Meios de transporte e comunicação no Brasil

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Meios de transporte e comunicação no Brasil

São vários os meios de transporte no Brasil: terrestres, aquáticos, aéreos e dutoviários. Apesar da importância das ferrovias e hidrovias para os meios de transporte no Brasil, predomina a utilização das rodovias. Vale lembrar que o Brasil é um país com dimensões continentais e, portanto, é necessário que haja uma ampla rede de transportes que ligue os diferentes pontos do território nacional.

Transporte Rodoviário

O Brasil enfrenta uma série de desafios em seus setores de infraestrutura e transporte. As rodovias e ferroviais do país se encontram em estado precário. Os aeroportos brasileiros possuem pequena capacidade para transporte de cargas. Além disso, os terminais portuários são ineficientes e operam com excesso de burocracia. O estado precário do sistema de transportes brasileiro, que se deve à falta de investimentos em infraestrutura nas últimas duas décadas, limita o crescimento e a expansão da economia nacional.

O sistema de transportes é indispensável para a exportação, o abastecimento da população e o acesso a matérias-primas. Os setores de transportes e infraestrutura viabilizavam todos os outros setores da economia. Um sistema de transportes precário e ineficiente limita a movimentação de pessoas e de produtos.

Como ilustra o gráfico a seguir, o Brasil fica na posição 114 no ranking mundial de qualidade de infraestrutura, na posição 120 na qualidade de estradas e na posição 131 na qualidade de portos. É, inegavelmente, um ranking lamentável para o país que possui a sétima maior economia do mundo (2014).

 ranking mundial de infraestrutura
Fontes: www.invepar.com.br -  WEF -The Global Competitiveness Index 2013-2014

Para o Brasil se tornar um país de fato desenvolvido, precisa corrigir os gargalhos em sua infraestrutura que limitam a competitividade do país.  O Brasil tem urgência em recuperar, modernizar e aumentar a capacidade de sua infraestrutura. Isso é fundamental para permitir o crescimento sustentado de sua economia.

Matriz do Transporte de Cargas

O setor de transportes desempenhou papel fundamental no crescimento econômico e na integração do território brasileiro. Mas essa integração é um fenômeno relativamente recente, pois até a década de 1970, as regiões Norte e Centro-Oeste ficavam bastante isoladas das outras regiões do país.

A matriz de transportes no Brasil é dominada por rodovias. Isso é prejudicial para a economia brasileira, pois a dependência em rodovias e a falta de investimentos em ferrovias e hidrovias resultam em custos mais elevados de transporte. Para muitas empresas, o que é gasto em transporte representa uma fração significativa de seus custos. O consumo de petróleo e de outros combustíveis utilizados por rodovias encarece os preços dos produtos transportados. Portanto, a dependência nessa forma de transporte eleva o custo de deslocamento da produção nacional.

Modal Milhões Tku* Partic.%
Rodoviário 485.625 61,10
Ferroviário 164.809 20,70
Aquaviário 108.000 13,60
Dutoviário 33.300 4,20
Aéreo 3.169 0,40
Total 794.903 100,00
Fonte: Revista CNT no.217 outubro – 2013

*TKU - toneladas transportadas por quilômetro útil.

Os custos dos produtos brasileiros aumentam devido à ineficiência e à falta de infraestrutura adequada. Isso torna a cadeia produtiva mais cara e menos competitiva. É fundamental que o Brasil melhore sua infraestrutura e reduza os custos associados à armazenagem, à logística para transporte e ao escoamento da produção. Também existe o preço da burocracia e da corrupção. Um exemplo é a perda de tempo na liberação de cargas nos portos. Isso causa uma redução na exportação de gêneros agrícolas.

Para o Brasil se tornar um país de fato desenvolvido, precisa corrigir os gargalhos em sua infraestrutura.

