Redação sobre Saúde Mental

Redação sobre Saúde Mental

Redação UPF 2022

PROPOSTA

É fato que a pandemia de covid-19 ainda terá muitos desdobramentos sobre a saúde mental e emocional de todos, especialmente de crianças e adolescentes. Durante dois anos, praticamente isolados em casa, longe de amigos e da convivência tão necessária na escola, eles se mostram mais ansiosos, irritados e com dificuldades de se relacionar com colegas e professores, uma vez que tiveram como principal companhia, no período de confinamento, as telas de celular e computador.

Um estudo recente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) revela que 36% dos jovens no Brasil apresentaram sintomas de depressão e ansiedade durante a pandemia. O levantamento on-line com 6 mil crianças e adolescentes na faixa etária de 5 a 17 anos mostra que uma em cada três tem níveis de estresse emocional em uma intensidade que é considerada necessária para uma avaliação.

No fim do ano passado, relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertava que crianças, adolescentes e jovens poderão sentir o impacto da covid-19 em sua saúde mental e bem-estar por muitos anos. As estimativas mais recentes apontam que, globalmente, mais de um em cada sete meninos e meninas, com idades entre 10 e 19 anos, vivam com algum transtorno mental diagnosticado. Cerca de 46 mil adolescentes morrem por suicídio a cada ano.

Em dois anos de isolamento, provocado pela pandemia, a ruptura com a rotina de aulas, atividades extracurriculares, recreação, problemas de saúde em casa e a preocupação com a renda familiar, com pais sobrecarregados ou desempregados, estão deixando muitos jovens com medo, irritados e inseguros em relação ao futuro.

No início do mês, um evento chamou a atenção no Brasil para um fato inusitado: 26 jovens sofreram uma crise de ansiedade coletiva em um colégio estadual no Recife (PE) e tiveram que ser atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os estudantes relataram instabilidades como choro excessivo, falta de ar e tremor. O episódio assustou pais e educadores e acendeu o sinal de alerta sobre o que está acontecendo com a saúde mental das crianças e jovens no pós-pandemia. (...)

(Disponível em https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/04/5002343-visao-do-correio-saude-mental-de-criancas-e-jovens.html)

Considerando as reflexões do texto base e suas leituras e conhecimentos prévios sobre o tema da saúde mental de crianças e adolescentes durante e pós-pandemia, escreva um texto dissertativo-argumentativo, discutindo a seguinte questão: Por que a saúde mental de crianças e jovens foi afetada pela pandemia da Covid-19?

Redação Unifor 2020

TEXTO

O mal do pensamento positivo

Filósofo da sociedade moderna e um dos mais reconhecidos dissecadores dos males que acometem o homem, Byung-chul Han afirma que, por conta da pressão do sistema econômico global focado em lucros crescentes, chegamos ao reino da competência e da alta performance. Uma condição que o filósofo chama de Sociedade do Desempenho. A alta performance está em todas as esferas e é visível nas nossas estruturas físicas: academias de fitness, edifícios inteligentes, bancos online, aeroportos sustentáveis, shopping centers e laboratórios de genética. Porém, toda essa estrutura demanda alguém para sustentá-la. A sociedade do desempenho precisa de você para se manter de pé. Escolas técnicas e universidades formam trabalhadores, MBAs treinam especialistas e uma máquina de marketing incentiva a caminhada para cima. Estamos no reino da positividade: há receitas para uma vida bem-sucedida; conselhos de gurus iluminados, palestras motivacionais; estímulos para o sucesso profissional. As lições da autoajuda estão disseminadas em todo o globo. Sabemos o que é preciso ser feito. Temos de ser positivos, produtivos (competentes), empreendedores (pró-ativos), inovadores (criativos)… Ah! Mas não é muita coisa? Claro que não. Usamos apenas 20% da nossa capacidade cerebral, ainda podemos muito mais… A romantização do trabalho árduo e a sensação do dever cumprido fazem o resto. Estamos completamente exaustos, no limite das forças, mas achamos que estamos no caminho certo. Ocorre que este ritmo está adoecendo o homem. E esta é a grande denúncia de Han. Para ele, todas as épocas têm seus males. Houve o tempo das doenças bacterianas, depois as virais. Com o desenvolvimento da ciência — a descoberta do sistema imunitário e os antibióticos — passou-se para a fase seguinte. Agora, século XXI, por conta do excesso de positivismo, no panorama patológico estão as doenças neuronais, como a depressão, o Alzheimer, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtornos de personalidade (bipolaridade e borderline), anorexias, Síndrome de Burnout (estado físico, emocional e mental de exaustão extrema).

