Redação sobre Lixo
Aterros sanitários
Redação UEMG 2022
TEXTO 1
Geração de resíduos sólidos urbanos (RSU)
As novas dinâmicas sociais desenvolvidas em virtude da pandemia trouxeram um relevante impacto para os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, que foram afetados pelo deslocamento e pela concentração das atividades nos domicílios, locais para onde foram transferidas boa parte do descarte dos materiais consumidos.
A geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) – resíduos domiciliares e de limpeza urbana – possui relação direta com o local onde se desenvolvem atividades humanas, tendo em vista que o descarte de resíduos é resultado direto do processo de aquisição e consumo de bens e produtos das mais diversas características.
Os dados apurados mostram que a geração de RSU no país sofreu influência direta da pandemia da COVID-19 durante o ano de 2020, tendo alcançado um total de aproximadamente 82,5 milhões de toneladas geradas, ou 225.965 toneladas diárias. Com isso, cada brasileiro gerou, em média, 1,07 kg de resíduo por dia.
FIGURA 1 – GERAÇÃO DE RSU NO BRASIL (T/ANO E KG/HAB/ANO)
FIGURA 2 – COLETA DE RSU NO BRASIL (T/ANO E KG/HAB/ANO)
Fonte: Abrelpe. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. 2021. Disponível em: https://abrelpe.org.br/panorama/. Acesso em: 14 jan. 2022. Adaptado.
TEXTO 2
Volume de resíduos só aumenta
Estes dois anos de pandemia transformaram hábitos e comportamentos sociais, o que resultou em uma mudança do impacto das pessoas no planeta. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), durante este intervalo, a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) nos domicílios brasileiros cresceu cerca de 4%.
Nos cinco anos anteriores, o crescimento médio foi de 1%. “Antes do período da pandemia, a geração de resíduos acontecia de maneira descentralizada nas diferentes regiões das cidades”, afirmou Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Abrelpe e presidente da International Solid Waste Association (ISWA).
Além da geração de resíduos por si só já ser um problema, ele é agravado por dois outros componentes: o descompasso entre o aumento do lixo gerado e a cobertura da coleta, que não cresceu no período analisado, e a falta de políticas de destinação correta dos resíduos, o que faz com que 39,8% dos resíduos gerados nos estados tenham descarte inadequado.
Fonte: PINHEIRO, Lana. Isto é Dinheiro. Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/volume-de-residuos-so-aumenta/. Acesso em: 14 jan. 2022. Adaptado.
Considere que a coordenação do colégio onde você estuda publicou, na página oficial da instituição, a coletânea de textos apresentada anteriormente (textos 1 e 2) acompanhada da seguinte pergunta: quais são os impactos gerados pelo aumento de resíduos sólidos urbanos na nossa sociedade?
Como aluno(a) do ensino médio, interessado(a) em participar da discussão proposta, redija uma RESPOSTA ARGUMENTATIVA à questão, de até 12 linhas, que será publicada na seção de comentários da página, manifestando a sua opinião. Seu texto deve ser escrito na norma padrão da Língua Portuguesa e mobilizar argumentos que sustentem o seu ponto de vista.
Redação Puc-SP 2018
ELABORE SUA REDAÇÃO, CONSIDERANDO OS TRÊS TEXTOS-BASE DAS QUESTÕES OBJETIVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA.
Texto 1
Desafio da nossa época é lidar com a abundância
Leandro Narloch, Folha de S.Paulo - 25.abr.2018 às 9h06
A abundância, quem diria, se tornou um problema. A humanidade passou milênios tentando sobreviver à fome, ao desabrigo e à escassez: hoje precisa aprender a lidar com excesso.
Temos alimentos demais, bugigangas demais, roupas, carros, embalagens, papéis, remédios, drogas, livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. Ainda estamos aprendendo a viver no meio de tantas coisas.
