Redação sobre Liberdade de Expressão

Redação sobre Liberdade de Expressão

liberdade de expressão

Redação UEG 2020 

Pensar é um ato imprescindível para o desenvolvimento social, econômico e cultural de qualquer indivíduo e sociedade. Pode parecer óbvio que tenhamos liberdade de pensamento, afinal, ninguém pode invadir nossa mente e nos impedir de pensar em algo. No entanto, há controvérsias sobre até que ponto o pensamento pode virar livre expressão. A esse respeito, leia a coletânea a seguir.

Texto 1

O artigo 5º da Constituição Federal, em seu inciso IV, afirma que: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; conclui-se, assim, que podemos expressar nossas opiniões e pensamentos sem que o Estado, ou qualquer outra pessoa, nos impeça disso. Porém, isso não significa que podemos agir com desrespeito, ofender ou ferir qualquer outra lei do País. A liberdade de manifestação do pensamento será garantida desde que, ao expressar uma opinião, as outras leis sejam respeitadas. Cabe ressaltar que a definição de manifestação do pensamento é a de “expressão verbal, corporal e simbólica do indivíduo”. Revelar a identidade é obrigatório para que indivíduos sejam responsabilizados por seus atos caso ajam em desacordo com a lei. O inciso IV, ao enunciar a livre manifestação do pensamento, defende não só o seu direito de pensar, mas principalmente a sua liberdade de expressá-lo. O Estado não pode entrar em sua mente e julgá-lo, portanto, ele atua e tutela sobre a materialização do que se passa por lá, que é a transmissão do pensamento para o meio verbal, físico ou simbólico.

O QUE o inciso iv diz sobre “liberdade de pensamento” (e por que o correto é liberdade de manifestação do pensamento)? Disponível em: https://www.politize.com.br/artigo-5/liberdade-de-pensamento/?gclid=EAIaIQobChMI6cHlgrPf5AIVjYWRCh28PwmPEAAYASAAEgIewfD_BwE. Acesso em: 20 set. 2019.

Texto 2

Em algum momento, virou o tempo
Um deslizamento derramou cimento
Entre a loucura e a razão
Já não há silêncio, tudo é barulhento
Muito movimento, pouco pensamento
Sobra opinião
Todos similares
Carregam nas mãos seus celulares
Rostos singulares
Se tornam vulgares em meio à multidão

REIS, Nando. Rock ‘n’ roll. Disponível em: https://onerpm.lnk.to/NandoReis. Acesso em: 20 set. 2019. 

Texto 3 

O arroubo público de censurador do prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella chegou ao fim neste domingo, dia oito de setembro. Ao mesmo tempo em que a Bienal do Livro se encerra depois de dez dias de evento, o Supremo Tribunal Federal ratifica que o gesto de Crivella, de colocar seus fiscais para percorrer os estandes de livro atrás de suposto conteúdo impróprio, está descolado da democracia do Brasil. “O regime democrático pressupõe um ambiente de livre trânsito de ideias”, afirmou Dias Toffoli, presidente da Corte, que atendeu ao pedido da procuradora Raquel Dodge de proibir a ação de apreensão de livros na Bienal, solicitada pelo prefeito Crivella na sexta-feira. O mandatário ficou contrariado por causa do desenho de um beijo gay numa das páginas do HQ Vingadores, a Cruzada das Crianças, vendido em um dos estandes da Bienal. Toffoli derrubou a decisão anterior, do Tribunal de Justiça do Rio, que dava aval a Marcelo Crivella. O ministro Celso de Mello já havia enviado um duro recado a Crivella, em nota à jornalista Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo. “Sob o signo do retrocesso, cuja inspiração resulta das trevas que dominam o poder do Estado, um novo e sombrio tempo se anuncia, da intolerância, da repressão ao pensamento, da interdição ostensiva ao pluralismo de ideias e do repúdio ao princípio democrático”, descreveu.

STF proíbe censura de livros no Rio e dá recado contra discriminação. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/08/politica/1567961873_908783.html. Acesso em: 20 set. 2019.

Texto 4

Afinal, qual a extensão da nossa liberdade de expressão enquanto cidadãos? Como lidar com casos como de certos influenciadores digitais que demonstram suas opiniões em detrimento de pessoas do sexo oposto? Bom, para começar, sempre repetimos o jargão "o seu direito termina quando começa o direito do outro", porque acreditamos ser um bom parâmetro. E quais direitos, nestes casos, estão em jogo? Se, de um lado, temos a liberdade de expressão, do outro podemos ter a dignidade da pessoa humana, o direito à vida privada, à imagem e à honra. Com essa contraposição fica mais fácil perceber que a liberdade de expressão, apesar de fundamental e importantíssima como meio de garantia e desenvolvimento da nossa democracia, não pode ser utilizada como desculpa para a prática de crimes e atividades. A questão é que temos a liberdade de nos expressar e ninguém poderá nos proibir de fazer antes que publiquemos. Os indivíduos podem e devem ser responsabilizados pela prática de atividades ilícitas e não podem se esconder atrás da bandeira da liberdade de expressão.

NEVES, Felipe Costa Rodrigues. Liberdade de expressão em tempos de internet. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/ConstituicaonaEscola/123,MI287487,51045-Liberdade+de+expressao+em+tempos+de+internet. Acesso em: 20 set. 2019.

Texto 5

Redação UEG 2020 - liberdade de expressão
Disponível em: https://www.humorpolitico.com.br/tag/liberdade-de-expressao/page/3/ . Acesso em: 20 set. 2019.

