Redação Unicentro 2021

TEMA 1

Leia os textos a seguir.

Através do tempo

Dois irmãos, um aparelho chamado cinematógrafo e um mundo que nunca tinha visto a projeção de imagens em movimento em uma tela. O ano de 1895 foi memorável para os franceses Louis e Auguste Lumière, responsáveis por aperfeiçoarem o cinetoscópio inventado por Thomas Alva Edison, e darem início ao que conhecemos hoje como indústria cinematográfica. No último mês de dezembro foram comemorados os 125 anos de uma tarde em Paris, quando, diante de 40 pessoas, os Lumière fizeram a primeira exibição comercial de seus curtas-metragens. Pouco depois lançaram A Chegada de um Trem à Estação, considerado um dos ícones da origem do cinema. Com apenas um minuto de duração, o filme foi exibido ao público em um café em Paris. Reza a lenda que, durante a exibição, as pessoas fugiram aterrorizadas temendo serem atropeladas pelo trem que “se aproximava”.

O cinema no Brasil

Assim como Hollywood e o mercado europeu, o início da indústria cinematográfica no Brasil também é cheia de grandes marcos, começando em 1897, com um registro da Baía de Guanabara feito por José Roberto da Cunha Salles, segundo consta no arquivo da Cinemateca. Dez anos depois, o Brasil teria sua primeira obra de ficção, Os Estranguladores, de Francisco Marzullo e Antônio Leal, e poucos anos depois, o primeiro longa-metragem, O Crime dos Banhados, de Francisco Santos. Até o final dos anos 1920, o cinema brasileiro foi tomado por romances como Amor de Perdição, baseado no livro homônimo de Camilo Castelo Branco, ou ainda O Castigo do Orgulho, de Eduardo Abelim. Foi com a inauguração da produtora Cinédia, em 1930, que grandes cineastas como Humberto Mauro e Mário Peixoto despontaram e deram início a um dos períodos mais importantes da história do cinema brasileiro.

Cinema animado

Não são somente os live-actions que ganham homenagem nos 125 anos do cinema. As animações também foram importantes para o início do desenvolvimento de narrativa, som e cor na história da Sétima Arte. Um dos grandes nomes desse gênero, claro, é Walt Disney, que logo no início da carreira criou o estúdio Laugh-O-Gram e lançou uma série de curtas entre 1921 e 1923, como Os Quatro Músicos de Bremen, antes de dar início ao império Disney. Ao mesmo tempo, para rivalizar com o Mickey Mouse, havia a Fleischer Studios, dos irmãos Dave e Max Fleischer, pioneiros de técnicas como a rotoscopia (que consiste em redesenhar, quadro a quadro, movimentos reais e criar animações realistas). A produtora foi lar da série animada Out of the Inkwell, e de personagens celebrados até hoje como Betty Boop e Popeye.

(Adaptado de: TEMISTOCLES, Raquel. A sétima arte. Revista Monet. São Paulo: Editora Globo, n. 213, p. 48-49, dez. 2020.)

Com base nos textos, elabore um texto dissertativo-argumentativo que coloque em discussão o papel e a importância do cinema na vida das pessoas.

TEMA 2

Leia os textos e observe a imagem a seguir.

A humanização dos pets

A humanização dos pets pode ser grave, se exagerada, e cabe aos veterinários coibirem os excessos, alertando e orientando os proprietários quanto a essa prática. Hoje, o animal de companhia é visto, cada vez mais, como um membro da família, companheiro, participante da rotina da casa. Estão presentes em todas as situações – sejam alegres ou tristes – com isso, no intuito de devolver ao “pet” todo o amor e dedicação recebidos, muitos tutores acabam cometendo exageros e, assim, cruzando a linha da humanização.

Apesar de ser uma tendência de mercado vantajosa para o comércio e indústria pet, gerando mais receita, a humanização precisa ser avaliada com cuidado, pois a saúde deve vir sempre em primeiro lugar. Se não for possível evitar a humanização, que ela seja feita ao menos de uma forma mais consciente e menos invasiva.

É fundamental para a saúde e o bem-estar do animal mantê-lo ativo com adestramento positivo, proporcionando exercícios físicos, caminhadas e brincadeiras adequadas. É importante, também, não privar o animal do seu instinto natural. Acessórios da moda, tratamentos estéticos, passeios em carrinhos e bolsas, o uso de fraldas em nada acrescentam ao bem-estar animal. Um exemplo são tutores que deixam o seu animal usando fraldas por longos períodos, sem a real necessidade de tal uso, apenas para evitar urina em local inapropriado. Nesse caso, o animal poderá desenvolver problemas renais, além de assaduras por contato.