Artista faz intervenção na avenida Paulista sobre consumismo Marcus Leoni - 10.jan.2016/Folhapress
É uma delícia de problema, é claro. Até o século 18, a teoria malthusiana fazia sentido. O crescimento da população levava à escassez de comida e assim à diminuição da poluição. Crises de fome ceifavam multidões todos os séculos.
A Revolução Industrial nos fez escapar dessa armadilha. Produzindo mais com menos esforço, operamos um milagre: a população explodiu e a riqueza também. A fome, até então uma condição natural da humanidade, se tornou uma anomalia.
Luxos que antes eram reservados a reis ou milionários (chás ou janelas com vidros e cortinas, por exemplo) entraram na casa de trabalhadores comuns.
É claro que boa parte do mundo ainda enfrenta a fome e a escassez. Mas não é por falta de conhecimento que isso acontece. Pelo contrário, o caminho da prosperidade já está mais ou menos mapeado e pavimentado.
A abundância é um tipo de problema chique, que todo mundo gostaria de ter. Como o da grã-fina que está cansada de passar as férias em Paris. Mas ainda assim é um problema.
Muitas más notícias que os jornais publicam hoje são produtos da abundância: o trânsito, a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que crianças gastam em frente a telas. Não só crianças, mas os adultos — que em média tocam 2600 vezes no celular por dia.
As pessoas parecem meio perdidas entre tanto conforto e atrações que desviam a atenção. Se perdem em realizações imediatas de consumo, sem foco e força de vontade para perseguir grandes desejos ou objetivos mais ousados.
Se o problema já é grave hoje, imagine no futuro. O autocontrole será cada vez mais necessário. Nossos filhos e netos terão que aprender desde cedo a se controlar diante do excesso de comida, de drogas, de opções de vida e de diversão.
O mundo capitalista já resolveu o problema da escassez: precisa agora de uma educação para a abundância.
Leandro Narloch - Jornalista, mestre em filosofia e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-lidar-com-a-abundancia.shtml>. Acesso em: 25 abr. 2018.
Texto 2
Texto de Gilmar Machado, publicado em 8 jan. 2018. Disponível em: <https://www.humorpolitico.com.br/ tag/meio-ambiente/>. Acesso em: 12 mar. 2018.
Texto 3
Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades
Ana Tereza Caceres Cortez - Professora adjunta do Departamento de Geografia Instituto de Geociências e Ciências Exatas - IGCE/Unesp, Rio Claro
Um dos símbolos do sucesso das economias capitalistas modernas é a abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial. Essa fartura passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.
Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas, induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado. Muitas vezes, as pessoas compram produtos que não têm utilidade para elas, ou até mesmo coisas desnecessárias apenas por vontade de comprar, evidenciando até uma doença.
Segundo o Dicionário Houaiss, consumismo é “ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’)” e “consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente artigos supérfluos”.
O simples “consumo” é entendido como as aquisições racionais, controladas e seletivas baseadas em fatores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras. Já o consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao perfil consumista? A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. No entanto, é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa.
Trecho de CORTEZ, Ana Tereza Caceres. Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades. In: CORTEZ, A.T.C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no espaço urbano. São Paulo: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: <http://books. scielo.org/id/n9brm/pdf/ortigoza-9788579830075-03.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2018. [Adaptado]
Tema de Redação
Em decorrência da abundância de diferentes naturezas de que dispõe parte da sociedade deste século, o consumismo desencadeou problemas que precisam ser enfrentados para o bem-estar de todos. Um desses problemas é a produção de lixo.
Como precisamos de soluções para lidar com o consumo crescente, construa um texto dissertativo-argumentativo que apresente o que pode ser proposto para a redução do desperdício que tem gerado o excesso de lixo.
Justifique seu posicionamento com argumentos relevantes e convincentes, articulados de forma coesa e coerente. Dê um título ao texto.