Texto 6

O pensamento sobre a defesa clássica da liberdade de expressão continua sendo propagado atualmente através da obra de Stuart Mill On Liberty, publicada em 1859. Em sua obra, o autor defende que a liberdade de expressão tem valor porque é uma forma de chegar à verdade. A teoria pode ser dividida em três partes essenciais: (i) Ninguém é infalível. As crenças que temos atualmente podem, de fato, ser falsas e a única maneira de descobri-lo é permitindo que nossas crenças sejam criticadas por outros que discordam de nós; (ii) Mesmo se as crenças que temos sejam verdadeiras, não poderemos entender precisamente porque são verdadeiras se não permitirmos que sejam criticadas e que tenhamos que defendê-las; (iii) As crenças que temos e aquelas que são opostas a elas contêm uma parcela de verdade, por isso, é importante para ambos os lados se expressarem e serem reconhecidos. Tal defesa da liberdade, apesar de forte, é limitada. Mill tem em mente um contexto de debate intelectual, acreditando que a liberdade de expressão de ideias contribui para esse debate.

SILVA, Priscilla Regina da. Os Limites Sagrados da Liberdade: uma Análise sobre o Discurso de Ódio Contrarreligioso. Disponível em: maxwell.vrac.pucrio.br/32568/32568.PDF. Acesso em: 20 set. 2019.

Com base na leitura da coletânea, escolha UMA das três propostas de construção textual apresentadas a seguir e discuta a questão-tema abaixo:

Até que ponto o pensamento pode ser exteriorizado como liberdade de expressão?

PROPOSTA 1

O artigo de opinião é um gênero textual no qual são apresentados argumentos para convencer os leitores a respeito da validade de um ponto de vista sobre determinado assunto.

De posse dessa orientação, amparando-se na leitura dos textos da coletânea e ainda em sua visão de mundo, imagine-se na função de articulista, de uma revista ou de um jornal de circulação nacional, e escreva um artigo de opinião posicionando-se acerca da questão-tema desta prova.

PROPOSTA 2

O gênero crônica, em sentido atual, é uma narrativa que se caracteriza por basear-se em considerações do cronista acerca de fatos correntes e marcantes do cotidiano. Em torno desses fatos, o autor manifesta uma visão subjetiva, pessoal e crítica.

Tendo em vista essa definição de crônica, crie uma narrativa a partir da seguinte situação: você resolveu participar, em sua cidade, de um concurso literário com tema livre e escreveu uma crônica com temática homossexual. Dias depois de enviar seu texto, recebeu um e-mail da direção do concurso informando que sua criação literária foi desclassificada porque feria valores morais e religiosos. Conte qual foi a sua reação diante da desclassificação de seu texto e das justificativas elencadas pela banca avaliadora do concurso. Não deixe de transmitir suas possíveis reflexões e impressões sobre a situação criada, obviamente, relacionando-a com o tema desta prova. Seu texto, portanto, deverá ser em primeira pessoa.

PROPOSTA 3

A carta de leitor é um gênero textual, comumente argumentativo, que circula em jornais e revistas. Seu objetivo é emitir um parecer de leitor sobre matérias e opiniões diversas publicadas nesses meios de comunicação.

Considerando a definição desse gênero textual, a leitura da coletânea e, ainda, suas experiências pessoais, escreva uma carta de leitor a um jornal ou revista de circulação nacional, emitindo seu ponto de vista − contrário, favorável ou outro que transcenda esses posicionamentos − a respeito da discussão exposta no Texto 4 da coletânea.

OBSERVAÇÃO: Ao concluir sua carta, NÃO a assine; subscreva-a com a expressão UM (A) LEITOR (A).

Redação ESPM 2019 

O Hype do Obscurantismo
Folha de S.Paulo – Caderno Ilustrada – 26/3/2018

Proposta: Com base no tema central dos quadrinhos de Ricardo Coimbra e em outras informações de seu conhecimento, elabore um texto dissertativo que apresente considerações sobre as seguintes questões.

Liberdade de expressão: deve haver um limite para esse direito? Como seria possível estabelecer esse limite, em termos culturais, sociais e legais?

Redação Unicamp 2018  

TEXTO

Considere a seguinte situação: uma postagem recente em uma rede social de uma mensagem de ódio contra os nordestinos foi foco de intensa discussão. Dada a repercussão do caso, o jornal de maior circulação de sua cidade resolveu fazer um caderno especial sobre o tema “Liberdade de Expressão”. Leitores de diferentes perfis foram convidados a se manifestar e você foi o estudante escolhido. Para atender a esse convite, você deverá escrever um artigo de opinião em que discutirá a seguinte questão: “Há limite para a liberdade de expressão?”

No seu artigo de opinião, você deve:

a) identificar e explicitar os dois principais posicionamentos sobre a questão tratada;

b) assumir um desses dois posicionamentos e sustentá-lo com argumentos.

Seu texto deverá considerar as seguintes citações:

"Liberdade de expressão é a possibilidade de as pessoas se manifestarem sobre fatos e ideias sem interferências externas, sobretudo do Estado. Discurso de ódio é uma tentativa de desqualificar e excluir do debate grupos historicamente vulneráveis, seja por religião, cor da pele, gênero, orientação sexual ou qualquer traço utilizado com o objetivo de inferiorizar pessoa ou grupo.”

(Luís Roberto Barroso, Ministro do STF.)

