Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões da prova.

O tempo e suas medidas

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O homem vive dentro do tempo, o tempo que ele
preenche, mede, avalia, ama e teme. Para marcar a
passagem e as medidas do tempo, inventou o relógio. A
palavra vem do latim horologium, e se refere a um
quadrante do céu que os antigos aprenderam a observar
para se orientarem no tempo e no espaço. Os artefatos
construídos para medir a passagem do tempo sofreram
ao longo dos séculos uma grande evolução. No início o
Sol era a referência natural para a separação entre o dia
e a noite, mas depois os relógios solares foram seguidos
de outros que vieram a utilizar o escoamento de
líquidos, de areia, ou a queima de fluidos, até chegar
aos dispositivos mecânicos que originaram as pêndulas.
Com a eletrônica, surgiram os relógios de quartzo e de
césio, aposentando os chamados “relógios de corda”. O
mostrador digital que está no seu pulso ou no seu
celular tem muita história: tudo teria começado com a
haste vertical ao sol, que projetava sua sombra num
plano horizontal demarcado. A ampulheta e a clepsidra
são as simpáticas bisavós das atuais engenhocas
eletrônicas, e até hoje intrigam e divertem crianças de
todas as idades.
Mas a evolução dos maquinismos humanos que
dividem e medem as horas não suprimiu nem diminuiu a
preocupação dos homens com o Tempo, essa entidade
implacável, sempre a lembrar a condição da nossa
mortalidade. Na mitologia grega, o deus Chronos era o
senhor do tempo que se podia medir, por isso chamado
“cronológico”, a fluir incessantemente. No entanto, a
memória e a imaginação humanas criam tempos outros:
uma autobiografia recupera o passado, a ficção
científica pretende vislumbrar o futuro. No Brasil, muito
da força de um José Lins do Rego, de um Manuel
Bandeira ou de um Pedro Nava vem do memorialismo
artisticamente trabalhado. A própria história nacional
sofre os efeitos de uma intervenção no passado:
escritores românticos, logo depois da Independência,
sentiram necessidade de emprestar ao país um passado
glorioso, e recorreram às idealizações do Indianismo.
No cinema, uma das homenagens mais bonitas ao
tempo passado é a do filme Amarcord (“eu me recordo”,
em dialeto italiano), do cineasta Federico Fellini.
São lembranças pessoais de uma época dura, quando o
fascismo crescia e dominava a Itália. Já um tempo futuro
terrivelmente sombrio é projetado no filme “Blade
Runner, o caçador de androides”, do diretor Ridley
Scott, no cenário futurista de uma metrópole caótica.
Se o relógio da História marca tempos sinistros, o
tempo construído pela arte abre-se para a poesia: o
tempo do sonho e da fantasia arrebatou multidões no
filme O mágico de Oz estrelado por Judy Garland e
eternizado pelo tema da canção Além do arco-íris.
Aliás, a arte da música é, sempre, uma habitação especial
do tempo: as notas combinam-se, ritmam e produzem
melodias, adensando as horas com seu
envolvimento.
São diferentes as qualidades do tempo e as circunstâncias
de seus respectivos relógios: há o “relógio
biológico”, que regula o ritmo do nosso corpo; há o
“relógio de ponto”, que controla a presença do trabalhador
numa empresa; e há a necessidade de “acertar
os relógios”, para combinar uma ação em grupo; há o
desafio de “correr contra o relógio”, obrigando-nos à
pressa; e há quem “seja como um relógio”, quando extremamente
pontual.
Por vezes barateamos o sentido do tempo, tornando-
o uma espécie de vazio a preencher: é quando
fazemos algo para “passar o tempo”, e apelamos para
um jogo, uma brincadeira, um “passatempo” como as
palavras cruzadas. Em compensação, nas horas de
grande expectativa, queixamo-nos de que “o tempo não
passa”. “Tempo é dinheiro” é o lema dos capitalistas e
investidores e dos operadores da Bolsa; e é uma obsessão
para os atletas olímpicos em busca de recordes.
Nos relógios primitivos, nos cronômetros sofisticados,
nos sinos das velhas igrejas, no pulsar do
coração e da pressão das artérias, a expressão do
tempo se confunde com a evidência mesma do que é
vivo. No tic-tac da pêndula de um relógio de sala, na
casa da avó, os netinhos ouvem inconscientemente o
tempo passar. O Big Ben londrino marcou horas terríveis
sob o bombardeio nazista. Na passagem de um ano
para outro, contamos os últimos dez segundos cantando
e festejando, na esperança de um novo tempo, de um
ano melhor.
(Péricles Alcântara, inédito)

REDAÇÃO

INSTRUÇÕES GERAIS
I. Dos cuidados gerais a serem tomados pelos candidatos:
1. Leia atentamente as propostas, escolhendo uma das três para sua prova de Redação.
2. Escreva, na primeira linha do formulário de redação, o número da proposta escolhida. A colocação de um título é optativa, a não ser quando expressamente solicitada.
3. Redija seu texto a tinta (em preto).
4. Apresente o texto redigido com letra legível (cursiva ou de forma), em padrão estético conveniente (margens, paragrafação etc.).
5. Não coloque o seu nome na folha de redação.
6. Tenha como padrão básico o mínimo de 30 (trinta) linhas.