Seu trabalho será avaliado de acordo com os seguintes critérios: criticidade, adequação do texto ao desenvolvimento do tema, estrutura textual compatível com o texto dissertativo-argumentativo, o uso adequado de elementos coesivos e emprego da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
Redação UEG 2018
A sofisticação dos meios de produção cada vez mais velozes e variados criou uma lógica de consumo intenso e com alto grau de descartabilidade. O resultado disso é o acúmulo de uma grande quantidade de lixo. A esse respeito, leia a coletânea a seguir.
Texto 1
Somos uma civilização dedicada a gerar lixo. Não há mais espaço para depositar resíduos, e a questão de onde colocá-los virou um enorme problema logístico. Segundo o relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a média de lixo domiciliar de cada brasileiro, de cerca de um quilo, é semelhante a de um europeu. Porém, nossas classes influentes geram muito lixo, enquanto as classes humildes geram pouquíssimo. É assim que se chega a uma média europeia. Algo está profundamente errado nisso, relacionado ao processo socioeconômico de geração de lixo e agravado pela falta de política pública no setor. Há bastante tempo o geógrafo Milton Santos disse que o crescimento urbano no Brasil estava muito ligado à sedução do consumo. Segundo ele, a percepção do consumo atrai as pessoas, induzindo-as, por exemplo, a trocar uma casa bem montada por um automóvel, uma despensa forrada de alimentos por um aparelho eletrônico. Daí que, segundo o Relatório da Abrelpe, em um ano a população cresceu 1%, mas a produção de lixo cresceu 6%. De modo geral, a geração de lixo também está crescendo por causa das altas expectativas de consumo.
ARAIA, Eduardo. Não há planeta para tanto lixo. Disponível em: <http://www.revistaplaneta.com.br/nao-ha-planeta-para-tanto-lixo/>. Acesso em: 28 ago. 2017. (Adaptado).
Texto 2
Vivemos na civilização do desperdício e também de interesses econômicos, uma vez que grande parte da indústria se voltou para a produção de coisas descartáveis. Veja o caso dos celulares, por exemplo, e se pergunte: por que são lançados a todo momento novos modelos, cada vez mais sofisticados? Trata-se de uma estratégia das indústrias para incentivar o consumidor a trocar de aparelho com frequência e, assim, consumir mais. Na verdade, o marketing moderno já desenvolveu até um conceito: o de obsolescência programada, que significa justamente criar coisas que rapidamente se tornem ultrapassadas e precisem ser substituídas por modelos mais recentes. Reduzir e reutilizar, então, contrariam o próprio modo de organização econômica da sociedade em que vivemos.
RECICLAGEM: soluções para o problema do lixo. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/reciclagemsolucoes-para-o-problema-do-lixo.htm>. Acesso em: 28 ago. 2017. (Adaptado).
Texto 3
De cada tonelada de minério é possível tirar 8 gramas de ouro. Da mesma quantidade de sucata eletrônica, se extraem 100 gramas do metal. E a preciosidade encontrada no lixo eletrônico — que tem boa parte enviada para a China e países da África, onde contaminam o solo e as águas com metais pesados — não se resume a essa joia. Celulares, baterias e laptops também contêm outros minerais valiosos — como prata e cobre. Eles vêm sendo garimpados e reutilizados em uma técnica conhecida como mineração urbana. Um dos líderes desse filão é a mineradora sueca Boliden. Cerca de dois terços de toda sua extração de ouro vem da reciclagem. Recentemente, a empresa expandiu a capacidade de sua usina de separação de metais para 120 mil toneladas por ano.
SANTOS, Priscilla. 9 soluções para o lixo. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI325029-17579,00SOLUCOES+PARA+O+LIXO.html>. Acesso em: 28 ago. 2017.
Texto 4
Disponível em: <http://agroeliteif.blogspot.com.br/>. Acesso em: 28 ago. 2017.