Os problemas enfrentados na hora de escoar a safra são o que mais pesam nos custos da produção e o que previne o agronegócio brasileiro de se tornar ainda mais competitivo. O Brasil é um país extenso, as distâncias são vastas e o território nem sempre é interligado. É evidente a desigualdade no desenvolvimento das vias de transporte entre as regiões do Brasil. Os custos de deslocamento incidem sobre os custos das matérias-primas e dos produtos nos mercados.

Em Estados no interior do Brasil, a situação é ainda mais crítica. Por exemplo, em Sorriso, um município do Mato Grosso que produz um milhão de hectares de soja e milho, a produção necessita percorrer mais de 2000 km em rodovias para alcançar o Porto de Paranaguá (PR). O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) estima que o custo desse frete é de US$ 100, enquanto a produção paraense chega ao porto por US$ 20.

A solução para Estados como o Mato Grosso, que se localizam longe da costa brasileira e, consequentemente dos portos, é ampliar a extensão ferroviária e direcionar o escoamento para as estruturas portuárias do norte do Brasil.

Também é necessário corrigir os gargalos institucionais, como as leis defasadas e as leis tributárias.

Todos esses problemas afetam a competitividade de produtos brasileiros.

Um exemplo

No Brasil, a matriz de transporte é composta por rodovias (58%) e ferrovias (25%). Nos Estados Unidos, nosso principal concorrente, o modal ferroviário é o principal meio de escoamento. Um comparativo do custo final de um produto exportado para a China pelos dois países revela que o Brasil se encontra em desvantagem competitiva.
“Enquanto o produtor americano desembolsa cerca de U$ 98 pelo transporte total da tonelada de soja até a China, o brasileiro paga U$ 180. Dentro das fazendas brasileiras a tonelada de soja custa U$ 234, enquanto em terras americanas, U$ 373. Pondo na ponta do lápis, o produto brasileiro chega ao mercado chinês cerca de U$ 40 mais caro. Dados do United States Department of Agriculture (USDA) revelam que nos EUA, a participação do custo do frete no valor final da tonelada do grão é de 26% e no Brasil, 44%.” (Fonte: www.ibralog.org.br)

Segundo a revista Exame e Paulo Resende, do Centro de Estudos para Infraestrutura e Logística de Belo Horizonte, os problemas de logística no Brasil consomem 12% do PIB. As estradas são o maior motivo de reclamações de empresários.

Aqueles que trabalham com comércio exterior são obrigados a lidar com um nível precário de via de transportes. Isso vale também para portos e aeroportos. O sistema de transportes brasileiro está longe de conseguir atender a extensão de seu imenso território. Há falta de linhas aéreas e contêineres, há excessivo gasto no deslocamento da produção e há perdas ocorridas por avarias no transporte. Além disso, existe a distorção da matriz de transportes: como explicado acima, há uma sobrecarga do modal rodoviário.

Considerações Gerais dos tipos de transporte

Vantagens das Ferrovias Vantagens das Rodovias Vantagens das Hidrovias
- Grande capacidade de carga
- Baixo consumo 
- Longa vida dos veículos
- Indicadas para longas distâncias
- Versatilidade
- Transporte direto: origem - destino
- Fácil penetração em regiões pioneiras
- Indicado para curtas distâncias
- Baixo custo de transporte
- O Brasil apresenta grandes possibilidades para hidrovias

Transporte Ferroviário

Transporte ferroviário é o realizado sobre linhas férreas para transportar pessoas e mercadorias. As mercadorias transportadas neste modal são de baixo valor agregado e em grandes quantidades como: minério, produtos agrícolas, fertilizantes, carvão, derivados de petróleo, etc. No Brasil, a presença de bitolas diferentes em uma mesma região acaba provocando a elevação do custo do transporte aumentando o tempo de viagem.

