Redação sobre Felicidade e Humor

Redação sobre Felicidade e Humor

Felicidade

Felicidade

Tema 1

“O ser humano escolhe ser feliz”.
Você concorda com tal afirmação. Justifique sua resposta.

Tema 2

“Não é bom para a felicidade saber demais”.
Você concorda com tal afirmação. Justifique sua resposta.

Tema 3

“A fama inevitavelmente leva à felicidade”.
Você concorda com tal afirmação. Justifique sua resposta.

Redação Fuvest 2022

Texto 1

Por que rimos? Ninguém sabe. O riso tem uma qualidade universal: todas as culturas têm seus contadores de piadas. E, mesmo que a piada tenha graça só para uma cultura, as pessoas reagem sempre da mesma forma. Não importa se a língua é completamente diferente, se a pessoa é da Mongólia, um aborígene australiano ou um índio tupi, o riso é sempre muito parecido, uma reação física a um estímulo mental.

Marcelo Gleiser. Sobre o riso. https://wwwl.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/.

Texto 2

Para compreender o riso, impõe-se colocá-lo no seu ambiente natural, que é a sociedade; impõe-se sobretudo determinar-lhe a função útil, que é uma função social (...). O riso deve corresponder a certas exigências da vida comum. O riso deve ter uma significação social.

Henri Bergson. O riso.

Texto 3

Estudado com lupa há séculos, por todas as disciplinas, o riso esconde seu mistério. Alternadamente agressivo, sarcástico, escarnecedor, amigável, sardónico, angélico, tomando as formas da ironia, do humor, do burlesco, do grotesco, ele é multiforme, ambivalente, ambíguo. Pode expressar tanto a alegria pura quanto o triunfo maldoso, o orgulho ou a simpatia. É isso que faz sua riqueza e fascinação ou, às vezes, seu caráter inquietante.

Georges Minois. História do riso e do escárnio.

Texto 4

Talvez o exemplo mais destacado de artista com um uso constante do sorriso ao longo de sua produção seja Yue Minjun, integrante do chamado Realismo Cínico chinês, que constantemente se autorretrata com sorrisos especialmente exagerados, quase maníacos. Influenciada pela história da arte oriental em sua representação de Buda e pela publicidade, o que sua risada oculta é, na verdade, uma profunda crítica política e social do país onde vive.

Redação Fuvest 2022
https://brasil.elpais.com/veme/2020-06-17/por-que-tao-pouca-gente-sorri-nas-obras-de-arte.html

Texto 5

Rir é um ato de resistência.
                            Paulo Gustavo, ator.

Considerando as ideias apresentadas nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema:

As diferentes faces do riso.

Instruções:

A dissertação deve ser redigida de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível e não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação.
Dê um título a sua redação.

Redação UECE 2022.2

Prezado(a) Candidato(a),

Diferentes são as formas de compreender, sentir e definir a felicidade. Assim, o sentimento é também uma construção atravessada por questões culturais, sociais e econômicas, dentre outras. Nesta prova de redação, você escreverá sobre a complexidade que envolve a felicidade, a partir da relação entre as questões que afligem a juventude na contemporaneidade (tais como relacionamentos/solidão; busca por profissão/ desemprego; sexualidade/aceitação etc.). Tomando por base seus conhecimentos sobre a temática, bem como os dois textos motivadores, escolha UMA das propostas a seguir e componha seu texto.

Proposta 1

Imagine que você foi convidado(a) pelo jornal de sua escola para escrever um artigo de opinião sobre o tema A BUSCA DA FELICIDADE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA. Não esqueça de que esse gênero deve ser redigido no padrão formal de escrita da língua portuguesa.

Proposta 2

Suponha que você foi convidado(a) a participar de um projeto da escola, cujo objetivo é descobrir histórias de pessoas que, apesar das intempéries da vida, encontraram a felicidade. Você escreverá a história de uma dessas pessoas para ser publicada no jornal da escola. Utilize o padrão formal de escrita da língua portuguesa.

