Redação sobre Preconceito

Redação sobre Preconceito

diversidade étnica

Redação UEPG 2022

TEXTO 1

Saiba o que é o capacitismo e por que é importante combatê-lo

Enraizado na sociedade, esse tipo de discriminação contra pessoas com deficiência impede a inclusão e a diversidade O sufixo nominal "-ismo", de origem grega, cria palavras que designam conceitos de ordem geral, como alcoolismo, ou serve para formar substantivos e adjetivos que exprimem ideias de doutrinas religiosas, sistemas políticos, fenômenos linguísticos e literários, ou terminologias científicas. Ele está presente em palavras como machismo e racismo, que caracterizam atos de discriminação contra mulheres e raças, respectivamente.

Além de compor esses conceitos, o sufixo "-ismo'' também forma a palavra "capacitismo". Porém, ao contrário dos previamente mencionados, esse termo é relativamente novo na sociedade, assim como na própria esfera dos movimentos sociais. O conceito vem, ainda que vagarosamente, ganhando destaque nas mídias sociais e em rodas de conversas e debates, mas o caminho para a sua ampla divulgação ainda parece longo.

De acordo com Luciana Maia, psicóloga e professora do curso de Psicologia da Unifor, "o capacitismo é um preconceito dirigido a qualquer pessoa que apresenta uma deficiência, seja ela física, intelectual ou sensorial. (...) Como outras formas de preconceito, ele contribui para privar os direitos e a dignidade humana das pessoas com deficiência, determinando e perpetuando desigualdades e injustiças sociais, e contribuindo diretamente para a exclusão social de membros desse grupo", elucida.

Ainda segundo a docente, o capacitismo é expresso por meio de atitudes negativas e depreciativas, e de comportamentos hostis e discriminatórios dirigidos a qualquer pessoa que apresenta algum tipo de deficiência. Ele também pode ser manifestado sob formas que, a princípio, podem parecer positivas, como a superproteção, a piedade ou elogios dirigidos a essas pessoas.

Assim, o capacitismo busca atingir a "capacidade" do indivíduo, e está diretamente associado com a ideia normativa do "corpo ideal" e dentro dos padrões estabelecidos pela sociedade. Ao ser capacitista, o indivíduo retira das pessoas com deficiência (PcD) a sua capacidade e aptidão de realizar tarefas e alcançar a independência, em virtude de sua deficiência. [...]

De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, 8,4% da população brasileira acima de dois anos possui algum tipo de deficiência, o que equivale a aproximadamente 17,3 milhões de pessoas.

Mesmo com esse número expressivo, e ações públicas governamentais como a Lei de Cotas, criada em 1991, e o Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído em 2015, o capacitismo ainda não é tão conhecido em território nacional. "Atribuo esse desconhecimento ao fato de a própria luta pelos direitos das pessoas com deficiência ser mais recente se comparada à de outras minorias sociais. De fato, são recentes as principais conquistas legais e políticas das pessoas com deficiência", afirma a psicóloga.

Adaptado de: Unifor. Saiba o que é o capacitismo e por que é importante combatê-lo. Disponível em: <https://g1.globo.com/ce/ceara/especial-publicitario/unifor/ensinando-e-aprendendo/noticia/2021/10/27/saiba-o-que-e-o-capacitismo-e-por-que-e-importante-combate-lo.ghtml>. Acesso em 12/04/2022.

TEXTO 2

Pessoas com deficiência usam redes sociais para combater preconceitos

Influenciadores digitais com algum tipo de deficiência têm combatido o preconceito com humor e informação. Vídeos que expõem problemas diários enfrentados por pessoas com deficiência e que falam sobre reconhecimento e empoderamento conquistam milhares de seguidores no Brasil. [...]

Com uma camiseta com a frase "Deficiente é o seu preconceito!", o influenciador digital Ivan Baron, de 22 anos, contou ao Estado de Minas um pouco da sua trajetória na internet. "Essa palavra, influenciador, é muita responsabilidade, mas eu resolvi ocupar esse espaço pois eu tinha uma necessidade de passar informações, novos conceitos sobre pessoas com deficiência que outros influenciadores não passavam". Baron disse que era uma pessoa muito reservada antes da vida pública e que tinha medo da reação das pessoas. "Eu era uma pessoa muito tímida, que tinha medo de me expor, com medo de as pessoas me julgarem por ser diferente, por pensar fora da caixinha. Então, sempre guardava para mim o que eu pensava. Até que um dia eu resolvi expor e percebi que tinham outras pessoas que pensavam como eu”.

