Geologia do Brasil - Estrutura Geológica do Brasil

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Geologia do Brasil - Estrutura Geológica do Brasil

A estrutura geológica do Brasil é constituída por escudos cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos. A estrutura geológica do Brasil é distinta da estrutura geológica do restante da América do Sul, em que há dobramentos modernos. O motivo disso é que o Brasil se localiza no centro da placa tectônica sul-americana – uma zona estável que não apresenta abalos sísmicos.

O Brasil apresenta, basicamente, dois tipos de estruturas geológicas: Escudos Cristalinos e Bacias Sedimentares.

- Escudos cristalinos: constituem 36% da área brasileira. A quase totalidade dos escudos cristalinos – representando 32% da área brasileira – é de formação arqueozoica. São áreas economicamente importantes para o país, pois nelas se encontram minerais metálicos.

- Bacias Sedimentares: constituem 64% da área brasileira. Foram formadas nas eras paleozoica, mesozoica e cenozoica (terciária e quaternária). As bacias sedimentares apresentam minerais fósseis. Contudo, devido a condições estruturais, o Brasil não apresenta abundância de tais riquezas.

O Brasil apresenta base estrutural cristalina, antiga e rígida.

Estrutura geológica do Brasil
Estrutura geológica do Brasil

geologia do Brasil se destaca mundialmente pela quantidade e diversidade dos recursos minerais encontrados no subsolo brasileiro. A exploração de tais recursos faz do Brasil um importante produtor de bens minerais. 

Introdução

A Terra é formada por três camadas principais:

  • núcleo: a camada mais profunda. É provavelmente constituída de minério de ferro e um pouco de níquel.
  • manto: camada espessa, constituída por minerais ricos em silício, ferro e magnésio. 
  • crosta: camada fina que envolve a Terra. É composta de basalto nos oceanos e de granito nos continentes.

As camadas da Terra
As camadas da Terra

É na crosta terrestre que se encontra a quase totalidade dos seres vivos. É dela que os seres humanos tiram a maioria dos recursos naturais. 

Há oito principais elementos químicos que compõem a crosta terrestre. São eles: Oxigênio (O), Silício (Si), Alumínio (Al), Ferro (Fe), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Sódio (Na), Potássio (K), Titânio (Ti) e outros. Dois desses elementos são encontrados em grande quantidade: oxigênio e silício.

A crosta pode ser dividida em:

- crosta continental: camada menos densa. Geologicamente mais antiga, geralmente apresenta um estrato superior formado por rochas graníticas e um inferior, de rochas basálticas.

- crosta oceânica: camada mais densa. Geograficamente menos antiga, é formada por um estrato homogêneo de rochas basálticas.

Tipos de rochas

Mineral é um elemento ou composto químico natural resultante de processos inorgânicos encontrado na crosta terrestre. Há mais de 2000 minerais conhecidos, cada um deles possuindo características próprios. Com exceção do mercúrio e da água, os minerais são substâncias sólidas.

Rochas são agregados naturais compostos por um ou mais minerais. As rochas podem ser constituídas de mineralóides, que são substâncias amorfas de ocorrência natural ou, em alguns casos, de elementos de origem orgânica.

Há diferentes tipos de rocha. Cada tipo é formado por processos distintos.

- rochas ígneas ou magmáticas: formadas pelo resfriamento e congelamento do magma pastoso, material fundido, encontrado no interior da Terra. Quando a cristalização ocorre na superfície, as rochas são chamadas de vulcânicas ou extrusivas (exemplo: basalto). Quando o material magmático se cristaliza dentro da crosta, as rochas são chamadas de plutônicas ou intrusivas (exemplo: granito).

- rochas sedimentares: são formadas pelo depósito, acúmulo e compactação de detritos de outras rochas ou de origem orgânica. A maioria delas apresenta estrutura em camadas sobrepostas. Às vezes, a deposição dos sedimentos ocorre por meio de processos químicos, formando as rochas sedimentares de origem química, como as estalactites e estalagmites de grutas.

- rochas metamórficas: resultam das transformações, no interior da crosta, de rochas ígneas ou sedimentares, em função de alta temperatura e pressão. Geralmente a composição mineralógica permanece estável; o que muda é a ordenação molecular (exemplos: grafite, carvão e diamante).

magmática

Intrusiva - Granito (resfriamento no interior da crosta)

Extrusiva - Basalto (resfriamento na superfície)

sedimentar - arenito, carvão mineral

metamórfica - mármore, gnaisse

Escudos cristalinos (blocos cratônicos)

Os escudos cristalinos, que abrangem 36% do território nacional, são popularmente conhecidos como serras, formações antigas e diversificadas e, por conseguinte, extremamente desgastadas pela erosão, apresentando altitudes modestas. Nos escudos cristalinos originários do período arqueozoico (32% do território nacional), a ocorrência de minerais economicamente exploráveis é pequena. Já nos escudos datados do proterozoico (4% do território brasileiro), proliferam recursos como o ferro, a bauxita, o manganês, o ouro, a cassiterita e outros minerais metálicos. Exemplos: Quadrilátero de Ferro (MG), Serra dos Carajás (PA) e Maciço de Urucum (MS).

Bacias sedimentares

As bacias sedimentares, depressões do terreno preenchidas por sedimentos, cobrem 64% da área total do Brasil. As bacias sedimentares do Brasil são de grande importância econômica para o país, pois abrigam jazidas de recursos minerais energéticos: petróleo, carvão mineral e xisto.

- O petróleo extraído no Brasil é proveniente de bacias sedimentares continentais e marítimas. 

- As principais jazidas de carvão mineral encontram-se na Bacia Paranaica, a maioria nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Dobramentos modernos (ou cadeias orogênicas recentes)

 Os dobramentos modernos, ou cadeias orogênicas recentes, correspondem às grandes cadeias montanhosas do globo datadas do período Terciário da Era Cenozoica. Sua gênese é explicada pelo movimento das placas tectônicas. Os principais exemplos desse fenômeno são os Andes, os Alpes, o Himalaia e as Montanhas Rochosas. Por serem de formação recente, não foram ainda desgastadas pela erosão e apresentam altitudes elevadas. O Brasil, por exemplo, não conhece formações geradas por dobramentos modernos.

Sumário

- Introdução
i. Tipos de rochas
ii. Escudos cristalinos (blocos cratônicos)
iii. Bacias sedimentares
iv. Dobramentos modernos (ou cadeias orogênicas recentes)

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