Redação sobre Sociedade
Vivendo em uma Sociedade
Tema 1
Imagine a seguinte situação: você acorda um dia e descobre que no mundo não há mais leis ou regras. Cada pessoa pode fazer o que quiser. Descreva como seria tal mundo. Use sua imaginação!
O objetivo deste tema de redação é fomentar a criatividade do aluno.
Tema 2
Dada a opção, você preferiria ser diferente das outras pessoas ou igual a elas? Em outras palavras, é preferível ser original, até excêntrico, ou conseguir se encaixar com facilidade na sociedade?
Tema 3
Imagine o mundo daqui a 100 anos. Como ele será? Use sua imaginação!
Tema 4
Imagine se você vivesse 100 anos atrás. Como seria sua vida? O que você faria?
Tema 5
“As pessoas dão demais valor às opiniões dos outros”.
Você concorda com tal afirmação? Justifique sua resposta com exemplos específicos.
Tema 6
O Brasil é uma democracia. Diferentemente da época da ditadura militar, hoje os brasileiros ter direito de se expressar livremente. Contudo, há um famoso ditado brasileiro: “Quem fala o que quer, ouve o que não quer”. Você concorda que toda pessoa tem o direito de falar o que quiser? Deveria haver limites? Em outras palavras, será que a sociedade deve tolerar todas as opiniões, mesmo que sejam racistas, ofensivas, caluniosos ou que fomentem a violência?
Tema 7
“As pessoas deveriam se preocupar menos com elas próprias e mais com a sociedade como um todo. A cada dia, as pessoas se tornam mais individualistas e egoístas. Quase ninguém pensa no bem comum. Cedo ou tarde, isso destruirá a nossa sociedade”.
Qual é a sua opinião sobre a crítica à sociedade feita acima? É legítima? Você concorda com ela. Utilize exemplos específicos para justificar sua resposta.
Tema 8
“Nunca houve uma sociedade tão materialista como a de hoje”.
Você concorda com tal afirmação. Justifique sua resposta.
Redação UERJ 2020
Em Vidas secas, de Graciliano Ramos, o personagem Fabiano se submete voluntariamente a outros, como o patrão e o soldado amarelo. Com pensamentos e atitudes reveladores de sua servidão voluntária, Fabiano vê a si mesmo como um bicho, e não como homem.
A partir da leitura do romance, escreva uma redação dissertativo-argumentativa, com 20 a 30 linhas, em que discuta a seguinte questão:
O que leva pessoas, em condições semelhantes às de Fabiano, a se considerarem inferiores às demais?
Seu texto deve atender à norma-padrão da língua portuguesa, conter um título, além de ser inteiramente escrito com caneta, sem apresentar qualquer identificação.
PADRÃO DE RESPOSTAS
A proposta de Redação no Vestibular Estadual 2020 parte da leitura do romance “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. Pede-se a discussão de uma questão polêmica levantada pelo romance. A proposta lembra que o personagem Fabiano se submete voluntariamente a outros, como o patrão e o soldado amarelo. Com pensamentos e atitudes reveladores de sua servidão voluntária, Fabiano vê a si mesmo como um bicho, e não como homem.
A situação levanta o tema da Redação: “o que leva pessoas, em condições semelhantes às de Fabiano, a se considerarem inferiores às demais?”. A questão pede uma reflexão pessoal sobre as condições que provocam a servidão voluntária, isto é, a submissão voluntária do cidadão aos governantes de plantão ou seus prepostos. Há várias abordagens possíveis, mas todas exigem uma argumentação consistente e coerente. A Redação, como pede a proposta, deve se apresentar em registro formal, dentro do limite estabelecido de linhas. Recomenda-se ainda não reduzir a Redação a uma resenha ou a um resumo do livro, para não fugir do tema.
Fonte: UERJ
Redação Unisc 2019
TEMA 1 - Paradigmas e rupturas
Quando pensamos em sociedade, a ideia de um paradigma, de um código de conduta, de uma racionalidade, de um senso social logo é ativada na memória.
Escreva sobre a sociedade de nosso tempo. Em que mundo vivemos? Quais são os valores, os diferenciais, quais os objetivos que movem as pessoas? O que somos?