Para quebrar tantos paradigmas, Ivan usa a criatividade em seus vídeos e comenta que isso se tornou um grande diferencial na hora de passar a sua mensagem. Assim, o humor tornou-se um grande aliado. "Por que não passar informação de uma forma leve e distraída? O humor, acredito que seja uma das melhores formas para isso". Segundo o jovem, "não é porque é comédia que a gente não pode fazer nossas críticas sociais". "Pelo contrário, é mais um motivo para passar com responsabilidade o que a gente acredita. E eu venho percebendo que as pessoas estão amando", afirmou.

Adaptado de: LELLES, Ana Raquel. Pessoas com deficiência usam redes sociais para combater preconceitos. Jornal Estado de Minas. Disponível em: <https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2020/10/19/interna_gerais,1195506/pessoas-com-deficiencia-usam-redes-sociais-para-combater-preconceitos.shtml>. Acesso em 12/04/2022.

PROPOSTA

Com base nos textos da coletânea e em seus conhecimentos sobre o assunto, escreva um TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO sobre o tema:

Caminhos para o enfrentamento do capacitismo no Brasil

ORIENTAÇÕES:

- Seu texto deve deixar claro o seu ponto de vista, sustentando-o com argumentos;
- Redija seu texto usando a modalidade culta da língua portuguesa;
- Não é necessário colocar um título;
- Não faça cópias literais dos textos motivadores;
- Seu texto não deve ser assinado.

Redação Puc-Rio 2021

Todos os nossos ontens, título de um dos romances de Nathalia Ginzburg, inspira o tema desta proposta de produção de texto.

Com base nas suas vivências e percepções da sociedade em que vivemos, escreva um texto dissertativo-argumentativo – com cerca de 350 palavras – discorrendo sobre o que você considera ser a herança histórica da sua geração. O seu texto deve abordar a questão da exclusão social em uma das seguintes instâncias: grupos sociais, gênero ou orientação sexual.

um título informativo ao seu texto.

Redação UPF 2019

Tema 1

30% DOS BRASILEIROS DIZEM TER SOFRIDO PRECONCEITO POR CAUSA DA CLASSE SOCIAL

Entre os entrevistados que disseram ter sido vítimas de preconceito por cor ou raça, 55% são negros.

Pesquisa foi feita entre 18 e 19 de dezembro. Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S. Paulo" aponta que 30% dos brasileiros dizem ter sofrido discriminação por causa da classe social. O levantamento também considerou outras razões pelas quais os entrevistados foram vítimas de preconceito: local onde mora, religião, sexo, cor ou raça e orientação sexual.

A pesquisa foi feita com 2.077 pessoas com 16 anos ou mais em 130 cidades entre 18 e 19 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança do levantamento é de 95%.

(Disponível em: https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/01/16/datafolha-30-dos-brasileiros-dizem-ter-sofrido-preconceito-por-causa-da-classe-social.ghtml. Acesso em 03 abr. 2019)

Diante do tema preconceito, apresentado no texto base, e considerando suas leituras e seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo, discutindo causas e consequências do preconceito (seja ele qual for) sofrido pelas pessoas na sociedade em que vivem.

Redação UESB 2017

Tema e Comando

I.

Redação UESB 2017
Disponível em: <https://porta204.files.wordpress.com/2015/09/duq8sm.jpg>. Acesso em: 29 nov. 2016.

II.

“Quando algumas pessoas, seguindo um hábito tradicional na nossa cultura, se queixam dos ‘erros’ cometidos por outros usos da língua, é comum elas apresentarem algumas supostas explicações para o surgimento de tais ‘erros’: o descaso das pessoas pela própria língua, a corrupção moral da juventude, a falta de gosto pela leitura, a incompetência dos professores, os modismos criados pelos meios de comunicação e pela publicidade, a invasão das palavras estrangeiras, e por aí vai...

Essas acusações tradicionais (e quase sempre irracionais) se baseiam numa série de preconceitos que tentam interpretar os fenômenos sociais e culturais pela ótica exclusiva do senso comum, sem recorrer a nenhum tipo de explicação científica sugerida pela investigação rigorosa e pela teorização consistente. Todas essas ideias se enquadram bem na categoria das superstições, conjuntos de crenças, temores e práticas sem fundamentação na realidade das coisas.