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"A frase ‘eu discordo do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo’ talvez seja a melhor definição para a liberdade de expressão. Afinal, é muito fácil conceder a liberdade de expressão às ideias com que concordamos; muito mais difícil é aceitar a manifestação de ideias que desgostamos. O que se tem visto no Brasil nos últimos tempos, no entanto, é uma crescente vontade de reprimir formas de expressão que sejam consideradas desrespeitosas e preconceituosas. A iniciativa, embora tenha como pano de fundo uma intenção nobre, tem gerado situações desproporcionais, limitando o direito à livre expressão e violando a Constituição Federal.”

(Bruno de Oliveira Carreirão, advogado.)

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"Liberdade de expressão é poder se manifestar sobre aquilo que não ofenda ou ataque o sentimento íntimo das pessoas. Discurso de ódio é o que tem por objetivo incitar, criar beligerância e promover animosidades contra esses sentimentos pessoais."

(Marcelo Itagiba, ex-deputado.)

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"As grandes sociedades se caracterizam pela pluralidade de valores, alguns excludentes. A liberdade de expressão é ligada à liberdade em si, mas há o valor da luta contra o preconceito. Como lidar com o conflito de valores? Os EUA optaram pela liberdade de expressão. O Brasil optou por uma legislação protetiva. Isso guarda um certo paternalismo, mas expressa respeito.

(Fernando Schüler, cientista político.)

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"É necessário entender a ideia de identidade e de alteridade. Por uma questão de sobrevivência, nos sentimos seguros quando próximos de algo com que nos identificamos. Queremos sempre que o outro seja igual a nós e, se não for, talvez tenhamos que destruí-lo. Este é um pressuposto fundamental para o surgimento do discurso de ódio.”

(Izidoro Blikstein, professor da FGV e especialista em Análise do Discurso.)

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"Liberdade de expressão é o direito de expor a opinião e exercitar a divergência sem ser perseguido ou condenado. O discurso de ódio é um conceito um tanto abstrato e elástico. Para uns, é a expressão da verdade desnuda do politicamente correto; para outros, é a tentativa abjeta de difamar seu interlocutor.”

(Rachel Sheherazade, jornalista e apresentadora de TV.)

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"O discurso de ódio aparece quando você acha que seu modo de ser e estar no mundo deve ser um modelo com o qual outras pessoas têm que se conformar. Se isso não acontecer, o discurso de ódio vem para deslegitimar a sua vivência, para fazer com que pareça que sua vida não merece ser vivida."

(Linn da Quebrada, cantora.)

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"Liberdade de expressão não é um direito absoluto, nem pode ser. As pessoas têm dificuldade de entender que vivem em sociedade, que existem regras e que a gente precisa delas, sobretudo no que diz respeito à vida do outro."

(Djamila Ribeiro, ativista dos movimentos negro e feminista e ex-Secretária Adjunta de Direitos Humanos da prefeitura de São Paulo.)

(Adaptado de http://temas.folha.uol.com.br/liberdade-de-opiniao-x-discurso-de-odio/o-que-e-o-que-e/ personalidades-discutem-o-que-e-liberdade-de-opiniao-e-discurso-de-odio.shtml. Acessado em 13/11/2017.)

EXPECTATIVAS DA BANCA

Na proposta do Texto, é apresentado um conjunto de excertos com depoimentos de personalidades de diferentes áreas de atuação social e cultural, os quais, em sua maioria, integram uma matéria publicada em 30/06/2017 pelo Jornal Folha de S. Paulo em que se discute a questão em pauta. 

O enunciado da proposta cria, a partir das leituras propostas, uma situação de produção em que o candidato deve se colocar na posição de um estudante que foi convidado pelo jornal de maior circulação de sua cidade para escrever um artigo de opinião para um caderno especial que vai reunir outros textos sobre a questão, escritos por leitores de diferentes perfis. 

O gênero da produção textual é, pois, o artigo de opinião e a prova exige que o estudante assuma uma posição frente à questão “Há limites para a liberdade de expressão?” e a sustente com mais de um argumento. 

A proposta pressupõe que o candidato seja capaz de identificar, nos trechos apresentados, pelo menos dois posicionamentos sobre uma questão e o(s) argumento(s) que os sustentam, bem como posicionar-se a respeito dessa questão com base em seus próprios argumentos. Essas habilidades, fundamentais para um aluno universitário, são requeridas não apenas em gêneros da esfera acadêmica, mas também em diversos outros gêneros, em especial os jornalísticos, como o artigo de opinião. Tais textos são importantes para o exercício da cidadania e circulam em outros campos da vida do estudante. Espera-se que os candidatos estejam familiarizados com a discussão envolvendo a liberdade de expressão e a veiculação de discursos de ódio, sobretudo nas redes sociais e em outros ambientes digitais. Pressupõe-se, portanto, que os estudantes disponham de referências para elaborar seus textos, relacionando-as aos excertos que compõem o texto-fonte.

Redação Puc-Minas 2017

A partir dos textos I, II e III da proposta, redija uma CARTA ABERTA (gênero textual argumentativo geralmente utilizado para tratar de temas de interesse coletivo) para ser postada nas redes sociais sobre o tema:

OS DISCURSOS DE ÓDIO NA INTERNET E OS LIMITES DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Em sua produção escrita, você deverá assumir textualmente a posição de representante de turma do 1° período da universidade, manifestando-se em relação a exemplos concretos e apresentando argumentos que deixem claro o seu ponto de vista sobre o tema.

