Redação sobre a Fome

Redação sobre a Fome e a Insegurança Alimentar

Fome e a Insegurança Alimentar

Redação Unisc 2023

TEMA – Fome e subnutrição

Redação Unisc 2023

A fome e a subnutrição são problemas que atingem os países mais pobres do globo. São consequência das desigualdades sociais (causadas pela má administração dos governos desses locais) e de uma situação crítica econômica que se arrasta há muitas décadas nesses países, atingindo milhões de pessoas no mundo todo.

A fome é a situação na qual a alimentação que o indivíduo consome não é suficiente para o gasto energético das atividades básicas diárias. Em muitos casos de pobreza extrema, uma pessoa fica dias sem ter o que comer ou ingere pouca quantidade de alimento. Pode ser comprovada pela relação peso e altura em um indivíduo cujo Índice de Massa Corporal (IMC) esteja abaixo de 18%.

Já a subnutrição é a consequência da pouca ou de nenhuma ingestão de alimentos, que são fontes de minerais, vitaminas e energia, para que uma pessoa cresça e desenvolva o corpo e o cérebro, especialmente bebês e crianças.

Uma pesquisa do instituto Datafolha, de maio de 2021, revelou ainda que a insegurança alimentar afetava um a cada três lares com crianças de até 6 anos no Brasil, elevando as chances de ocorrência de desnutrição infantil.

Produza um texto argumentativo, explorando essa temática. Lembre-se de que você deve demonstrar a capacidade de apresentar uma produção que tenha textualidade. Assim, organize as suas ideias com correção linguística e atenção especial aos aspectos relacionados à coesão e à coerência, ou seja, à textualidade.

Redação Unifor 2022

TEXTO I

Insegurança alimentar no Brasil foi piorada com a guerra, diz diretor de ONG.

O diretor-executivo da Ação Cidadania, Kiko Afonso, disse à CNN que a guerra na Ucrânia afeta de muitas maneiras o Brasil, principalmente na questão da insegurança alimentar.

Afonso comentou que apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo, “uma coisa que pouca gente sabe é que o Brasil depende quase que 85% da importação de fertilizantes para a produção desses alimentos, e a Rússia é um dos maiores produtores de fertilizantes no mundo” avaliou.

A agência de alimentos e agricultura das Nações Unidas, FAQ, disse em março que os preços de alimentos e matérias-primas para rações podem subir entre 8% e 20% como resultado do conflito na Ucrânia, provocando um salto no número de pessoas desnutridas em todo o mundo.

Sendo o nono país mais desigual do mundo, 116 milhões de pessoas convivem com algum grau de insegurança alimentar no Brasil, segundo a Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).

Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/inseguranca-alimentar-no-brasil-foi-piorada-com-a-guerra-diz-diretor-de-ong/>. Acesso em: 8 Maio 2022 (adaptado).

TEXTO II

Redação Unifor 2022
Disponível em: <https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2021/08/17/eu-nao-sei-nem-te-explicar-a-fome-diz-moradora-de-scque- vive-da-venda-de-materiais-reciclaveis-e-de-doacoes.ghtml>. Acesso em: 25 Maio 2022.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, com, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30 linhas, em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Combate à fome e à insegurança alimentar no Brasil". Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Redação UFGD 2022

TEXTOS MOTIVADORES 
EM COMPLEMENTAÇÃO ÀS SUAS LEITURAS PRÉVIAS, LEIA OS TEXTOS A SEGUIR.

TEXTO 1

VAMO COMER
Caetano Veloso

Vamo comer
Vamo comer

Vamo comer
Vamo comer feijão
Vamo comer
Vamo comer farinha
Se tiver
Se não tiver então
Ô, ô, ô, ô

Vamo comer
Vamo comer faisão
Vamo comer
Vamo comer tempura
Se tiver
Se não tiver então
Ô, ô, ô, ô

[...]

Vamo comer
Vamo comer canção
Vamo comer
Vamo comer poesia
Se tiver
Se não tiver então
Ô, ô, ô, ô
[...]
Vamo comer
Vamo comer

Disponível em: https://www.letras.mus.br/caetano-veloso/423769/. Acesso em: 19 ago. 2021.

TEXTO 2

O QUE É SEGURANÇA ALIMENTAR?