As ferrovias apresentam diversas vantagens: é capaz de transportar grandes cargas para grandes distâncias e consome menos combustível por quantidade de carga transportada. Portanto, polui menos. Mesmo que o custo de implantação seja alto, requer um baixo custo de manutenção e oferece um baixo custo de transporte. Além disso, é mais seguro que o modal rodoviário: ocorrem muito menos acidentes, furtos e roubos.

Histórico

A estrada de ferro no Brasil desenvolveu-se baseada na cafeicultura. Consequentemente, o traçado é carente em linhas de integração entre as várias regiões. O seu traçado ligava as áreas cafeeiras até o porto de Santos. Em 1854, por iniciativa do Barão de Mauá, foi inaugurada a primeira estrada de ferro do Brasil, com 14 km de extensão, ligando a Baía da Guanabara à raiz da Serra de Petrópolis.

De 1870 a 1920, houve um grande desenvolvimento de ferrovias no país. Esse período foi denominado de Era das Ferrovias, quando a extensão das ferrovias passou de 745 km para 28.535 km. As ferrovias influenciaram a colonização de imigrantes europeus no Brasil, pois deram acesso aos cafezais de regiões cada vez mais distantes do porto de Santos.

Entre 1920 e 1960, a rede cresceu menos de 10 mil km, principalmente devido à crise da cafeicultura. A partir de 1960, com a eliminação de vários ramais antieconômicos, a malha ferroviária diminuiu de 38.280 km para 29.283 km, em 2011, que respondia por apenas 21% da carga transportada no país.

Problemas das Ferrovias Brasileiras

A decadência do transporte ferroviário no Brasil decorre de vários fatores: falta de investimentos, administração ineficiente, material rodante obsoleto e, acima de tudo, a concorrência com o ramo rodoviário. As ferrovias não integram as regiões brasileiras, não foram estruturas para atender com eficiência a realidade industrial do país e resultam em morosidade no transporte de pessoas e de mercadorias. O transporte rodoviário é considerado lento e com alto custo de implantação.

No Brasil, a malha férrea é pequena e atinge pontos isolados do território nacional. A grande maioria dos investimentos é feito pelo setor privado e com interesse próprio. O governo brasileiro deveria investir no modal ferroviário, pois possui um dos menores custos para o transporte de mercadorias e poderia aumentar o nível de competitividade do Brasil.

A tabela abaixo apresenta dados sobre as principais ferrovias de carga no Brasil.

Principais Ferrovias de Carga do Brasil – 2008
Controladora Ferrovia   Km Produtos
Vale EFVM – Estrada de Ferro
Vitória à Minas
905 Minério de ferro, carvão mineral, soja,
produtos siderúrgicos e celulose
EFC – Estrada de Ferro Carajás   892 Minério de ferro, ferro gusa, manganês,
cobre e combustíveis derivados do
petróleo e da soja
FCA – Ferrovia Centro-
Atlântica S/A
8.066 Soja e farelo, calcário siderúrgico,
minério de ferro, fosfato, açúcar, milho
e fertilizantes
FNS – Ferrovia Norte-Sul  420 Soja e farelo, areia, fosfato e cloreto
de potássio
Vale, Companhia
Siderúrgica
Nacional (CSN),
Usiminas e
Gerdau
MRS – MRS Logística S/A  1.674 Minério de ferro, carvão mineral,
produtos siderúrgicos, ferro gusa,
cimento e soja
ALL ALL – América Latina Logística
Malha Sul S/A
7.304 Soja e farelo, açúcar, derivados de
petróleo e álcool, milho e cimento
ALL – América Latina Logística
Malha Paulista S/A
1.989 Açúcar, cloreto de potássio, adubo, calcário
e derivados de petróleo e álcool
ALL – América Latina Logística
Malha Oeste S/A
1.945 Minério de ferro, soja e farelo, açúcar,
manganês, derivados de petróleo e
álcool
ALL – América Latina Logística
Malha Norte S/A
500 Soja e farelo, milho, óleo vegetal,
adubo e combustível
CSN Transnordestina Logística S/A 4.207 Cimento, derivados de petróleo,
alumínio, calcário e coque
Gov. PR Ferroeste 248 Soja e farelo, milho, contêiner e trigo
FTC FTC – Ferrovia Tereza
Cristina S/A
164 Carvão mineral
Total ---------- 28.314 ----------
Fonte: ANTT (2009) – dados de 2008.
http://www2.transportes.gov.br/bit/03-ferro/princ-ferro.html

