Auguste Comte e o Positivismo

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Auguste Comte e o Positivismo

O Positivismo é uma escola filosófica desenvolvida pelo sociólogo e filósofo francês, Auguste Comte (1798-1857), em meados do século 19.

Augusto Comte é tradicionalmente considerado o pai da Sociologia. Ele foi o criador do Positivismo, que constituiu a base para o surgimento do Cientificismo. O Cientificismo acredita que o único meio de se chegar ao conhecimento é a Ciência. Auguste Comte trata de um conjunto de teorias abrangentes: da Teoria do Conhecimento à Sociologia. 

O Positivismo de Auguste Comte defendia a existência da razão e da Ciência como sendo fundamentais para a vida humana e pregava uma atitude voltada para o conhecimento positivo, concreto e objetivo da realidade. Comte defendeu um posicionamento científico para o pensamento filosófico, apontando para a necessidade absoluta do uso da Razão como ponto de partida para toda e qualquer área do conhecimento.

Auguste Comte
Auguste Comte

Comte lutava para que todos os ramos de estudos fossem abordados com a máxima objetividade. Na área de Filosofia, ele publicou as obras Curso de Filosofia Positiva e Sistema de Política Positiva (1798-1857), postulando a importância da objetividade e das condições reais para a abordagem científica: "Ver para prever" é a máxima comtiana. A Filosofia acaba por confundir-se com a Ciência, e o próprio estudo da História e da sociedade passa a ser feito com base no critério da observação.

O Positivismo se fundamenta na ideia de que o único tipo de conhecimento autêntico é o científico e que tal conhecimento pode advir apenas da afirmação positiva de teorias por meio do método científico.

Alguns dos principais conceitos do Positivismo de Comte são que a lógica da investigação deve ser a mesma para todas as Ciências, inclusive as Sociais. O objetivo da investigação é explicar e prever e, assim, descobrir as condições necessárias e suficientes para qualquer fenômeno. Para os positivistas, a pesquisa deveria ocorrer de forma que possa ser observada empiricamente e a lógica indutiva deveria ser utilizada para formular afirmações que podem ser testadas.

Para os positivistas, a Ciência não é o mesmo que o bom senso e, portanto, os pesquisadores precisam tomar cuidado para não permitir que seu bom senso influencie sua pesquisa. A Ciência deve ser regida pela lógica e ser objetiva. O principal objetivo da Ciência é gerar conhecimento, independentemente de opiniões políticas, morais e valores. As transformações impulsionadas pelas Ciências visam ao progresso; este, porém, deve estar subordinado à ordem. Surge, assim, um novo lema positivista que se aplica à sociedade: ordem e progresso.

O Positivismo se diferencia do empirismo puro porque não reduz o conhecimento científico somente aos fatos observados. É na elaboração das leis gerais que reside o grande ideal das Ciências.

Comte aplicou suas ideias também ao estudo das sociedades. Ele foi o primeiro a usar a palavra Sociologia, em 1839, em seu Curso de Filosofia Positiva. Comte defendia o conceito de que são válidas apenas as análises das sociedades que são feitas com espírito científico, ou seja, com objetividade e sem metas preconcebidas. Os estudos das relações humanas deveriam constituir uma nova Ciência, denominada Sociologia. Segundo Comte, a Sociologia é a Ciência suprema, superior a todas as filosofias e religiões. “Dela tudo parte e a ela tudo se reduz”, afirmou.

A Lei dos Três Estados de Comte (ou Regra Universal) considera que a sociedade passa por três fases progressivas em busca da verdade: a teológica (em que tudo está associado a Deus e a Vontade Divina é utilizada para explicar fenômenos); a metafísica (o período humanista pós-Iluminista, em que explicações são dadas por meio de conceitos abstratos impessoais); e a positiva (a fase científica final, em que os fenômenos do mundo são explicados por meio de explicações científicas, fundamentadas em observação, experimentos e comparações). Comte acreditava que a Metafísica e a Teologia deveriam ser substituídas por uma hierarquia de Ciências: a Matemática seria a base e a Sociologia, o ápice.

A doutrina ética de Comte não se tornou tão famosa, mas pode ser resumida pela seguinte frase: “Viva pelos outros”. Comte foi um dos mais famosos proponentes do Altruísmo. Acreditava que o ser humano tinha a obrigação moral de servir aos outros e de colocar os interesses de outras pessoas acima dos seus próprios.

O Positivismo nega a existência de um Deus pessoal e considera a humanidade (“o grande ser”) como seu objeto de veneração e culto. Dessa forma, assemelha-se ao Humanismo.

Apesar de o Positivismo não ter atraído muitos adeptos, sua influência sobre o subsequente pensamento filosófico foi bastante profundo.

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- Positivismo de Auguste Comte

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