TEXTO I
O que é a felicidade?
Estudo define o sentimento em diferentes países

Já parou para pensar o que felicidade significa para você, exatamente? Essa é a pergunta que pesquisadores de universidades de 12 países fizeram para 2.799 habitantes de áreas urbanas da Argentina, Brasil, Croácia, Hungria, Índia, Itália, México, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, África do Sul e Estados Unidos. A intenção do estudo é descobrir o que faz as pessoas felizes ao redor do mundo e as respostas mostram que por trás de uma “humanidade perdida” existe um coração.

Todos os participantes da pesquisa (adultos com idade entre 30 e 60 anos) tiveram que dar suas definições de felicidade e, das 7.551 respostas fornecidas pelos voluntários, os pesquisadores tiraram uma série de conclusões.

No geral, em onze dos doze países investigados, as relações familiares (15,79%) e os relacionamentos sólidos (13,38%) são os principais fatores gerais que contribuem para a plena felicidade, seguidos de uma boa saúde (5,75%). Os dados mostraram que,
frequentemente, a família é vista como fonte de solidariedade, coesão e apoio mútuo.

Os participantes relataram que ver seus filhos crescerem fortes e positivos é um contentamento sem tamanho. Já os relacionamentos amorosos fortes foram avaliados como uma forma de compartilhar experiências de vida, bem como dar e receber apoio.

Para os estudiosos, a ideia “zen” é muitas vezes negligenciada em pesquisas sobre felicidade, especialmente no mundo ocidental. Mas não neste estudo. O trabalho mostra que, para 42,33% dos participantes, de todos os países investigados, harmonia e equilíbrio são a felicidade.

Diferenças culturais interessantes apareceram nos significados de felicidade fornecidos por dicionários dos países pesquisados. Na Noruega, número 1 no ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento das Organização das Nações Unidas), a felicidade é:

1- Destino, coincidência.
2- Destino fortuito, sorte; felicitação.
3- Boas condições de vida.
4- Sentido profundo e duradouro de alegria e bem-estar.

Já no Brasil felicidade é:

1- Qualidade ou estado de ser feliz; estado totalmente satisfeito de consciência; satisfação, contentamento e bem-estar.
2- Boa sorte; sorte.
3- Bom sucesso, realização.

E você, se considera feliz?

Disponível em: https://gq.globo.com/Prazeres/Poder/Comportamento/ 2016/01/. Texto adaptado.

TEXTO II

Célia Estrela, 51 anos, fez um curso de ensino superior, como muitas pessoas, porém não escolheu exatamente o que queria para o resto da vida: você faz faculdade para ter um diploma, mas eu não era feliz, resume. Há 20 anos, ela decidiu largar a vida de economista para seguir seu sonho: ser artista plástica. Autodidata, ela conta que pinta desde criança: “quem tinha mais medo era eu, mas meu pai me incentivou a tentar. Ele disse que, se não desse certo, eu teria o apoio da família”.

A decisão de transformar a arte em trabalho veio após a primeira experiência profissional com economia. Célia tentava pintar uma coisa ou outra em seu tempo livre, porém as oito horas diárias de trabalho a impediam de se dedicar completamente aos quadros. Ainda assim, via no rosto dos amigos qual deveria ser seu caminho. A cada novo produto que produzia, a procura e os elogios cresciam. As encomendas foram aumentando, assim como a vontade de largar tudo: “vi que só me sentia realmente feliz nesse tempinho em que não estava no trabalho”, completa [...].
Para ela, ir atrás de um sonho não quer dizer relaxar. A prova está no corpo: após 20 anos pintando diariamente por cerca de oito horas, as dores são inevitáveis: “a vantagem é que não tenho mais estresse. Quando você faz o que gosta, nem sente o tempo passar”. Outro bônus do “emprego hobby”, segundo a artista, é ter cabeça e tempo para investir em outros projetos pessoais. Para o futuro, o plano de Célia é lançar um livro sobre decoração de mesas: “a proposta é dar dicas para decorar usando coisas reaproveitadas. A pessoa só se sente infeliz com o que não pode ter. O que tenho me faz feliz”.

Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/especiais/ano-novo-2014/2013/12/26. Texto adaptado.

