Redação sobre Desemprego
Redação UPF 2022
Mais de 3,4 milhões de brasileiros estão na fila do desemprego há mais de 2 anos, aponta IBGE
Número corresponde a 29% do total de desempregados no país que, ao final do 1º trimestre de 2022, somavam cerca de 11,9 milhões.
Por Daniel Silveira, G1 13/05/2022
Cerca de três em cada dez desempregados no Brasil estão em busca de uma recolocação no mercado de trabalho há mais de dois anos. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, ao final do 1º trimestre de 2022 o número de trabalhadores desempregados há mais de 2 anos era de 3,463 milhões – cerca de 29% do total de desempregados no país.
Trata-se da segunda maior proporção de desempregados há mais de 2 anos de toda a série da pesquisa, iniciada em 2012. Ela havia sido maior somente no trimestre anterior, o 4º de 2021, quando atingia cerca de 3,6 milhões dos desempregados, o que correspondia a 30,3% do total de brasileiros em busca de uma vaga no mercado naquele período. (...)
O levantamento, realizado por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) é referente ao primeiro trimestre de 2022, quando o país registrava um contingente de mais de 11,9 milhões de desempregados.
Só é considerado desempregado aquele trabalhador que não está ocupado no mercado de trabalho, tem disponibilidade para trabalhar e está, efetivamente, em busca de uma vaga.
De acordo com o IBGE, ao final de março, a maior parte (40,8%) desses trabalhadores estava em busca de nova oportunidade de trabalho há mais de um mês, mas a menos de um ano.
Já a menor parcela (12,9%) estava na fila há mais de um ano, mas há menos de de 2 anos. Os que buscavam nova vaga há menos de um mês somavam 17,2% do total de desempregados. (...)
(Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/05/13/mais-de-34-milhoes-de-brasileiros-estao-na-fila-do-desemprego-ha-mais-de-2-anos-aponta-ibge.ghtm. Acesso em maio de 2022. Texto adaptado para esta prova)
Considerando as reflexões do texto base e suas leituras e conhecimentos prévios sobre o tema do desemprego, escreva um texto dissertativo-argumentativo, discutindo a seguinte questão: Quais as consequências do aumento de desempregados na vida diária de uma sociedade?
Redação UECE 2020
Prezado(a) candidato(a), Sabe-se que os brasileiros estão vivenciando, atualmente, uma crise econômica que tem impactos na vida do trabalhador. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no segundo trimestre de 2019, eram 12,6 milhões de desempregados no país. Certamente, você conhece ou já ouviu falar em alguém que está à procura de emprego. Diante dessa questão, escolha UMA das propostas a seguir e redija o seu texto em norma escrita culta, tendo como base seu conhecimento de mundo e sua experiência de vida, bem como os 3 (três) textos motivadores dispostos em seguida:
Proposta 1:
Imagine que você está à procura de emprego e algo inusitado aconteceu em sua busca. Conte essa narrativa através de um relato pessoal, que será publicado em uma revista de grande circulação na seção que trata de empregos. Esse é um gênero que conta um acontecimento marcante na vida de alguém, situando esse fato no tempo e no espaço. O relato pessoal é escrito em primeira pessoa, no entanto, você não deve se identificar. Para iniciar seu texto, apresente brevemente as principais ideias que você quer relatar. Em seguida, desenvolva essas ideias, narrando os acontecimentos para, posteriormente, apresentar o desfecho da história. Nesse gênero, geralmente, aparece a descrição dos sentimentos do(a) autor(a).
Proposta 2:
Você foi escolhido(a) para ser o(a) orador(a) de sua turma de conclusão do Ensino Médio, portanto, será de sua responsabilidade o discurso de formatura. A temática do seu discurso será a questão das perspectivas profissionais impactadas pela falta de oportunidades de emprego, devido ao contexto social, político e econômico vigente. Saiba que o discurso de formatura é um gênero que, embora seja oralizado, ele foi previamente escrito seguindo os parâmetros da norma culta. Para iniciar seu texto, agradeça aos presentes e apresente a temática, preparando o público para as ideias centrais. Em seguida, descreva situações que corroboram para a construção da adesão do público para a temática. Nesse momento, predominam argumentos que ilustram e reforçam a tese defendida durante todo o discurso. Para a conclusão, faça uma prospecção para o futuro profissional dos formandos.
Desemprego é maior entre jovens, mulheres e trabalhadores sem ensino superior
A crise no mercado de trabalho atinge, de forma desigual, diferentes grupos sociais e regiões do Brasil. O índice de desemprego no país é de 11,8%, mas a taxa é maior para mulheres, jovens e pessoas com baixa escolaridade. É o que mostram os dados do quarto trimestre de 2017 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada nesta sexta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além dos desempregados, esses grupos também são os mais afetados entre os trabalhadores subutilizados, contingente que soma 26 milhões de pessoas no Brasil. (...)