Ao observar a tabela, verifica-se que as empresas controladoras são também as principais usuárias desse tipo de transporte.
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Transporte Rodoviário

Após 1920, iniciou-se a implantação de rodovias no Brasil. “Governar é abrir estradas,” declarou o presidente Washington Luís, que governou de 1926 a 1930. Em 1926, o presidente inaugurou a primeira rodovia pavimentada no Brasil, a rodovia que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro.

A criação do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), em 1937, teve papel importante no crescimento rodoviário do país. A partir de 1957, implanta-se a indústria automobilística, o que sedimentou a prioridade pelas rodovias. A partir da década de 1950, o transporte rodoviário tornou-se o principal meio de locomoção do país. No início da década de 1950, o transporte rodoviário já predominava: locomovia 65,6% das pessoas e 53,1% das mercadorias. Em 2011, locomovia 61% das mercadorias e mais de 90% dos passageiros.

A partir de 1967, as rodovias brasileiras passaram a ser classificadas em radiais, longitudinais, transversais e diagonais, seguindo orientação Conselho Rodoviário Nacional.

O Brasil é um dos poucos países de grande extensão territorial em que o transporte rodoviário predomina mesmo em fluxos de cargas de longa distância. O país construiu a terceira malha rodoviária do mundo, inferior apenas à dos Estados Unidos e à da Índia. No entanto, em 2011, estavam pavimentados apenas 200.000 dos 1,6 milhão de quilômetros de estradas brasileiras. Além disso, as rodovias brasileiras apresentam uma pequena extensão pavimentada, um traçado mal planejado com curvas, declines e aclives e uma péssima conservação. O clima quente e chuvoso do Brasil causa danos ao asfalto. As estradas mal planejadas, deterioradas e pouco conservadas provocam alto índice de acidentes. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito, em 2011, houve nas estradas brasileiras 620 mil acidentes, resultando em 38 mil fatalidades. Ocorre também um elevado número de roubos de cargas de caminhões.

Estado Geral das Rodovias - Extensão Total

Ano Extensão Total Pesquisada Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo
2010 90.945 14,70 % 26,50 % 33,40 % 17,40 % 8,00 %
2011 92.747 12,60 % 30,00 % 30,50 % 18,10 % 8,80 %
2012 95.707 9,90 % 27,40 % 33,40 % 20,30 % 9,00 %
2013 96.714 10,20 % 26,00 % 34,40 % 21,40 % 8,00 %
Fonte: Pesquisa CNT de Rodovias 2010/2011/2012/2013

Extensão da Rede Rodoviária (km) - Brasil

Brasil - Extensão da Rede Rodoviária(km) Rede não pavimentada Rede pavimentada Extensão total da rede
Federal 12.662 65.320 77.981
Estadual 111.334 110.842 222.176
Municipal 1.234.918 26.867 1.261.745
Rede Planejada     129.262
TOTAL     1.691.864
Fonte: DNIT -DPP/CG PLAN/Coordenação de Planejamento - 24/09/2013

O transporte rodoviário é adequado para curtas e médias distâncias e para o serviço de entrega porta a porta. É uma opção mais rápida de transporte do que o ferroviário. No Brasil, é uma opção de transporte mais flexível, pois sua extensão pelo território brasileiro, integrando todos os estados, é maior do que as de outras formas de transporte. Seu custo de implantação inicial é baixo comparado às ferrovias. Contudo, demanda um alto custo de manutenção.