II. Da elaboração da redação:
1. Atenda, com cuidado, em todos os seus aspectos, à proposta escolhida. Às redações que não atenderem à proposta (adequação ao tema e ao tipo de composição) será atribuída nota zero.
2. Empregue nível de linguagem apropriado à sua escolha.
3. Estruture seu texto utilizando recursos gramaticais e vocabulário adequados. Lembre-se de que o uso correto de pronomes e de conjunções mantém a coesão textual.
4. Seja claro e coerente na exposição de suas idéias.

III. Das propostas:

PROPOSTA I − DISSERTAÇÃO

Leia o editorial abaixo procurando apreender o tema que nele está desenvolvido. Em seguida, elabore uma dissertação em que você exponha, de modo claro e consistente, suas idéias acerca desse tema.

Após quase 14 anos de vigência da Lei Patriótica, aprovada na esteira dos atentados de 11 de setembro de 2001, o Congresso dos Estados Unidos decidiu restringir os poderes do governo norte-americano para vigiar seus cidadãos.
Por 67 votos contra 32, o Senado chancelou a Lei da Liberdade, que, embora estenda até 2019 a licença investigatória das autoridades que havia expirado no início desta semana, restaura algo do direito à privacidade que ficara prejudicado pela Lei Patriótica.
A principal mudança diz respeito ao sigilo telefônico e vale apenas em território norte-americano. As agências de segurança dos Estados Unidos não poderão mais coletar em massa os dados das conversações telefônicas, como vinham fazendo até aqui.
Após prazo de seis meses para adaptação, essas informações serão guardadas pelas próprias companhias telefônicas, e os serviços de segurança só poderão acessá-las com autorização judicial, como é típico das democracias.
Os espiões, contudo, ainda conservam amplos poderes para monitorar e-mails e outras comunicações digitais e têm carta branca para atuar no exterior, já que as proteções da Constituição dos EUA não se aplicam a estrangeiros fora do território americano.
Ainda que as mudanças sejam bastante limitadas, é inegável que representam avanço institucional importante. A democracia, afinal, dá provas de que é capaz de corrigir seus próprios excessos.
Vale notar que a Lei da Liberdade foi aprovada devido a um esforço suprapartidário que não ocorria nos EUA havia tempos. A ala mais liberal do Partido Republicano se aliou aos democratas para abonar a lei, imediatamente sancionada pelo presidente Barack Obama.
Verdade que a transformação não veio do nada. Só foi possível porque tribunais norte-americanos haviam limitado alguns dos abusos mais gritantes e porque informantes como Edward Snowden revelaram à população a real dimensão da espionagem.
Mas, de novo, um Poder Judiciário robusto e uma imprensa livre são sinais de vigor democrático.
Quanto à vigilância em massa, o mais provável é que tanto seus defensores como seus críticos mais engajados estejam errados. Nesses 14 anos, estudos indicaram que os espiões não usaram as informações obtidas para ganho pessoal ou político, mas também que a prática teve relevância duvidosa para evitar ataques terroristas.
Trata-se de bom motivo para balancear as regras em favor do direito à privacidade.

(Folha de S. Paulo, 4 de junho de 2015)

PROPOSTA II − DISSERTAÇÃO

Atente para os seguintes textos:

I. O transporte é um dos problemas cruciais de nossas grandes cidades, dado que o ritmo das obras necessárias à circulação dos automóveis não acompanha o da indústria automobilística. Os congestionamentos apenas cessarão quando a engenharia acelerar o ritmo de suas obras para prover a cidade dos equipamentos necessários.

II. Nos grandes centros urbanos, o planejamento dos transportes precisa ser revisto a partir da mudança de visões já viciadas. Há alternativas que não dependerão de grandes obras, desde que se abandone a ideia de que não está no automóvel o futuro desse desafio moderno designado pela expressão mobilidade urbana.

Compare essas duas visões divergentes e redija uma dissertação em prosa, na qual você discutirá os argumentos levantados nos dois textos e exporá sua análise pessoal da questão de que tratam.

PROPOSTA III − NARRAÇÃO

Imagine que no colégio em que você estudou existia um aluno que chamava a atenção por um típico comportamento – brincalhão, provocador, ou qualquer outro traço característico −, que acarretava uma também típica reação dos demais colegas. Suponha que um acontecimento inesperado tenha produzido uma reviravolta no modo como esse aluno era visto por todos.

Escreva uma redação em que você relate esse episódio e justifique sua consequência. Seja criativo ao caracterizar o modo de ser desse jovem e o comportamento dos colegas, antes e depois do acontecimento. 

PUC-Campinas 2016 - verão

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