Entre as mulheres, o índice de desemprego fechou o ano em 13,4%, contra 10,5% entre os homens. Havia 6,07 milhões de homens desocupados, contra 6,24 milhões de mulheres no fim do ano passado. (...) Os mais jovens sofrem mais com a falta de trabalho do que os mais velhos, apontam os dados do IBGE. "Historicamente, a população mais afetada pela falta de oportunidade no mercado de trabalho são as mulheres, os mais jovens – muito por conta da falta de experiência – e os pretos e pardos”, afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. (...) Os dados do IBGE mostram que a taxa de desemprego é maior entre as pessoas com menor escolaridade. (...)
Thaís Gonçalves da Silva, de 21 anos, está entre os grupos que mais sofrem com a falta de trabalho. Desempregada há 1 ano e meio, procura emprego todos os dias, seja pela internet ou entregando seu currículo em empresas e agências de recrutamento. Seu último emprego foi como conferente numa loja de hortifruti. Ela foi mandada embora em um corte de funcionários em 2016. Segundo Thaís, apesar de ter experiência como conferente, empacotadora, atendimento ao cliente, balconista, vendedora e atendente, ela acaba sendo eliminada na seleção por causa da idade, por não ter superior completo ou por ser mulher. (...)
O ano foi marcado pela expansão forte dos trabalhadores autônomos, os chamados por conta própria, o que segurou a taxa de desemprego. No 4º trimestre do ano passado, comparado com o mesmo período do ano anterior, apenas oito estados não tiveram aumento no número de trabalhadores por conta própria. São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul alcançaram recorde no número de pessoas trabalhando nesta condição.
Adaptado de SILVEIRA, D.; CAVALLINI, M.; GAZZONI, M. Desemprego é maior entre jovens, mulheres e trabalhadores sem ensino superior. 23 de fevereiro de 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/desemprego-e-maior-entre-jovens- mulheres-e-trabalhadores-sem-ensino-superior.ghtml. Acesso em: 23 de outubro de 2019.
Como eu consegui um emprego no momento mais crítico da minha vida
Como conseguir emprego é uma pergunta desagradavelmente comum nos últimos meses aqui no Brasil. Mas meu objetivo não é ficar choramingando a falta de empregos ou xingando isso ou aquilo. Eu quero compartilhar, de forma super simples, como eu consegui um emprego numa agência de publicidade, num momento extremamente crítico da minha vida. (...) Entre 2010 e 2011, passei pouco mais de 7 meses desempregado. (...) Eu já estava mandando currículo fazia um tempo e a falta de resultados me fazia sentir um lixo. Esse sentimento cresce quando o tempo vai passando e a gente não consegue trabalho, pois pensa que o problema está na gente, que deveria ter estudado mais inglês, que a culpa é do fulano, da situação X etc. (...)
Finalmente, quando todas as possibilidades de dinheiro acabaram e eu já estava ficando plenamente desesperado, fui chamado para uma entrevista de emprego em uma agência digital. Desde que soube da entrevista, passei a tratar essa vaga como “a vaga”. O meu entrevistador e possível futuro chefe era de São Paulo. Ele estava em Belo Horizonte para atender um cliente e combinou de me entrevistar no final daquele mesmo dia. Saí de casa mais cedo para a entrevista, mas peguei um trânsito infernal. Comecei a me preocupar, porque estava parecendo aqueles dias em que tudo dá errado. No meio do caminho, preso no trânsito e já em cima da hora, recebi um SMS: “Matheus, estou agarrado no cliente. Vou ter que ir direto para o aeroporto. Fazemos a entrevista em outra oportunidade”. (...) Sem pensar, respondi: “Então, te encontro no aeroporto”.
Eu estava preso no trânsito e na outra mão do fluxo. Para piorar, meu carro, que estava com a bomba de combustível estragada, não estava com muita gasolina. Arrisquei tudo e fui direto. Cheguei ao aeroporto faltando apenas 15 minutos para o embarque do meu entrevistador. Consegui me comunicar com ele por SMS e o encontrei numa mesinha de um café. Nos apresentamos rapidamente, abri meu notebook, mostrei meu portfólio e me vendi com todo meu coração e alma. Contei minha história, agradeci pela disponibilidade e falei tudo o que foi possível. Foram dias apreensivos para mim, afinal, é praxe entrevistadores não te responderem e a gente ficar igual bobo esperando uma resposta que nunca virá. Mas, para minha surpresa, dias depois, recebi uma mensagem dizendo que, não apenas pelo meu portfólio, mas pelo empenho e dedicação em correr atrás daquela oportunidade, eu havia sido selecionado para a vaga. Chorei.
Adaptado de MONTENEGRO, M. Como eu consegui um emprego no momento mais crítico da minha vida. 28 de novembro de 2016. Disponível em: http://vidadestartup.org/como-conseguir-emprego/. Acesso em: 23 de outubro de 2019.