Texto 5
Recentemente, entrou em vigor o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) como uma forma de incentivar a reciclagem de todo tipo de lixo: o de casa, das ruas, da indústria e do comércio. Mas oito em cada dez municípios brasileiros ainda não têm programa de coleta seletiva e os que têm poderiam reciclar muito mais do que fazem hoje. Os brasileiros jogam fora 76 milhões de toneladas de lixo – 30% poderiam ser reaproveitados, mas só 3% vão para a reciclagem. Em dez anos, o número de municípios que implantaram programas de reciclagem aumentou de 81 para mais de 900. Mas isso não representa nem 20% das cidades. Curitiba é a capital com melhor programa de reciclagem. Das mais de 1,5 mil toneladas diárias, cento e dez têm potencial para reciclagem e quase 70% são reaproveitadas. Mas a reciclagem no Brasil ainda está engatinhando.
PAIVA, Roberto. Apenas 3% de todo o lixo produzido no Brasil é reciclado. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornalhoje/noticia/2015/04/apenas-3-de-todo-o-lixo-produzido-no-brasil-e-reciclado.html>. Acesso em: 28 ago. 2017. (Adaptado).
Texto 6
Na natureza tudo parece seguir de acordo com uma ordem reguladora, com uma certa organização eficaz que acaba por propiciar sempre mais e mais a criação e perpetuação da vida. Como seres racionais, criamos uma espécie de segunda natureza, uma ordem reguladora própria que, para os seres humanos, orienta todos os aspectos mais importantes de sua vida. Essa segunda natureza recebe o nome de “cultura”. A cultura oferece aos homens o conjunto de significados, de hábitos, condutas e valores dos quais nos valemos para uma vida em comum. Por um lado, somos influenciados pelos valores da cultura, por outro, somos nós mesmos que criamos tais valores. Viver em conjunto, partilhando de tais valores, sob a mesma influência cultural, implica dividir tarefas, criar expectativas comuns, dividir sonhos e desejos. É exatamente isso que caracteriza uma sociedade humana. Somos seres naturais e culturais, somos racionais e emocionais. Por isso, o homem é tão complexo; por isso a natureza humana é a mais difícil de se compreender. Essa complexidade nos revela as marcas de nossa tarefa fundamental na natureza, que é a de assumirmos nossa posição racional como um elemento diferenciador e protagonista da realidade em que vivemos.
ROBLE, Odilon. Conhecimento do homem, da natureza e da sociedade. Disponível em: <https://books. google.com.br/books?id=KkfKlxnjMAC&lpg=PT5&ots=RLEF4byt46&dq=a%20razao%20como%20reguladora%20da%20vida%20coleti va&hl=pt-BR&pg=PT7#v=onepage&q=a%20razao%20como%20reguladora%20da%20vida%coletiva&f=false>. Acesso em: 15 fev. 2017. (Adaptado).
Com base na leitura da coletânea, escolha UMA das três propostas de construção textual (dissertação, narração ou carta argumentativa) apresentadas a seguir e discuta a questão-tema abaixo:
Qual é o melhor modo de lidar com o lixo: reduzir a produção e o consumo de bens ou desenvolver técnicas eficientes de reciclagem?
DISSERTAÇÃO
O artigo de opinião é um gênero textual no qual são apresentados argumentos para convencer os leitores a respeito da validade de um ponto de vista sobre determinado assunto.
De posse dessa orientação, amparando-se na leitura dos textos da coletânea e ainda em sua visão de mundo, imagine-se na função de articulista, de uma revista ou de um jornal de circulação nacional, e escreva um artigo de opinião posicionando-se acerca da questão-tema desta prova.
NARRAÇÃO
O gênero crônica, em sentido atual, é uma narrativa que se caracteriza por basear-se em considerações do cronista acerca de fatos correntes e marcantes do cotidiano. Em torno desses fatos, o autor manifesta uma visão subjetiva, pessoal e crítica.