Redação Unisc 2022.2

TEMA 1 - Profisão e felicidade

Levar a felicidade

Já imaginou comandar ações numa empresa para levar felicidade aos funcionários - e ainda ganhando um salário que pode chegar a R$ 40 mil? Por conta da pandemia, a profissão de “diretor de felicidade” ganhou relevância no Brasil. É o cargo de Chief Happiness Officer (CHO).

Algumas empresas no país, como o Google e a Tecfil, já implantaram esta função. No Google, o nome do cargo é Chief Culture Officer, com funções semelhantes ao de um CHO.

As organizações entenderam que, para reter talentos, não basta apenas ter bons salários. As pessoas precisam se sentir satisfeitas e felizes no trabalho, trabalhar por um propósito. E a empresa precisa ter esse olhar, uma vez que um profissional feliz rende muito mais e permanece na empresa por muito mais tempo.

Gabriela Mative, superintendente de seleção da Luandre, empresa de consultoria em RH.

https://economia.uol.com.br/reportagens-especiais/diretor-de-felicidade-nova-profissao-ganha-relevancia-no brasil/#page1.

Produza um texto argumentativo, explorando essa temática. Lembre-se de que você deve demonstrar a capacidade de apresentar uma produção que tenha textualidade. Assim, organize as suas ideias com correção linguística e atenção especial aos aspectos relacionados à coesão e à coerência.

Redação Unisc 2019

Leia os textos a seguir.

Texto 1

Felicidade. Em geral, é um estado de satisfação devido à própria situação do mundo. Por esta relação com a situação do mundo, a noção de felicidade difere da de beatitude a qual é o ideal de uma satisfação independente da relação do homem com o mundo e por isso limitada à esfera contemplativa ou religiosa. O conceito de felicidade é humano e mundano.

Disponível em: https://sites.google.com/view/sbgdicionariodefilosofia/felicidade. Acesso em 11 de maio de 2019.

Texto 2

PESQUISA DE 75 ANOS DESCOBRE A CHAVE PARA FELICIDADE E SAÚDE

Será que existe uma receita para a felicidade? Um estudo de Harvard foi atrás da resposta. Por 75 anos, pesquisadores acompanharam um grupo de 724 homens, 268 deles com graduação na própria universidade, e os outros 456 de diferentes camadas sociais, mas todos moradores de Boston, Estados Unidos.

Diferentes gerações de pesquisadores analisaram imagens do cérebro, exames de sangue, questionários e entrevistas dos participantes do estudo. A conclusão do teste é bem simples! As relações interpessoais íntimas são as culpadas pelo nosso bem-estar, ou a falta dele.

"A mensagem mais clara que recebemos nesses 75 anos de estudo é: bons relacionamentos nos deixam mais felizes e saudáveis", afirma Robert Waldinger, professor de psicologia em Harvard e diretor do centro de pesquisas responsável pelo estudo.

[...]

O estudo ressalta que a resposta para a felicidade não mora na carreira ou no sucesso financeiro, mas nas pessoas que nos cercam e no tempo que gastamos com elas.

Disponível em: https://revistacasaejardim.globo.com/Curiosidades/noticia/2017/04/pesquisa-de-75-anos-descobre-chave-para-felicidade-e-saude.html. Acesso em 11 de maio de 2019. Adaptado.

Texto 3

Redação Unisc 2019
Disponível em: https://amarildocharge.wordpress.com/2010/09/13/dinheiro-traz-felicidade/. Acesso em 11 de maio de 2019.

Considerando os textos motivadores e seu conhecimento sobre o assunto, produza um texto dissertativo-argumentativo em que você responda à seguinte pergunta:

A felicidade está ligada aos prazeres materiais?

Para tanto, lembre-se de que esse texto exige a presença de argumentos que sustentem o seu ponto de vista. Além disso, o seu texto deve apresentar, no mínimo, 20 linhas.

Redação PUC-PR 2019

Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre O lugar da felicidade em nosso cotidiano. 

Para atender à proposta, seu texto deverá apresentar:

- tese/ponto de vista bem definido; 
- argumentos que sustentem seu ponto de vista.

Texto I
Sons que confortam

Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os três na casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida ouvira um som mais lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de outono empilhadas junto ao meio-fio.

Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto. Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.