TEXTO I

Os sujeitos solitários diante de um celular, da tela de um tablet ou de um computador portátil, que têm apenas outras pessoas ‘virais’ para se defrontar, parecem colocar para dormir a razão e a moral, deixando sem rédeas as emoções que normalmente são controladas.

BAUMAN, Zygmunt. Internet: o ódio que suspende a ética. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/551291- internet-o-odio-que-suspende-a-etica-artigo-de-zygmunt-bauman>. Acesso em: 02 jun. 2016.

TEXTO II

Redação Puc-Minas 2017

“Falo algo que desagrada alguém e já começa o #mimimi que é discurso de ódio”, diz um cidadão nas redes sociais. Mas, afinal, basta contrariar outra pessoa para ser acusado de fazer discurso de ódio? Que falas se encaixam nessa definição?

Disponível em: <http://senadofederal.tumblr.com/post/107305524777/o-que- %C3%A9-afinal-discurso-de-%C3%B3dio>. Acesso em: 02 jun. 2016.

TEXTO III

Você provavelmente já leu em algum lugar da internet algum comentário falando mal de algo ou alguém, com palavras de ódio e xingamentos. Por ser um hábito tão comum, a internet nomeou esse tipo de internauta de “hater”, que significa algo como “aquele que odeia”.

Disponível em: http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/haters-saiba-tudo-sobre-os-inimigos-da-internet-16082014. Acesso em: 02 jun. 2016.

Redação ACAFE 2016.2

Texto 1

Dentro dos “limites do humor”, é comum vermos por parte da mídia uma naturalização da violência, da cultura do machismo, da homofobia, do preconceito às minorias e intolerância às diferenças. Será mesmo que essas “gracinhas” fazem parte de um script tão inofensivo assim? Sabemos que não. O humor “apenas” por ser humor não está desprovido de um caráter ideológico em seu conteúdo.

Disponível em: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/Liberdade-deexpressao- da-midia-e-seletiva-e-covarde/12/32707. Acesso em: 07/05/2016. Fragmento adaptado.

Texto 2

Quem conta “piadas” que ultrapassam o limite do bom gosto, não raro, diz ser adepto do politicamente incorreto. Como se isso fosse hype ou cool e, portanto, justificasse tudo. [...] Particularmente, considero deplorável quando humoristas fazem comentários ofensivos ou preconceituosos em veículos de comunicação de massa sob a justificativa de liberdade de expressão.

Disponível em: http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/12/17/ohumor- deve-ter-limites-ou-vale-tudo-em-nome-da-liberdadede- expressao/. Acesso em: 09/05/2016. Fragmento adaptado.

Considerando os dois textos motivadores da proposta de redação, escreva um texto em prosa, dissertativo-argumentativo, sobre a liberdade de expressão e as piadas politicamente incorretas.

Redação Puc-Campinas 2014

DISSERTAÇÃO

Leia o editorial abaixo procurando apreender o tema que nele está desenvolvido. Em seguida, elabore uma dissertação em que você exponha, de modo claro e consistente, suas idéias acerca desse tema.

O paradoxo costuma rondar sistemas democráticos. Até que ponto se pode tolerar a intolerância, ser liberal com quem pretende demolir as liberdades, assegurar os direitos dos que não os reconhecem?
Em alguns casos, a dúvida se resolve facilmente. Criminaliza-se a tentativa de derrubar pela força um governo legítimo. Atentados terroristas recebem sanções severas, não importando a fundamentação política que possam ter.
Nos chamados crimes de opinião, todavia, o debate se torna mais complexo. Poucas coisas são mais repugnantes e estúpidas do que o preconceito racial, e têm sido frequentes manifestações desse tipo nos estádios de futebol.
Do Reino Unido ao Peru, do Japão ao Brasil, registram-se atos de insulto a jogadores afrodescendentes por parte de alguns (ou muitos) torcedores que estão prontos a aplaudir o jogador negro ou mulato quando estes fazem gols para seus times de dileção.
Várias iniciativas se tomam para punir os responsáveis. Uma equipe peruana foi condenada a pagar multa (meros US$ 12 mil) depois de seus torcedores terem emitido gritos de "macaco" para agredir o jogador Tinga, do Cruzeiro. No Brasil, um time gaúcho perdeu nove pontos e foi rebaixado pelo fato de seus fãs terem atirado bananas contra um árbitro.
A questão é saber se punições como essas cumprem um papel determinante, pedagógico e civilizatório, no sentido de modificar a mentalidade do torcedor racista.
A repressão a um sentimento, por mais odioso que seja, não o desarma. Pode-se desencorajar, pela lei, certos comportamentos que o manifestem de forma explícita. Seu fundo de ressentimento e destrutividade permanece e pode até fermentar, depois de recalcado.
Não poderia ser mais educativa − no que teve de superioridade, humor e indiferença − a reação do brasileiro Daniel Alves, que soberanamente comeu a banana que lhe fora atirada.
Uma agência publicitária tomou daí a inspiração, a pedido do atacante Neymar, também hostilizado nos campos espanhóis, para campanha contra o racismo.
"Somos todos macacos", diz o slogan, obtendo a adesão de inúmeras celebridades. Torna-se moda, nas redes sociais, divulgar fotos com a fruta em mãos; o insulto se neutraliza, o agressor se desconcerta, o símbolo inverte o sentido.
É no campo das formas de expressão que o embate se leva a efeito. Gesto contra gesto, solidariedade contra particularismo, ironia contra estupidez: ainda que essa luta jamais tenha fim, é bom que seu lado mais inteligente tenha, também, as armas mais inteligentes a seu dispor.