O Para sua indagação sobre essa temática a forma da produção escrita será de um texto de caráter argumentativo. Assim, trilhe seu caminho, mas fundamente com argumentos fortes, apropriados. Respeite a textualidade e o uso dos recursos linguísticos.
Redação Puc-Campinas 2019
Texto 1
As instituições da sociedade moderna, criadas para garantir aos indivíduos direitos sociais, políticos e civis, reforçam o processo de individualização e, portanto, destroem fundamentos que garantem a coesão social, na medida em que tais direitos têm como sujeito o indivíduo e não a comunidade. O mundo hoje é fortemente marcado pelo individualismo e pela ausência de sentimento de solidariedade. Pessoas andam em um ritmo frenético, mal observando aqueles que estão ao seu redor. A individualização permite a constituição de novas identidades, mas também gera perda de coesão social.
(Adaptado de: COMIM, Daniela Cristina. Em busca do elo perdido: solidariedade em um mundo pós-moderno. Revista Sem Aspas. v. 2, n. 1/2, jan./dez. 2013)
Texto 2
De repente, todos gostavam demais de Sorôco. Ele se sacudiu, de um jeito arrebentado, desacontecido, e virou, pra irs’embora. Estava voltando para casa, como se estivesse indo para longe, fora de conta. Mas, parou. [...] − Num rompido − ele começou a cantar, alteado, forte, mas sozinho para si. Cantava continuando. A gente se esfriou, se afundou − um instantâneo. A gente... E foi sem combinação, nem ninguém entendia o que se fizesse: todos, de uma vez, de dó do Sorôco, principiaram também a acompanhar aquele canto sem razão. E com as vozes tão altas! Todos caminhando, com ele, Sorôco, e canta que cantando, atrás dele, os mais de detrás quase que corriam, ninguém deixasse de cantar.
(Adaptado de: ROSA, Guimarães. Sorôco, sua mãe, sua filha. Primeiras estórias, 1962)
Texto 3
Para mim, individualismo é uma palavra nobre. O individualismo não tem nada a ver com o egoísmo, mas com uma sociedade em que o indivíduo é um valor superior à comunidade. O conceito da vontade geral é verdadeiramente uma das raízes ideológicas do que aconteceu de pior no século 20.
(Adaptado de: Trecho de entrevista de Contardo Calligaris. Disponível em: veja.abril.com.br)
Baseando-se na relação entre as ideias presentes nos textos de apoio 1, 2 e 3, e em seu conhecimento a respeito das questões suscitadas, redija uma dissertação de caráter expositivo sobre o seguinte tema:
Individualismo e comunidade
Redação Insper 2018
Reino Unido cria Ministério da Solidão
O Reino Unido nomeou nesta quarta-feira, 17 de janeiro de 2018, pela primeira vez na história, uma ministra da Solidão, para enfrentar o que a primeira-ministra britânica, Theresa May, descreveu como “ a triste realidade da vida moderna”. (...) Mais de 9 milhões de pessoas dizem viver permanentemente ou frequentemente sozinhas, de uma população de 65,6 milhões, de acordo com a Cruz Vermelha britânica. A instituição descreve a solidão como uma “epidemia oculta”, afetando pessoas de todas as idades e em todos os momentos de suas vidas, como durante a aposentadoria, na morte do parceiro ou na separação.
Deutsche Welle (DW Brasil). Consultado em 17/01/2018. Adaptado.
Reino Unido cria Ministério da Solidão para solucionar “triste realidade moderna”
A solidão é um problema crônico da sociedade moderna e pode atingir qualquer pessoa de qualquer idade. Muitas vezes, uma mudança aparentemente comum, como uma criança que muda de escola e não se adapta, é o bastante para abrir essa caixa. Diversos estudos indicam que mais de uma em cada três pessoas dos países ocidentais – o que inclui o Brasil – sente-se sozinha habitualmente ou com frequência. Há vários fatores que culminam nessa taxa, como o envelhecimento da população, o crescimento dos afazeres diários, o pouco tempo de lazer, a falta de contato pessoal trazido pelas redes sociais, mas, principalmente, o isolamento social causado pela farta porção de informações que atingem o ser humano todos os dias. (...)
Os médicos alertam que o isolamento social é uma epidemia crescente que pode ter consequências físicas, mentais e emocionais. A solidão também foi classificada como o maior risco de doença cardíaca, diabetes e câncer, de acordo com os pesquisadores da área da saúde.
www.hypeness.com.br. Consultado em 17/01/2018. Adaptado.
