Redação sobre Jornalismo e Fotografia

Redação sobre Jornalismo e Fotografia

Fotografia

Tema 1

O jornalista decide sobre o que escrever no jornal e sobre o que transmitir na televisão. Na sua opinião, quais são os fatores que influenciam tais decisões? É possível que muitos jornalistas relatam informações pouco relevantes e deixam de revelar fatos verdadeiramente importantes?

Tema 2

“Uma fotografia não reflete a realidade, e sim, o ponto de vista do fotógrafo”.
Você concorda com tal afirmação? Justifique sua resposta.

Redação Santa Casa 2018

Texto 1

Pós-verdade. Este não chega a ser um termo novo. Tem uma década, pelo menos. Mas nos últimos tempos seu uso passou a ser mais frequente em artigos acadêmicos, nos jornais e, finalmente, nas ruas. Então, em 2016, o Dicionário de Oxford escolheu este termo como a palavra do ano. Pela definição do dicionário, significa “algo que denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência para definir a opinião pública do que o apelo à emoção ou às crenças pessoais”. Em outros termos: a verdade perdeu o valor. Não nos guiamos mais pelos fatos. Mas pelo que escolhemos ou queremos acreditar que é a verdade.

A palavra se tornou recorrente depois da surpresa do Brexit e da eleição presidencial nos Estados Unidos. Mas pode perfeitamente ser aplicada ao nosso momento político. Para o jornalismo, é uma má notícia. O terreno da internet tem se revelado fértil para a propagação de mentiras – sempre interessadas. Levamos tanto tempo para estabelecer uma visão “científica” dos fatos, construir a isenção do jornalista, a independência editorial e, de repente, vemos que o debate político se dá entre “socos e pontapés”. A pós-verdade arrasta o jornalismo, a política, a justiça, a economia, a nossa vida pessoal...

(Luiz Cláudio Latgé. “O mundo pós-verdade”. http://oglobo.globo.com, 23.11.2016. Adaptado.)

Texto 2

Notícias falsas sempre circularam, sobretudo nos estratos menos expostos ao tradicional jornalismo e a outras formas de conhecimento verificável. A novidade é que as redes sociais da internet se mostram o veículo ideal para a difusão dessas notícias. Não apenas estapafúrdias, como seria de esperar, mas às vezes inventadas de modo a favorecer interesses e prejudicar adversários. A circulação instantânea, própria desse meio, propicia a formação de ondas de credulidade. Estimuladas pelos algoritmos das empresas que integram o oligopólio da internet, essas ondas conferem escala e ritmo inéditos à tradicional circulação de boatos. Dado que as pessoas, nas redes sociais, tendem a se agregar por afinidade de crenças, não é difícil que os rumores se disseminem sem ser confrontados por crítica ou contraponto.

O melhor antídoto contra as falsidades apresentadas como jornalismo é a prática do bom jornalismo, comprometido com a veracidade dos fatos que relata e com a pluralidade de pontos de vista no que concerne às questões controversas. Numa reportagem que serve como exemplo de jornalismo bem realizado, esse ano um repórter comprovou que existem no Brasil sites dedicados à exploração comercial de notícias falsas ou distorcidas. Embora haja remédios legais para reparar os excessos, a maioria dos casos passará despercebida no ruído incessante da internet.

O fenômeno se associa de modo preocupante à política. Exemplo máximo dessa maré é o presidente norte-americano, Donald Trump, que move campanha obstinada contra os veículos dedicados ao jornalismo profissional. Bastaria isto para ressaltar a que tipo de interesses convém a confusão entre notícia e falsidade. No Brasil, guerras contra a imprensa são antigo costume de pessoas que não querem prestar contas de seus atos.

(“Mentiras em rede”. www.folha.uol.com.br, 26.02.2017. Adaptado.)

Texto 3

Na tese do jornalismo tradicional de todos os países, a “pós-verdade” disseminou-se por culpa da internet e das redes sociais. De acordo com a revista britânica The Economist, “a fragmentação das fontes noticiosas criou um mundo em que mentiras, rumores e fofocas se espalham com velocidade alarmante. Mentiras compartilhadas on-line, em redes cujos integrantes confiam mais uns nos outros do que em qualquer órgão tradicional de imprensa, rapidamente ganham aparência de verdade.”

