Redação UFU 2021

ORIENTAÇÃO GERAL

Leia com atenção todas as instruções.

A) Você encontrará duas situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a proposta com a qual você tenha maior afinidade.
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero.
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
E) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
F) Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação.

ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

SITUAÇÃO A

Texto 1

Biodireito é o ramo do Direito Público que se associa à bioética, estudando as relações jurídicas entre o direito e os avanços tecnológicos conectados à medicina e à biotecnologia, com peculiaridades relacionadas ao corpo e à dignidade da pessoa humana.

Especialmente no artigo 5º inciso IX da Constituição Federal de 1988, que proclama a liberdade da atividade científica como um dos direitos fundamentais, sem deixar de penalizar qualquer ato perigoso (imperícia) na relação médico-paciente e imperícia do cientista, levando em conta questões conflitantes como aborto, eutanásia,suicídio assistido, inseminação artificial, transplante de órgãos, Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e clonagem terapêutica e científica.

Tecnologias futurísticas que prometem aumentar a força e a inteligência das pessoas, como a edição genética, o implante de chips no cérebro ou o sangue artificial, geram mais preocupação do que entusiasmo entre norte-americanos, mostra pesquisa divulgada.

Realizado pelo instituto Pew Research Center, o levantamento ouviu mais de 4,7 mil adultos americanos. Quando perguntados sobre edição de genes, que poderia reduzir o risco de doenças graves em bebês, 68% se disseram "muito" ou "um pouco" preocupados.

A perspectiva de implantes cerebrais que poderiam aumentar a inteligência e a concentração também gera preocupação em 69% das pessoas, assim como o potencial do sangue sintético, que poderia melhorar a velocidade, a força e a resistência (63%). Metade dos entrevistados se disse "entusiasmada" com cada uma dessas inovações.

"O desenvolvimento das tecnologias biomédicas está se acelerando rapidamente, levantando novos debates sociais sobre como iremos utilizar essas tecnologias e quais usos são apropriados", disse o autor principal do estudo, Cary Funk, diretor associado de pesquisa do Pew Research Center.

"Este estudo sugere que os americanos são bastante cautelosos em relação ao uso de tecnologias emergentes que empurram as capacidades humanas para além do que foi possível antes."

Cerca de um terço dos entrevistados disseram que gostariam de melhorias dos seus cérebros e do seu sangue. Os americanos estão divididos se em algum momento vão tirar proveito da edição genética para prevenir doenças em bebês: 48% dizem que sim; 50% dizem que não.

Muitas pessoas disseram temer que tais aperfeiçoamentos aumentem o abismo entre os que têm condições financeiras e os que não têm. E ao menos sete em cada dez disseram que essas tecnologias provavelmente se tornariam disponíveis antes de serem totalmente compreendidas.

A pesquisa também revelou que os americanos que se descrevem como religiosos são menos propensos a abraçar estas tecnologias.

"Seis em cada dez ou mais dos altamente comprometidos com a religião consideram que estas melhorias potenciais interferem na natureza, cruzando uma linha que não deveria ser cruzada (edição genética, 64%; implantes de chips no cérebro, 65%; e sangue sintético, 60%)", afirma o relatório.

"Por outro lado, a maioria das pessoas com baixo compromisso religioso diz que cada uma dessas melhorias não difere de outras maneiras pelas quais os seres humanos tentam melhorar a si mesmos".

Disponível em: https://hugodemouraadv.jusbrasil.com.br/noticias/366578043/as-tecnologias-que-aumentam-potencial-humano-e-asimplicacoes- no-biodireito Acesso em: 25 maio 2021. (Fragmento)

Texto 2

Bioética, é um neologismo construído a partir das palavras de origem grega, bios (vida) e ethos (relativo à ética), e é o estudo interdisciplinar entre biologia, medicina e ética, que investiga todas as condições necessárias para uma administração responsável do profissional de saúde em relação à vida humana em geral e da dignidade da pessoa humana em particular. Esta ciência relacionada ao biodireito, portanto, estuda a responsabilidade moral de cientistas e bacharéis em medicina na pesquisa médica e de biotecnologias e suas aplicações sem causar dano a ninguém.

Na década de 1970 o termo é relacionado com o objetivo de deslocar a discussão acerca dos novos problemas impostos pelo desenvolvimento tecnológico, de um viés mais tecnicista para um caminho mais pautado pelo humanismo, superando a dicotomia entre os fatos explicáveis pela ciência e os valores estudáveis pela ética. A biossegurança, genética em seres humanos, além das velhas controvérsias morais como aborto e eutanásia, requisitavam novas abordagens e respostas ousadas da parte de uma ciência transdisciplinar e dinâmica por definição.

As teses dessa área começaram a consolidar-se após a tragédia do holocausto da Segunda Guerra Mundial, quando o mundo ocidental, chocado com as práticas abusivas de médicos nazistas em nome da ciência, criou um código para limitar os estudos relacionados. Surge aí também a ideia que a ciência não é mais importante que o homem.

Em outubro de 2005, a Conferência Geral da UNESCO adotou a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, que consolida os princípios fundamentais da bioética e visa definir e promover um quadro ético normativo comum que possa a ser utilizado para a formulação e implementação de legislações nacionais.

Disponível em: https://rledo.jusbrasil.com.br/artigos/459380316/biodireito Acesso em: 8 jul. 2011.

