiram no Oriente Médio. Diversas nações árabes conquistaram sua independência durante a década de 1930. Os mandatos árabes remanescentes tornaram-se independentes após a Segunda Guerra Mundial.

A União Árabe

Para muitos líderes árabes, a libertação do regime colonial foi apenas o primeiro estágio de um plano para o fortalecimento e união de suas nações. O próximo passo seria eliminar as fronteiras nacionais entre os países árabes que foram impostas pelos colonizadores. Em 1945 foi formada a Liga árabe para ajudar na organização dos Estados árabes. Alguns de seus líderes tinham objetivos ainda mais ambiciosos: eles acreditavam no Pan-arabismo - um movimento pela unificação do mundo árabe sob um único governo.

O mais popular dos líderes pan-arabistas era o egípcio Gamal Abdel Nasser. Durante o final da década de 1950 e 1960, Nasser conquistou muitos seguidores no mundo árabe. Em 1958, Síria e Egito uniram-se para formar a República Árabe Unida (RAU), que Nasser esperava que um dia fosse incluir todas as terras árabes.

Porém, as fronteiras nacionais árabes eram difíceis de serem rompidas. A maioria dos países do Oriente Médio compartilhava a mesma língua, mas diferenças culturais e religiosas permaneciam. Por exemplo, quase todos os árabes são muçulmanos, mas alguns deles são sunitas, enquanto outros são xiitas. Em muitas regiões, havia grande hostilidade entre esses dois grupos religiosos.

Havia também uma grande desigualdade econômica entre as nações árabes que causava ressentimento entre os povos dos países mais pobres. Diferenças políticas também impediram a unificação árabe. Alguns países árabes possuíam um governo secular (não religioso), enquanto outros eram governados sob a lei islâmica. Alguns eram monarquias conservadoras, enquanto outras eram repúblicas socialistas. Alguns contavam com a União Soviética para obter apoio militar e ajuda econômica, enquanto outros recorriam aos Estados Unidos.

O plano de Nasser para a unificação árabe acabou fracassando. Nenhum outro Estado uniu-se à República Árabe Unida (RAU) e a Síria retirou-se em 1961.

Produção de Petróleo

Produção de Petróleo

O controle estrangeiro sobre a indústria do petróleo do Oriente Médio era uma questão importante para muitos líderes da região. Desde o início do século XX, o Oriente Médio havia sido um grande produtor de petróleo - um combustível com mercado crescente no mundo industrializado. Em 1945, o petróleo era o principal produto de exportação da região. Durante muitos anos, porém, uma grande parte do lucro de sua venda seguia para as companhias internacionais. Tendo governos instáveis e economias fracas, a maioria dos países no Oriente Médio não tinha força suficiente para impedir essa exploração estrangeira.

À medida que os movimentos nacionalistas se fortaleciam, os líderes do Oriente Médio começaram a reivindicar uma grande parcela dos lucros do petróleo para suas nações. Em 1960, um grupo de nações exportadoras de petróleo formou a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). No início da década de 1970, a OPEP era constituída pelos oito maiores produtores de petróleo do Oriente Médio - Argélia, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Qatar, Arábia Saudita e os Emirados árabes Unidos. Os outros membros eram Equador e Venezuela, os países africanos de Gabão e Nigéria, e o país asiático da Indonésia.

Os membros da OPEP agiam juntos para fixar os preços do petróleo no mercado mundial e para negociar com as nações industrializadas. Como a organização controlava uma parte tão grande da produção mundial de petróleo, seus lucros e poder eram enormes.

Após a Guerra do Yom Kipur de 1973, os membros árabes da OPEP decidiram fazer do petróleo uma "arma". Para lembrar o mundo de que eles consideravam o apoio a Israel como um ato antiárabe, eles elevaram o preço do petróleo e diminuíram a sua produção. Eles também reduziram o fornecimento de petróleo aos Estados Unidos e à Holanda, que eram fortes aliados de Israel. O embargo do petróleo causou séria escassez no Ocidente. Em resposta, as nações industrializadas diminuíram a importação de petróleo do Oriente Médio e aumentaram sua própria produção do combustível. Como resultado, os preços do petróleo caíram mundialmente durante a metade da década de 1980, causando com que os membros da OPEP iniciassem uma luta entre si por mercados.