Reino Unido escolhe “Ministra da Solidão”
Um acontecimento que você pode considerar muito sinistro ou simplesmente um sinal dos tempos: o Reino Unido apontou um “Ministro da Solidão” para lidar com uma verdadeira epidemia de tristeza que atinge mais de 9 milhões de britânicos. A primeira-ministra britânica se pronunciou sobre o assunto, afirmando que “para muita gente, a solidão é a realidade da vida moderna”, e é por isso que ela tomou a decisão, apontando Tracey Crouch para o cargo (...).
No Brasil, a solidão é um medo que não esconde seus números: em 2017, uma pesquisa realizada com homens e mulheres acima dos 55 anos pela Sociedade de Geriatria e Gerontologia de São Paulo descobriu que 29% dos entrevistados teme a solidão. Mas pessoas jovens também precisavam enfrentar diariamente a pressão da sociabilidade (ou medo da falta dela). Com as redes sociais e as inovações tecnológicas, novas síndromes já surgiram – como a “fomo” (“fear of missing out” em inglês, algo próximo de “medo de perder a oportunidade”). Sabe aquele sentimento ruim que bate quando você passa pela timeline do Instagram e vê todo mundo se divertindo enquanto você está em casa? É Fomo. Estima-se que a solidão pode estar relacionada a 50% dos suicídios cometidos anualmente – cerca de um milhão.
Lucas Barany, Superinteressante. 17/01/2018. Adaptado.
Ministério da Solidão
E que tal um ministro para a solidão? (...) Confesso que a ideia me parece absurda. (...) Theresa May está errada quando acredita que a solidão é uma “realidade” moderna. Não é. A solidão, tal como a tristeza e o fracasso, faz parte da condição humana, provavelmente desde o momento em que os membros da espécie adquirem consciência de si próprios. Além disso a solidão é, sob certos aspectos, uma condição indispensável à constituição da dimensão reflexiva do sujeito humano. Mas ela também está errada por outro motivo: e se o grande problema da “vida moderna” não for excesso de solidão, mas a sua escassez? A vida moderna é uma gigantesca conspiração para abolir a solidão. Basta escutar os desejos utópicos de um qualquer Zuckerberg ensandecido: para os novos profetas do Vale do Silício, o ideal é atingir um mundo de conversas contínuas, em que a privacidade não passa de uma relíquia – e todos podem espiar todos.
João Pereira Coutinho, Folha de S. Paulo. 20/02/2018. Adaptado.
O que a criação de um “Ministério da Solidão”, no Reino Unido, nos revela sobre as sociedades de nossa época? Tendo em vista as ideias sobre essa questão, presentes nos textos acima reproduzidos, além de outras informações que você considere relevantes, redija uma dissertação em prosa sobre o tema:
As sociedades contemporâneas e a solidão.
Redação UFU 2018
Leia o texto abaixo.
Num café em Nova York, tentando se reerguer da ressaca do brunch, um homem e uma mulher de meia idade discutiam quem tinha antepassados há mais tempo em solo americano, listando parentes distantes na lista de bordo dos primeiros barcos europeus a atracar por essas terras centenas de anos atrás.
"Minha família começou com a colônia da Virgínia", dizia Robert Slaughter, dono de um antiquário, lembrando o lugar onde viveram John Smith e a índia Pocahontas. "Sou aquilo que pareço, um europeu ocidental, com um pouco de escandinavo e uma pitada de espanhol no meio."
Ele e a nova amiga, como milhões de americanos em tempos de nacionalismo exacerbado, tinham na ponta da língua um resumo cristalino de suas árvores genealógicas.
Não é que tenham se tornado especialistas no assunto da noite para o dia, mas a febre em torno de testes caseiros de DNA que inundam o mercado no país mais rico do mundo criou uma enorme legião de nerds geneticistas amadores.
Em comerciais na TV, empresas como 23andMe, Ancestry e MyHeritage não cansam de contar as histórias de descoberta de seus clientes, um mais caricato do que o outro, do rapaz que descobriu ser mais escocês que alemão e trocou os suspensórios por um kilt à mulher que passou a usar cocares quando soube de um antepassado indígena.