O conceito de segurança alimentar engloba disponibilidade, instabilidade, acesso e utilização. A segurança alimentar é definida pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) como uma ”situação na qual todas as pessoas, em todos os momentos, têm acesso físico, social e econômico a recursos suficientes, seguros e a alimentos nutritivos que atendam às suas necessidades dietéticas e preferências alimentares para uma vida ativa e saudável”. De acordo com documento aprovado na II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, e incorporado na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) de 2006, segurança alimentar é definida como “a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis”.

Disponível em: https://www.ecycle.com.br/seguranca-alimentar/. Acesso em: 19 ago. 2021 (adaptado).

TEXTO 3

OS NÚMEROS SOBRE A FOME NO BRASIL SÃO ALARMANTES! OLHE PARA ELES. O DESAFIO É DE TODAS E DE TODOS NÓS!

Insegurança alimentar é quando alguém não tem acesso pleno e permanente a alimentos. Hoje, em meio à pandemia, mais da metade da população brasileira está nessa situação, nos mais variados níveis: leve, moderado ou grave. E a insegurança alimentar grave afeta 9% da população – ou seja, 19 milhões de brasileiros estão passando fome. O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 foi realizado entre 5 e 24 de dezembro de 2020. O Brasil continua dividido entre os poucos que comem à vontade e os muitos que só têm vontade de comer.

Redação UFGD 2022

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2004, 2009 e 2013, revelou uma importante redução da insegurança alimentar em todo o país. Em 2013, a parcela da população em situação de fome havia caído para 4,2% – o nível mais baixo até então. Os números mais atuais são maiores do que os observados em 2009.

Redação UFGD 2022

As regiões Nordeste e Norte são as mais afetadas pela fome. Em 2020, o índice de insegurança alimentar esteve acima dos 60% no Norte e dos 70% no Nordeste – enquanto o percentual nacional é de 55,2%. Já a insegurança alimentar grave (a fome), que afetou 9,0% da população brasileira como um todo, esteve presente em 18,1% dos lares do Norte e em 13,8% do Nordeste. Além disso, a pobreza das populações rurais tem reflexo importante nas condições de segurança alimentar, pois para essa população, em todo o país, a fome se mostrou uma realidade em 12% dos domicílios. Nos dados de 2020, em 11,1% dos domicílios chefiados por mulheres os habitantes estavam passando fome, contra 7,7% quando a pessoa de referência era homem. Das residências habitadas por pessoas pretas e pardas, a fome esteve em 10,7%. Entre pessoas de cor/raça branca, esse percentual foi de 7,5%. A fome se fez presente em 14,7% dos lares em que a pessoa de referência não tinha escolaridade ou possuía Ensino Fundamental incompleto. Com Ensino Fundamental completo ou Ensino Médio incompleto, caiu para 10,7%. E, finalmente, em lares chefiados por pessoas com Ensino Médio completo em diante, despencou para 4,7%.

Evolução da fome no Brasil: porcentagem da população afetada pela insegurança alimentar grave entre 2004 e 2020 Rede PENSSAN / Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil.

Redação UFGD 2022
Disponível em: https://www.oxfam.org.br/especiais/olhe-para-a-fome/. Acesso em: 19 ago. 2021 (adaptado).

TEXTO 4

Redação UFGD 2022
Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2021/03/28/com-menos-doacoesiniciativas-solidarias-sofrem-no-auge-da-pandemia. Acesso em: 19 ago. 2021.

TEXTO 5

Redação UFGD 2022
Disponível em: https://domtotal.com/charge/3365/2021/07/fome-nobrasil/.Acesso em: 19 ago. 2021

PROPOSTA ÚNICA

Mafalda (Quino) sempre foi contestadora, falando verdades incaláveis. Agora você, como ela, tendo como referência o texto a seguir e os outros motivadores apresentados, suas leituras prévias, bem como os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, na modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, com, no mínimo, 15 e, no máximo, 30 linhas, sobre o tema:

SEGURANÇA ALIMENTAR NO BRASIL: DIREITO FUNDAMENTAL DE TODOS, MAS INCERTEZA PARA MUITOS.

Redação UFGD 2022
Disponível em: https://www.clubedamafalda.blogspot.com. Acesso em: 10 out. 2021.

Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos, fatos, informações e citações para constituição de seu texto. Utilize o espaço no verso para o rascunho de sua redação.

Redação UESB 2022

TEXTO 1

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

[...]

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Adaptado de: <http://planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 15 abr. 2022.