A perda dos princípios de hierarquia também é preocupante. Isso acontece porque, quando os animais não associam seu tutor a um líder, eles passam a querer comandar e, assim, exercer a dominação. Foi-se o tempo em que roupinhas e sapatinhos eram os únicos produtos do tópico humanização. Atualmente os pet shops têm inúmeros produtos, desde perfumes até cervejas, vinhos, chocolates, tudo para cachorro.

(Disponível em: <http://fitopet.com.br/humanizacao-dos-animais-o-exagero/>. Acesso em: 29 jan. 2021. (Adaptado))

Cada vez mais animais de estimação são tratados como gente e recebem cuidados especiais

O tratamento dispensado aos bichos de estimação, no Brasil, nunca foi tão humanizado. Por isso mesmo, nem tão polêmico. Professor de antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Jean Segata estuda a depressão canina e explica que até chegarem ao posto de bebezinhos, lindinhos da mamãe e do papai, fiéis companheiros e de viverem nos lares das pessoas, tornando-se foco da atenção de gastos médicos e estéticos, houve um longo caminho percorrido pelos animais de estimação.

Na visão dele, desde a década de 1990, essa delicada e controversa convivência vem reconfigurando as relações humanas e familiares, chegando inclusive ao campo do direito. Com isso, de lá para cá, o elo cada vez mais forte entre as pessoas e seus animais domésticos deixou de ser uma discussão exclusiva de veterinários, passando a frequentar as rodas de estudos de antropólogos, filósofos, sociólogos e psicólogos, que buscam entender as transformações sociais, culturais e biológicas causadas pelo fenômeno. A discussão passa pela ciência, pelos visíveis excessos na maneira como as pessoas humanizam os bichinhos e, claro, pelos incontestáveis benefícios que essa convivência traz para o ser humano.

(Disponível em: <https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/10/07/noticias-saude,191429/cada-vez-mais-animais-de-estimacaosao- tratados-como-gente-e-recebem-c.shtml>. Acesso em: 29 jan. 2021.)

Festa boa pra cachorro

Teve comes e bebes maravilhosos, decoração bem cuidada, lembrancinhas especiais, notas em colunas sociais, reportagens em jornais e revistas. Em busca da melhor foto, paparazzi subiram em árvores e alugaram varandas nos apartamentos vizinhos. Uma verdadeira cãofusão. O centro de todas essas atenções era Pepezinha, uma cachorra da raça japanese chin, que completou 12 anos e ganhou uma festa tão disputada quanto o aniversário de Sasha, filha de Xuxa.

A emergente carioca Vera Loyola, “mamãe” da aniversariante, não vê nada demais numa festança de arromba para uma cadela. “Contribuo com muitas instituições de caridade e não tenho medo do que os outros vão dizer. Queria demonstrar meu amor pela Pepezinha”, afirma. Ela dorme todas as noites entre a cachorra e o marido. E conta que acorda com dor no corpo porque se aperta para não incomodar os dois companheiros de cama.

Para a badalada festa da cachorrinha emergente, o tema escolhido foi o filme 101 Dálmatas. Bolo, brigadeiros, cajuzinhos, pirulitos, balas e todos os outros petiscos servidos em aniversários convencionais foram feitos com rações dos mais variados tipos. Para beber, garçons serviam em bandeja, coberta com toalhinha, pequenos potes de acrílico coloridos com refrigerante para cachorro chamado Cool Dog, que, na verdade, é um caldinho de carne gelado. Na lista de convidados, segundo a anfitriã, “45 cachorros e 60 adultos”.

No dia D da Pepezinha, os pet shops mais bacanas do Rio estavam em polvorosa. Os cachorros precisavam se embonecar, tomar banho, fazer “os cabelos” e as unhas. Tequila, claro, não ficou de fora. Sua dona (ela não curte muito esse negócio de mãe), Rosane Castro Neves, mulher do músico Lincoln Olivetti, depois de levá-la para fazer uma produção digna de salão de beleza, comprou um laço vermelho para realçar o pelo da sua huskie siberiana.

(Disponível em: <https://istoe.com.br/30161_FESTA+BOA+PRA+CACHORRO/>. Acesso em: 30 jan. 2021.) (Adaptado)

Redação Unicentro 2021
(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/08/mimos-para-caes-vao-de-testiculos-artificiais-a-consultoria-de-estilo.shtml>. (Vidhya Nagarajan/The New York Times). Acesso em: 30 jan. 2021.)

