Redação sobre Intolerância

Redação sobre Intolerância

Redação UCPEL 2022

A partir das ideias dos textos motivadores e dos seus conhecimentos, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema Discurso de ódio e suas implicações que respeite a norma padrão da língua portuguesa e os direitos humanos. Estruture e relacione argumentos e fatos para defender o seu ponto de vista, atentando para a coesão e a coerência.

TEXTO I

TSE alerta para a disseminação prejudicial do discurso de ódio

Cada vez mais frequente, o discurso de ódio vem ganhando também mais espaço nos debates sobre segurança na internet. Afinal, ele pode ser tão perigoso para a vida das pessoas – com reflexos importantes na saúde mental delas – quanto a invasão de um hacker ou a manipulação de dados.

Discurso de ódio vai além do polêmico cancelamento: é caracterizado por um tipo de violência verbal, que tem como base a não aceitação das diferenças, ou seja, a intolerância. Muitas vezes, o foco dessas falas disfarçadas de opinião está ligado à crença, origem, cor/etnia, gênero, identidade, orientação sexual ou posição política, sempre com conteúdos contendo linguagem que desumanize as pessoas.

Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, a violência, a agressão e a intolerância são incompatíveis com a democracia. “A divergência sempre existiu e sempre existirá enquanto houver liberdade. As pessoas que pensam diferente não são inimigas e, sim, contribuem conjuntamente para um mundo democrático e uma sociedade aberta e plural”, disse, na abertura do Ano Judiciário de 2021.

Ainda que o artigo 5º da Constituição Federal de 1988 garanta a liberdade de expressão, ela não pode se tornar uma oportunidade de opressão nas redes ou fora delas. Isso porque o discurso de ódio fere direitos fundamentais dos cidadãos e das minorias.

Disponível em: <https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2021/Fevereiro/tse-alerta-para-a-disseminacao-prejudicial-do-discurso-de-odio>. Acesso em: 20 jul. 2021. (adaptado)

TEXTO II

Não é de hoje que a cobertura de discursos de ódio representa um grande desafio para o jornalismo. Se conduzida de maneira responsável, é possível contribuir não só para o combate de ideias intolerantes como também sensibilizar e educar o público, mas se a mídia não tem consciência de sua responsabilidade as notícias podem amplificar as vozes e os pontos de vista distorcidos de quem propaga discursos discriminatórios e excludentes.

Problemático também é quando os próprios comunicadores utilizam o papel, imagem e posição que ocupam para perpetuar mensagens misóginas, racistas, xenofóbicas, homofóbicas e transfóbicas, espetacularizando discursos de violência contra diversos grupo sociais. Os exemplos não são poucos e precisam ser combatidos, ainda mais quando estamos em meio a um contexto sociopolítico mundial que favorece o crescimento de movimentos reacionários que rejeitam o pluralismo e desafiam as democracias.

Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.com.br/intolerancia/discurso-de-odio-nao-pode-ser-confundido-com-opiniao/>. Acesso em: 20 out. 2021. (adaptado)

Redação Unicap 2020

Redação Unicap 2020 Redação Unicap 2020
Jesus abraçou a causa dos pobres, dos fracos, dos humildes, dos excluídos, dos injustiçados.
Foi preso, torturado e morto.
Mandela lutou pelos pobres, pela liberdade e pela justiça, defendeu a igualdade de direitos entre brancos e negros.
Foi preso e torturado.
Redação Unicap 2020 Redação Unicap 2020
Gandhi sempre se pôs ao lado dos pobres, lutou contra a opressão do seu povo, defendeu a igualdade entre os seres humanos.
Foi assassinado a tiros.
Luther King lutou contra a pobreza, a opressão racial, debatendo-se pelos direitos civis dos negros, para que fossem julgados não pela cor de sua pele, mas pelo seu carácter.
Foi preso e submetido a abusos pessoais. Foi assassinado.

Por quê?

(Crie um título para a sua redação. Elabore um texto dissertativo-argumentativo. O limite mínimo é de 10 (dez linhas). A menor nota exigida na redação é 20,00 (vinte), na escala de zero a cem. Sinta-se à vontade para expressar sua opinião.)

(Todas as imagens desta prova cujas fontes não estão indicadas são do Google-Brasil)

Redação Unifesp 2011

Instrução: Leia os três textos seguintes.

Texto 1

Num restaurante de classe média, pessoas torcem o nariz e pagam a conta antecipadamente, sem concluir a refeição, porque na mesa ao lado senta-se um casal negro, com uma filha e um filho adolescentes. Ninguém comenta ou reclama de que se trata de uma demonstração criminosa de racismo, não comprovável mas evidente. A adolescente discriminada põe-se a chorar e pede aos pais para irem embora também. A família comemorava ali o 14º aniversário dela.