"Há uma onda de pessoas querendo aprender mais sobre o seu passado", diz Rafi Mendelsohn, porta-voz da MyHeritage, empresa com 80 milhões de usuários no mundo, a maioria deles nos Estados Unidos, e 3 bilhões de árvores genealógicas já arquivadas em seu sistema online. Todas essas plataformas, que cobram em média R$ 300 pelo teste de DNA, operam da mesma forma. Quem quiser saber detalhes de sua composição genética cospe num tubinho de ensaio, embrulha num saco plástico e manda pelo correio ao laboratório - o resultado chega em semanas.
[...]
Emma Krenstler, uma jovem branca que cresceu ouvindo falar de seus antepassados alemães e italianos, também ficou chocada quando viu traços do norte da África e do Oriente Médio nos resultados do teste de DNA que ela fez.
"Isso abriu meus olhos para muitas outras possibilidades. Pensei que tudo que eu sabia até agora sobre mim mesma podia ser uma mentira", diz Krenstler. "Fiquei tão surpresa que passei a cavar mais fundo agora. Meus pais, meus tios e avós também estão todos fazendo esse mesmo exame."
Enquanto ela descobriu origens insuspeitadas, o estudante de urbanismo Mikhi Woods teve certeza daquilo que já pensava sobre a sua composição étnica. Mesmo de olhos puxados, que despertavam perguntas de seus amigos sobre parentes orientais, ele dizia não ter dúvidas sobre as suas raízes africanas.
“Descobri que faço parte de alguma coisa e que tenho um passado", ele conta. "Sou mais confiante em relação a tudo agora porque isso reforçou minha identidade como um homem negro."
Woods, Krenstler e Wederfoort estudam juntos na Universidade West Chester, na Pensilvânia. Eles todos, curiosos com suas origens étnicas, fizeram testes de DNA como voluntários num projeto acadêmico que tenta avaliar o impacto do conhecimento da própria genética sobre a construção de uma identidade social.
"Fiquei chocada quando vi tantos alunos formando filas para fazer os testes", conta Anita Foeman, a professora à frente do estudo. "Mas o fato é que a proliferação desses exames está gerando novas discussões sobre raça e cultura. Muita gente mudou toda a narrativa sobre suas origens."
Faz mais de uma década que Foeman começou esse levantamento, mas o número de voluntários e o volume de dados arquivados vêm batendo recordes nos últimos anos. [...]
"Há um desejo cada vez maior de saber mais sobre as nossas origens. Esses testes viraram uma extensão do selfie", diz a professora. "As pessoas querem novas maneiras de se enxergar, querem brincar mais com a identidade."
Mas também querem atacar. Em tempos de supremacias dos brancos, violência policial contra negros e discursos de ódio cada vez mais explícitos, pesquisas sobre etnia acabaram virando uma ferramenta política, dando origem ao que ativistas chamam de genealogia da resistência.
Irritada com os ataques a imigrantes que ouvia de comentaristas e políticos ultraconservadores nos canais de notícias na televisão, a jornalista Jennifer Mendelsohn passou a pesquisar as árvores genealógicas dessas personalidades para mostrar que as famílias de muitas delas também vieram de outro lugar para tentar fazer a América. [...]
"Se pessoas soubessem mais sobre a história da imigração neste país, haveria mais compaixão", diz a jornalista. Ela completa: "Esses testes de DNA e as árvores genealógicas, às vezes, revelam que as pessoas não são quem pensam que são e mostram que todos estamos conectados".
MARTÍ, Silas - https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/avanco-do-nacionalismo-impulsiona-testes-deorigem- genetica-nos-eua.shtml Acesso em 23/04/18 (Adaptado)
Suponha-se que você esteja fazendo um curso avançado de Biologia em uma universidade e seu(sua) professor(a) esteja investigando como tema de pesquisa o impacto do conhecimento da própria genética sobre a construção de uma identidade social e que, para isso, precisa saber, inicialmente, o que as pessoas pensam sobre os testes genéticos.
Com base nessa situação, redija um texto de opinião, em que fique evidenciado a importância ou não de se fazerem testes genéticos.
Redação UFU 2017
Elabore um texto dissertativo-argumentativo a partir do problema: quando a vontade de alguns indivíduos interfere no bem-estar da sociedade, as consequências podem ser devastadoras.