E pode parecer mórbido para uns, masoquismo para outros, mas há quem mate a saudade assim: ouvindo pela enésima vez o recado na secretária eletrônica de alguém que já morreu.

Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o embarque será feito dentro de poucos minutos.

O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes serão apagadas e o espetáculo irá começar.

O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado. Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade para se falar com alguém distante.

O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho da sua cama.

Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.

O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou mesmo a chegada da pizza.

O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular.

A sirene da fábrica anunciando o fim de mais um dia de trabalho.

O sinal da hora do recreio.

A música que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume.

O aplauso depois que você, nervoso, falou em público para dezenas de desconhecidos.

O primeiro eu te amo dito por quem você também começou a amar.

E o mais raro de todos: o silêncio absoluto.

MEDEIROS, M. Sons que confortam. In: Felicidade Crônica. Porto Alegre: L&PM, 2014.

Texto II

O segredo da felicidade segundo a ciência

Ser feliz não é comer sempre o mesmo prato no restaurante que você mais gosta ou gozar de uma vida plena e tranquila; a ciência mostra que a chave para a satisfação pessoal é fazer coisas arriscadas, desconfortáveis e até mesmo desgastantes

Para nós, psicólogos que estamos sempre viajando de avião, a maneira como descrevemos nossa profissão para o vizinho de assento é determinante para saber se passaremos cinco horas ouvindo intrigas, detalhes de um casamento decadente, ou sobre o quanto é impossível resistir a uma bomba de chocolate. Mesmo usando fones de ouvido enormes, é impossível ignorar aquele passageiro decidido a contar sua história de abandono na infância. Para os que arriscam dizer a verdade e admitir que estudamos a felicidade, a resposta é quase sempre a mesma: o que eu posso fazer para ser feliz?

O segredo da felicidade é uma preocupação cada vez mais importante na era moderna, já que o aumento da estabilidade financeira proporciona a muitos a oportunidade de se concentrar no crescimento pessoal. Uma vez que já não somos mais caçadores preocupados em encontrar a próxima presa, procuramos viver nossas vidas da melhor maneira possível.

A busca da felicidade é uma epidemia mundial — em um estudo com mais de 10 mil participantes de 48 países, os psicólogos Ed Diener, da Universidade de Illinois, e Shigehiro Oishi, da Universidade de Virginia, descobriram que pessoas de todos os cantos do mundo consideram a felicidade mais importante do que outras realizações pessoais altamente desejáveis, tais como ter um objetivo na vida, ser rico ou ir para o céu. A febre da felicidade é estimulada em parte pelo crescente número de pesquisas que sugerem que, além de ser boa, a felicidade também faz bem — ela está ligada a muitos benefícios, desde maiores salários e um melhor sistema imunológico até estímulo à criatividade.

A maioria das pessoas entende que a felicidade verdadira é mais do que um emaranhado de sentimentos intensos e positivos — ela é melhor descrita como uma sensação plena de “paz” e “contentamento”. Não importa como seja definida, a felicidade é parcialmente emocional — e por isso está ligada à máxima de que cada indivíduo tem um ponto de regulação, como um termostato, definido pela bagagem genética e a personalidade de cada um.

A felicidade verdadeira dura mais do que uma dose de dopamina, por isso é muito importante pensar nela como algo que vai além da emoção. A sensação de felicidade de cada um também inclui reflexões cognitivas, tais como quando você ri — ou não! — da piada do seu melhor amigo, ou quando analisa o formato do seu nariz ou a qualidade do seu casamento. Somente parte desta sensação tem a ver com o que você sente; o resto é produto de um cálculo mental, em que você computa suas expectativas, seus ideais, a aceitação daquilo que não pode mudar e inúmeros outros fatores. Assim, a felicidade é um estado mental e, como tal, pode ser intencional e estratégico.

Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI341920-17773,00O+SEGREDO+DA+FELICIDADE+SEGUNDO+A+CIENCIA.html>. Acesso em: 12/2/18.  

Redação Puc-Rio 2014

“A felicidade é uma questão individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.” (Sigmund Freud)

Produza um texto dissertativo-argumentativo – entre 20 e 25 linhas –, discorrendo sobre a felicidade. Seu texto deve conter, obrigatoriamente, um resumo do texto abaixo em forma de DISCURSO INDIRETO ou PARÁFRASE, com a devida fonte mencionada na redação. Dê um título ao seu texto. 

