Redação UFU 2017

ORIENTAÇÃO GERAL

Leia com atenção todas as instruções.

A) Você encontrará duas situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a proposta com a qual você tenha maior afinidade.
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero.
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
E) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
F) Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação.

ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

SITUAÇÃO A

Leia com atenção o texto a seguir.

É o fim do mundo

O sobrevivencialismo, a prática de se preparar para o colapso da civilização, em geral, evoca certa imagem: o ermitão com seu chapéu de papel-alumínio, o histérico com o estoque de feijão, o catastrofista religioso. Contudo, nos últimos anos, a prática se expandiu para localidades mais abastadas, estabelecendo-se no Vale do Silício e em Nova Iorque, entre executivos de tecnologia e gestores de hedge fund e seus pares da área econômica.

Como a preocupação com o apocalipse veio a florescer no Vale do Silício, um lugar conhecido pela pródiga confiança em sua capacidade de mudar o mundo para melhor?

Em grupos privados de Facebook, sobrevivencialistas ricos trocam dicas sobre máscaras de gás, bunkers e locais protegidos dos efeitos da mudança climática. Um diretor de uma empresa de investimentos, membro de um desses grupos, me disse: “Tenho sempre um helicóptero com o tanque cheio, e um bunker com sistema de filtragem de ar.” Seus preparativos provavelmente o posicionam num ponto “extremo” em relação aos colegas, disse, mas acrescentou: “Muitos amigos meus aderiram a armas, motos e moedas de ouro. Hoje em dia esse lance não é mais tão raro.”

Esses impulsos não são tão contraditórios quanto parecem. Roy Bahat, diretor do Bloomberg Beta, uma empresa de capital de risco baseada em São Francisco, acredita que a área da tecnologia costuma recompensar a capacidade de imaginar futuros radicalmente diferentes. “Quando você faz isso, é bem comum levar as coisas ao extremos o que conduz às utopias e distopias”, disse. Isso tanto pode inspirar um otimismo radical – como o do movimento criogênico, que defende o congelamento de corpos após a morte, na esperança de que a ciência um dia consiga revivê-los – como cenários sombrios. Tim Chang, diretor-geral que já está de mala feita, disse”: Meu atual estado de espírito oscila entre o otimismo e o puro terror”.

Uma pesquisa encomendada pelo National Geographic constatou que 40% dos americanos acreditam que investir na armazenagem de mantimentos ou na construção de um abrigo nuclear era melhor que contratar um plano de aposentadoria privado. Na internet, as discussões dos sobrevivencialistas vão do coloquial (Guia de Preparação para Mães em Caso de Agitação Civil) ao soturno (como comer um pinheiro para sobreviver).

OSNOS, Evan. É o fim do mundo. Revista Piauí, 127, abril de 2017. (Texto adaptado)

hedge fund = tipo de fundo de investimento privado.

bunker = abrigo, esconderijo, lugar de refúgio anticatástrofes.

A partir da leitura do texto, redija um RELATO, em primeira pessoa, imaginando sua vida como sobrevivente, no Brasil, após uma grande catástrofe que levou o mundo, tal como você o conheceu, a seu fim. Relate, ainda, como você teria conseguido sobreviver.

SITUAÇÃO B

Leia com atenção o texto a seguir.

Medicina científica X medicalização da vida

Pessoas saudáveis são pacientes que ainda não sabem que estão doentes, considera o doutor Knock na peça de Jules Romains, em que o personagem convence a todos os habitantes de uma cidade de que estão doentes. A comédia, de 1923, antecipa, de certo modo, uma das características de nosso tempo, a medicalização progressiva de todos os aspectos da vida.

Vivemos um momento privilegiado da história, quando a medicina atingiu um nível incomparável de conhecimentos e recursos tecnológicos. Com criatividade, a ciência conquistou terreno apropriando-se até mesmo de áreas de vida durante séculos fora do alcance de qualquer intervenção que não a religiosa – como as doenças psiquiátricas.

Medicalizar consiste em “passar a definir e tratar algo como problema médico”, ou seja, direcionar conhecimentos e recursos técnicos da medicina para tratar algo que antes não era abrangido por essa área. É natural que, à medida que a ciência avança, novas patologias sejam detectadas, como a depressão ou o autismo, e outras, reinterpretadas e descartadas, caso da histeria e da homossexualidade. Avanços tecnológicos permitem não só diagnosticar melhor, mas diagnosticar mais, mesmo condições que não coloquem a vida em risco ou comprometam sua qualidade. O problema está precisamente na facilidade com que novas doenças podem ser “criadas”, quando situações antes tidas como normais acabam patologizadas. Algumas de formas justificadas, outras, não.

Claro que há “boas” e “más” formas de medicalização. Entre os casos positivos, pode-se citar a introdução da pílula anticoncepcional, que permitiu uma revolução sexual. Um exemplo negativo foi a demonização do mau hálito no começo do século XX, ao ser rebatizado como... halitose. Em virtude disso, uma notável campanha publicitária estimulou a venda de uma nova “necessidade”, o antisséptico bucal. Hoje a lista de “doenças” questionáveis não para de crescer: de características pessoais estigmatizáveis como “calvície”, “síndrome das pernas inquietas”, “timidez”, sem falar nas características estéticas, situações de vida (“tristeza”, “luto”) e mesmo consequências do envelhecimento.

Parece, portanto, que estamos vivendo o apogeu da “má” medicalização – a chamada “mercantilização das doenças”, como provam os absurdos níveis de consumo de fármacos como a ritalina (especialmente entre escolares, muitos sobrediagnosticados com TDAH) e antidepressivos. Remédio é chiclete.

QUILLFELDT, Jorge. Medicina científica X medicalização da vida. Revista Scient American Brasil, ano 13, nº 155. (Texto adaptado)

Com base nas ideias apresentadas no texto, redija uma CARTA ARGUMENTATIVA para o Ministro da Saúde, criticando a “criação” de novas doenças e/ou a medicalização de situações antes tidas como normais. Em sua carta, você, um cidadão brasileiro, deve também cobrar providências da área de saúde em relação a essas questões.

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