Para ele, o excesso de pensamento positivo — e a disposição para ver só o lado bom de tudo — está imputando ao homem males incuráveis. Não estamos mais diante da negatividade, de um agente agressor como um vírus ou uma bactéria. Não há um agente negativo que o nosso sistema imunológico detecta e tenta combater. O agente agressor somos nós mesmos. A causa da doença, a violência neuronal, é feita por nós e para nós. É uma autoagressão. A pessoa cobra-se cada vez mais para apresentar melhores resultados, tornando-se ela própria vigilante e carrasca de suas ações. Ela explora a si mesma — submete-se a trabalhar mais e a receber menos — e acha que está se realizando. Para quem rebate que vivemos numa sociedade melhor, em comparação com o regime de repressão e obediência — comum nas ditaduras — Han não concorda. Para ele, a sociedade positiva é muito pior, porque é difícil combatê-la. Ela vem numa embalagem de motivação. Achamos que ela é boa, que ajuda. Não identificamos a “motivação”, o “pensar positivo” como algo nocivo e, por isso, não a combatemos. As redes sociais estão repletas de frases motivadoras; gurus e influenciadores gritam “não desista, não recue”; as livrarias trazem técnicas de performance e biografias de vencedores. E aceitamos tudo porque pensamos que é o melhor para nós.

CARDOSO, Margot. O mal do pensamento positivo. Vida Simples. Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/ o-mal-do-pensamento-positivo/. Acesso em 15.10.2019.

Com base na leitura do texto motivador acima e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, com, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema apresentando. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Redação UEMG 2018

TEXTOS DE APOIO

Texto 1

Hoje, no mundo, 320 milhões de pessoas sofrem de depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Destas, 11 milhões vivem no Brasil, o país mais deprimido da América Latina. [...]

Existem tipos diferentes de depressão, entre leve, moderada e severa. Mas o fato é que as pessoas podem ficar com o humor deprimido ao longo do dia e isso não configurar, necessariamente, depressão. Para se caracterizar como doença, os principais sintomas são tristeza, ansiedade, perda do prazer de realizar atividades e pensamentos depressivos como culpa, baixa autoestima e desesperança. Mas há também quase sempre a existência de problemas de concentração e raciocínio que impactam no organismo: insônia, problemas de apetite — a pessoa come demais ou muito pouco —, desânimo, cansaço, fraqueza, problemas hormonais, habilidade reduzida para se concentrar, falhas de memória e agitação ou apatia psicomotora. E esses sintomas aparecem quase todos os dias.[...]

Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/ha-muito-estigma-na-depressao-diz-psiquiatra-referencia-mundial-no-tema -21368415#ixzz4yzYtmJjK>. Acesso em: 10 nov. 2017.

Texto 2

A depressão pode durar semanas ou mesmo anos. E uma vez que o indivíduo passe por uma crise, corre maior risco de enfrentar episódio semelhante outra vez na vida. Na maioria das vezes, o tratamento é feito em conjunto pelo psiquiatra e o psicólogo. Existem diversos medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral, e o médico escolherá segundo o perfil do paciente. O acompanhamento psicológico, que buscará levantar as causas do problema e como ele poderá ser desmontado, é crucial inclusive porque os remédios podem demorar um tempo para fazer efeito. [...]

Existem estudos apontando que a acupuntura e a musicoterapia seriam coadjuvantes na recuperação do bem-estar emocional. No mais, volta à tona a recomendação de um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e prática regular de atividade física. Também se reforça a indicação para combater o estresse concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas.

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/medicina/depressao-sintomas-diagnostico-prevencao-e-tratamento/>. Acesso em: 10 nov. 2017.

Texto 3

[...] Infelizmente, por mais que hoje em dia se conheça e aceite a depressão, os pacientes ainda sofrem com o estigma. E como é uma doença muito mais frequente que as outras – praticamente uma em cada cinco pessoas terá depressão ao longo da vida – o impacto da estigmatização, mesmo que individualmente menor, afeta um número muito maior de pessoas, prejudicando a sociedade inteira.

De acordo com algumas classificações, o estigma pode ser dividido em três componentes: o estereótipo, o preconceito e a discriminação. Estereotipar alguém é acreditar que as características da pessoa podem ser conhecidas a partir de um atributo. [...] Já o preconceito vem do estereótipo, mas é carregado de uma avaliação negativa. Pior: não se restringe a uma crença, mas envolve também emoções negativas, medo ou desprezo por alguém sem conhecê-lo, apenas por saber de uma de suas características. [...] E a discriminação é o aspecto prático desses dois: é a negação de direitos, a restrição de oportunidades, é tratar diferente – e, nesse contexto, tratar pior – as pessoas que sofrem preconceito por causa do seu estereótipo.