Construa ao menos dois argumentos para fundamentar o raciocínio apresentado.
INSTRUÇÕES:
1. Escreva no mínimo 20 linhas e no máximo 28 linhas.
2. Se usar letra de forma, que não é a melhor escolha, distingua maiúsculas de minúsculas.
3. Evite rasuras e escreva com letra legível.
4. Não se afaste do tema proposto.
5. Qualquer dúvida, solicite orientação ao fiscal.
6. Leia com atenção as instruções da folha de redação oficial.
Redação UEG 2015
Nos dias de hoje, é impossível não notar a profusão de fatos e atitudes humanas que não raro colocam as pessoas diante da dicotomia bem e mal. Assim, surgem várias polêmicas sobre o que vem a ser realmente a natureza humana. A esse respeito, leia a coletânea a seguir.
Texto 1
O homem é naturalmente bom, creio havê-lo demonstrado. Que será, pois, que o pode ter depravado a esse ponto, senão as mudanças sobrevindas na sua constituição, os progressos que fez e os conhecimentos que adquiriu? Que se admire quanto se queira a sociedade humana, não será menos verdade que ela conduz necessariamente os homens a se odiar entre si à proporção do crescimento dos seus interesses, a se retribuir mutuamente serviços aparentes, e a se fazer efetivamente todos os males imagináveis. Que se pode pensar de um comércio em que a razão de cada particular lhe dita máximas diretamente contrárias àquelas que a razão pública prega ao corpo da sociedade, e em que cada um tira os seus lucros da desgraça do outro? Não há, talvez, um homem abastado ao qual os seus herdeiros ávidos, e muitas vezes seus próprios filhos, não desejem a morte, secretamente. Não há um navio no mar cujo naufrágio não constituísse uma boa notícia para algum negociante; uma só casa que um devedor de má-fé não quisesse ver queimada com todos os documentos; um só povo que não se regozijasse com os desastres dos vizinhos. É assim que tiramos vantagens do prejuízo dos nossos semelhantes, e que a perda de um faz quase sempre a prosperidade do outro.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem da desigualdade. Disponível em: <http://www.jahr.org >. Acesso em: 03 set. 2014.
Texto 2
O massacre de uma inocente mãe de família, por enfurecida turba de linchadores, no bairro pobre de Morrinhos, no Guarujá (SP), causa espanto e horror. É que, mesmo não sendo uma novidade, apresenta traços novos em relação ao já conhecido: uma inocente que é religiosa, duas filhas, benquista pelos vizinhos, adoentada, pacífica. A típica mãe do Dia das Mães. Seu linchamento é como se esta sociedade linchasse um de seus símbolos fundamentais. Em se tratando de pessoa inocente, esse linchamento incomoda os que acham que essa prática é um instrumento legítimo de justiça popular, que pune os antissociais, os que supostamente merecem ser castigados com violência. Nesse caso, é bom que saibam que eles próprios podem ser alcançados pela ira da multidão, da justiça sem juiz e sem tribunal de apelação.
SOUZA, José Martins de. Seres sem rumo. Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,seres-sem-rumo,1164950>. Acesso em: 10 set. 2014. (Adaptado)
Texto 3
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.
Mandela, Nelson. As palavras de Nelson Mandela. São Paulo: Objetiva, 2012.
Texto 4
O assunto de hoje pode até soar repetitivo, considerando a avalanche de más notícias e dos perigos que nos rondam diariamente, contudo, me chocou profundamente pela forma como aconteceu. De repente percebo que não só os bandidos inspiram cuidados, estamos nos tornando perigosos uns aos outros também. Vejam só o caso da Senhora Juliana Cravo, de 29 anos, que saiu de casa com sua mãe com o objetivo de comprar um computador num shopping da Zona Norte de São Paulo. Tudo ia bem, até Juliana ser acertada no rosto por uma cusparada de uma criança, que irresponsavelmente e à revelia de seus responsáveis, brincava de cuspir as pessoas do alto de uma escada rolante. O que ela fez, então? Aquilo que qualquer um de nós faria, acredito eu... procurou os tais responsáveis pelo menor, nesse caso uma tia, e reclamou, pedindo providências para que isso não se repetisse com outras pessoas... Resultado: Juliana fora seguida e espancada do lado de fora do shopping por um grupo de selvagens, entre eles, e como líder do bando, a tia do menor, que, muito ofendida com a reclamação, resolveu tomar as providências que julgou mais adequadas. Em decorrência dos socos, murros e pontapés, a vítima teve um derrame cerebral e morreu quatro dias depois. O circuito interno de TV do estabelecimento registrou algumas cenas dos acusados e as imagens serão usadas como prova para a acusação. Para família, além da revolta, só resta agora cobrar das autoridades providências e que os agressores paguem pelo crime bárbaro cometido.