Infelizmente, ao contrário de tantas outras superstições infundadas que foram desmascaradas pela ciência, rejeitadas pelo convívio democrático e abandonadas pela maioria das pessoas instruídas, as superstições linguísticas permanecem vivas e fortes na nossa cultura, como se fossem dogmas sagrados capazes de atrair a ira divina sobre quem não acreditar neles...”

BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim. Em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 15.

III.

“A homofobia é o termo usado para designar o preconceito e aversão aos homossexuais. Atualmente a palavra é usada para indicar a discriminação às mais diversas minorias sexuais, como os diferentes grupos inseridos na sigla LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros, travestis e intersexuais). A repulsa e o desrespeito a diferentes formas de expressão sexual e amorosa representam uma ofensa à diversidade humana e às liberdades básicas garantidas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal.”

Disponível em: <http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1039>. Acesso em: 29 nov. 2016.

IV.

Redação UESB 2017
Disponível em: <http://imgs.jusbrasil.com/publications/artigos/images/preconceito-jpg.jpg>. Acesso em: 29 nov. 2016.

A partir da leitura e da reflexão sobre o que é tratado nos trechos de apoio, escreva, na norma padrão da língua portuguesa, uma dissertação argumentativa sobre a questão:

PRECONCEITO TEM CURA? Partindo de sua resposta a essa questão, apresente os argumentos que sustentam sua posição.

Redação Puc-PR 2016

Com base na leitura dos textos motivadores e em suas reflexões sobre o tema, escreva uma dissertação argumentativa na qual você aborde a seguinte questão:

O papel da educação na luta por sociedades menos intolerantes e mais abertas às diferenças que dignamente nos constituem enquanto humanos.

Selecione e organize ideias que respeitem os direitos humanos e sejam mobilizadas em defesa de um ponto de vista. 

Texto 1 

TOLERAR É POUCO? ENTRE O MÍNIMO E O INTOLERÁVEL.

Na saída para o recreio, um pequeno tumulto na porta da sala de aula, um garoto empurra sua colega e ela lhe devol-ve o empurrão com um xingamento: “– Macaco! Macaco!” Cria-se uma situação constrangedora. O menino é negro e a professora sabe que ele enfrenta o preconceito de outras crianças da turma. O que ela faz então? Intervém. Certo! Afinal, ela é responsável pela educação das crianças e não pode se omitir diante de um fato como esse. Sabemos que muitos fingiriam não perceber o conflito, o que é muito pior. Fico atento para perceber como será tratada a questão. A professora chama as duas crianças e pergunta o que houve. “– Ela é lerda e eu estava com pressa”. “– Ele sempre me empurra”.“– Ela é antipática e reclama de tudo”. “– Ele é fedido como um macaco”. E assim foi. A professora ouviu tu-do atentamente. Em seguida, começou um pequeno discurso para justificar porque não se deve empurrar nem xingar os outros. E qual foi o discurso? O nosso discurso iluminista e judaico-cristão. “– Não pode empurrar a coleguinha por-que ela vai se machucar. Ela é igual a você. Tem que respeitar”. E a professora continuou, desta vez olhando para a menina que proferiu o xingamento: “– Não pode xingar o coleguinha porque somos todos filhos de Deus e Ele nos cri-ou para sermos irmãozinhos. E não se pode ofender o coleguinha, não pode xingar disso, pois ofende o outro, tá? Vo-cê tem que gostar dos seus coleguinhas”. E os dois são liberados para o recreio.

Fatos como esse acontecem todos dias em nossas escolas. Pode variar a idade das crianças e adolescentes, o tipo de conflito, o motivo, o empurrão ou o xingamento, mas conflitos acontecem. E a eles se seguem, geralmente, argumen-tos do tipo: “Somos iguais. Devemos nos respeitar”. Éticas de máximas, de convite e aconselhamento.

Suponhamos que além desses argumentos – éticas de máximas, de convite e aconselhamento –, a professora tivesse também argumentado o seguinte: “Você pode ter pressa e pode até achar que ela é lenta para sair da sala. Você pode pensar o que quiser dela. Mas, por motivo nenhum, você pode empurrá-la.” E também: “Você pode não gostar dele. Você até não precisa gostar dele. Mas isso não lhe dá o direito de tratá-lo mal e xingá-lo. Por motivo nenhum você po-de xingar outra pessoa de macaco.” Observe que nestes argumentos não se busca convencer de que somos todos iguais ou que devemos nos amar. Defende-se “apenas” que se tolerem, ou seja, que possam conviver sem conflitos que levem à agressão física e à desqualificação do outro. Essa suposta intervenção da professora se enquadraria numa justificativa que reclama um comportamento mínimo, mas urgente e necessário. Ética de mínimos, ou seja, moral-mente exigível.