O transporte rodoviário apresenta vários problemas. É muito poluente, os custos se tornam altos quando a mercadoria percorre grandes distancias e há um custo relativamente alto para garantir a segurança das cargas, devido a roubos e acidentes, que não são infrequentes.

Devido à precariedade do transporte público, aumenta no Brasil a frota de carros.  Segundo uma pesquisa do Ipea (2012), 41% da população brasileira afirma que o serviço de transporte público é ruim.

O aumento das vendas de veículos no Brasil ocorreu graças à expansão do poder de compra dos cidadãos e ao crédito facilitado: com o fim da inflação, tornou-se possível financiar o carro em muitos meses.

Contudo, o aumento na frota de carros gerou problemas gravíssimos de trânsito, principalmente em São Paulo e nas outras metrópoles brasileiras. Isso resulta na perda de produtividade, pois as pessoas levam mais e mais tempo para ir e voltar do trabalho. 

O aumento no número de carros também tem impactos negativos sobre o meio ambiente: o aumento de poluição, o efeito estufa, etc. Para combater tais problemas, é necessário que o país invista e incentive o uso do transporte público.

TRANSPORTE HIDROVIÁRIO NO BRASIL

O transporte hidroviário apresenta baixos custos de transporte, implantação e manutenção. Possui grande capacidade de carga. Contudo, em certos casos é necessário que sejam construídas barragens e canais, o que, além de elevar o custo, causa danos ao meio ambiente.

O transporte hidroviário é lento e de baixa flexibilidade e é influenciado por condições climáticas.

Os principais portos marítimos do país, em movimento de mercadorias, são: Tubarão (ES), Itaqui (MA), Santos (SP), São Sebastião (SP), Sepetiba (RJ) e Paranaguá (PR).

Apesar do Brasil possui boas condições para a construção de portos, a navegação de longo curso continua apresentando problemas: há falta de investimentos, a frota mercante é insuficiente e há capacidade limitada de competir com empresas estrangeiras. De fato, os custos portuários no Brasil permanecem altos comparados com os padrões internacionais.

Há duas hidrovias que impulsionam o transporte fluvial no interior do país e na ligação com países vizinhos do sul e sudeste: a Hidrovia Paraguai-Paraná e a Hidrovia Tietê-Paraná (Hidrovia do Mercosul). A implantação de hidrovias é uma forma de diminuir o impacto do valor do transporte no preço final de matérias-primas.

TRANSPORTE MARÍTMO

Transporte marítimo é o tipo de transporte aquaviário que é realizado por meio de embarcações para deslocamentos, tanto de passageiros como de mercadorias, e que utiliza o mar aberto como via.

É o principal tipo de transporte nas comercializações internacionais e pode transportar diversos tipos de produtos: veículos, petróleo, alimentos, minérios, combustíveis, etc.

Considerando-se os recortes, o litoral brasileiro se estende por mais de nove mil quilômetros. É um litoral que apresenta condições favoráveis ao desenvolvimento do transporte marítimo em função de:

  •  não haver correntes marítimas fortes que dificultem a navegação.
  •  sua posição geográfica vantajosa, voltada para o Oceano Atlântico.
  •  ser um litoral vasto.
  •  ter muitas reentrâncias (baías), ilhas e estuários de rios que facilitam a instalação de portos.

Os principais portos do país são: Santos, Rio de janeiro, Paranaguá, Porto Alegre, Rio Grande, Salvador e Recife.

Características do transporte marítimo de carga no Brasil:

  • Grande capacidade de carga, podendo transportar cargas de grandes tamanhos e diversos tipos de cargas.
  • Baixo custo de transporte para grandes distâncias
  • Flexibilidade superior ao transporte hidroviário
  • Transporte lento
  • Necessitam-se portos e alfândegas.

Produtos exportados e portos brasileiros

Nos últimos anos, o Estado brasileiro intensificou a modernização do sistema portuário e construiu portos, como os de Sepetiba (RJ) e Pecém (CE).

