Hidrografia - Correntes marítimas
- Home
- Vestibular
- Geografia
- Geografia Física
- Hidrografia Correntes Marítimas
Hidrografia - Correntes marítimas
As correntes marítimas são massas que se deslocam nos oceanos e mares. As correntes marítimas constituem um importante fator climático, pois transportam umidade e calor.
Os rios são correntes de água que se originam do subsolo ou da atmosfera. O vapor de água que existe na atmosfera, quando se condensa, precipita-se na forma de chuva, aumentando a quantidade de água dos rios. Estes podem nascer em lagos, fontes ou até mesmo em outros rios e deságuam no mar, em lagos e, por vezes, em outros rios. Na superfície terrestre, as águas seguem três caminhos: escorrer, evaporar e infiltrar-se no solo. As águas que penetram o solo e as que escorrem buscam as partes mais baixas dos terrenos, outro fator de formação de rios, de lagos e mares. Quando evapora, a água retorna à atmosfera como vapor, reiniciando o ciclo das chuvas.
Perfil Transversal
Todo rio pode ser observado de duas maneiras: no perfil transversal e no perfil longitudinal. Este último, o perfil longitudinal, estende-se da nascente até a foz, estando dividido em três partes: nascente, curso e foz. Esta pode se apresentar em três formas: a foz em forma de estuário, onde inexistem ilhas e é modelada por somente um canal, que lembra um funil. A foz em forma de delta é cheia de ilhas e assim o rio deságua através de diversos canais. A denominação desse tipo de foz decorre da forma em delta criado pelos sedimentos nela depositados pelo fluxo das marés. Há um terceiro tipo de foz, a mista ou complexa, na qual um lado da foz é em forma de delta e o outro é estuário. No Brasil, um exemplo desse tipo de foz é o delta estuário do rio Amazonas.
Se olharmos um rio longitudinalmente, perceberemos que duas são as suas direções. A primeira, denominada de jusante, é o deslocamento da água da nascente para a foz. A segunda, chamada de montante, é, a direção do rio, em seu curso, da foz para a nascente. Se contemplarmos um rio de maneira transversal, isto é, quando nos colocamos no meio do fluxo fluvial, olhando para a jusante, notaremos que ele forma um conjunto, o vale fluvial, abrangendo as duas vertentes, as duas margens e o leito fluvial (lugar por onde ele corre).
Quando os rios deságuam, eles são chamados de afluentes. Dessa maneira, todo o rio é afluente ou do mar, ou de um lago e, por vezes, de outro rio, ao conjunto formado por um rio e seus afluentes é dada a denominação de rede fluvial. A zona ou área banhada por uma rede de rios é conhecida como bacia fluvial. Os rios, quando deságuam para o oceano, ocorre uma drenagem exorreica ("exo", em grego, significa "fora"); quando as águas de um rio permanecem no interior de águas continentais, por exemplo num lago, a drenagem é do tipo endorreico (em grego, "endo" quer dizer "dentro").
Rede Fluvial
Escorrendo por uma determinada superfície, os rios passam por diferentes tipos de terrenos: alguns baixos e outros altos. Estes últimos desempenham o papel de divisores de águas entre dois rios. Nesses divisores, forma-se uma rede de captação pela qual toda a água se encaminha para o mesmo ponto, denominado de vertente.
Os rios podem ser mais ou menos densos, conforme o clima da região por onde ele passa. Em áreas com altos índices de chuva, os rios são caudalosos e permanentes, pois possuem um grande volume de água e jamais secam. Já em zonas áridas ou semiáridas, os rios tendem a ser temporários, secando no período da falta de chuvas. Somente os rios que nascem numa área chuvosa conseguem percorrer longas extensões de clima árido ou semiárido. Na maioria dos rios, as nascentes, quando da falta de chuva, chegam a secar e nos períodos chuvosos o volume de águas aumenta. A variação da quantidade de um rio ao longo de um ano recebe a denominação de regime. Normalmente, as nascentes são alimentadas pelas águas da chuva, sendo, nesse caso, conhecidas como nascentes pluviais. Outras captam água proveniente do derretimento da neve, as nascentes nevais e algumas dependem de geleiras, as nascentes glaciais. Em raros casos, as nascentes são mistas, isto é, alimentadas por chuva e neve, fenômeno muito comum no Japão.