A Arábia Saudita

A Arábia Saudita

A descoberta de vastas reservas de petróleo na década de 1930 ajudou a impulsionar a economia da Arábia Saudita. Os líderes sauditas trabalhavam para tornar seu país mais próspero. Na década de 1950, o príncipe Al-Faisal usou os lucros do petróleo para construir hospitais, escolas e sistemas de irrigação. Em 1964, quando Al-Faisal tornou-se rei, cidades modernas haviam sido construídas nos vastos desertos do país.

O governo proporcionou educação gratuita para todas as crianças e gastou grandes somas para desenvolver a produção agrícola e a indústria do país. A modernização econômica, contudo, não levou à reforma social ou política.

Na década de 1970, a Arábia Saudita já era uma das nações mais ricas no mundo. O governo faturava bilhões de dólares ao ano com a venda de petróleo. Os sauditas começaram a investir em bens imobiliários, bancos e companhias em outros países. Apesar das exportações sauditas terem caído na década de 1980 quando a demanda mundial por petróleo diminuiu, a economia do país permaneceu forte.

Fundamentalistas islâmicos criticam o governo saudita por seus programas de modernização e sua relação amigável com os Estados Unidos. O progresso econômico, porém, não modificou profundamente a sociedade saudita. O país permanece uma monarquia absolutista onde a lei islâmica é imposta com severidade.

Egito

O Egito tornou-se um protetorado britânico durante a Primeira Guerra Mundial, e em 1922, recebeu independência parcial. Porém, durante mais de uma década, a Grã-Bretanha controlou a política externa do Egito. Em 1936, os britânicos concederam ao país sua total independência. As tropas britânicas posteriormente deixaram a região, com exceção dos arredores do Canal de Suez. Todavia a influência britânica sobre o governo egípcio permanecia forte.

Muitos egípcios ressentiam-se de seu líder altamente corrupto, o rei Farouk. Eles também se queixavam da grande diferença econômica existente entre ricos e pobres. Em 1952, oficiais do exército depuseram o rei. Um ano depois, declararam a República Árabe do Egito. Uma figura líder neste golpe de estado foi o coronel Gamal Abdel Nasser, que em 1954, tornou-se o administrador efetivo do país.

Rei Farouk
Rei Farouk

O primeiro objetivo de Nasser foi acabar com a influência estrangeira no Egito. Com esse propósito, ele tomou o Canal de Suez em 1956. O próximo passo de Nasser foi fortalecer a economia egípcia. Para ajudar os camponeses, ele estabeleceu um limite sobre a quantidade de terra que uma pessoa poderia possuir. Nasser também diminuiu os aluguéis e estabeleceu cooperativas, onde agricultores poderiam comprar ferramentas e sementes por preços mais baixos. Em 1956, o Egito começou a construir a Represa de Assuã, no Rio Nilo, com ajuda da União Soviética. A represa fornecia energia hidroelétrica e armazenava água para irrigar novos campos.

Nasser também tentou melhorar a economia egípcia ao diminuir a sua dependência sobre a exportação de algodão, o mais importante produto do país. Estatizou grandes empresas e incentivou o desenvolvimento da indústria. A renda do país cresceu, mas não o suficiente para suprir as necessidades da crescente população local. O crescimento econômico do Egito também foi prejudicado pelo conflito com Israel, pois o país investiu uma grande quantia em dinheiro para adquirir equipamento militar.

Após a morte de Nasser, em 1970, seu sucessor, Anwar Al-Sadat, tomou atitudes pró-ocidentais. Ele reduziu o controle do governo sobre os negócios e expulsou os conselheiros soviéticos do país. Sob seu governo, as relações entre Egito e Estados Unidos melhoraram. No final da década de 1970, Sadat surpreendeu o mundo ao fazer as pazes com Israel.