Com base nos textos, redija uma carta de solicitação ao representante do Ministério da Justiça, solicitando-lhe informações sobre a posição do Brasil em relação às tecnologias que aumentam o potencial humano e apresentando argumentos favoráveis ao uso dessas tecnologias.

SITUAÇÃO B

Texto 1

O que Songdo, na Coréia do Sul, e Copenhagen, na Dinamarca, têm em comum? Ambas são consideradas cidades inteligentes (smart cities). A coreana, por exemplo, consegue gerir sensores de tráfego, reprogramar semáforos e acompanhar o sistema pneumático de gestão de resíduos. E a europeia é capaz de oferecer as condições necessárias para que metade de sua população use bicicletas para ir ao trabalho, contribuindo para uma redução de 2 milhões de toneladas de CO2 ao ano.

Para uma cidade ser considerada realmente inteligente é preciso ter visão holística e uma gestão integrada e interdependente de todos os recursos envolvidos (ativos, informações, dados, imagens), concentrada em Centros Integrados de Comando e Controle (CICC), ambientes altamente críticos que unem infraestrutura e tecnologias adequadas para sustentar e auxiliar a operação, acessar e compartilhar, em tempo real, informações, além de planejar e executar qualquer missão de forma eficiente.

Não basta apenas usar soluções sistêmicas integradas, como é o caso de Blockchain e Internet das Coisas (IoT). Deve-se pensar, antes de tudo, na preparação da infraestrutura. Se analisarmos a fundo, a maioria dos prefeitos é estimulada com ofertas verticais para resolver problemas de uma área específica, como trânsito, saúde, segurança, mobilidade. Muitos aplicam uma única solução vertical e acreditam que a cidade é inteligente quando, na verdade, é apenas monitorada e reativa. Ou seja, não está capacitada à gestão. Isso porque, quando falamos em smart cities, a abordagem deve ser horizontal para que todas as disciplinas funcionem de forma eficiente. E a integração de todas elas se faz com uma infraestrutura planejada e organizada, pensada para o bem comum.

Por isso mesmo, as cidades inteligentes não se resumem apenas ao uso tecnologias. É preciso buscar o sistema mais adequado para essa gestão integrada e, por incrível que pareça, nem sempre o mais tecnológico é o melhor indicado. Vale um estudo caso a caso para equiparar funcionalidade e resultado, porque os municípios, por mais semelhante que sejam, não terão infraestruturas iguais.

Disponível em: https://mundogeo.com/2018/03/20/opiniao-cidades-inteligentes-uma-questao-de-infraestrutura/ Acesso em: 7. jul. 2021.

Texto 2

Existem tecnologias-chave que fazem as cidades inteligentes funcionarem. Aqui estão as seis principais:

1. Energia inteligente
Os edifícios residenciais e comerciais em cidades inteligentes são mais eficientes, usam menos energia e seu uso é analisado através da coleta de dados.

As comunicações digitais e a iluminação LED, através da eficiência energética, estão revolucionando a infraestrutura urbana já existente, transformando-as em caminhos de informações com capacidade de coletar e compartilhar dados e oferecer novos insights com potencial de impulsionas as cidades inteligentes.

2. Transporte inteligente
As cidades inteligentes suportam transporte multimodal, semáforos e estacionamento inteligente. Ao tornar essas estruturas de cidade mais inteligente, as pessoas gastam menos tempo procurando vagas e circulando os quarteirões da cidade. Já os semáforos têm câmeras que monitoram o fluxo de tráfego para que ele se reflita nos sinais de trânsito.

3. Dados inteligentes
A enorme quantidade de dados coletados pelas cidades inteligentes deve ser analisada rapidamente para torná-la útil.

Portais de dados abertos são uma opção que algumas cidades escolheram para publicar informações da cidade de forma online, para que qualquer pessoa possa acessá-los e usar a análise preditiva para avaliar padrões futuros.

4. Infraestrutura inteligente
As cidades poderão se planejar melhor com a capacidade de analisar grandes quantidades de dados. Isso permitirá manutenção proativa e melhor planejamento para demanda futura. Ser capaz de testar a quantidade de chumbo presente na água em tempo real, quando os dados mostram que um problema está surgindo, pode prevenir problemas de saúde pública, por exemplo.

5. Mobilidade inteligente
A mobilidade se refere tanto à inovação quanto aos dados que trafegam pela tecnologia. A capacidade de entrar e sair de muitos sistemas municipais e privados é essencial para que possamos realizar a promessa de cidades inteligentes.

6. Dispositivos inteligentes de IoT.
Em uma cidade inteligente, as informações serão cada vez mais obtidas diretamente de sensores que coletam e compartilham informações úteis. Com esses dados, sistemas urbanos complexos poderão ser gerenciados em tempo real.

Cada uma dessas tecnologias trabalha em conjunto para tornar uma cidade cada vez mais inteligente.

Disponível em: https://www.binarionet.com.br/as-6-tecnologias-que-impulsionam-as-cidadesinteligentes/? gclid=EAIaIQobChMIuerFlJXR8QIVFRLnCh2LgAAWEAMYASAAEgKEJfD_BwE Acesso em: 7. jul. 2021.

Supondo-se que você integre o grupo de editorialistas de um jornal de circulação nacional e considerando-se os textos apresentados, redija um editorial, defendendo a implantação de cidades inteligentes como opção viável para a solução de problemas sociais.

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