DIAS difíceis: o bem vence o mal? Disponível em:<http://dapoesiaaocaos.blogspot.com.br/22010/07/dias-dificeis-o-bem-vence-o-mal.html >. Acesso em: 10 set. 2014. (Adaptado).
Texto 5
Contrastando com as outras muitas notícias de fraudes, roubos, violências e corrupções, uma cena inusitada: um casal de “sem-teto” encontra uma mala com R$ 20.000,00 imediatamente procura uma delegacia para devolver o dinheiro. Ainda existem pessoas honestas que não foram corrompidas pela sedução do dinheiro fácil e imposição consumista. Os policiais encontraram os donos da bolsa valiosa e devolveram o dinheiro, em seguida promoveram o encontro entre eles para um desfecho apropriado. O proprietário do restaurante roubado, num gesto de reconhecimento da ação de honestidade irrepreensível, ofereceu ao casal emprego na empresa.
UM ato de honestidade. Disponível em: <http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,22,ARTICULISTAS,65081>. Acesso em: 25 set. 2014. (Adaptado).
Texto 6
Por liberdade entende-se, conforme a significação própria da palavra, a ausência de impedimentos externos, impedimentos que muitas vezes tiram parte do poder que cada um tem de fazer o que quer, mas não podem obstar a que use o poder que lhe resta, conforme o que seu julgamento e razão lhe ditarem. Uma lei de natureza é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se proíbe a um homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la, ou omitir aquilo que pense poder contribuir melhor para preservá-la. E dado que a condição do homem é uma condição de guerra de todos contra todos, sendo neste caso cada um governado por sua própria razão, e não havendo nada de que possa lançar mão, que não possa servir-lhe de ajuda para a preservação de sua vida contra seus inimigos, segue-se daqui que numa tal condição todo homem tem direito a todas as coisas, incluindo os corpos dos outros. Portanto, enquanto perdurar este direito de cada homem a todas as coisas, não poderá haver para nenhum homem (por mais forte e sábio que seja) a segurança de viver todo o tempo que geralmente a natureza permite aos homens viver.
HOBBES, Thomas. Leviatan. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_thomas_hobbes_leviatan.pdf>. Acesso em: 10 de set.2014. (Adaptado).
Texto 7
Arrependido, o servente Adeílton Domingues Faria, de 24 anos, procurou a Delegacia de Polícia de Sorocaba, quinta-feira e pediu para ser preso. Ele havia matado, em 2001, um adolescente de 14 anos e não fora responsabilizado pelo crime. Depois de quase três anos, alegou que não aguentava mais o remorso. O assassinato, ocorrido na zona norte da cidade, figurava na relação de crimes não esclarecidos pela polícia. Faria contou aos incrédulos policiais que tinha sido ele o autor e, durante todo o tempo, tinha lutado contra a sua consciência que reclamava a confissão. Ele justificou ter se esquivado de assumir o crime porque agiu em legítima defesa. Faria disse que tinha sido jurado de morte pela vítima. O servente, que tem dois filhos, disse que espera agora viver em paz. Sua intenção é provar à Justiça que agiu em defesa própria.
ASSASSINO arrependido confessa crime três anos depois. Disponível em:<http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,assassino-arrependido-confessa-crime-tres-anos-depois,20040402p12387>. Acesso em: 10 set. 2014.
Com base na leitura da coletânea, escolha UMA das três propostas de construção textual (dissertação, narração ou carta argumentativa) apresentadas a seguir e discuta a questão-tema abaixo:
No seio da sociedade há o bem e o mal: os dois sentimentos são próprios da natureza humana ou a natureza humana é formada por apenas um deles e influenciada pelo outro?