Após o assassinato de Sadat em 1981, o novo líder egípcio, Hosni Mubarak, prometeu seguir as políticas do ex-líder. Assim como Sadat, Mubarak teve que enfrentar o fundamentalismo islâmico, uma economia fraca e o constante crescimento populacional do Egito.

Iraque

O Iraque foi um mandato britânico até 1932. Suas ricas fontes de petróleo ajudaram a criar as bases para o desenvolvimento econômico do país. Sob o domínio do Rei Faisal II, o governo iraquiano seguiu com um programa de modernização durante as décadas de 1940 e 1950. Com a ajuda britânica, os iraquianos construíram estradas, ferrovias e sistemas de irrigação. Eles também construíram um oleoduto para transportar petróleo para o Golfo Pérsico.

Porém, muitos iraquianos ressentiam a presença britânica em seu país e acreditavam que o Iraque estava sendo explorado pela Grã-Bretanha. Em 1958, um grupo de esquerdistas, oficiais do exército pan-arabista, assassinou Faisal. Após 1958, o Iraque foi tumultuado por uma crescente violência política. Apenas em 1968 surgiu um governo estável no país.

Nas décadas de 1970 e 1980, o governo iraquiano manteve laços com a União Soviética, que fornecia armas ao país. O Iraque declarou ser contra o tratado de paz do Egito com Israel e continuou sendo hostil com o Estado Judeu. O governo iraquiano também lutou durante anos contra os curdos, uma minoria no país que luta por independência. Na década de 1980, o Iraque lutou numa sangrenta guerra contra o Irã, na qual foram utilizadas armas de destruição em massa.

Jordânia

Jordânia

A Jordânia, um mandato britânico após a Primeira Guerra Mundial, recebeu completa independência em 1946. Sem possuir a fortuna das ricas nações do petróleo e da indústria do Egito, a Jordânia era um país pobre e agrícola.

Na guerra árabe-israelense de 1948, a Jordânia ocupou a Cisjordânia, que se tornou o coração econômico do país. Quando Israel assumiu o controle da Cisjordânia em 1967, na Guerra dos Seis Dias, a economia jordaniana ficou abalada. Contudo, em 1988, o Rei Hussein da Jordânia anunciou que seu país não tentaria retomar o controle da Cisjordânia. Ele afirmou que esse território deveria tornar-se parte de um Estado palestino independente.

Síria

A Síria, vizinho da Jordânia, tornou-se um mandato francês após a Primeira Guerra Mundial e ganhou sua independência durante a Segunda Guerra Mundial. Batalhas por poder político abalaram a Síria até 1971, quando um governo socialista assumiu o controle. A Síria elevou sua produção de petróleo e construiu uma grande represa no Rio Eufrates para fornecer irrigação e energia hidrelétrica.

O crescimento econômico foi desacelerado devido ao envolvimento sírio nas guerras do Oriente Médio. As guerras com Israel custaram à Síria territórios e também soldados e suprimentos. Altos gastos militares consumiram os recursos da Síria.

Líbano

Assim como a Síria, o Líbano foi um mandato francês após a Primeira Guerra Mundial. O país obteve sua independência em 1943, e três anos depois, todas as tropas francesas haviam deixado o país. O Líbano prosperou, tornando-se um centro bancário e turístico.

O Líbano era a sede de diversos grupos políticos e religiosos. Os cristãos, uma minoria populacional no Líbano, dominavam o governo e a economia. Os muçulmanos, que constituíam a maioria da população, queriam mais poder e padrão de vida mais elevado. Além disso, no Líbano viviam milhares de palestinos (a maioria deles muçulmanos), que haviam fugido para o país após o estabelecimento do Estado de Israel, em 1948.

Em 1975, uma sangrenta guerra civil irrompeu no Líbano entre cristãos, muçulmanos e palestinos. No ano seguinte, soldados sírios entraram no país para encerrar a luta, mas não obtiveram sucesso. Até a década de 1980, dezenas de milhares de pessoas já haviam morrido.