(Folha de S. Paulo. 01/05/2014)

Redação UEMG 2013

Em 2012, foram veiculadas notícias que geraram certo desconforto entre professores e estudantes. Uma delas dizia respeito à aprovação de um Projeto de Lei que proibiria a adoção e a divulgação, na rede pública de ensino, de obras que não estivessem de acordo com a “norma culta” da língua portuguesa ou que violassem o ensino correto da gramática. Dessa forma, os estudantes não teriam livre acesso a escritores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Oswald de Andrade, além de muitos outros. Outra notícia que gerou desconforto foi a decisão tomada pelo Colégio de Aplicação da UFV (COLUNI) de excluir de seu processo seletivo a obra Violetas e Pavões, de Dalton Trevisan. A instituição considerou que assuntos como drogas e sexo são abordados pela obra de forma inapropriada para os estudantes que deveriam lê-la. A propósito desse assunto, leia atentamente os textos a seguir, juntamente com a instrução para a escrita da redação.

TEXTO I

Não é de agora que obras literárias, didáticas ou paradidáticas viram alvo pós-ditadura. Em 2009, a rede de ensino catarinense baniu Aventuras Provisórias (Record), de Cristovão Tezza, depois de adotá-la no Ensino Médio, por conteúdo “apelativo”. No mesmo ano, o governo de São Paulo recolheu Memórias Inventadas — A Infância (Planeta), de Manoel de Barros, entre outras obras selecionadas pela Secretaria Estadual de Educação para uso em aulas. A alegação foi linguagem chula e conteúdo erótico. E o Rio de Janeiro tirou das escolas municipais um livro de história por ter gravura “imprópria” ao 4º ano do Ensino Fundamental: Cena Canibal (1593) traz tupis canibalizando rivais.

Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento, junho de 2012, n. 80, p. 19. Adaptado.

TEXTO II

Liberdade de imprensa é a capacidade de um indivíduo de publicar e acessar informação, através de meios de comunicação em massa, sem interferência do Estado. Embora a liberdade de imprensa seja a ausência da influência estatal, ela pode ser garantida pelo governo através da legislação. Ao processo de repressão da liberdade de imprensa e expressão chamamos censura.

(www.pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade_de_imprensa. Acesso: 20/8/2012. Adaptado.)

TEXTO III

Liberdade de imprensa e censura
(www.clubedejornalistas.pt. Acesso:11/7/2012. Adaptado.)

TEXTO IV

Redação UEMG 2013 sobre liberdade de imprensa
(www.sindjormt.org.br. Acesso:11/7/2012.)

INSTRUÇÃO: Suponha que você seja um estudante que costuma postar textos em um blog, na internet. Escreva um artigo de opinião, para ser publicado nesse blog, problematizando a liberdade de imprensa. Apresente uma reflexão a respeito da relevância das informações publicadas pelos meios de comunicação (como jornais, livros e revistas) e a respeito da censura a essas mesmas informações, a exemplo das situações expostas no texto I. Proponha sugestões para os problemas apontados.

Seu texto deverá estar de acordo com a norma padrão da língua portuguesa e deverá ocupar o espaço de até 26 linhas.

Redação UFRGS 2013

Chamamos atenção para isto: não há comicidade fora do que é propriamente humano. Uma paisagem poderá ser bela, graciosa, sublime, insignificante ou feia, porém jamais risível. Riremos de um animal, mas porque teremos surpreendido nele uma atitude de homem ou certa expressão humana. Riremos de um chapéu, mas, no caso, o cômico não será um pedaço de feltro ou palha, senão a forma que alguém lhe deu, o molde da fantasia humana que ele assumiu. [...] Já se definiu o homem como "um animal que ri". Poderia também ter sido definido como um animal que faz rir, pois se outro animal o conseguisse, ou algum objeto inanimado, seria por semelhança com o homem, pela característica impressa pelo homem ou pelo uso que o homem dele faz.

SERGSON, Henri. O Riso: ensaio sobre a significação do cômico. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.

O trecho acima foi extraído do livro O riso, uma reunião de três artigos publicados por Bergson, em 1899, que constituem um verdadeiro tratado sobre o humor.

O tema abordado pelo filósofo permanece atual, como se pode depreender do aumento significativo do espaço social reservado às manifestações humorísticas. No Brasil, muito se produz em matéria de humor. Nos jornais de grande circulação, escritores e chargistas fazem diariamente a crônica bem humorada da política e dos costumes. Emissoras de rádio destinam espaços valorizados a programas que debatem temas atuais em uma atmosfera descontraída, com estímulo a brincadeiras e a comentários jocosos. Emissoras de televisão, além de contarem com os tradicionais programas humorísticos, têm investido em novos formatos, como entrevistas com apresentadores comediantes e programas que fazem um misto de jornalismo e humor. Casas de teatro têm sido palco para uma nova leva de humoristas, que, com apenas um microfone e muitas histórias para contar, divertem plateias cada vez mais numerosas. Na internet, além dos sites que reproduzem piadas de autoria desconhecida, há os que apresentam uma produção própria, com textos, vídeos e charges animadas, satirizando políticos e celebridades.

A profusão dessas manifestações revela uma ampla liberdade de expressão, para cuja conquista o humor também teve sua parcela de contribuição. Jornalistas, escritores e comediantes saúdam essa liberdade, entendendo que o espaço para o humor não está a serviço apenas da diversão, mas também da crítica social. Há, contudo, quem considere que, no exercício dessa liberdade, excessos estejam sendo cometidos. Em resposta a isso, alguns afirmam não ser possível provocar o riso sem incomodar, já que o humor se constrói a partir de um olhar crítico sobre o comportamento humano.