Felicidade e alegria

Contardo Calligaris

Quando eu era adolescente, pensava que a felicidade só chegaria quando eu fosse adulto, ou seja, autônomo, respeitado e reconhecido pelos outros como dono exclusivo do meu nariz. Contrariando essa minha previsão, alguns adultos me diziam que eu precisava aproveitar bastante minha infância ou adolescência para ser feliz, pois, uma vez chegado à idade adulta, eu constataria que a vida era feita de obrigações, renúncias, decepções e duro labor.

Por sorte, meus pais nunca disseram nada disso; eles deixaram a tarefa de articular essas inanidades a amigos, parentes ou pedagogos desavisados. Graças a esse silêncio dos meus pais, pude decretar o seguinte: os adultos que afirmavam que a juventude era o único tempo feliz da vida deviam ser, fundamentalmente, hipócritas. Com isso, evitei uma depressão profunda, pois, uma vez que a adolescência, que eu estava vivendo, não era paraíso algum – nunca é –, qual esperança me sobraria se eu acreditasse que a vida adulta seria fundamentalmente uma decepção? Cheguei à conclusão de que, ao longo da vida, nossa ideia da felicidade muda: quando a gente é adolescente, a felicidade é algo que só será possível no futuro, na idade adulta; quando a gente é adulto, a felicidade é algo que já se foi – a lembrança idealizada (e falsa) da infância e da adolescência como épocas felizes. Em suma, a felicidade é uma quimera que seria sempre própria de outra época da vida – futura ou passada.

No filme de Arnaldo Jabor, “A Suprema Felicidade” (2010), o avô (Marco Nanini) confia ao neto que a felicidade não existe e acrescenta que, na vida, é possível, no máximo, ser alegre. Concordo com o avô do filme. E há mais: para aproveitar a vida, o que importa é a alegria, muito mais do que a felicidade. Então, o que é a alegria? Ser alegre não significa necessariamente ser brincalhão. Nada contra ter a piada pronta, mas a alegria é muito mais do que isso: ser alegre é gostar de viver mesmo quando as coisas não dão certo ou quando a vida nos castiga. É possível, aliás, ser alegre até na tristeza ou no luto [...] Essa alegria, de longe preferível à felicidade, é reconhecível, sobretudo, no exercício da memória, quando olhamos para trás e narramos nossa vida para quem quiser ouvir ou para nós mesmos. Para quem consegue ser alegre, a lembrança do passado sempre tem um encanto que justifica a vida. Para que nossa vida se justifique, não é preciso narrar o passado de forma que ele dê sentido à existência. Não é preciso que cada evento da vida prepare o seguinte. Tampouco é preciso que o desfecho final seja sublime – “descobri a penicilina, solucionei o problema do Oriente Médio, mereci o Paraíso”. Para justificar a vida, bastam as experiências – agradáveis ou não – que a vida nos proporciona, à condição de que a gente se autorize a vivê-las plenamente. Ora, nossa alegria encanta o mundo, justamente, porque ela enxerga e nos permite sentir o que há de extraordinário na vida de cada dia, como ela é. Para reencantar o mundo, não precisamos de intervenções sobrenaturais, de feitos sublimes. Para reencantar o mundo, é suficiente descobrir que o verdadeiro encanto da vida é a vida mesmo.

Texto adaptado de artigo publicado na Folha de S. Paulo (18/11/2010).13 (1): 11-16, jan./abr. 2000; p. 11.

Redação UFU 2014

Considere os gráficos a seguir.

Redação UFU 2014

Redação UFU 2014

Redação UFU 2014
Época, 23 de maio de 2011, p. 96

Redija um EDITORIAL, posicionando-se em relação aos resultados da pesquisa, apresentados pela revista Época.