Tendo em vista essa definição de crônica, crie uma narrativa a partir da seguinte situação: seu bairro está tomado por lixo de grande porte e de toda natureza, que a cada dia aumenta nas ruas e esquinas. Como presidente da associação de moradores você convoca as famílias para decidir o que fazer com a produção e o excesso de lixo. Conte, em um texto em prosa, qual foi a saída encontrada pelos moradores e a medida tomada diante da situação. Não deixe de transmitir suas possíveis reflexões e impressões sobre a situação criada, obviamente, relacionando-a com o tema desta prova. Sua narração, portanto, deverá ser em primeira pessoa.
CARTA ARGUMENTATIVA
A carta de leitor é um gênero textual, comumente argumentativo, que circula em jornais e revistas. Seu objetivo é emitir um parecer de leitor sobre matérias e opiniões diversas publicadas nesses meios de comunicação.
Considerando a definição desse gênero textual, a leitura da coletânea e, ainda, suas experiências pessoais, escreva uma carta de leitor a um jornal ou revista de circulação nacional, emitindo seu ponto de vista − contrário, favorável ou outro que transcenda esses posicionamentos − a respeito da discussão exposta no Texto 5 da coletânea.
OBSERVAÇÃO: Ao concluir sua carta, NÃO a assine; subscreva-a com a expressão UM (A) LEITOR (A).
Redação Puc-Campinas 2014
DISSERTAÇÃO
Leia o editorial abaixo procurando apreender o tema que nele está desenvolvido. Em seguida, elabore uma dissertação em que você exponha, de modo claro e consistente, suas idéias acerca desse tema.
Sobram razões para o poder público combater o hábito de jogar lixo nas ruas. Não só porque uma cidade suja torna-se um lugar desagradável para moradores e visitantes, mas também porque os dejetos entopem bueiros, agravam os efeitos das enchentes e favorecem a proliferação de ratos e insetos, que são vetores de doenças.
Nem todos estão de acordo, todavia, quanto aos melhores meios para alcançar esse fim.
De um ponto de vista pragmático, a melhor maneira de patrocinar uma mudança comportamental é transformar em infração administrativa, passível de multa, o costume que se quer inibir. O bolso, como diz o senso comum, é o órgão mais sensível do cidadão.
Pela velocidade com que tende a produzir efeitos, essa estratégia é a favorita dos políticos. Foi o caminho escolhido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, que acaba de lançar sua campanha de limpeza. A partir de agora, jogar lixo nas ruas cariocas pode render multas de até R$ 3.000,00.
O problema é que os resultados muitas vezes são efêmeros. Embora haja exceções − como a Lei Cidade Limpa, implantada em São Paulo ou a obrigatoriedade do cinto de segurança −, o mais comum é que o comportamento virtuoso ande em estreita correlação com a fiscalização.
Como não dá para manter por longos períodos um exército de fiscais comprometidos com uma única causa, muitos advogam pela busca de genuína mudança de mentalidade. Nesse caso, para que o novo comportamento perdure, seria preciso convencer o cidadão de que a meta estabelecida é racional e serve a seus interesses.
Na ausência da punição, o indivíduo sem dúvida agiria movido por princípios éticos. Evidente, porém, que essa mudança de mentalidade é algo muito mais fácil de desejar do que de promover.
O ideal é que as pessoas sigam normas por reconhecer-lhes a justeza, mas é inegável que, na prática, muitos refutam esse tipo de raciocínio. Para estes, a única opção é a multa − mas o valor mínimo no caso carioca, de R$ 157,00, é excessivo. E, mesmo para os demais, a sanção administrativa pode funcionar como um marco zero da transformação comportamental.
Ações educativas têm papel relevante a cumprir e, num país conhecido pelo desprezo sistemático a normas legais, manter a fiscalização é primordial. Sem isso, o programa Lixo Zero poderá não passar de simples operação de marketing.
(Adaptado de Folha de São Paulo, Editorial, 22 de agosto de 2013, p. A 2)
Redação UEA 2013
Instrução: Examine a charge e leia os textos.