Considerando a popularidade atual do humor, manifestado nas mais diversas formas, em diferentes meios de comunicação, e as reações da sociedade a essas manifestações, redija uma dissertação sobre o papel e os limites do humor na sociedade.

Redação Puc-Campinas 2012

DISSERTAÇÃO

Atente para o texto seguinte:

De quem é, afinal, a internet?
A pergunta se justifica: há um árduo debate sobre a possibilidade de haver algum efetivo controle sobre as matérias divulgadas pela internet. Há quem defenda a liberação absoluta de todos os espaços de navegação, em nome da democracia e do direito universal à informação; mas há quem alegue os riscos que muitas matérias podem representar para a coletividade e defenda, por isso, algum mecanismo de controle. De fato, ao navegarmos, encontramos de tudo: verdades e mentiras, arte e pornografia, informações confiáveis e notícias maliciosas, campanhas justas e mobilizações preconceituosas. Haverá alguma medida a ser tomada? Qual? E por quem? E em nome de quê, ou de quem?

Redija uma dissertação, em prosa clara e coerente, sobre o texto acima, dando especial atenção às perguntas que o finalizam. Para isso, busque formular propostas que possam, a seu ver, responder adequadamente a essas perguntas.

Redação UFGD 2011  

A coletânea a seguir contém gêneros e suportes distintos. A partir dela, escreva um Artigo de Opinião, em que você se manifeste, com provas e argumentos, sobre a questão da liberdade da imprensa e a possibilidade de certo controle da mídia. Seu papel será semelhante ao de um articulista/jornalista, conhecedor da temática, cujo texto seria publicado num jornal local.

Texto 1

LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO E DA INFORMAÇÃO

Art. 1º É livre a manifestação do pensamento e a procura, o recebimento e a difusão de informações ou ideias, por qualquer meio, e sem dependência de censura, respondendo cada um, nos termos da lei, pelos abusos que cometer.

BRASIL. Lei n. 5,250, de 9 de fevereiro de 1967 (atualizada até janeiro de 2000). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L5250.htm. Acesso em: 1 out. 2010.

Texto 2

A imprensa que constrói uma democracia é a imprensa que fala o que quer, dá opinião que quer e se manifesta do jeito que ela bem entende.

ROUSSEFF, Dilma. Disponível em: <http://www.ronaud.com/frases-pensamentos-citacoes-de/dilma-rousseff>. Acesso em: 30 out. 2010.

Texto 3

OAB SE POSICIONA CONTRA CONSELHOS DE COMUNICAÇÃO

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) se posicionou oficialmente ontem contra a iniciativa de pelo menos quatro Estados do país de implantar conselhos de comunicação com o propósito de monitorar a mídia. Em nota assinada pelo presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, e pelos 27 representantes estaduais, a entidade manifestou “repúdio aos projetos de criação de órgãos vinculados ao Executivo para monitorar veículos de comunicação em diversos Estados da Federação”. [...]

Assim como a OAB, o diretor-geral da ABERT (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão), Luís Roberto Antonik, também afirmou que os Estados não têm competência para regular a atuação da mídia.

AZEVEDO, Reinaldo. OAB se posiciona contra conselhos de comunicação. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral>. Acesso em: 1 out. 2010.

Texto 4

A imprensa em foco

Os Estados Unidos viveram em 1971 e vivem agora o mesmo dilema: qual é o limite da imprensa? Ela deve ser censurada quando divulga documentos militares? No caso dos “Papéis do Pentágono”, sobre a guerra do Vietnã, o impasse foi decidido na Justiça. Agora, novo debate começa com os documentos do Wikileaks. Na América Latina, tentam pôr a imprensa a reboque dos governos.

[...]

Na América Latina, o governo da Venezuela fechou uma rede de televisão, 32 rádios, duas TVs regionais, ameaça e prende jornalistas, instiga agressões físicas a empresas e profissionais e tem ampliado de forma extravagante a imprensa paga direta ou indiretamente pelo dinheiro público. Na Argentina, o casal que governa o país mandou sobre o grupo Clarín fiscais tributários, pressionou anunciantes privados, cancelou licença para serviços de provedor de internet, tenta estatizar a empresa de papel de imprensa e já falou em estatizar a própria imprensa.

Na ditadura de Cuba surgem cada vez mais furos no projeto de uma imprensa monolítica. Blogs, twitters furam o bloqueio. No Irã, as cenas de assassinato da estudante Neda correram mundo depois de gravadas por um celular e enviadas pelo twitter. A China, no alto do seu poder, tenta com todos os recursos tecnológicos evitar que saia qualquer notícia inconveniente como a do prêmio Nobel para Liu Xiaobo, mas ainda assim um blog chinês que postou apenas duas aspas com o texto em branco bateu recordes de visitas e apoios. Se os jornalistas contornaram proibições em outros momentos e regimes, mais facilmente conseguirão agora. Por isso o melhor é que os neocensores sejam sensatos, atualizem-se, e abandonem seus velhos projetos.

LEITÃO, Míriam; GRIBEL, Álvaro. A imprensa em foco. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2010/10/26>. Acesso em: 1 out. 2010.

Texto 5

Hipocrisia Geral: Liberdade de expressão para quem?