Uma mulher decide sair de um casamento infeliz e pede a separação. O marido, que certamente também não está feliz, recusa qualquer combinação amigável e quer uma separação litigiosa. As duas filhas moças tomam o partido do pai, como se de repente a mãe que delas cuidara por mais de vinte anos tivesse se transformado em alguém desprezível, irreconhecível e inaceitável. Nenhuma das duas lhe pergunta os seus motivos; ninguém deseja saber de suas dores; nenhuma das duas jovens mulheres lhe dá a menor chance de explicação, o menor apoio. Parece-lhes natural que, diante de um passo tão grave da parte de quem as criara, educara, vestira, acarinhara e acompanhara devotadamente por toda a vida, fosse negado qualquer apoio, carinho e respeito.

Os casos se multiplicam, são muito mais cruéis do que estes, existem em meu bairro, em seu bairro. Nossa postura diante do inesperado, do diferente, raramente é de atenção, abertura, escuta. Pouco nos interessam os motivos, o bem, as angústias e buscas, direitos e razão de quem infringe as regras da nossa acomodação, frivolidade ou egoísmo. Queremos todos os privilégios para nós, a liberdade, a esperança. Para os outros, mesmo se antes eram muito próximos, queremos a imobilidade, a distância. Cassamos sem respeitar os seus direitos humanos mais básicos. A intolerância, que talvez não conste no índex das religiões mais castradoras, é com certeza um feio pecado capital. Do qual talvez nenhum de nós escape, se examinarmos bem.

(Lya Luft. Veja, 15.12.2004. Adaptado.)

Texto 2

Entrevista com Zilda Márcia Gricoli, historiadora e diretora-executiva do Laboratório de Estudos da Intolerância da Universidade de São Paulo (USP), que investiga e discute o tema em todas suas vertentes.

Qual a proposta do Laboratório de Estudos da Intolerância?
Trata-se de um centro multidisciplinar da Universidade de São Paulo (USP) que investiga todos os dilemas da intolerância, seja ela política, religiosa, cultural, sexual. Incluímos também o que chamamos de tolerância ao intolerável: prostituição infantil e massacres de populações indígenas e de rua, por exemplo. Trabalhamos ainda com os direitos dos animais. Refletindo sobre a forma como os homens os tratam, descobrimos como eles agem em relação aos seres humanos. Faremos um grande seminário sobre o assunto, aberto ao público.

Dê exemplos da intolerância no Brasil.
Não toleramos o pobre, por exemplo. Pobre é lixo, não queremos ver, queremos jogá-los fora. Pode ser índio, negro, branco. Em São Paulo, há praças que contam com o banco “antimendigo”, com braçadeiras especiais, que não permitem que ninguém durma ali. Gradearam chafarizes para que a população não tome banho. Tudo para “limpar” a cidade dos pobres. Como se eles fossem responsáveis pela sujeira.

É possível desenvolver a tolerância?
Sim. A intolerância é totalmente cultural. A cultura foi criada pelo homem para a sobrevivência da espécie. Ela tem esse objetivo, que é a proteção da vida, e não a destruição. A autonomia cultural não pode ir além da vida humana. Quando a cultura se apropria da negação do outro, é preciso uma intervenção.

(http://planetasustentavel.abril.com.br. Adaptado.)

Texto 3

Fascismo, comunismo, nazismo e todos os outros ismos totalitários produziram ao longo dos tempos algumas das mais pavorosas cenas de intolerância perpetradas pelo homem contra alguém que ele julga diferente. “Fogueiras, patíbulos, decapitações, guilhotinas, fuzilamentos, extermínios, campos de concentração, fornos crematórios, suplícios dos garrotes, as valas dos cadáveres, as deportações, os gulags, as residências forçadas, a Inquisição e o índex dos livros proibidos”, descreveu o jurista italiano Italo Mereu, são algumas das mais bárbaras manifestações de ódio adotadas por quem julga “possuir a verdade absoluta e se acha no dever de impô-la a todos, pela força”. A praga da intolerância só atinge esse patamar de perversidade quando um outro valor já não vigora mais há muito tempo: a democracia. É mais ou menos assim que as coisas funcionam. Aniquila-se a democracia em nome de um ideal revolucionário que promete semear a liberdade e o fim da opressão dos mais fracos. Essa é a promessa, mas o que se colhe jamais é a libertação, apenas abuso e intolerância. Numa primeira fase, o abuso é interno e concentrado contra os inimigos políticos do regime. Depois, todos se tornam inimigos em potencial e até a delação de vizinhos vira uma arma de controle social. Na fase seguinte, surgem as guerras contra os inimigos externos.

(Amauri Segalla. Veja, 16.04.2003. Adaptado.)

Com base nas informações e reflexões dos textos apresentados – ou, ainda, agregando a eles outros elementos que você julgar pertinentes –, redija uma dissertação em prosa e em norma padrão sobre o seguinte tema:

A intolerância em xeque

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