Redação UFGD 2014

Humor, riso, alegria, felicidade. Muito se ouvefalar ou se lê a respeito dos prazeres de uma boa piada, de um conto engraçado, na companhia de uma pessoa espirituosa. Numa rápida pesquisa pela Internet, encontram-se inúmeros sítios que trazem diversas teorias sobre o humor e o riso, tentando explicar o que são, quais suas funções na sociedade, quais suas implicações na saúde das pessoas, e assim por diante. Psicanalistas, historiadores, sociólogos e linguistas já se debruçaram sobre o tema. Há os que, inclusive, consideram o humor e o riso um mistério. No teatro, no cinema, na política, na televisão... o humor e o riso são, aparentemente, onipresentes. Quem não se lembra de O Nome da Rosa, livro do escritor italiano Umberto Eco, cuja trama gira em torno de um suposto e desaparecido livro de Aristóteles, no qual, ao tratar da comédia, o filósofo grego teria feito uma apologia ao riso? Por essas e outras razões, não há como não considerar o humor e o riso peças importantes nos enlaces sociais.

A partir dos cinco fragmentos de textos a seguir apresentados, produza um artigo de opinião, a ser possivelmente publicado na revista Premissas, da Universidade Federal da Grande Dourados, numa edição especial sobre a sociedade. Seu objetivo é apresentar um ponto de vista sobre o tema “O humor e o riso na sociedade brasileira”, problematizando os limites do humor.

Eis, portanto, as condições para a produção da redação:

Gênero a ser produzido: Artigo de opinião.
Possível meio de publicação: Revista Premissas da UFGD.
Público-leitor predominante: Classes A e B.
Tema: O humor e o riso na sociedade brasileira.
Problema: Devem-se colocar limites ao humor?
Número de linhas: no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.

FRAGMENTO 1

“O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um indivíduo”.

(HUMOR. In: Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Humor. Acesso em: 20 out. 2013)

FRAGMENTO 2

“O maior inimigo do riso é a emoção. Isso não significa negar, por exemplo, que não se possa rir de alguém que nos inspire piedade, ou mesmo afeição: apenas, no caso, será preciso esquecer por alguns instantes essa afeição, ou emudecer essa piedade. Talvez não mais se chorasse numa sociedade em que só houvesse puras inteligências, mas provavelmente se risse; por outro lado, almas invariavelmente sensíveis, afinadas em uníssono com a vida, numa sociedade onde tudo se estendesse em ressonância afetiva, nem conheceriam nem compreenderiam o riso. Tente o leitor, por um momento, interessar-se por tudo o que se diz e se faz, agindo, imaginariamente, com os que agem, sentindo com os que sentem, expandindo ao máximo a solidariedade: verá, como por um passe de mágica, os objetos mais leves adquirirem peso, e tudo o mais assumir uma coloração austera. Agora, imagine-se afastado, assistindo à vida como espectador neutro: muitos dramas se converterão em comédia”.

(BERGSON, H. O riso. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 3-4)

FRAGMENTO 3

“O riso tem um poder revolucionário. Melhor: é um verdadeiro demiurgo, uma potência criativa capaz de ressuscitar os mortos [...]. É o riso de alívio que arruína os esforços terroristas da pastoral oficial; é a divina surpresa, o relaxamento brutal de tensão, no qual os analistas veem uma das principais fontes do riso. Ele exorciza o medo, sem negar a existência do inferno. Teologicamente, poder-se-ia dizer que esse castigo por inversão não é pequeno. Mas o que o torna imperdoável é que ele é apresentado pelo riso. É em torno do riso que a divisão e o confronto se efetuam. [...] O riso aparece como uma arma suprema para superar o medo. Quem ri do inferno pode rir de tudo. O riso – eis o inimigo – para aqueles que levam tudo a “sério”.

(MINOIS, G. História do riso e do escárnio. Trad. Maria Helena O. Ortiz Assumpção. São Paulo: Editora UNESP, 2003. p.275)

FRAGMENTO 4

“Quando Carlyle afirmou que “o homem é o único animal que ri” não fazia com isso uma mera constatação biológica. Biologicamente a hiena também ri. Fazia uma constatação psicológica e social. Seu erro era apenas admitir o riso como uma qualidade humana, quando é um defeito. O homem, da maneira por que vive, não tem do que rir. Por isso, à frase de Carlyle deve-se acrescentar: “E é rindo que ele mostra o animal que é”.

(FERNANDES, Millôr. O livro vermelho dos pensamentos de Millôr. 2. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2005. P. 132).

FRAGMENTO 5

“[...] Pessoalmente, aceito que o humor pode ultrapassar certos limites (é um tipo particular de ficção). Não sei se deve haver algum tipo de controle. Se houver, prefiro que não venha do estado. [...] Humor pode ser grosseiro? Acho que pode. Mas tem que ser humor”.

(POSSENTI, S. O Temporã!. In: Terra Magazine. Disponível em: <http://terramagazine.terra.com.br/blogdosirio/blog/2011/10/06/o-tempora/>. Acesso em: 20 ou. 2013.)

IMPORTANTE:

Seu texto deve ser escrito à tinta, azul ou preta, na Folha de Redação fornecida pelo Fiscal de Aplicação. Utilize para Rascunho o espaço apropriado em seu Caderno de Prova de Redação.

Na Folha de Redação, não dever ser usado corretivo e não deve haver rasuras.

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