O recente episódio da demissão do jornalista Felipe Milanez, editor da revista National Geographic Brasil, publicada pela Editora Abril, por ter criticado, via Twitter, a revista Veja, é revelador da hipocrisia geral que envolve as posições públicas dos donos da mídia sobre liberdade de expressão e liberdade de imprensa.

As relações de trabalho nas redações brasileiras, é sabido, são hierárquicas e autoritárias. Jornalistas editores são considerados, pelos patrões, como ocupando "cargos de confiança" e devedores de lealdade incondicional. Mas não se trata aqui da expressão de opinião contrária à posição editorial em matéria jornalística publicada no mesmo veículo. Isso, não existe. Trata-se, na verdade, da liberdade de expressão individual "sob qualquer forma, processo ou veículo".

Segundo matéria publicada no Portal Imprensa, o redator-chefe da National Geographic Brasil, Matthew Shirts, confirmou que Felipe Milanez "foi demitido por comentário do Twitter com críticas pesadas à revista. A Editora Abril paga o salário dele e tomou a decisão". Pode um jornalista profissional expressar sua posição pessoal sobre o jornalismo praticado por outro veículo cujo proprietário é o mesmo daquele em que trabalha, sem correr o risco de perder o emprego? A liberdade de expressão se aplica quando estão envolvidas relações empregatícias? Ela é ou não é um direito individual universal?

LIMA, Venício A. de. Hipocrisia Geral: Liberdade de expressão para quem? Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=590JDB002>. Acesso em: 1 out. 2010.

Redação PUC-RS 2011  

TEXTO 1

Objetividade no jornalismo: falácia ou ideal?

Existe uma linha muito tênue entre o que é subjetivo e o que é tendencioso. A subjetividade não pode ser excluída do homem e muito menos do jornalista. Todos carregamos uma bagagem cultural diferenciada, o que faz diversa a nossa visão de realidade. No meio jornalístico, existem regras que elucidam a maneira correta de se expressar; entretanto não conseguem uniformizar os discursos. Os discursos podem ter pontos em comum (uso de determinadas construções sintáticas, por exemplo), mas cada um possui um estilo ímpar.

A tendenciosidade não é estilo de ninguém, é um artifício subliminar para convencer alguém, tentativa do jornalista de fazer com que os leitores compartilhem forçosamente de seu ponto de vista. Deve ser evitada no jornalismo, uma vez que a função básica do jornalista é fornecer subsídios para a construção de uma realidade mais próxima do fato ocorrido.(...)

A objetividade é um ideal inatingível para o jornalista, no entanto o profissional deve insistir em alcançá-la. Esse paradoxo é garantia de qualidade dos veículos de comunicação. Nunca existirá um texto isento de subjetividade, de tons íntimos do autor. Quando alguém se propõe a redigir (seja um conto, seja uma cobertura de acidente automobilístico), é sabido que a intenção é sempre convencer os leitores de que o ponto de vista presente é o mais apropriado.

O que se quer com o paradoxo da objetividade é diminuir cada vez mais a emissão de juízos de valor, cujo teor pessoal arraigado à cultura do jornalista pode impedir que os leitores extraiam da notícia o essencial. Por isso, no jornalismo atual, fontes de categorias diversas são acionadas para montar um quadro amplo de notícia.

Disponível em: http://gilmar.jr.vilabol.uol.com.br/objetividade. Acesso em: setembro 2010 (adaptado)

Tão paradoxal quanto o título deste editorial é o tema por ele abordado: o horário político obrigatório – ou gratuito, de acordo com a denominação do Tribunal Regional Eleitoral. Em primeiro lugar, não é gratuito, a não ser para candidatos, partidos e coligações, que nada pagam pelo acesso aos meios de comunicação. A sociedade paga. As empresas de mídia recebem compensação fiscal pelos espaços que dispensam à propaganda eleitoral. A polêmica, porém, é outra: tem sentido impor ao público uma programação geralmente demagógica e de má qualidade, que é rejeitada por parcela expressiva de espectadores e reduz a audiência dos programas de rádio e televisão?

No Brasil, onde o voto também é obrigatório, faz sentido. Pesquisa divulgada pelo Datafolha no mês passado, após consulta a 10.905 eleitores em 379 municípios do país, mostrou que 65% dos entrevistados utilizam a TV como mídia preferida para obter informações sobre partidos e candidatos. Os jornais aparecem em segundo lugar, com 12% da preferência, restando para o rádio e a internet o terceiro lugar, com 7%. Apenas 6% dos inquiridos disseram que se preparam para o voto com informações colhidas em conversas com amigos e familiares.

Então, é inquestionável o valor da mídia eletrônica na orientação do eleitorado. Ainda assim, não deixa de ser uma imposição incômoda para a maioria da população. Pesquisa encomendada ao Ibope pela Associação Brasileira de Agências de Propaganda mostra que o brasileiro não simpatiza com a propaganda eleitoral compulsória: 76% dos consultados informaram que “não gostam nada” ou “não gostam muito”.

Apenas 11% assinalaram “gostar” ou “gostar muito”. Além de impositivo, o horário eleitoral gera outras deformações, como a formação de alianças partidárias espúrias com o único propósito de ampliar o tempo de exposição de candidatos e siglas, com total prejuízo para os conteúdos programáticos e para a coerência ideológica. Também o tempo exíguo dispensado aos candidatos às eleições proporcionais mal permite que digam o nome, o número e, em certos casos, alguma gracinha, que só serve para ridicularizar o debate eleitoral.