Texto 2

Insegurança alimentar e como ela avança no Brasil

Fome é uma sensação “soberana do ponto de vista biológico”, conhecida por todos desde o primeiro momento de vida. A insegurança alimentar, por outro lado, é uma expressão mais social que biológica; “fala sobre as pessoas terem assegurado o alimento que chega até elas”. A explicação é da doutora em Ciências da Saúde Denise Oliveira, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Alimentação, Saúde e Cultura, da Fiocruz Brasília. [...]

Embora nos últimos anos se observe o agravamento da insegurança alimentar no Brasil – principalmente pelo aumento de desempregados, que já representam 14% da população –, a pesquisadora Denise Oliveira destaca que esse cenário tem se estruturado há mais de uma década. “Há estudos em diferentes áreas que mostram que esse cenário já vinha se mostrando com as crises mundiais, desde 2004, 2008”, diz.

Adaptado de: <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/dia-mundial-da-alimentacao-inseguranca-alimentar-e-como-ela-avanca-no-brasil>. Acesso em: 15 abr. 2022.

Texto 3

Programa de rádio Saúde com Ciência traça retrato da fome no país e suas consequências para a saúde de adultos e crianças Saúde com Ciência convidou a professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina UFMG e pesquisadora do Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH), Elaine Machado, para debater o cenário de fome no país. Na entrevista concedida em 9 de abril, a professora explica que insegurança alimentar leve é caracterizada quando já se tem uma preocupação com a falta de alimentos no futuro e mudança na qualidade dos alimentos: “A insegurança alimentar não é só a falta, mas também a substituição de alimentos riscos em nutrientes e vitaminas, por alimentos mais baratos, que, muitas vezes, são aqueles ricos em farinhas e açúcares, na tentativa de compensar o preço dos alimentos”.

Já na insegurança moderada começa a faltar refeições no dia para os adultos, que começam a pensar em estratégias de substituição até chegar na insegurança alimentar grave. Nesse nível, há restrição alimentar importante, com a família podendo ficar sem uma das refeições, o que afeta todos os membros, tanto adultos quanto crianças.

Adaptado de: <https://www.medicina.ufmg.br/inseguranca-alimentar-cresce-no-pais-e-aumenta-vulnerabilidade-a-covid-19/>. Acesso em: 15 abr. 2022.

Texto 4

Pesquisa revela insegurança alimentar nos lares brasileiros em 2021

Redação UESB 2022
Adaptado de: <https://www.ibpad.com.br/blog/brasil-da-fome-pesquisa-revela-inseguranca-alimentar-nos-lares-brasileiros/>. Acesso em: 15 abr. 2022.

A partir da leitura dos textos motivadores (1, 2, 3 e 4) e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema “Desafios para superar a insegurança alimentar no Brasil”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Redação UECE 2019

Prezado(a) Candidato(a),

Sabe-se que a falta de comida nos lares de inúmeras famílias, no Brasil, ainda é uma realidade que continua a existir em razão da situação de pobreza do País, decorrente, por sua vez, da ausência de oportunidades de trabalho, ou da desigualdade de renda que afeta a nossa população. Tendo como base suas experiências de vida, bem como os três textos motivadores dispostos abaixo, escolha UMA das propostas a seguir e componha seu texto.

Proposta 1: Suponha que você faça parte de uma Organização não Governamental (ONG) de combate à fome no Estado do Ceará. Sua tarefa, como representante da ONG, é redigir uma carta aberta à sociedade cearense a ser veiculada num jornal de grande circulação do Estado. Nesta carta, você deverá apresentar argumentos que levem a população a contribuir, como voluntários da Organização, com a erradicação da fome e da miséria no Ceará.

Proposta 2: Imagine que, na sua escola, você tenha sido convidado para participar de um concurso literário sobre Histórias de Superação da Fome no Brasil. O melhor texto terá, como prêmio, cem cestas básicas para serem distribuídas em comunidades carentes escolhidas pelo candidato vencedor. Sua participação, então, será a de criar um texto em prosa de teor narrativo, levando em conta a seguinte situação: Você cresceu numa comunidade pobre da zona periférica da sua cidade e passou, durante muito tempo, por muitas situações de fome. No seu texto, você deverá relatar uma história de como esta população criou estratégias solidárias para combater a fome que atingiu seus familiares e amigos.