Solenidade de colação de grau - Discurso do orador
Saudamos o Magnífico Reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (...), em nome do qual saudamos as demais autoridades aqui presentes. (...) Em primeiro lugar, senhoras e senhores, eu gostaria de expressar minha gratidão por me concederem a honra de ser o orador oficial desta solenidade tão importante para as nossas vidas. Mestres, professores e professoras, temos com os senhores e com as senhoras uma dívida impagável. Reconhecemos que a educação em nosso país tem melhorado substancialmente nos últimos anos, mas sabemos também que as dificuldades ainda são imensas. Mesmo assim, os senhores e as senhoras não se deixam intimidar, não se abatem ante os obstáculos. Aqui está o fruto do vosso valoroso trabalho: 233 profissionais em 10 cursos distintos que hoje se formam. (...). Recebam nossa gratidão, respeito e reverência! Amados colegas, todos nós sabemos quão difícil foi chegar até aqui, das batalhas renhidas que enfrentamos. (...) Eu sei que muitos de nós estamos aqui hoje nos perguntando o que faremos agora. Humilde e ousadamente, vos respondo: fazemos parte de um seleto grupo de homens e mulheres que tem como responsabilidade seguir avante, não retroceder, olhar para frente sem se intimidar com os obstáculos que nos cercam e fazer essa nação maravilhosa crescer junto conosco. (...) Dentre as muitas histórias de pessoas perseverantes, gostaríamos de destacar uma, que, em especial, gostamos muito: a de um menino nascido em uma família de sete filhos, dos quais três morreram ainda na infância, educado por sua mãe em casa, pois o professor não o aceitava na escola devido ao seu desinteresse pelo conteúdo ensinado. Esse menino cresceu e se tornou um dos maiores inventores que a história já registrou. Estamos falando do grande Thomas Edison, homem cercado por limitações e dificuldades, mas com um diferencial: perseverança. Se esse homem tivesse se intimidado com as dificuldades que o cercavam, se ele tivesse desistido, será que teríamos hoje a lâmpada, o microfone e a câmera filmadora? E nós? Se deixarmos as dificuldades sobrepujarem os nossos sonhos, o que vamos deixar de executar? Que legado deixaremos para os nossos descendentes? Como seremos lembrados? O importante em uma maratona, meus amados amigos, não é sair na frente, mas ter resistência para completar o percurso. Temos uma missão: contribuir para um mundo melhor e mais justo. Confiamos em Deus, somos jovens, criativos, temos força, inteligência, sonhos e perseverança, por isso... SOMOS CAMPEÕES!!! Muito Obrigado!
SILVA NETO, J. P. Discurso da solenidade de colação de grau da UFERSA. 02 de fevereiro de 2012. Disponível em: http://www2.ufersa.edu.br/ Acesso em 04 de novembro de 2019.
Redação ACAFE 2018
Texto 1
Mais do que apenas um momento ruim da economia, o Brasil está sendo afetado por uma congruência de indicadores negativos, que incluem alto desemprego. O indivíduo desempregado percebe a realidade que se alterou e inicia um processo de abandono das referências, dando início à existência de um ciclo que vai do choque, passando pela depressão e podendo conduzir ou não à adaptação. Assim, a pessoa desempregada vive um processo de perda e culpa.
Texto 2
A perda de emprego não está apenas associada a uma quebra significativa no rendimento, mas relaciona-se também com a perda de todos os benefícios tipicamente ligados ao mundo do trabalho. Em sujeitos desempregados verifica-se a perda de estatuto social, redução de contatos com pessoas que não pertencem à família e falta de objetivos de vida. Está patente na psicologia social e na economia que o desemprego é uma experiência prejudicial para o bem estar individual. Disponível em:
<https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/2719/1/tese%20vers%C3%A3o%204%20pdf.pdf>. Acesso: 25 de ago. de 2017. [Fragmento adaptado].
Considere os textos motivadores da PROPOSTA de redação, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o desemprego e a consequente perda de qualidade de vida.
Redação ACAFE 2016
A taxa de desemprego subiu nos últimos três meses até maio deste ano e chegou a 8,1%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior da série histórica, que começou em 2012, segundo o IBGE.
Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/07/desempregofica- em-81-no-trimestre-ate-maio-diz-ibge.html. Acesso em: 29/08/2015.
A atual exclusão social decorrente do desemprego é resultado da política de austeridade do governo que visa o chamado ajuste fiscal. O governo deseja reduzir o déficit nas contas públicas. E corta gastos e direitos trabalhistas e sociais.
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/economia/desemprego-naopara- de-aumentar-qual-a-saida-5309.html. Acesso em: 30/08/2015. Fragmento adaptado.
Considerando os textos motivadores da proposta 2 de redação, escreva uma dissertação sobre desemprego.
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