Ainda assim, existe pelo menos um fator insuperável a justificar a manutenção desta programação: o direito de todos os candidatos ao acesso à mídia. Se a propaganda fosse paga, ou dependesse apenas do interesse jornalístico, o poder econômico poderia prevalecer e os candidatos menos conhecidos talvez não tivessem oportunidade de se apresentar ao público. Agora, mesmo com todas as deformações, o horário eleitoral possibilita este contato entre o eleitor e os pretendentes a mandatos eletivos.

Jornal Zero Hora, 22/08/2010 (editorial)

TEMA 

A importância de uma imprensa livre

Segundo o Instituto Análise,

    • 91% dos brasileiros consideram a imprensa uma arma anticorrupção, ao divulgar escândalos de políticos e autoridades;
    • 97% se declararam a favor da investigação e da divulgação de casos suspeitos de corrupção;
    • 69% consideram a imprensa apartidária;
    • 88% veem a imprensa como digna de credibilidade ao revelar desvios e irregularidades;
    • nove em cada dez entrevistados defendem que os meios de comunicação não devem ser submetidos a nenhum tipo de censura.

Para Alberto Carlos Almeida, diretor do Instituto Análise, o fato de jornais, rádios e TVs serem vistos como os principais canais de denúncias de corrupção revela a boa imagem de que a imprensa desfruta e o descrédito da população em outras instituições.

(Informações obtidas no jornal O Estado de S. Paulo)

Se você optar por este tema, apresente suas ideias sobre o papel da imprensa em uma sociedade com ampla liberdade de expressão, sustentando-as com dados da realidade. Se quiser, use como contraponto fatos e problemas ocorridos em países que não têm imprensa livre.

Redação Mackenzie 2010

Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.

Texto I

Por censura, basicamente, entende-se o exame a que são submetidos trabalhos artísticos ou informativos, com base em critérios morais ou políticos, para decidir sobre a conveniência de serem ou não liberados para apresentação ao público em geral. A censura foi uma das armas de que o regime militar se valeu para calar seus opositores e impedir que qualquer tipo de mensagem contrária a seus interesses fosse amplamente divulgada.

Uol Educação

Texto II

O jornal The New York Times publicou reportagem sobre a censura ao jornal O Estado de S. Paulo como um dos símbolos do retrocesso da liberdade de imprensa na América Latina. Desde o dia 31 de julho de 2009, o jornal e o site estadao.com.br estão impedidos de publicar reportagens sobre a Operação Boi Barrica, envolvendo o filho do senador José Sarney.

www.estadao.com.br

Texto III

A censura é tão antiga quanto a sociedade humana e existe em todas as comunidades. Para alguns ela representa a violação do direito de livre expressão; para outros representa um instrumento necessário à defesa dos princípios morais.

Um dos lados positivos da censura é que ela exerce o exame e a classificação do que se considera imoral, crime, pecado, heresia, subversão ou qualquer outro ato suscetível de supressão e/ou punição exemplar. Esse aspecto positivo pode ser verificado, por exemplo, na proibição de veicular imagens de violência, sexo ou nudez na televisão, em horários impróprios, com o objetivo de proteger as crianças.

Antônio Consuelta

Redação ENEM 2004

Leia com atenção os seguintes textos:

Os programas sensacionalistas do rádio e os programas policiais de final da tarde em televisão saciam curiosidades perversas e até mórbidas tirando sua matéria-prima do drama de cidadãos humildes que aparecem nas delegacias como suspeitos de pequenos crimes. Ali, são entrevistados por intimidação. As câmeras invadem barracos e cortiços, e gravam sem pedir licença a estupefação de famílias de baixíssima renda que não sabem direito o que se passa: um parente é suspeito de estupro, ou o vizinho acaba de ser preso por tráfico, ou o primo morreu no massacre de fim de semana no bar da esquina. A polícia chega atirando, a mídia chega filmando.

Eugênio Bucci." Sobre ética e imprensa". São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Quem fiscaliza [a imprensa]? Trata-se de tema complexo porque remete para a questão da responsabilidade não só das empresas de comunicação como também dos jornalistas. Alguns países, como a Suécia e a Grã-Bretanha, vêm há anos tentando resolver o problema da responsabilidade do jornalismo por meio de mecanismos que incentivam a auto-regulação da mídia.

http://www.eticanatv.org.br. Acesso em 30/05/2004.

No Brasil, entre outras organizações, existe o Observatório da Imprensa - entidade civil, não-governamental e não-partidária -, que pretende acompanhar o desempenho da mídia brasileira. Em sua página eletrônica , lê-se:
"Os meios de comunicação de massa são majoritariamente produzidos por empresas privadas cujas decisões atendem legitimamente aos desígnios de seus acionistas ou representantes. Mas o produto jornalístico é, inquestionavelmente, um serviço público, com garantias e privilégios específicos previstos na Constituição Federal, o que pressupõe contrapartidas em deveres e responsabilidades sociais."

http://www.observatorio.ultimosegundo.ig.com.br (adaptado). Acesso em 30/05/04.

Incisos do Artigo 5o. da Constituição Federal de 1988:
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença,
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Redação ENEM 2004

Caco Galhardo. 2001.

Com base nas idéias presentes nos textos acima, redija uma dissertação em prosa sobre o seguinte tema:

Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação?

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas.

Observações:

  • Seu texto deve ser escrito na modalidade culta da língua portuguesa.
  • O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
  • O texto deverá ter no mínimo 15 (quinze) linhas escritas.

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