TEXTO I
Fome volta a assombrar famílias brasileiras

Relatório de entidades da sociedade civil que será levado à ONU alerta que Brasil pode voltar ao mapa da fome RIO - No armário suspenso sobre a geladeira quase vazia, sacos de farinha de milho empilhados de uma lateral a outra são a única abundância no casebre onde moram três adultos e uma criança, no alto de um morro do bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

— Estamos comendo angu a semana toda. Ganhamos de uma vizinha. Mas é melhor angu do que nada. Carne, não vemos há meses — lamenta Maria de Fátima Ferreira, de 61 anos, enquanto abre as portas do móvel, como se precisasse confirmar seu drama.

Três anos depois de o Brasil sair do mapa mundial da fome da ONU — o que significa ter menos de 5% da população sem se alimentar o suficiente —, o velho fantasma volta a assombrar famílias como a de Maria de Fátima. O alerta, endossado por especialistas ouvidos pelo GLOBO, é de relatório produzido por um grupo de mais de 40 entidades da sociedade civil, que monitora o cumprimento de um plano de ação com objetivos de desenvolvimento sustentável acordado entre os Estados-membros da ONU, a chamada Agenda 2030. O documento será entregue às Nações Unidas na semana que vem, durante a reunião do Conselho Econômico e Social, em Nova York.

Na casa de Maria de Fátima, a comida se tornou escassa depois que ela foi demitida do emprego de cozinheira na prefeitura de Belford Roxo, há oito meses. Os dois filhos mais velhos vivem de bicos, cada vez mais raros. Os três integram a estatística recorde de 14 milhões de desempregados, resultado da recessão iniciada no fim de 2014. Pesam ainda a crise fiscal, que tem levado União, estados e municípios a fazerem cortes em programas e políticas de proteção social, e a turbulência política.

— Quando o país atingiu um índice de pleno emprego, na primeira metade desta década, mesmo os que estavam em situação de pobreza passaram a dispor de empregos formais ou informais, o que melhorou a capacidade de acesso aos alimentos. A exclusão de famílias do Bolsa Família, iniciada ano passado, e a redução do valor investido no Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), que compra do pequeno agricultor e distribui a hospitais, escolas públicas e presídios, são uma vergonha para um país que trilhava avanços que o colocava como referência em todo o mundo — afirma Francisco Menezes, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e consultor da ActionAid, que participaram da elaboração do relatório.

Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/fome-volta-assombrar-familias-brasileiras-21569940. Acesso: 26.11.2018.

TEXTO II

O faminto não obedecia; e continuava a roer as unhas e a comer as escamas que se desagregavam da pele. Agora fitava o rosto de Carolina perto de si, completamente exposto e alumiado em cheio pela luz da fogueira. Percebia os tons daquela carnação, mas com o apetite da besta esfomeada. As narinas dilatam-se-lhe mais, fareja, sorve o cheiro daquela carne sadia na qual tem ímpetos de saciar a fome e rasgá-la a dentadas. [...] O delírio aumenta na esperança de mastigar as faces da moça.

TÉOFILO, Rodolfo. A Fome; Violação. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. p.34.

TEXTO III
O Preto Que Satisfaz

Dez entre dez brasileiros preferem feijão
Esse sabor bem Brasil
Verdadeiro fator de união da família
Esse sabor de aventura
Famoso pretão maravilha
Faz mais feliz a mamãe, o papai
O filhinho e a filha

Dez entre dez brasileiros elegem feijão!
Puro, com pão, com arroz
Com farinha ou macarrão
Macarrão, macarrão!
E nessas horas que esquecem dos seus
preconceitos
Gritam que esse crioulo
É um velho amigo do peito

Feijão tem gosto de festa
É melhor e mal não faz
Ontem, hoje, sempre
Feijão, feijão, feijão
O preto que satisfaz!

GONZAGUINHA. O Preto Que Satisfaz. Disponível em: https://www.letras.mus.br/gonzaguinha/694979/. Acesso: 26.11.2018.

Redação UEPG 2019

TEXTO 1

Sem merenda: quando férias escolares significam fome no Brasil

(Paula Adamo Idoeta e Mariana Sanches)

Não há comida para preparar no barraco em que Alessandra, de 36 anos, mora com cinco filhos – o mais ve-lho, de nove anos, e o menor, de 16 dias. As crianças, em férias escolares, pulam e correm agitadas, se escon-dem entre as vielas, e Alessandra sabe que em breve chegará o momento em que elas vão pedir para almoçar.