Texto 1
Texto 2
O crescimento de 38,9% na quantidade de lixo produzido em Manaus, nos últimos dez anos, exigiu que a Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp) adotasse medidas para desafogar o Aterro de Resíduos Sólidos da capital, localizado no quilômetro 19 da AM-010. Os cálculos apontam que, só no ano passado, foram registradas 309,8 mil toneladas de lixo a mais do que em 2005, passando de 792,1 mil toneladas para 1,1 milhão.
O Aterro de Manaus tem, segundo estudos recentes, cerca de dez anos de vida útil, contudo o aumento gradativo na quantidade de lixo pode reduzir esse prazo.
(Ana Carolina Barbosa. www.uol.com.br. Adaptado.)
Texto 3
Dos 62 municípios do Amazonas, 58 aderiram ao Programa de Apoio à Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Entre esses municípios, Coari é o primeiro a entregar um plano ao Governo Federal. A proposta elaborada por Coari atende às exigências para tratar de forma adequada os resíduos sólidos produzidos na cidade, bem como a sua destinação.
A fase final de conclusão do plano foi realizada no auditório Silvério Nery, onde as propostas foram postas em debate com a palavra franqueada a qualquer cidadão que quisesse se manifestar e, depois dessa etapa, as decisões foram confirmadas por voto.
(www.uol.com.br. Adaptado.)
Com base nos textos da coletânea, redija um texto dissertativo, na norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Acúmulo de lixo sólido: como a sociedade deve resolver esse problema?
Redação UPF 2011
O brasileiro já produz a mesma quantidade de lixo que um europeu. A melhoria do poder de compra dos brasileiros está fazendo com que a população do País gere cada vez mais lixo inorgânico, como embalagens, ao mesmo tempo em que a implantação de programas de coleta seletiva e os níveis de reciclagem não crescem na mesma medida.
A média de geração de lixo no Brasil hoje é de 1,152 kg por habitante por dia, padrão próximo aos dos países da União Europeia, cuja média é de 1,2 kg por dia por habitante. Nas grandes capitais, esse volume cresce ainda mais: Brasília é a campeã, com 1,698 kg de resíduos coletados por dia, seguida do Rio, com 1,617 kg/dia, e São Paulo, com 1,259 kg/dia.
Vialli, Andrea. Jornal O Estado de São Paulo, 26 de maio de 2010. Versão online.
Disponível em: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100526/not_imp556731,0.php Acesso em 12.10.10
Produza um texto dissertativo-argumentativo que discuta as implicações do aumento da produção de lixo, podendo explorar, para tanto, os aspectos sociais, econômicos ou ambientais envolvidos na questão.
Redação Mackenzie 2011
Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.
Texto I
Cartão-postal brasileiro, o vasto litoral do Rio de Janeiro virou um caso emblemático de regressão a estágios civilizacionais mais primitivos. Para se ter uma ideia, só no mês de janeiro 3000 toneladas de lixo foram recolhidas das praias cariocas. Empilhadas, essas toneladas são evidências de vida pouco inteligente e lotariam cinco piscinas olímpicas.
Sandra Brasil
Texto II
Pensar a questão do gerenciamento do lixo urbano no Brasil é colocar em jogo um retrato da falta de ação governamental. Assim, pensar o papel do Estado, sobretudo a sua condição de impulsionador de políticas públicas, é obrigação de primeira ordem. Uma das soluções mais comuns para a questão do lixo urbano é a expansão dos aterros sanitários e, especialmente, o reaproveitamento do lixo. A ausência de uma postura mais ativa por parte do Estado quanto ao gerenciamento de resíduos, não raras vezes, impede a adoção de uma série de medidas que gerariam ganhos tanto para a sociedade quanto para o meio ambiente de um modo geral.
Adaptado de M.V. Souza, S.L. Boeira, W.V.K. Matos Silva, R.V. Junkes
Texto III
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