Rios que descem de planalto tendem a ter um curso retilíneo; os que percorrem áreas planas formam meandros, ou seja, ao se desviarem dos obstáculos naturais existentes nas planícies, esses rios fazem curvas e o curso das águas é mais lento. Os rios são fundamentais para a economia de qualquer país, pois abastecem as cidades com água potável, são usados para irrigar plantações e geram eletricidade. Os rios que correm em regiões planas são extremamente navegáveis, facilitando o transporte interzonal. Outra contribuição dos rios para a vida humana é o fato deles serem cheios de peixes, animais de alto índice proteico e essenciais para a alimentação humana. Também não podemos esquecer que os rios ajudam o lazer, pois neles podemos nadar e praticar esportes.
OS LAGOS
Os lagos consistem em depressões de terreno preenchidas por água. Estas depressões são causadas ou por vulcões, ou por movimentos das placas tectônicas ou em função do deslizamento de geleiras. No Brasil, onde a estrutura geológica é bastante antiga, as depressões são de origem sedimentar, formando as bacias sedimentares. Os mares fechados, como o Cáspio e o Morto, não passam de grandes lagos, todos os dois com elevada salinidade. Assim como os rios, os lagos podem nascer numa fonte, também podem ser alimentados por outros rios e originários de mares e rios. O maior lago do mundo é o Cáspio, situado na fronteira da Rússia. O lago mais profundo do planeta é o Baikal, localizado na fronteira da Mongólia com a Rússia. No Brasil, o maior lago é a Lagoa dos Patos, situado no Rio Grande do Sul. A bacia lacustre maior importante do mundo é formada pelos lagos Erie, Superior, Huron, Ontário e Michigan, formando o complexo denominado de Grandes Lagos.
CORRENTES MARÍTIMAS
Nos mares e oceanos existem porções de água que se locomovem como rios: as correntes marítimas ou oceânicas. Elas são geradas pelas diferenças de densidade e de temperatura existentes nos mares e oceanos e modeladas pelas ondas e ventos, que determinam a direção de seus movimentos. No Equador, as correntes são quentes e deslocam-se para as regiões frias dos dois hemisférios, Norte e Sul. As correntes frias saem das regiões polares e se encaminham para as áreas mais quentes. No planeta Terra, as duas correntes mais importantes são a Corrente do Golfo ("Gulf Stream") e a Kuro Shivo ("Corrente do Japão").
A "Corrente do Golfo" é quente e nasce nas Antilhas (América Central) e se desloca em direção à Europa, amenizando o inverno de muitos países, notadamente o britânico. A "corrente do Japão", que percorre o Pacífico, suaviza o inverno nipônico. Na realidade, o planeta conhece cinco grandes correntes marítimas: duas no Atlântico, duas no Oceano Pacífico e uma no Índico. Elas têm direções diversas: no sentido horário, no Hemisfério Norte, e direção contrária no Hemisfério Sul. No Brasil, existem duas correntes marítimas: a das Guianas, no litoral norte, e a Brasileira, nas regiões litorâneas do sul. Esses movimentos das águas marítimas e oceânicas desempenham um papel fundamental na regulação da temperatura e do clima. Quando profundas, as correntes são frias e densas, levando alimentos para os peixes e crustáceos, ajudando assim a manter o equilíbrio ambiental.
Correntes marítimas
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Qualquer morador numa cidade recebe água encanada; mas, nas regiões agrícolas ainda é necessário cavar para se obter água potável. No planeta Terra, as águas continentais são encontradas na superfície, em mares, rios ou lagos. Porém, o nosso mundo também tem água nas áreas subterrâneas, que são geradas pela penetração das chuvas. A quantidade de águas no subterrâneo depende, portanto, da quantidade das chuvas, da altitude e declividade de relevo, do tipo de rocha e da vegetação existentes na região. A denominação das águas subterrâneas é lençol de água, também conhecido como veio. Se este lençol for barrado por uma superfície de grande declividade ou por um buraco, surgirá aí uma fonte ou mina de água. Em muitos lugares do Brasil rural, as populações obtêm água em poços caseiros, que são buracos que chegam ao lençol de água e onde o líquido é acumulado.
Sumário
- Perfil Transversal- Rede Fluvial
- Os Lagos
- Correntes Marítimas
- Águas Subterrâneas