“Me corta o coração eles quererem um pão e eu não ter. Já coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda. Um pouquinho de arroz sempre alguém me dá, mas nas férias complica”, afirma Alessan-dra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde mora. No dia da entre-vista à BBC News Brasil, os filhos de Alessandra iriam recorrer à casa da avó para conseguir se alimentar.

O drama de Alessandra não é incomum. As férias escolares – quando muitas crianças deixam de ter o acesso diário à merenda – intensificam a vulnerabilidade social de muitas famílias em todo o país. Embora variem em conteúdo e qualidade – às vezes são apenas bolacha ou pão, em outras, são refeições completas de arroz, feijão, legumes e carne – as merendas ocupam função importante no dia a dia de certos alunos. Para essas crianças, nos períodos sem aulas é que a fome, uma ameaça ao longo de todo ano, se torna uma realidade a ser enfrentada.

Embora não haja estudos nacionais que indiquem o tamanho da insegurança alimentar durante o período de férias escolares, uma série de indicadores comprova a evolução da pobreza no país e o modo como ela incide sobre as crianças.

De acordo com a Fundação Abrinq, que fez cálculos a partir de dados do IBGE, 9 milhões de brasileiros entre zero e 14 anos vivem em situação de extrema pobreza.

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan) identificou, no ano retrasado [2017], 207 mil crianças menores de cinco anos com desnutrição grave no Brasil.

Adaptado de: www.bbc.com/portuguese/brasil-48953335. Acesso em: 15/07/2019.

TEXTO 2

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
CAPÍTULO II – DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Adaptado de: Juliana D. de Lima. www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 15/07/2019.

PROPOSTA

Os textos que você acabou de ler trazem informações sobre o importante papel que as escolas têm no combate à insegurança alimentar no Brasil, pois, em nosso país, um número crescente de pes-soas tem acesso precário à comida ou obtém apenas uma alimentação sem qualidade nutricional. A partir da leitura dos textos reproduzidos acima e utilizando os conhecimentos que acumulou em sua formação escolar, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:

Além da merenda, que outra ação nosso país pode executar para garantir o direito constitucional à alimentação?

Não esqueça de seguir as seguintes orientações:

- Seu texto deve deixar claro o seu ponto de vista, sustentando-o com argumentos, além de ser escrito na variante formal de nossa língua.
- Não é necessário colocar um título.
- Não faça cópias literais dos textos motivadores.

Redação UCPEL 2016

“A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que um clima mais extremo, com temperaturas elevadas, inundações, secas e elevação do nível do mar associados às alterações climáticas estão ameaçando o acesso das pessoas aos alimentos no longo prazo, disse a especialista e pesquisadora Hilal Elver.

Sua pesquisa, conhecida como “O direito à alimentação”, aponta que o impacto negativo das alterações climáticas na agricultura pode sujeitar cerca de 600 milhões de pessoas à desnutrição até 2080.”

Diário Popular, Pelotas, 4 de nov. 2015, p. 15.

Redação UCPEL 2016

Redação Mackenzie 2014

Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.

Obs.: O texto deve ter título e estabelecer relação entre o que é apresentado nos textos da coletânea.

Texto I

Muitas vezes, tomamos conhecimento de movimentos nacionais e internacionais de luta contra a fome. Ficamos sabendo que, em outros países e no nosso, milhares de pessoas, sobretudo crianças e velhos, morrem de penúria e inanição. Sentimos piedade. Sentimos indignação diante de tamanha injustiça (especialmente quando vemos o desperdício dos que não têm fome e vivem na abundância). Sentimos responsabilidade. Movidos pela solidariedade, participamos de campanhas contra a fome. Nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral.

 Marilena Chauí, filósofa

Texto II

Em todo o mundo joga-se fora ou perde-se, por ano, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos, o equivalente a um terço da produção total e mais da metade da colheita de cereais. Num cenário em que a população do planeta deve saltar dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões de habitantes até 2050, impõe-se a revisão urgente dos padrões de consumo e de produção alimentar. Assim, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) decidiram lançar uma campanha de conscientização para tentar reduzir o desperdício que se verifica, em maior ou menor grau, em todos os países.