DISSERTAÇÃO
O artigo de opinião é um gênero textual no qual são apresentados argumentos para convencer os leitores a respeito da validade de um ponto de vista sobre determinado assunto.
De posse dessa orientação, amparando-se na leitura dos textos da coletânea e ainda em sua visão de mundo, imagine-se na função de articulista, de uma revista ou de um jornal de circulação nacional, e escreva um artigo de opinião posicionando-se acerca da questão-tema desta prova.
NARRAÇÃO
O gênero crônica, em sentido atual, é uma narrativa que se caracteriza por basear-se em considerações do cronista acerca de fatos correntes e marcantes do cotidiano. Em torno desses fatos, o autor manifesta uma visão subjetiva, pessoal e crítica.
Tendo em vista essa definição de crônica, crie uma narrativa a partir da seguinte situação: você testemunhou um vizinho praticando um assalto a uma senhora idosa no centro da cidade. Ocorre que o assaltante lhe reconheceu. Conte, em um texto em prosa, qual foi a sua reação frente ao ato criminoso, tendo em vista toda discussão levantada nos textos da coletânea. Não deixe de transmitir suas possíveis reflexões e impressões sobre o fato criado, obviamente, relacionando-o com o tema desta prova. Sua narração, portanto, deverá ser em primeira pessoa.
CARTA ARGUMENTATIVA
A carta de leitor é um gênero textual, comumente argumentativo, que circula em jornais e revistas. Seu objetivo é emitir um parecer de leitor sobre matérias e opiniões diversas publicadas nesses meios de comunicação.
Considerando a definição desse gênero textual, a leitura da coletânea e, ainda, suas experiências pessoais, escreva uma carta de leitor a um jornal ou revista de circulação nacional, emitindo seu ponto de vista -contrário, favorável ou outro que transcenda esses posicionamentos - a respeito da situação inusitada exposta no Texto 7 da coletânea.
OBSERVAÇÃO: Ao concluir sua carta, NÃO a assine; subscreva-a com a expressão UM(A) LEITOR(A).
Redação Unisc 2015
O capital humano é a grande âncora do desenvolvimento na Sociedade de Serviços, alimentada pelo conhecimento, pela informação e pela comunicação, que se configuram como peças-chave na economia e na sociedade do século XXI. Aceitando-se essa premissa, é preciso considerar que, no mundo pós-moderno, um país ou uma comunidade equivale à sua densidade e potencial educacional, cultural e científico-tecnológico, capazes de gerar serviços, informações, conhecimentos e bens tangíveis e intangíveis, que criem as condições necessárias para inovar, criar, inventar.
(Aspásia Camargo, “Um novo paradigma de desenvolvimento”)
Aborde essa temática num texto argumentativo. Construa uma base argumentativa que sustente a sua reflexão.
Redação ESPM 2014
Futebol e sociedade
Para o escritor peruano e prêmio Nobel de Literatura em 2010, Mario Vargas Llosa, “o futebol é o ideal de uma sociedade perfeita: poucas regras, claras, simples, que garantem a liberdade e a igualdade dentro do campo, com a garantia do espaço para a competência individual. O futebol é mais que uma modalidade esportiva; é uma das maiores manifestações culturais (e democráticas) já vistas.”
Maurício Murad – “ A violência no futebol “
PROPOSTA: Com base nas informações do texto e em outras de seu conhecimento sobre o assunto, elabore um texto dissertativo que apresente considerações sobre a seguinte questão:
Apesar de a sociedade ser muito mais complexa do que um jogo de futebol, poucas regras, claras e simples, seriam a garantia de uma sociedade mais justa?
Redação Unicentro 2014
Leia o texto a seguir.
Algumas ideias capazes de fazer a diferença podem surgir em momentos inusitados. O embrião para o projeto Imagina na Copa – uma força-tarefa que tem o objetivo de inspirar os jovens brasileiros a assumirem atitudes para melhorar o país –, por exemplo, veio durante um almoço num restaurante grego, em São Paulo. Reunidos numa mesma mesa, os amigos Fernanda Cabral, Mariana Campanatti, Mariana Ribeiro e Tiago Pereira tiveram um “estalo”: por que não tornar a expressão “imagina na Copa”, que tem uma carga negativa e que reflete uma sensação de incapacidade de o país se preparar para os desafios do Mundial, numa expressão positiva? “Mais do que ficar reclamando que as coisas não vão bem, precisamos mostrar que a responsabilidade por um Brasil melhor é nossa também, e que existe uma galera boa fazendo algo pelo país”, acrescenta Mariana.
