Esta prova contém, para sua consulta, a tabela periódica, os valores de constantes e grandezas físicas, tabela trigonométrica e diagrama do espectro eletromagnético.

Prova de Redação

Em momentos de crise política é comum crescer no meio social o sentimento de pessimismo e desesperança diante da desordem política. Por outro lado, há também a sensação otimista de que as novas gerações se moverão no sentido de restabelecer a ordem, fortalecendo os laços sociais, ou no sentido de transformar a sociedade. A esse respeito, leia a coletânea a seguir.

Texto 1

O fato de tender naturalmente à vida coletiva mostra que o homem é um ser carente. Carente de alguma coisa que o leve a desejar e carente de alguém que o leve a se associar. A carência aponta para a incompletude humana. O homem tem sempre necessidade de um outro semelhante a ele e tão imperfeito quanto ele. Ele se associa para alcançar uma vida perfeita e autossuficiente. Um ser que não sentisse a necessidade de associarse seria um deus ou um animal, diz Aristóteles. Os primeiros não fazem política porque são perfeitos. Os animais não fazem porque não pensam, nem falam. O homem tende à vida em sociedade porque nela, e somente nela, se torna plenamente humano. Pode-se, portanto, dizer que a vida política é para o homem a melhor das vidas possíveis. Se nós somos seres naturalmente inclinados para a vida em sociedade e se esta vida é a melhor vida possível, então ninguém pode dispensar-se da tarefa de pensar a coletividade. Um homem vivendo em sociedade está no seu lugar na hierarquia dos seres.

AMES, José Luiz. Aristóteles: por que vivemos coletivamente? Disponível em: http://www.tribunapr.com.br/noticias/aristoteles-porque-vivemos-coletivamente/. Acesso em: 15 fev. 2017. (Adaptado).

Texto 2

O presidente do Conselho de Juventude de São Luís (MA) e ex-militante do movimento estudantil, Ulisses Fernando, afirma que a internet é uma questão de sobrevivência. Segundo ele, que está elaborando um livro, uma coletânea de artigos com o tema “A Realidade da Juventude”, falta engajamento à juventude. “Apesar dos avanços tecnológicos, acesso à internet e tantos outros meios de informação, entendo que a nossa juventude hoje se caracteriza como informada, mas não politizada”, diz. O pesquisador lembra-se de um levantamento feito pelo Datafolha, em junho de 2011, em que foram entrevistados 1.784 jovens de 18 a 24 anos, em 173 cidades de 23 estados brasileiros. Conforme as estatísticas, 62% deles acham que só os governantes podem mudar o país no sentido de efetivar mudanças de interesse público, enquanto que para outros 39% isso é possível apenas com a iniciativa dos jovens. “Nem a própria juventude acredita ou aposta em si mesma e aí perguntamos: somos politizados ou não?”, provoca Ulisses Fernando.

O JOVEM do século 21 é politizado? Disponível em: http://www.unicap.br/webjornalismo/metanoia/?p=69. Acesso em: 15 de fev. 2017.

Texto 3

Em 1984 e 1985, a participação cívica dos jovens brasileiros era notada por qualquer um que assistisse ao noticiário, lesse jornais ou escutasse rádio. Milhares ocuparam as ruas em apoio às Diretas Já, movimento civil que exigia eleições presidenciais diretas. O descontentamento também se refletia em canções de Cazuza, da Legião Urbana, entre outros grandes nomes que marcam a história com arte. Em junho de 2013, as principais capitais do país foram tomadas por um novo universo de insatisfeitos. Os governos mudaram. A tecnologia avançou. E, apesar disso, parece que uma coisa não sumiu: a vontade de mudar a realidade. Mas o que desenvolve o senso de cidadania entre os adolescentes? Cientistas sociais tentam responder a essa pergunta desde a década de 1960, quando houve o levante da contracultura hippie nos países ocidentais. Estilo e expectativa de vida, vivências pessoais, influência dos pais e de figuras icônicas estão entre as respostas encontradas. Constance Flanagan, pesquisadora da Universidade de Wisconsin–Madison, nos Estados Unidos, investigou como os mais novos entendem o debate político e contrariou a ideia de que os direitos civis só são perseguidos por aqueles que tiveram a oportunidade de receber um alto nível de educação.

OLIVEIRA, Isabela de. Juventude engajada. Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/euestudante/me_gerais/2014/04/22/me_gerais_interna,424107/juventude-engajada.shtml>. Acesso em: 23 fev. 2017. (Adaptado).

Texto 4


Disponível em: <http://adao.blog.uol.com.br/arch2011-10-01_2011-10-31.html>. Acesso em: 23 fev. 2017.