O caos no Líbano facilitou o estabelecimento da OLP no sul do país. Armados com tanques soviéticos e artilharia pesada e apoiados pelas tropas da Síria, as forças da OLP iniciaram seu ataque à fronteira ao norte de Israel. Para expulsar a OLP, Israel invadiu o Líbano em 1982.

Os soldados israelenses permaneceram no Líbano durante três anos. Como os guerrilheiros da OLP frequentemente fixavam bases em áreas povoadas, muitos civis morreram durante a luta. Pela primeira vez na história de Israel, segmentos de sua população começaram a questionar a participação de suas forças armadas na guerra no Líbano.

Ao final da guerra, a OLP não foi destruída, mas foi expulsa do sul do Líbano e da capital libanesa de Beirute. Diferentes facções e guerrilhas libanesas continuaram em guerra pelo controle do país. Diversas pessoas vindas de países ocidentais foram tomadas como reféns por grupos extremistas.

Norte da África

Alguns países do norte da África, como Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos, são considerados parte do Oriente Médio. A região compartilha a língua árabe e a religião islâmica das nações árabes.

Após a Segunda Guerra Mundial, os países no norte da África finalmente conquistaram sua independência. Tunísia e Marrocos iniciaram programas de desenvolvimento, obtendo capital através do comércio com a Europa Ocidental. A Argélia também trabalhou para se modernizar e foi financiada por suas ricas reservas de gás natural. O país adotou alguns ideais do socialismo, e grande parte de sua indústria foi nacionalizada.

Muammar al Kadafi
Muammar al Kadafi

A Líbia passou a ser liderada por Muammar Kadafi em 1969. Kadafi governou de acordo com o que chamava de "Socialismo Islâmico". Nacionalizou grande parte da economia do país e criou leis baseadas em sua própria interpretação do Alcorão, apesar de serem diferentes da interpretação da maioria dos líderes muçulmanos. Determinado a proteger a Líbia da influência ocidental, Kadafi se aliou com a União Soviética. Inimigo de Israel e do Ocidente, Kadafi apoiou grupos terroristas no Oriente Médio, e até mesmo na Irlanda do Norte e nas Filipinas.

Turquia

Turquia

A Turquia permaneceu neutra durante a maior parte da Segunda Guerra Mundial, unindo-se aos Aliados apenas em 1945. Após a guerra, o país aliou-se aos Estados Unidos. Em 1947, o presidente norte-americano, Harry Truman enviou ajuda financeira à Turquia para impedir que o país caísse em mãos soviéticas.

Durante a década de 1950, novos líderes turcos incentivaram o investimento estrangeiro e reduziram o controle do governo sobre a economia. Contudo, a economia piorou e o governo perdeu apoio. Em 1960, um golpe militar trouxe uma nova administração ao poder.

Durante as décadas de 1960 e 1970, o governo turco enfrentou a inflação e o desemprego, que se agravaram com o aumento dos preços do petróleo na década de 1970. Centenas de pessoas foram mortas como resultado da violência étnica e religiosa que ocorria no país.

Líderes militares tomaram o poder novamente em 1980 e restauraram a ordem. Em 1983, o povo turco elegeu um novo governo. Com ajuda do Ocidente, a economia da Turquia começou a mostrar sinais de melhora.

Irã

O líder iraniano Reza Xá Pahlavi recusou-se a apoiar os Aliados na Segunda Guerra Mundial. Em 1941, ele foi forçado por tropas britânicas e soviéticas a abdicar o trono. O controle do Irã foi passado para seu filho, Mohammad Reza Pahlavi, que apoiava os Aliados.

Reza Xá
Reza Xá

Na década de 1950, o novo foi desafiado por nacionalistas que desejavam que o Irã tivesse mais controle sobre suas reservas de petróleo. Liderados pelo primeiro-ministro do país, Mohammed Mossadegh, os nacionalistas depuseram o xá e tomaram controle das refinarias de petróleo que eram controladas por estrangeiros. Porém, os próprios nacionalistas logo foram depostos e o xá retornou ao poder com forte apoio do Ocidente.