Alguns dos principais portos brasileiros são:

  • Porto de Santos: Localizado em Santos, no estado de São Paulo.
  • Porto de Tubarão: localizado próximo ao Porto de Vitória, no estado do Espírito Santo. Usado para transportar produtos diversos como minério de ferro, carvão, grãos e fertilizantes.
  • Porto de Itaqui: localizado no estado do Maranhão
  • Porto de Itajaí (Santa Catarina)
  • Porto de Vitória (Espírito Santo)
  • Porto de Itaguaí (Rio de Janeiro)

TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL

Todo o território brasileiro está integrado pelo transporte aéreo. Porém, continua sendo pouco utilizado, devido ao seu preço elevado e ao baixo poder aquisitivo da maioria da população brasileira.

A EMBRAER (Empresa Brasileira de Aeronáutica), criada em 1967, é encarregada de desenvolver uma tecnologia aeroportuária e aeronáutica. A INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), criada em 1973, é encarregada de controlar a administração e funcionamento dos aeroportos brasileiros. 

O transporte aéreo é rápido – possibilita a entrega quase imediata de mercadorias.

O Brasil necessita de novos aeroportos. O país precisa também modernizar e ampliar a capacidade de seus aeroportos.

Comunicação no Brasil

Na última década, o Brasil se desenvolveu economicamente e o mercado consumidor cresceu muito. Uma das consequências disso foi que milhões de brasileiros passaram a utilizar o telefone celular e a Internet.

A inclusão digital, ou seja, a democratização da tecnologia, no Brasil – o processo que engloba o acesso a computadores, celulares e Internet - avança acima da média mundial: 51,25% da população brasileira é considerada incluída digitalmente. A média global é de 49,1% (fonte: FGV).

Em 1994, para cada mil habitantes no Brasil, 86 possuíam telefone fixo e apenas cinco possuíam telefone celular. Já em 2008, o número de linhas de telefone celular era duas vezes maior do que o de telefones fixos: para cada mil brasileiros, 306 tinham telefone fixo e 794 tinha celular. Havia 150 milhões de linhas móveis.

Segundo uma pesquisa da FGV, durante os anos 2001-2009, o uso de telefones celulares cresceu mais de 180% na Classe E brasileira.

Como quase tudo no Brasil, é clara a disparidade regional: as regiões Norte e Nordeste apresentam números inferiores aos de outras regiões do Brasil. Por exemplo, em 2008, 120 por mil habitantes no Maranhão tinham telefone fixo; já no Rio de Janeiro, eram 502 por mil habitantes.

No Brasil, houve também um grande crescimento no número de domicílios com acesso à Internet. Em 2001, 8,6% dos domicílios tinham acesso à Internet. Em 2008, o número havia subido para 23,8%: aproximadamente 14 milhões de domicílios. Apesar desse crescimento, persiste a desigualdade regional: enquanto o Sudeste tinha 31,5% de domicílios conectados à Internet, a região Norte contava com apenas 10,6%.

Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Néri, o que é mais marcante nos números de inclusão digital é a desigualdade desse índice na sociedade brasileira. Enquanto bairros nobres da capital paulista têm uma taxa de inclusão digital próxima à da Holanda, em alguns municípios brasileiros, o índice é equivalente aos de países pouco desenvolvidos.

Os meios de comunicação, especialmente a Internet e os canais de televisão, têm influenciado a população, sua identidade e seus hábitos. Ocorre também uma uniformização de hábitos de consumo junto com o contato entre diferentes culturas. O mundo se torna cada dia mais globalizado.

Sumário

- Matriz do Transporte de Cargas
- Considerações Gerais dos tipos de Transporte
- Transporte Ferroviário
- Transporte Rodoviário
- Transporte Hidroviário no Brasil
- Transporte Marítimo
- Transporte Aéreo no Brasil
- Comunicação