Pessoas com depressão sofrem nesses três níveis. É muito comum imaginar-se que um “deprimido” seja uma pessoa fraca, sem força de vontade para reagir, preguiçosa na pior acepção dessa palavra. Como tais estereótipos são praticamente só negativos, o preconceito é frequente. [...] Não é raro pessoas com depressão passarem anos fugindo do tratamento, tentando “reagir” para não se mostrarem fracas, diante dos outros e de si mesmos. E as restrições também acontecem: eles têm menor oportunidade de emprego, por exemplo, e podem até receber menos atenção médica diante de queixas físicas, como dores.

As consequências do estigma na depressão, portanto, são enormes: ele faz com que muitas pessoas neguem o diagnóstico, não busquem tratamento, escondam o problema. Algumas acabam desempregadas, isoladas. Nem precisa dizer que tudo isso piora a depressão. [...]

Disponível em: <http://emais.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-barros/nao-fuja-da-depressao>. Acesso em: 10 nov. 2017.

Texto 4

Estudo divulgado em 2011 mostra que o Brasil é o terceiro país mais deprimido do mundo.
Disponível em: <http://www.psiquiatria-pr.org.br/noticia-5335/>. Acesso em: 10 nov. 2017.

COMANDO

A partir da leitura dos textos motivadores, redija um texto dissertativo, escrito na norma padrão da língua portuguesa, apresentando argumentos que explicitem e sustentem o seu ponto de vista sobre o tema:

Depressão: o mal do século XXI

INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO
• Utilize caneta de tinta azul ou preta fabricada em material transparente para escrever sua redação;
• Redija a redação com LETRA LEGÍVEL e utilizando a norma padrão da Língua Portuguesa;
• A redação não poderá ultrapassar 26 linhas e aquelas que apresentarem menos de 6 linhas serão automaticamente pontuadas com nota 0 e, consequentemente, eliminadas.
• Também serão desconsideradas as redações que apresentarem fuga ao tema e à estrutura textual definida no comando da redação.

O CANDIDATO NÃO PODERÁ ASSINAR SEU TEXTO, APENAS A FOLHA DEFINITIVA DE REDAÇÃO NO LOCAL APROPRIADO.

Redação Ucpel 2019

A partir das ideias dos textos motivadores e dos seus conhecimentos, redija um texto dissertativoargumentativo sobre o tema A arte como possibilidade de saúde mental que respeite a norma padrão da língua portuguesa e os direitos humanos. Estruture e relacione argumentos e fatos para defender o seu ponto de vista, atentando para a coesão e a coerência.

TEXTO I

O que é melhor para a saúde mental de uma pessoa: eletrochoques, lobotomia ou a prática de uma atividade artística?

A pergunta pode ser considerada chocante por alguns, mas há pouco tempo atrás, práticas que hoje são consideradas como meios de tortura já foram empregadas como maneiras supostamente eficientes para promover a cura.

Disponível em: <https://desenhosrealistas.com.br/loucura-e-arte-como-cura/>. Acesso em: 15 out. 2018. (adaptado)

TEXTO II

A ARTE DE INTERNOS PARTICIPANTES DE OFICINA CRIATIVA EM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO.
Documentário de Mário Eugênio Saretta.

Redação Ucpel 2019

Estreou em junho de 2017, em Porto Alegre, o documentário “Epidemia das Cores”, um filme que aborda o trabalho da Oficina de Criatividade no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na capital gaúcha. O filme conta com direção do antropólogo Mário Eugênio Saretta, que passou dois anos entrevistando pacientes, ex-internos, funcionários e voluntários do hospital. “Epidemia das Cores” visa esclarecer a importância da arte como instrumento para o tratamento médico de pessoas com transtornos mentais.

Atualmente, o documentário está em cartaz apenas em Porto Alegre, na Casa de Cultura Mario Quintana, mas ganhou um edital de distribuição e em breve estará em outras praças pelo país.

Disponível em: <http://canalbrasil.globo.com/programas/e-tudo-verdade/materias/epidemia-de-cores-sera-exibido-em-junho.htm>. Acesso em: 15 out. 2018. (adaptado)

TEXTO III

Redação Ucpel 2019
Disponível em: <http://www.simers.org.br/noticia/saudemental- em-numeros-e-seus-desafios>. Acesso em: 15 out. 2018. (adaptado)

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