Marcelo Gustavo Andrade de Souza - PUC-Rio. 
Disponível em: http://26reuniao.anped.org.br/trabalhos/marcelogustavoandradedesouza.rtf. Acesso em: 18/04/2016.

Texto 2 

O DIREITO DE SER DIFERENTE

A educação é o meio mais eficaz de criar uma cultura de tolerância. Ela pode estimular as crianças a serem mais abertas, curiosas e receptivas às diferenças. O acesso à educação também desenvolve o senso crítico para recusar a intolerância e o preconceito que podem estar presentes nos meios de comunicação, na família ou no ambiente social.

A tolerância requer um exercício diário de cada pessoa, deve-se adotar as seguinte atitudes: (i) avaliar se a opinião pessoal sobre determinada pessoa ou grupo não está fundamentada em preconceito; (ii) investigar quais são as crenças pessoais; (iii) tomar o cuidado de não julgar precipitadamente as pessoas; (iv) respeitar os modos de viver diferentes, pois vivemos em uma sociedade livre; (v) não tentar mudar as pessoas, aceitá-las como elas são; (vi) procurar ser tolerante consigo mesmo, pois errar é humano.

Cidinei Bogo Chatt. Procurador da Fazenda Nacional. Disponível em: <http://www.jurisite.com.br/doutrinas/Constitucional/doutconst95.html>. Acesso em:18/04/2016.

Texto 3

tolerância
Disponível em: http://www.seuguara.com.br/2013/03/intolerancia-charge-do-duke-270313.html. Acesso em: 10/04/2016.

Redação UEMG 2016

TEXTO I

Respeitem meus cabelos, brancos
Chico César

Respeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da África
Junto com meus santos

Benguelas, zulus, geges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar

http://letras.mus.br/chico-cesar/134011/

TEXTO II

Tire o racismo de seu vocabulário: palavras e expressões para parar de falar “Cabelo ruim”, “Cabelo de Bombril”, “Cabelo duro” e a expressão mais desnecessária: “Quando não está preso está armado”. A questão da negação da nossa estética é sempre comum quando as pessoas se referem ao nosso cabelo afro. São falas racistas usadas, principalmente na fase da infância, pelos colegas, as quais se perpetuam em universidades, em ambientes de trabalho e até em programas de televisão, com a presença negra aumentando na mídia. Falar mal das características dos cabelos dos negros também é racismo.

www.modefica.com.br/expressoes-rascistas/#.Vg8JHexViko. Adaptado.

TEXTO III

Identidade crespa (página do Facebook)
Identidade crespa (página do Facebook).

TEXTO IV

"É preciso cuidado com os importados, principalmente quando se trata de produtos culturais. Por exemplo, veio dos EUA a instituição do politicamente correto, que no começo pode ter feito bem aos nossos costumes, pois serviu para neutralizar os exageros e impropriedades de palavras e gestos que revelavam preconceitos de um imaginário racista e sexista. Me lembro do repertório que na escola usávamos como xingamentos contra pessoas diferenciadas por raça, cor, religião ou físico: "Ô, judeu!", Ô, Crioulo!", "Ô, balofo!", "Ô, anãozinho!". Evitar esses termos ofensivos ou depreciativos, substituindo-os por eufemismos, isto é, por expressões mais suaves e delicadas, constituía o primeiro passo na luta contra a discriminação. Afinal, a agressão verbal era um sintoma."

VENTURA, 2012, p.65.

INSTRUÇÃO

Considere a seguinte situação: você está criando um site, na internet, para discutir a identidade do povo brasileiro. Escreva o texto de uma campanha de conscientização, para constar na página de abertura desse site, fazendo uma reflexão sobre o respeito à diversidade estética e cultural em seu país, de modo a combater preconceitos. O título de seu texto deverá ser um slogan criativo.

Redação Mackenzie 2016

Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.

Obs.: O texto deve ter título e estabelecer relação entre o que é apresentado nos textos da coletânea.

Texto I

Estado
https://blogdotarso.files.wordpress.com/2013/04/redu_o_da_maioridade_penal

Texto II

Nós deveremos ser lembrados na história como a mais cruel, e portanto a menos sábia, geração de homens que jamais agitou a Terra: a mais cruel em proporção à sua sensibilidade, a menos sábia em proporção à sua ciência. Nenhum povo, entendendo a dor, tanto a infligiu; nenhum povo, entendendo os fatos, tão pouco agiu com base neles.

