Redação FGV-ECON 2020 - Mercado de Trabalho

Texto 1

Quase dois anos depois da reforma trabalhista o Brasil ainda enfrenta um grande entrave no mercado de trabalho. É a informalidade, que registrou alta nos últimos quatro anos e tem impacto na produtividade do país, o que fica claro, por exemplo, ao se constatar que empresas formais têm produtividade média quatro vezes superior à das informais”, explica Fernando Veloso, economista e pesquisador da área de Economia Aplicada da FGV IBRE.

Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2018 do IBGE, o contingente de brasileiros com trabalho informal chegou a 37,3 milhões de pessoas, ou 40,8% da população com algum tipo de ocupação. Com uma série de encargos sociais incidindo sobre a contratação, não é incomum que as empresas optem por utilizar mão de obra sem registro. “O recolhimento de inúmeras contribuições, nem sempre revertidas em benefícios ao colaborador, cria praticamente uma tributação sobre a folha de pagamento. Isso gera um efeito que incentiva a informalidade, tanto da parte da firma quanto do trabalhador”, analisa Veloso.

(“Como a informalidade afeta a produtividade e a economia?”. https://g1.globo.com, 28.08.2019. Adaptado.)

Texto 2

A entrada de trabalhadores no mercado informal ajudou a reduzir o desemprego e colocou um número recorde de pessoas na força de trabalho. Mas esse fenômeno, que à primeira vista pode indicar uma reação da economia, não se traduziu em melhora na produtividade. Para especialistas, é mais um sintoma da fraqueza da atividade econômica e de sua lenta recuperação, refletidos no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O professor da faculdade de economia da USP, Hélio Zylberstajn, observa que é evidente que para um desempregado é melhor conseguir uma ocupação informal do que nada, mas a informalidade é uma coisa muito ruim, visto que, por exemplo, o rendimento médio de um trabalhador sem carteira assinada pode ser quase 40% menor que o de um registrado, segundo o IBGE.

(Taís Laporta e Marta Cavallini. “Desemprego cai, mas aumento do trabalho informal dificulta retomada da economia”. https://g1.globo.com, 31.08.2018. Adaptado.)

Texto 3

O Brasil registrou em 2018 recorde de trabalhadores sem carteira assinada, e a informalidade atingiu o maior nível desde 2012, quando o IBGE começou a fazer sua atual pesquisa. O trabalho por conta própria, por exemplo, garantiu o sustento de praticamente um em cada quatro brasileiros (25,4%).

Segundo o IBGE, o desemprego fechou 2018 em queda, algo que não acontecia havia três anos. A taxa média de desocupação foi de 12,3%, contra 12,7% em 2017. Em 2018, 12,8 milhões de brasileiros estavam sem emprego, menos que os 13,2 milhões de 2017. “Desde o segundo trimestre de 2018, percebeu-se uma queda significativa da desocupação, o que seria uma notícia excelente não fosse o fato de ela vir acompanhada por informalidade. Ou seja, em termos de qualidade, há uma falha nesse processo de recuperação”, declarou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Segundo ele, a informalidade vem acompanhada por uma série de fatores desfavoráveis, como a falta de estabilidade, o rendimento baixo e a falta da segurança previdenciária.

(“Informalidade bate recorde, e 1 a cada 4 pessoas trabalha por conta própria”. https://economia.uol.com.br, 31.01.2019. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Informalidade no mercado de trabalho: entre a necessidade de uma ocupação e os prejuízos para a economia

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