Com base nas reportagens, elabore um texto dissertativo-argumentativo colocando em discussão o seguinte questionamento: o que leva as pessoas a tratarem os seus animais de estimação como se fossem humanos?

TEMA 3

Leia os textos e observe a tirinha a seguir.

A pandemia fez ressignificar novos sentidos e provoca a solidariedade

Em tempos de crise, de grandes catástrofes, de guerras e de pandemias, como a que o mundo enfrenta agora diante do desafio de dominar a Covid-19, a verdadeira essência da humanidade é revelada. A dor e o sofrimento global despertam nas pessoas movimentos de mudança interior, seja individual ou coletivo.

A psicóloga clínica Maria Clara Jost, da Tip Clínica, professora da Faculdade de Ciências Médicas e pós-graduada em Filosofia, explica que a transformação pode ser externa, no âmbito do comportamento observável, e/ou interna, quando ocorre uma mudança nos modos de perceber, de olhar, de julgar, de interpretar. Ou seja, nasce outra perspectiva, de valorização das coisas, dos eventos e das pessoas, emergindo como uma possibilidade de ressignificação e de descoberta de novos sentidos às questões cotidianas.

Então, apesar desse momento de crise, caracterizado precisamente pela ruptura do fluir da vida, pelo questionamento inevitável de toda a estrutura já consolidada, provocada pelo irromper de uma situação imprevisível, Maria Clara Jost destaca que todos, como coletividade, são chamados a dar uma resposta criativa que possa mobilizar um movimento de construção ou reconstrução de modos de ser, de se relacionar, de julgar e valorizar o mundo. “Este pode ser o aspecto positivo e esperançoso se soubermos afrontar essa pandemia”.

De fato, diz Maria Clara Jost, esse é um momento em que a vida convoca a sociedade a dar uma resposta individual e coletiva qualitativamente superior, dando às pessoas a possibilidade de se tornarem melhores, mais humanizadas e mais livres de amarras escravizantes, à medida que enfrentamos e superamos os desafios impostos pela circunstância que estamos vivendo, ou, então, sucumbiremos. “Na realidade, estamos vivendo um xeque-mate da vida. Sendo assim, não existe aqui a possibilidade de não dar uma resposta. Contudo, esta pode ser construtiva ou destrutiva”.

(Disponível em: <https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2020/04/26/interna_bem_viver,1141300/a-pandemia-faz-ressignificarnovos- sentidos-e-provoca-a-solidariedade.shtml>. Acesso em: 28 jan. 2021.) (Adaptado)

O poder da compaixão e da solidariedade

Ter sensibilidade e respeitar o sentimento do próximo, colocar-se no lugar de outra pessoa e imaginar aquilo pelo que ela está passando e, principalmente, agir para ajudar. A compaixão e a solidariedade andam juntas e propõem uma transformação do olhar diante da vida e, por consequência, influenciam no bem-estar social como um todo. A compaixão nos leva à ação. Não se trata de sentir pena, mas mostrar respeito e tomar alguma atitude para amenizar aquilo que o outro está sentindo. É exatamente aí que está seu poder, no desejo de querer ajudar pura e simplesmente para fazer o bem.

Adotar atitudes assim ajuda na reflexão sobre a maneira como a vida está sendo vivida. É necessário estar sensível e atento para perceber que o verdadeiro estado de compaixão e empatia pelo próximo está no respeito e na valorização da vida, no acolhimento ao sofrimento e à vulnerabilidade. É nesse momento que os laços sociais são criados e fortalecidos, é quando a compaixão e a solidariedade deixam marcas e mudam vidas para melhor.

Mas a compaixão vai além de um exercício com o outro, ela também passa pelo processo de autoconhecimento – é preciso ser compassivo consigo mesmo, perdoando as próprias falhas e produzindo um sentimento positivo interior. A compaixão deve ser direcionada para melhorar cada vez mais e servir como um sentimento norteador, e seu grande benefício está no despertar do desejo de querer ajudar, de transformar realidades, de fazer o bem, seja por si mesmo ou pelo próximo.

(Disponível em: www.saolucascopacabana.com.br/blog/o-poder-da-compaixao-e-da-solidariedade/. Acesso em: 29 jan. 2021.) (Adaptado)

Redação Unicentro 2021
(Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/233765036880880622/>. Acesso em: 29 jan. 2021.)

Com base nas reportagens e na tirinha, redija um texto dissertativo-argumentativo defendendo o seu ponto de vista sobre a importância de uma postura solidária, principalmente nas circunstâncias atuais.

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