John Ruskin

Texto III

Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.

Albert Einstein

Texto IV

O horror visível tem menos poder sobre a alma do que o horror imaginado.

William Shakespeare

Redação UNIOESTE 2015  

Redija um COMENTÁRIO INTERPRETATIVO CRÍTICO, para ser publicado no blog de Alexandre Beck, sobre a tirinha a seguir. Lembre-se de que você deverá apresentá-la e interpretá-la criticamente.

Quem tem preconceito no fundo, também sofre. É mais uma vítima da própria ignorância...
(Alexandre Beck. Disponível em HTTPS://www.facebook.com/tirasarmandinho?fref=ts, acesso em 15/09/2014).

Redação PUC-RS 2012 

A seguir, são apresentados três temas. Examine-os atentamente, escolha um deles e elabore um texto dissertativo com 25 a 30 linhas, no qual você exporá suas ideias a respeito do assunto.
Ao realizar sua tarefa, tenha presentes os seguintes aspectos:

  • Você deverá escrever uma dissertação; portanto, mesmo que seu texto possa conter pequenas passagens narrativas ou descritivas, nele deverão predominar suas opiniões sobre o assunto que escolheu.
  • Evite fórmulas preestabelecidas ao elaborar seu texto. O mais importante é que ele apresente ideias organizadas, apoiadas por argumentos consistentes, e esteja de acordo com a norma culta escrita.
  • Procure ser original. Não utilize em sua dissertação cópias de textos da prova nem de parágrafos que introduzem os temas para a redação.
  • Antes de passar a limpo, à tinta, na folha definitiva, releia seu texto com atenção e faça os reparos que julgar necessários.
  • Não é permitido usar corretor líquido. Se cometer algum engano ao passar a limpo, não se preocupe: risque a expressão equivocada e reescreva, deixando claro o que pretende comunicar.
  • Lembre-se de que não serão considerados:
    • - textos que não desenvolverem um dos temas propostos;
    • - textos redigidos a lápis ou ilegíveis.

Boa prova!

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      Não tive acesso ao conteúdo do livro “Por uma
vida melhor”, apenas a pequenos trechos. Portanto,
falo com base em informações e opiniões de terceiros.
Nessa perspectiva, vejo como positivo o debate que
a abordagem pouco ortodoxa dos autores desencadeou,
pondo fogo a um tema em geral tido como
irrelevante: a língua materna em uso. Entretanto,
um trecho da obra me preocupou, e destaco: “Posso
falar ‘os livro’?” “Claro que pode, mas dependendo
da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito
linguístico”
.
      Para começar, pedir licença para falar de um determinado
jeito é um tiro no pé da tese defendida em
“Por uma vida melhor”. Porque pedir licença, neste
contexto, é reconhecer o poder do outro sobre nós –
o que parece ser exatamente o contrário do que os
autores pregam. Além disso, a resposta “Claro que
pode” é inócua: o aluno tanto sabe que pode que usa
essa concordância rotineiramente.
      O problema maior, bem mais sutil e muito mais
complicado, porém, está na segunda parte da fala.
Agir livre de preconceito, o oposto de fazer alguém
“vítima de preconceito”, implica não só aceitar as
pessoas como são, mas também acreditar que todos
sejam capazes de evoluir por méritos próprios. Ao
afirmar que a modalidade “permitida” pode vitimizar
quem a utiliza – pela ação do “outro ameaçador” –, os
autores estão deslocando o foco da importância
de construir conhecimento de modo autônomo
e reflexivo e enfatizando o julgamento alheio,
novamente reforçando o preconceito. Ora, aula de língua
materna é aula de cidadania, e ninguém se torna
cidadão por receio do “outro ameaçador”. O aluno deve
ter oportunidade de conhecer e desenvolver múltiplas
linguagens porque assim ele poderá expressar ideias
e sentimentos com mais autonomia. E, talvez, com
menos preconceito.
      Tudo isso pode parecer muito sutil, mas a linguagem
é feita de sutilezas, para o bem ou para o mal.
Marisa M. Smith. PUCRS, Notícias FALE, junho, 2011.

TEMA 

Preconceito s.m. (...) 1 qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico (...) 2 sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma impressão pessoal ou imposta pelo meio; intolerância (...).”