Texto 5

Uma resposta possível à pergunta sobre os motivos que levam uma geração a compreender a geração seguinte como alienada, apática, é a resposta que afirma que uma geração vê as outras espelhadas em si própria. Um aspecto que não pode ser esquecido é que a construção da percepção sobre a juventude é uma via de mão dupla: ao mesmo tempo em que os formadores de opinião apreendem a realidade e processam-na segundo seus valores, também distribuem, na mídia, nas cátedras e nos púlpitos, a perspectiva deturpada sobre os jovens aos próprios jovens. Desse modo, a juventude vê-se numa prisão ideológica. A saída dessa prisão passa, necessariamente, pela compreensão, por parte dos formadores nas escolas, nas faculdades, na mídia e nas igrejas, dos problemas apresentados pelo nosso tempo. Somente a partir do franco entendimento das oposições, dos dilemas e dos paradoxos nos quais a nova geração jovem se movimenta os formadores poderão esclarecer e orientar, sem, todavia, apresentar respostas empacotadas e prontas para o consumo – e, especialmente, sem procurar encaixar o comportamento dos moços e moças contemporâneos em padrões que foram construídos antes mesmo que eles nascessem. Então, ficará claro que os jovens de hoje decididamente não são alienados de seu tempo, mas pertencem, naturalmente, ao tempo que lhes é próprio.

BERTOCHE, Gustavo. O mito da alienação juvenil. Disponível em: <https://oficinadefilosofia.com/2008/05/16/o-mito-da-alienacaojuvenil-2/.> Acesso em: 23 fev. 2017. (Adaptado).

Texto 6

A inclusão da juventude nos debates políticos é um dos desafios da democracia em todo o mundo. No Brasil, essa questão ganhou contornos especiais com as manifestações de junho de 2013, quando milhares de pessoas, na maioria jovens, foram às ruas numa explosão social que há muito não se via. A ampliação da presença do jovem na esfera pública encontra desafios nas duas pontas do processo. Se por um lado é necessário modificar a estrutura das instituições para que elas se tornem mais abertas para ouvir as demandas dos jovens, por outro é igualmente fundamental fazer a juventude se interessar por política e criar uma cultura de participação. Essa é a visão de Raquel Rosemberg, do Engajamundo. Bruno Souza, jovem que integra o grupo de “Escritureiros”, jovens voluntários, acha muito complicado como as decisões ainda chegam para os jovens, principalmente das periferias. “Debatem ‘lá’ e trazem as coisas pra ‘cá’, como se a gente não soubesse nada”, contesta. Bruno e outros jovens da comunidade concordam que alterar esse modo de fazer vai pedir muito esforço, pois representa uma mudança de cultura, tanto nos espaços que não aceitam a participação da juventude, como dos próprios jovens em reconhecer seu papel e transformar essa realidade.

PARTICIPAÇÃO do jovem é desafio para aprofundar democracia. Disponível em: <https://observatoriosc.wordpress.com/2015/08/14/participacao-do-jovem-e-desafio-para-aprofundar-democracia/>. Acesso em: 15 fev. 2017. (Adaptado).

Com base na leitura da coletânea, escolha UMA das três propostas de construção textual (dissertação, narração ou carta argumentativa) apresentadas a seguir e discuta a questão-tema abaixo:

Afinal, a juventude de hoje é participativa ou apática?

DISSERTAÇÃO

O artigo de opinião é um gênero textual no qual são apresentados argumentos para convencer os leitores a respeito da validade de um ponto de vista sobre determinado assunto. De posse dessa orientação, amparando-se na leitura dos textos da coletânea e ainda em sua visão de mundo, imagine-se na função de articulista, de uma revista ou de um jornal de circulação nacional, e escreva um artigo de opinião posicionando-se acerca da questão-tema desta prova.

NARRAÇÃO

O gênero crônica, em sentido atual, é uma narrativa que se caracteriza por basear-se em considerações do cronista acerca de fatos correntes e marcantes do cotidiano. Em torno desses fatos, o autor manifesta uma visão subjetiva, pessoal e crítica. Tendo em vista essa definição de crônica, crie uma narrativa a partir da seguinte situação: você estuda em um colégio público que está sendo ocupado por um grupo que se define como defensor da educação de qualidade. Você quer assistir às aulas de biologia, mas é barrado por seus colegas que o rotulam de apático e alienado. Porém, as informações da disciplina são fundamentais para qualificar o trabalho do seu grupo de ações ecológicas no bairro onde mora. Conte, em um texto em prosa, qual foi a sua reação e medida tomada diante do fato e do comportamento dos colegas. Não deixe de transmitir suas possíveis reflexões e impressões sobre a situação criada, obviamente, relacionando-a com o tema desta prova. Sua narração, portanto, deverá ser em primeira pessoa.

CARTA ARGUMENTATIVA

A carta de leitor é um gênero textual, comumente argumentativo, que circula em jornais e revistas. Seu objetivo é emitir um parecer de leitor sobre matérias e opiniões diversas publicadas nesses meios de comunicação. Considerando a definição desse gênero textual, a leitura da coletânea e, ainda, suas experiências pessoais, escreva uma carta de leitor a um jornal ou revista de circulação nacional, emitindo seu ponto de vista − contrário, favorável ou outro que transcenda esses posicionamentos − a respeito da discussão exposta no Texto 2 da coletânea.

OBSERVAÇÃO: Ao concluir sua carta, NÃO a assine; subscreva-a com a expressão UM (A) LEITOR (A).

UEG 2017 - 1ª Fase - 2ª Prova

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