Redação UESB 2011

INSTRUÇÕES:
• Leia, com atenção, os dois temas propostos. Em seguida, ESCOLHA UM DELES e elabore sua Redação.
• Escreva sua Redação no espaço reservado ao rascunho.
• Transcreva seu texto na Folha de Redação, usando caneta de tinta azul ou preta.
• Não utilize letra de imprensa.

Será anulada a Redação
— redigida fora do tema proposto;
— apresentada em forma de verso;
— assinada fora do campo próprio;
— escrita a lápis ou de forma ilegível.

Tema 1

A indignação pura e simples corre sempre o risco de parecer muxoxo ressentido, rabugice obsessiva ou rancor anódino. Em se tratando de questões urbanísticas, já existe gente demais destilando indignações [...]

Hoje, entretanto, não houve como não se indignar com um ato da mais abjeta e covarde barbárie, produzido por não sei que córtex cerebral de oligoide obscuro, de energúmeno noturno, um facão nas mãos e merda na cabeça, que decapitou o coqueiro que insistiu em crescer entre as pedras, símbolo de um paisagismo possível e omitido pelos que decidem.

E no outro extremo emotivo, o da beleza e do sentimento, me lembrei de Carlos Drummond de Andrade: “Uma flor nasceu na rua! / Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. / Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. / Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. / Sua cor não se percebe. / Suas pétalas não se abrem. / Seu nome não está nos livros. / É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.” [...]

Mas agora jaz inerte, apenas um toco, as palmas decapitadas por um vândalo da madrugada, cheirado ou fumado. E lá ficaram tombadas suas folhas de esmeralda, algumas ainda pendentes do tronco, como a pedir, ainda estou vivo, salvem-me. [...] O coqueiro “furou o tédio, o nojo e o ódio”, mas morreu mesmo assim.

(MUELLER, Lourenço. Porto da Barra. A Tarde, Salvador, 14 nov. 2010. Caderno Opinião, p. A2).

Considerando o fragmento em destaque, produza um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:

O homem e a natureza no espaço urbano contemporâneo.

OBSERVAÇÕES:

1) Use a norma culta escrita da língua.
2) Reflita sobre a necessidade de reencontro do homem com a natureza.
3) Argumente no sentido de mostrar que o homem deve se portar de forma a proteger e não a depredar a natureza, no espaço urbano.

Tema II

A fome, no Brasil, é consequência, antes de tudo, do seu passado histórico, com os seus grupos humanos sempre em luta e quase nunca em harmonia com os quadros naturais. Luta, em certos casos, provocada e por culpa, portanto, da agressividade do meio, que iniciou abertamente as hostilidades, mas quase sempre por inabilidade do elemento colonizador, indiferente a tudo que não significasse vantagem direta e imediata para os seus planos de aventura mercantil. Aventura desdobrada em ciclos sucessivos de economia destrutiva, ou pelo menos desequilibrante da saúde econômica da nação: o do pau-brasil, o da cana-de-açúcar, o da caça ao índio, o da mineração, o da lavoura nômade, o do café, o da extração da borracha, e finalmente o da industrialização artificial baseada no ficcionismo das barreiras alfandegárias e no regime da inflação... E o “fique rico” tão agudamente estigmatizado por Sérgio Buarque de Holanda... Em última análise, esta situação de desajustamento econômico e social foi consequência da inaptidão do estado político para servir de poder equilibrante entre os interesses privados e o interesse coletivo

A princípio, por sua tenuidade e fraqueza potencial diante da fortaleza e independência dos senhores de terras, mandachuvas em seus domínios de porteiras fechadas... Ultimamente, num contrastante exagero noutro sentido, no excesso centralizante do poder... Consequência dessa centralização absurda e da política de fachada da república foi o quase abandono do campo e o surto da urbanização... que, não encontrando no país nenhuma civilização rural bem enraizada, veio acentuar de maneira alarmante a nossa deficiência alimentar.

(CASTRO, Josué de. Geografia da fome. São Paulo: Círculo do Livro, 1946. p. 23-24. Adaptado).

O texto que você acaba de ler é um fragmento de “Geografia da fome”, de Josué de Castro, publicado em 1946. Reflita sobre aquela realidade nele referida, dê um salto histórico e chegue até o Brasil de hoje. Agora, escreva uma carta para Josué de Castro, fazendo uma resenha da situação atual do país, no que concerne à fome.

OBSERVAÇÕES:

1. Utilize a modalidade escrita da língua portuguesa adequada para esse texto epistolar.
2. Justifique os seus argumentos e elabore proposta plausível de solução ou minimização do problema discutido.
3. No fecho da carta, utilize o pseudônimo JOCA, evitando, assim, anular a sua redação.

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