O Estado de S.Paulo, 02/02/2013

Texto III

De acordo com um levantamento da FAO (sigla em inglês para “Food and Agriculture Organization”, agência especializada das Nações Unidas destinada a lidar com assuntos como este), apesar do número ainda grande de famintos, atualmente por volta de 1 bilhão de pessoas, pela primeira vez em quinze anos o número total de pessoas em situação de insegurança alimentar registrou queda de 10%. Outro dado positivo é que, atualmente, as chamadas fronteiras da fome, ou seja, o conjunto de países com problemas crônicos de distribuição alimentar, vem diminuindo.

www.infoescola.com, acesso em setembro de 2013

Redação UPE 2014

Redação UPE 2014

FRAGMENTO 

O geógrafo pernambucano Josué de Castro dizia que a fome não é decorrência de qualquer lei natural; é uma criação humana. Em Sorbonne, alardeava, nas salas de aula em que lecionou, qual seria a sua verdadeira “universidade sábia”. Referia-se aos mangues do Capibaribe e aos bairros miseráveis do Recife.

Para o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, a fome e a miséria não podiam esperar. Ele sempre acreditou nas pessoas. Pensava que as organizações só valiam a pena se fossem para melhorar a vida das pessoas, principalmente aquelas mais vulneráveis. Betinho foi um dos responsáveis pela mobilização em torno da luta contra a fome e a miséria no Brasil. Em 1993, participou da criação do Movimento pela Ética na Política, que teve como resultados a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida e o Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida – COEP. Hoje, quase 20 anos depois, os indicadores sociais brasileiros mostram uma significativa melhora. Entretanto, um terço da população brasileira se encontra em algum grau de insegurança alimentar. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA mostram que, há 25 anos, esse índice não muda: metade da renda total do Brasil está em mãos dos 10% mais ricos do País. E os 50% mais pobres dividem entre si apenas 10% da riqueza nacional.

Disponível em: http://www.josuedecastro.com.br/port/fome.html e http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=207049 (Adaptado)

TEMA 

FOME NO CONTEXTO SOCIAL BRASILEIRO: DISCUSSÃO ANTIGA, PROBLEMA ATUAL

Redação UESB 2011

A fome, no Brasil, é consequência, antes de tudo, do seu passado histórico, com os seus grupos humanos sempre em luta e quase nunca em harmonia com os quadros naturais. Luta, em certos casos, provocada e por culpa, portanto, da agressividade do meio, que iniciou abertamente as hostilidades, mas quase sempre por inabilidade do elemento colonizador, indiferente a tudo que não significasse vantagem direta e imediata para os seus planos de aventura mercantil. Aventura desdobrada em ciclos sucessivos de economia destrutiva, ou pelo menos desequilibrante da saúde econômica da nação: o do pau-brasil, o da cana-de-açúcar, o da caça ao índio, o da mineração, o da lavoura nômade, o do café, o da extração da borracha, e finalmente o da industrialização artificial baseada no ficcionismo das barreiras alfandegárias e no regime da inflação... E o “fique rico” tão agudamente estigmatizado por Sérgio Buarque de Holanda... Em última análise, esta situação de desajustamento econômico e social foi consequência da inaptidão do estado político para servir de poder equilibrante entre os interesses privados e o interesse coletivo

A princípio, por sua tenuidade e fraqueza potencial diante da fortaleza e independência dos senhores de terras, mandachuvas em seus domínios de porteiras fechadas... Ultimamente, num contrastante exagero noutro sentido, no excesso centralizante do poder... Consequência dessa centralização absurda e da política de fachada da república foi o quase abandono do campo e o surto da urbanização... que, não encontrando no país nenhuma civilização rural bem enraizada, veio acentuar de maneira alarmante a nossa deficiência alimentar.

(CASTRO, Josué de. Geografia da fome. São Paulo: Círculo do Livro, 1946. p. 23-24. Adaptado).

O texto que você acaba de ler é um fragmento de “Geografia da fome”, de Josué de Castro, publicado em 1946. Reflita sobre aquela realidade nele referida, dê um salto histórico e chegue até o Brasil de hoje. Agora, escreva uma carta para Josué de Castro, fazendo uma resenha da situação atual do país, no que concerne à fome.

OBSERVAÇÕES:

1. Utilize a modalidade escrita da língua portuguesa adequada para esse texto epistolar.
2. Justifique os seus argumentos e elabore proposta plausível de solução ou minimização do problema discutido.
3. No fecho da carta, utilize o pseudônimo JOCA, evitando, assim, anular a sua redação.

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