É uma visão confortável que relativiza, quando não omite totalmente, a responsabilidade da própria imprensa na eclosão do fenômeno. “Os indivíduos e os veículos que mais alertam contra os perigos das ‘falsas notícias’ e da ‘política da pós-verdade’ são os maiores disseminadores delas”, resume o jornalista inglês Neil Clark. O máximo que esses veículos admitem é que alguns mecanismos do jornalismo que praticam não funcionam. “A busca da ‘imparcialidade’ na veiculação de notícias com frequência cria um falso equilíbrio, à custa da verdade”, afirma The Economist. Expostos a um jornalismo que cultiva o pensamento único, os brasileiros, por exemplo, não encontram uma segunda opinião para acreditar, visto que a prática basilar do jornalismo, de sempre ouvir o “outro lado” nos assuntos apurados, faz tempo que entrou em desuso por aqui. Não é pelo excesso de versões, portanto, senão pelo seu exato oposto, que a opinião pública nacional desacredita dos fatos e se nutre de factoides imaginários, cevados na ignorância e no preconceito.

A “pós-verdade” talvez expresse, no plano do jornalismo, a mesma perda de credibilidade que afeta a política. Uma imprensa que se acredita “a serviço do Brasil” padece hoje da desconfiança do público, que sabe que essa imprensa lê o mundo pela ótica estrita de seus interesses e que são eles que definem as notícias, não a importância dos fatos. O cidadão comum posiciona-se sobre um terreno movediço de informações, cada vez mais instável, e precisa angustiadamente da segurança das certezas. À era da “pós-verdade”, portanto, corresponde um “pós-jornalismo”, que não mais duvida, pergunta, reflete e busca interpretar a complexidade do mundo, mas que afirma categoricamente, sentencia, reitera, constrói a realidade conforme os lobbies que faz ou defende. Na balbúrdia da vida digital, no caos informativo das redes sociais, ele é apenas uma fonte a mais de “convicções”, não uma bússola para a informação confiável. Mas, prepotente, prefere atacar a internet e demais distribuidores de conteúdos do que fazer a autocrítica dos próprios defeitos.

(Gabriel Priolli. “A era da pós-verdade”. www.cartacapital.com.br, 13.01.2017. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma- -padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Os desafios do jornalismo na era da pós-verdade

Redação URCA 2017

A NEUTRALIDADE NA IMPRENSA

A busca da imparcialidade – isto é, a transmissão dos fatos como eles realmente ocorreram – faz parte do código de ética dos bons jornais e revistas do país. Apesar disso, é impossível haver neutralidade absoluta na imprensa. A própria seleção dos assuntos tratados, bem como o espaço que se dá a eles, já revela uma opção dos editores – feita em geral de acordo com seus interesses, sua ideologia e sua forma de ver o mundo.

Na história da imprensa brasileira, alguns casos chegaram a ser escandalosos:

Em 1982, quando Leonel Brizola, candidato odiado pelos militares, estava ganhando a disputa pelo governo do Rio de Janeiro, a Globo preferiu divulgar levantamentos não oficiais e manipulados que mostravam o candidato Wellington Moreira Franco em primeiro lugar. Em 1984, com a campanha das diretas já estourando nas ruas, o noticiário da Globo ignorou o fato até quando não foi mais possível escondêlo.

Na campanha presidencial de 1989, a emissora fez uma cobertura tendenciosa em favor de Fernando Collor de Melo.

(Veja.30/09/1998)

• A partir da leitura do texto acima, faça uma reflexão sobre o assunto abordado, observe a data do escrito e produza um texto argumentativo em que apareça sua opinião sobre a neutralidade na imprensa nos dias atuais. Não transcreva os fatos expostos no texto gerador, utilizese dos fatos atuais veiculados na mídia. Intitule o seu texto.

Redação Puc-Campinas 2013.1

DISSERTAÇÃO

Atente para o texto abaixo:

Jamais se fotografou tanto. A explosão de celulares com câmeras, além de outros dispositivos igualmente equipados, fez com que um novo hábito se alastrasse por toda a parte: fotografar tudo, a começar pelo próprio fotógrafo que dispara, feliz, contra seu rosto, para conferir a imagem no segundo seguinte. Instantâneas, as fotografias multiplicam-se, podem captar tudo o tempo todo.
Isso é bom ou é mau? Há controvérsias, há duas correntes de opinião. A primeira entende que essa nova tecnologia barateou ao extremo e democratizou a produção de fotos; todos somos fotógrafos, agora, e eventualmente artistas; tudo pode ser documentado, a qualquer momento, o que é ótimo. A segunda corrente acha, no entanto, que está ocorrendo uma banalização de imagens que todos veem mas ninguém guarda, que passamos a desviar nosso olhar das coisas mesmas que devem ser olhadas: em vez de contemplá-las, enquadramos, clicamos, conferimos e descartamos.

Considere as duas correntes de opinião expostas no segundo parágrafo do texto e redija uma dissertação em prosa, na qual você defenderá sua posição diante da controvérsia entre as duas correntes de opinião.

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