HOUAISS et al. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 1539.

Agir livre de preconceito (...) implica não só aceitar as pessoas como são, mas também acreditar que todos sejam capazes de evoluir por méritos próprios.

Aceitar as pessoas como elas são não é um objetivo fácil de ser alcançado. Passar pela vida sem ter sofrido em alguma situação esse “sentimento hostil” descrito por Houaiss é raro.

Se você preferir este tema, apresente uma situação em que você foi vítima de preconceito OU uma situação em que você agiu preconceituosamente em relação a alguém, e diga o que aprendeu com esse episódio.

Redação Mackenzie 2012.2 

Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.

Texto I

Ao ler-se em um dicionário, por sinal extremamente bem conceituado, que a nomenclatura “cigano” significa “aquele que trapaceia, velhaco”, entre outras coisas do gênero, ainda que deixe expresso que é uma linguagem pejorativa, ou, ainda, que se trata de acepções carregadas de preconceito ou xenofobia, fica claro o caráter discriminatório assumido pela publicação.

Cléber Eustáquio Neves, procurador

Texto II

Agora há novamente paladinos da sociedade perfeita, o que lá seja isso, que querem censurar dicionários. De vez em quando, aparece um desses. Censurar a lexicografia é uma curiosa inovação. Dicionário é um trabalho lexicográfico, não uma peça normativa. O lexicógrafo não concorda ou discorda do uso de uma palavra ou expressão qualquer. Obedecendo a critérios tão objetivos e neutros quanto possível, constata o uso dessa palavra ou expressão e tem a obrigação de registrá-la. Eliminar do dicionário uma palavra lexicograficamente legítima não só é uma violência despótica, como uma inutilidade, pois a palavra sobreviverá, se tiver funcionalidade na língua, para que segmento seja.

João Ubaldo Ribeiro, escritor

Texto III

O Ministério Público entendeu que houve racismo nos itens 5 e 6 do verbete “cigano” e, por isso, entrou com uma Ação Civil Pública contra a Editora Objetiva, que publica o Dicionário Houaiss, e contra o Instituto Antônio Houaiss. O MPF espera conseguir na justiça uma indenização por dano moral coletivo e a retirada de circulação, suspensão de tiragem, venda e distribuição das edições do dicionário que apresentem as expressões que depreciam os ciganos. A significação atribuída pelo Houaiss aos ciganos violaria o artigo 20 da Lei 7.716/89, que tipifica o crime de racismo.

Adaptado do portal de notícias newsrondonia.com.br

Texto IV

Quando a gente pensa que já viu tudo, não viu. Faz algum tempo, dentro do horroroso politicamente correto que me parece tão incorreto, resolveram castrar, limpar, arrumar livros de Monteiro Lobato, acusando-o de preconceito racial, pois criou entre outras a deliciosa personagem da cozinheira Tia Nastácia. [...] Se formos atrás disso, boa parte da literatura mundial deve ser deletada ou “arrumada”. Primeiro, vamos deletar a palavra “negro” quando se refere a raça e pessoas, embora tenhamos uma banda Raça Negra, grupos de Teatro Negro e incontáveis oficinas, açougues, borracharias “do Negrão”, como “do Alemão”, “do Portuga” ou “do Turco”. Vamos deletar as palavras. Quem sabe, vamos ficar mudos, porque ao mal-humorado essencial, e de alma pequena, qualquer uma pode ser motivo de escândalo.

Lya Luft, escritora

Redação Puc-Campinas 2010

DISSERTAÇÃO

crítica s.f 1 segundo a tradição, arte e habilidade de julgar a obra de um autor 2 exame racional, indiferente a preconceitos, convenções ou dogmas, tendo em vista algum juízo de valor 3 p. ext. atividade de examinar e avaliar minuciosamente tanto uma produção artística ou científica quanto um costume, um comportamento; análise, apreciação, exame, julgamento, juízo.

preconceito s.m. 1 qualquer opinião ou sentimento, quer favorável, quer desfavorável, concebido sem exame crítico 1.1 ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação ou razão 2 atitude, sentimento ou parecer insensato, especialmente de natureza hostil, assumido em consequência de generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância.

Levando em consideração as significações indicadas nos verbetes acima, transcritas do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, redija uma dissertação, na qual você desenvolverá, com clareza e coerência, seu ponto de vista acerca do seguinte tema:

Quem, ao julgar, baseia-se numa vivência ou numa experiência pessoal, dificilmente confunde crítica com preconceito.

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