Redação UFGD 2014

Humor, riso, alegria, felicidade. Muito se ouvefalar ou se lê a respeito dos prazeres de uma boa piada, de um conto engraçado, na companhia de uma pessoa espirituosa. Numa rápida pesquisa pela Internet, encontram-se inúmeros sítios que trazem diversas teorias sobre o humor e o riso, tentando explicar o que são, quais suas funções na sociedade, quais suas implicações na saúde das pessoas, e assim por diante. Psicanalistas, historiadores, sociólogos e linguistas já se debruçaram sobre o tema. Há os que, inclusive, consideram o humor e o riso um mistério. No teatro, no cinema, na política, na televisão... o humor e o riso são, aparentemente, onipresentes. Quem não se lembra de O Nome da Rosa, livro do escritor italiano Umberto Eco, cuja trama gira em torno de um suposto e desaparecido livro de Aristóteles, no qual, ao tratar da comédia, o filósofo grego teria feito uma apologia ao riso? Por essas e outras razões, não há como não considerar o humor e o riso peças importantes nos enlaces sociais.

A partir dos cinco fragmentos de textos a seguir apresentados, produza um artigo de opinião, a ser possivelmente publicado na revista Premissas, da Universidade Federal da Grande Dourados, numa edição especial sobre a sociedade. Seu objetivo é apresentar um ponto de vista sobre o tema “O humor e o riso na sociedade brasileira”, problematizando os limites do humor.

Eis, portanto, as condições para a produção da redação:

Gênero a ser produzido: Artigo de opinião.
Possível meio de publicação: Revista Premissas da UFGD.
Público-leitor predominante: Classes A e B.
Tema: O humor e o riso na sociedade brasileira.
Problema: Devem-se colocar limites ao humor?
Número de linhas: no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.

FRAGMENTO 1

“O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um indivíduo”.

(HUMOR. In: Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Humor. Acesso em: 20 out. 2013)

FRAGMENTO 2

“O maior inimigo do riso é a emoção. Isso não significa negar, por exemplo, que não se possa rir de alguém que nos inspire piedade, ou mesmo afeição: apenas, no caso, será preciso esquecer por alguns instantes essa afeição, ou emudecer essa piedade. Talvez não mais se chorasse numa sociedade em que só houvesse puras inteligências, mas provavelmente se risse; por outro lado, almas invariavelmente sensíveis, afinadas em uníssono com a vida, numa sociedade onde tudo se estendesse em ressonância afetiva, nem conheceriam nem compreenderiam o riso. Tente o leitor, por um momento, interessar-se por tudo o que se diz e se faz, agindo, imaginariamente, com os que agem, sentindo com os que sentem, expandindo ao máximo a solidariedade: verá, como por um passe de mágica, os objetos mais leves adquirirem peso, e tudo o mais assumir uma coloração austera. Agora, imagine-se afastado, assistindo à vida como espectador neutro: muitos dramas se converterão em comédia”.

(BERGSON, H. O riso. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 3-4)

FRAGMENTO 3

“O riso tem um poder revolucionário. Melhor: é um verdadeiro demiurgo, uma potência criativa capaz de ressuscitar os mortos [...]. É o riso de alívio que arruína os esforços terroristas da pastoral oficial; é a divina surpresa, o relaxamento brutal de tensão, no qual os analistas veem uma das principais fontes do riso. Ele exorciza o medo, sem negar a existência do inferno. Teologicamente, poder-se-ia dizer que esse castigo por inversão não é pequeno. Mas o que o torna imperdoável é que ele é apresentado pelo riso. É em torno do riso que a divisão e o confronto se efetuam. [...] O riso aparece como uma arma suprema para superar o medo. Quem ri do inferno pode rir de tudo. O riso – eis o inimigo – para aqueles que levam tudo a “sério”.

(MINOIS, G. História do riso e do escárnio. Trad. Maria Helena O. Ortiz Assumpção. São Paulo: Editora UNESP, 2003. p.275)

FRAGMENTO 4

“Quando Carlyle afirmou que “o homem é o único animal que ri” não fazia com isso uma mera constatação biológica. Biologicamente a hiena também ri. Fazia uma constatação psicológica e social. Seu erro era apenas admitir o riso como uma qualidade humana, quando é um defeito. O homem, da maneira por que vive, não tem do que rir. Por isso, à frase de Carlyle deve-se acrescentar: “E é rindo que ele mostra o animal que é”.