O xá tornou sua prioridade máxima a criação de um Irã moderno e industrializado. Contudo, suas políticas rompiam com antigas tradições iranianas. Ele dividiu grandes propriedades de terra e doou terras aos camponeses. Seu governo incentivou o uso de métodos modernos de agricultura. Em 1963, as mulheres receberam o direito de voto e de servir como membros do parlamento iraniano.

Os muçulmanos conservadores do Irã condenaram os atos do xá de modernizar o país e adotar costumes ocidentais. Eles exigiram a retomada dos costumes tradicionais islâmicos. Os liberais acusaram o xá de gastar bilhões em armamentos, enquanto muitos iranianos continuavam pobres. Eles também o criticaram por sua política severa em relação a seus opositores políticos. Como o xá não permitia uma oposição política, mais e mais iranianos uniam-se aos grupos religiosos para expressar seu descontentamento com o governo.

A crescente violência política forçou o xá a deixar o Irã em 1979. O novo governo, chefiado pelo líder religioso xiita Aiatolá Ruhollah Khomeini afastou o Irã dos ideais do Ocidente e aproximou-o do fundamentalismo islâmico. Assim como o xá, contudo, Khomeini não permitiria qualquer oposição a seu governo; ele aprisionou e executou milhares de iranianos.

Aiatolá Ruhollah Khomeini
Aiatolá Ruhollah Khomeini

Em outubro de 1979, o xá viajou para os Estados Unidos para receber tratamento médico. No mês seguinte, uma multidão tomou a embaixada norte-americana na capital iraniana, Teerã. Eles exigiam que o xá retornasse ao país para ser julgado, mas o governo dos Estados Unidos recusou. Durante mais de um ano, o governo Khomeini recusou-se a libertar mais de 50 norte-americanos mantidos como reféns na embaixada. Irã e Estados Unidos tornaram-se inimigos durante esta época, e a tensão entre os dois países permaneceu por muito tempo, mesmo após a libertação dos reféns.

Seguindo a revolução islâmica no Irã, o fundamentalismo - um movimento para observância severa da lei religiosa - espalhou-se por muitos países islâmicos do Oriente Médio. Os fundamentalistas islâmicos acreditavam que a influência ocidental era prejudicial ao islamismo. Movimentos fundamentalistas irromperam em muitos países do Oriente Médio na década de 1980, ameaçando governos como os do Iraque e da Arábia Saudita. Os grupos fundamentalistas também perpetraram atos de terrorismo contra Israel e contra o Ocidente, incluindo bombardeios, sequestros de pessoas e de aviões.

A Guerra Irã-Iraque

Em 1980, Saddam Hussein, o ditador do Iraque, ordenou a invasão do Irã. Hussein pretendia conquistar regiões disputadas nas fronteiras, além de ilhas no Golfo Pérsico. Ele também desejava proteger seu regime contra o fundamentalismo islâmico, liderado pelo governo Khomeini.

Os iraquianos conquistaram vitórias iniciais, mas não conseguiram mantê-las. Líderes iranianos usaram a invasão para unir a população em apoio ao governo Khomeini. As tropas invasoras iraquianas foram expulsas, e as forças iranianas capturaram território iraquiano. Temendo a expansão do fundamentalismo islâmico, a maioria dos estados árabes deu ao Iraque dinheiro e armamentos. A luta entre Irã-Iraque chegou a um impasse.

A guerra continuou até o final da década de 1980. Saddam Hussein tornou-se ainda mais notório por ordenar o uso de armas químicas de destruição em massa contra tropas iranianas.

Em 1988, Irã e Iraque, exaustos da terrível luta, concordaram em um cessar-fogo mediado pelas Nações Unidas. Os custos da guerra haviam sido tremendos: mais de um milhão de pessoas morreram, e valiosas fontes de petróleo haviam sido destruídas.

Sumário

- O Crescimento do Nacionalismo
- A União Árabe
- Produção de Petróleo
- A Arábia Saudita
- Egito
- Iraque
- Jordânia
- Síria
- Líbano
- Norte da África
- Turquia
- Irã
i. A Guerra Irã-Iraque
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