Até a última semana, o Imagina na Copa publicou 23 ações na sua página da Internet. Os posts contêm descrições e vídeos feitos com os jovens transformadores nas suas respectivas cidades, que vão desde projetos de comunicação na periferia de Salvador até aulas de boxe no Rio de Janeiro e intervenções artísticas para incentivar as pessoas a jogarem lixo no lugar certo, em Curitiba. Mariana explica que há três critérios para que os projetos apareçam na página: que sejam liderados por jovens – ou tenham uma forte participação deles –, que sejam inovadores e que tenham impacto sobre determinadas comunidades.
Para Mariana, mudanças duradouras levam tempo e isso afasta os jovens de adotar atitudes transformadoras. Para contornar esse problema, a ONG criou as missões “pequenas ideias capazes de fazer a diferença”. Entre elas está a identificação das linhas de ônibus que passam por determinados pontos, uma ação que começou em Porto Alegre e se espalhou pelo país. Mariana conta que o Imagina na Copa acaba junto com o Mundial, quando o grupo pretende divulgar uma pesquisa com as informações coletadas sobre os jovens e o protagonismo social.
(Adaptado de: CHERUBINI, F. Um Brasil não só para a Copa. Gazeta do Povo – Caderno Gaz+, Curitiba, p.8, 15 jun. 2013.)
“Mais do que ficar reclamando que as coisas não vão bem, precisamos mostrar que a responsabilidade por um Brasil melhor é nossa também, e que existe uma galera boa fazendo algo pelo país”.
Com base nessa declaração de Mariana Ribeiro, desenvolva um texto dissertativo-argumentativo defendendo sua posição a respeito das ações desenvolvidas pela força-tarefa Imagina na Copa.
Redação Fuvest 2011
Observe esta imagem e leia com atenção os textos abaixo.
Texto 1
Um grandioso e raro espetáculo da natureza está em cena no Rio de Janeiro. Trata-se da floração de palmeiras Corypha umbraculifera, ou palma talipot, no Aterro do Flamengo.
Trazidas do Sri Lanka pelo paisagista Roberto Burle Marx, elas florescem uma única vez na vida, cerca de cinquenta anos depois de plantadas. Em seguida, iniciam um longo processo de morte, período em que produzem cerca de uma tonelada de sementes.
http://veja.abril.com.br, 09/12/2009. Adaptado.
Texto 2
Quando Roberto Burle Marx plantou a palma talipot, um visitante teria comentado: “Como elas levam tanto tempo para florir, o senhor não estará mais aqui para ver”. O paisagista, então com mais de 50 anos, teria dito: “Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros também possam contemplar”.
http://www.abap.org.br. Paisagem Escrita. nº 131, 10/11/2009. Adaptado.
Texto 3
Onde não há pensamento a longo prazo, dificilmente pode haver um senso de destino compartilhado, um sentimento de irmandade, um impulso de cerrar fileiras, ficar ombro a ombro ou marchar no mesmo passo. A solidariedade tem pouca chance de brotar e fincar raízes. Os relacionamentos destacam-se sobretudo pela fragilidade e pela superficialidade.
Z. Bauman. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. Adaptado.
Texto 4
A cultura do sacrifício está morta. Deixamos de nos reconhecer na obrigação de viver em nome de qualquer coisa que não nós mesmos.
G. Lipovetsky, cit. por Z. Bauman, em A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
Como mostram os textos 1 e 2, a imagem de abnegação fornecida pela palma talipot, que, de certo modo, “sacrifica” a própria vida para criar novas vidas, é reforçada pelo altruísmo* de Roberto Burle Marx, que a plantou, não para seu próprio proveito, mas para o dos outros. Em contraposição, o mundo atual teria escolhido o caminho oposto.
Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e nos textos aqui reunidos, redija uma dissertação argumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:
O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo?
*Altruísmo = s.m. Tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro. Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2009.
Instruções:
- A redação deve obedecer à norma-padrão da língua portuguesa.
- Escreva, no mínimo, 20 e, no máximo, 30 linhas, com letra legível.
- Dê um título a sua redação.
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