(FERNANDES, Millôr. O livro vermelho dos pensamentos de Millôr. 2. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2005. P. 132).

FRAGMENTO 5

“[...] Pessoalmente, aceito que o humor pode ultrapassar certos limites (é um tipo particular de ficção). Não sei se deve haver algum tipo de controle. Se houver, prefiro que não venha do estado. [...] Humor pode ser grosseiro? Acho que pode. Mas tem que ser humor”.

(POSSENTI, S. O Temporã!. In: Terra Magazine. Disponível em: <http://terramagazine.terra.com.br/blogdosirio/blog/2011/10/06/o-tempora/>. Acesso em: 20 ou. 2013.)

IMPORTANTE:

Seu texto deve ser escrito à tinta, azul ou preta, na Folha de Redação fornecida pelo Fiscal de Aplicação. Utilize para Rascunho o espaço apropriado em seu Caderno de Prova de Redação.

Na Folha de Redação, não dever ser usado corretivo e não deve haver rasuras.

Redação Mackenzie 2017

Redija uma dissertação desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.

Obs.: O texto deve ter título e estabelecer relação entre o que é apresentado nos textos da coletânea.

Texto I

Felicidade é uma cidade pequenina
é uma casinha é uma colina
qualquer lugar que se ilumina
quando a gente quer amar.
Fausto Nilo, poeta, arquiteto e urbanista.

Texto II

A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.

Sigmund Freud, médico e fundador da psicanálise.

Texto III

Afinal de contas, nós só temos a noção de felicidade pela carência. Se eu tivesse a felicidade como algo contínuo, eu não a perceberia. Nós só sentimos a felicidade porque ela não é contínua. Isto é, ela não é o que acontece o tempo todo, de todos os modos.

Mario Sergio Cortella, filósofo e educador.

Redação UPF 2011

Redação UPF 2011
Fonte: Revista Veja, edição 2182, 15 de setembro de 2010, p. 94.

Uma pesquisa realizada na Universidade de Princeton, EUA, investigou se o dinheiro de fato traz felicidade. Os resultados – apresentados sucintamente no gráfico acima (Revista Veja, 15-09-2010) – derrubam o velho ditado popular de que “dinheiro não compra felicidade”. No entanto, a investigação feita também revela que o efeito positivo do dinheiro não é ilimitado.

Partindo dessa constatação, pode-se questionar em que sentido uma conta bancária recheada contribui, de fato, para tornar as pessoas mais realizadas no seu cotidiano e, em oposição, em que medida as dificuldades financeiras podem impedir ou atrapalhar o alcance da felicidade.

Focalize criticamente, por meio de um texto dissertativo-argumentativo, a relação entre dinheiro e felicidade na vida moderna.

Redação Mackenzie 2009

Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.

Texto I

Natural é ter um trabalho, um salário, um emprego
Nome confiável, respeito na praça
Mas, afinal, o que é felicidade?
É sossego
Nesse mundo pequeno de tempo e espaço

Nando Reis e Samuel Rosa

Texto II

Se a felicidade fosse convertida em projeto, ela seria igualmente convertida em insatisfação interminável: jamais estaremos onde queremos estar; jamais seremos o que queremos ser; jamais teremos o que queremos ter. A felicidade moderna converteu-se numa vigília permanente: a vigília de Homens insatisfeitos; de Homens esmagados pelos seus próprios ideais de felicidade e perfeição.

Adaptado de João Pereira Coutinho

Texto III

Eu lamento te informar mas este modelo de felicidade que lhe ensinaram desde criança e que costuma aparecer em filmes e novelas não existe. Mas é importante que você seja educado acreditando que este modelo é real e existe e que vale a pena perseguir ele. Por isto este modelo de felicidade se faz tão presente nos comerciais da TV, no cinema e nas novelas.

www.rebelado.com

Texto IV

A felicidade não é apenas um conceito vago, mas algo tangível e resultante de atividade cerebral que pode ser vista, medida e até induzida, de acordo com neurologistas. Assim, é possível que pesquisadores possam, um dia, encontrar formas de ajudar a induzir o estado de felicidade, que deixará de ser uma busca filosófica, para se converter em uma busca farmacológica.

Adaptado da BBC Brasil

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