Redação FGVRJ 2019

O pior do Brasil é o brasileiro

Não pense na exceção, mas na regra para refletir sobre a dramática sentença no título. O mito da generosidade brasileira se desfaz cada vez mais com a ofensiva conservadora que obriga a sociedade a debater direitos fundamentais como a liberdade e a igualdade.

A pesquisa Datafolha que revelou que um em cada três brasileiros culpa mulheres estupradas é apenas uma das provas de que não somos bons, que de um modo geral é a ruindade que prevalece.

Foram ‘normais’ sem características de psicopatas que responderam ao Datafolha, uma parcela imensa de brasileiros que banalizam crimes bárbaros por convicções não só estúpidas, mas desumanas baseadas em normas de conduta de fundamentalismo religioso. A cada duas horas nasce uma igreja no Brasil e a sociedade está espiritualmente cada vez mais distante da generosidade, o primeiro e mais importante princípio cristão. É lenda associar a simpatia do brasileiro com magnanimidade e isso acontece porque a imprensa sensacionalista dá uma proporção gigantesca a casos isolados de bondade para faturar com publicidade. Outras pesquisas revelaram o perfil da sociedade brasileira que se mostra ruim e estúpida por maioria ao aprovar a redução da maioridade, a prisão perpétua ou pena de morte, apesar de saber que neste país a lei não vale para todos. Entendeu agora o título tão provocante?

Por Luciana Oliveira, em seu blog. http://blogdalucianaoliveira.com.br/blog/2016/09/22/o-pior-do-brasil-e-o-brasileiro/.Adaptado.

O pior do Brasil é o brasileiro

O mesmo povo que se mobiliza quando há tragédias pode virar uma corja repugnante

Rio. Ficou famoso o episódio em que uma moradora do Rio se recusou a ajudar um gringo, mesmo sabendo falar inglês. “You’re in Rio for the Olympic Games and doesn’t speak Portuguese? Segue em frente e vira à direita que tu chega no metrô! Gringo tá no Rio e eu tenho que falar inglês?” Se isso aconteceu em 2016, época festiva dos Jogos, imagine agora com a realidade baixo astral em que vivemos.

Durante as greves e paralizações dos transportes em 2018, testemunhamos gente em guerra, empunhando galões de combustíveis que, ao encontrarem as bombas secas, acabaram na cabeça dos que estavam ali também atrás de gasolina. Carros com ¾ de tanque em filas longas, durante horas, apenas para “completar”. Gente que em frente a uma prateleira com duas bandejas de tomates a dez contos o quilo, tratou de catar ambas, mesmo sob protesto de terceiros. Deixa eu garantir o meu, os outros que se danem.

O brasileiro quer um país diferente desde que não envolva sacrifícios pessoais. Quer mais Estado e menos impostos. Não é genial? Quer que as coisas mudem, que a corrupção acabe, mas sem mudar o próprio comportamento. A gente se acha malandro tirando onda de gringo otário. Quem são mesmo os otários?

Mariliz Pereira Jorge. É jornalista e roteirista, titular da coluna Rio, da Folha de S. Paulo. Folha de S. Paulo, 31.05.2018. Adaptado.

O mito da cordialidade do brasileiro: mais uma mentira!

O Brasil é um país construído em cima de algumas verdades, mas, sobretudo, de muitas mentiras. O mito da cordialidade do brasileiro é uma delas. Pode não ser uma mentira total, mas tampouco essa cordialidade é uma verdade integral. Seria ela então uma meia-verdade? Talvez.

Como expressão da nossa identidade nacional costumamos dizer: “Nós, brasileiros, somos o povo da alegria, do calor humano, da hospitalidade e do sexo; tudo bem, temos lá nossas mazelas, nossos problemas, mas nenhum povo é mais caloroso, simpático e sensual neste planeta; nos identificamos pela nossa cordialidade, simpatia e calor humano” (Jessé Souza, 2011:29-39)

A cordialidade do brasileiro é um fenômeno existente, parcialmente, entre as camadas dos favorecidos culturais e socioeconômicos (camada de cima). Entre as pessoas da mesma hierarquia social realmente existe certa cordialidade. Frente aos discriminados (mulher, criança, idoso, negros, pobres, índios etc.), no entando, a realidade é bem distinta, visto que eles são torturáveis, prisionáveis e mortáveis (extermináveis).

De 1980 a 2000 cerca de 2 milhões de pessoas foram mortas no Brasil em razão de causas externas (acidentes, suicídio e homicídio) (dados do IBGE). O Brasil é palco de cerca de 10% de todas as mortes dolosas do planeta (quase 50 mil por ano). Dez mulheres são assassinadas diariamente no nosso país, sendo 7 por pessoas do seu relacionamento (marido ou ex-marido, namorado ou ex-namorado e noivo ou ex-noivo). Com esses números, não dá para dizer que todos somos cordiais, hospitaleiros, simpáticos, cheios de calor humano etc. Pelo menos não é essa, com certeza, a visão dos discriminados (que são torturáveis, prisionáveis e extermináveis).

Luiz Flávio Gomes, Professor e Jurista. Consultado em https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121925684/o-mito-da-cordialidade-do-brasileiro-mais-uma-mentira. Adaptado.

Tudo indica que, na atualidade, a ideia tradicional de que o melhor do Brasil é o brasileiro entrou em crise e se tornou polêmica, o que se reflete nos textos aqui reunidos. Com base nas ideias neles contidas, bem como em outras informações que você considere relevantes, redija uma dissertação em prosa sobre o tema:

O pior do Brasil é o brasileiro?

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