Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões da prova.

A roda e a civilização

01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
63.
64.
65.
66.
67.
68.
69.
70.
71.
72.
73.
74.
75.
76.
77.
78.
79.
80.
81.
82.
83.

Considerando-se tudo o que ela proporcionou
de forma direta, tudo o que dela derivou e tudo o que
ela ajudou a ser possível, a roda foi a principal invenção
humana. Sua história remonta a alguns milênios:
estima-se em 6.000 anos o conhecimento de seu uso
pela civilização sumeriana, às margens do Eufrates.
Desde lá, milhões de rodas, pequenas ou grandes,
vêm dotando a vida de mais energia e movimento. “Um
dos principais indicadores do progresso consumista de
um país costuma ser medido pela facilidade com que
seus habitantes podem se locomover e transportar produtos
− em outras palavras, pelo número de rodas que
fazem o país girar”, lê-se num site da internet.
Na origem de tudo estaria o movimento de troncos
de árvores, utilizados para deslocar, com menor
esforço e atrito, grandes blocos de pedra. Não tardou
que os rolos se transformassem em discos providos de
eixos, e a evolução foi natural: passou-se a proteger as
rodas de madeira com ferro, com borracha sólida, associou-
se a roda à tração animal, e por fim aos motores.
A roda passou a moer grãos, a gerar energia mecânica
e elétrica. Além de economizar trabalho humano,
aliou-se ao nosso lazer: quantos já não curtiram a
aventura de um carrinho de rolimã numa ladeira ou um
longo passeio de bicicleta? No século XIX, John Boyd
Dunlop, veterinário escocês, tornou a bicicleta de seu
filho muito mais confortável, inventando o pneumático.
Pense-se na roda transportando o cavalo de
Troia e os canhões de Napoleão, o açúcar nos carros
de boi e os trabalhadores boias-frias empoleirados em
velhos caminhões, os migrantes, os turistas dos confortáveis
trens europeus e as toneladas de carga nos vagões
de uma centopeia de ferro... Os aviões supersônicos,
que furam as nuvens, requerem rodas para ganhar
impulso na pista. A visão bucólica dos moinhos, girando
suas pás pela força da água ou do vento, alimenta
nossa imaginação e nos faz figurar o próprio tempo como
uma roda que gira interminavelmente. E como esquecer
as rodas dentadas que até hoje propulsionam
com precisão os relógios, dos de pulso aos das grandes
catedrais? No centro de complexas engrenagens,
as rodas constituíram o cenário principal de uma obraprima
do cinema, “Tempos modernos”, que Charlie
Chaplin dirigiu e protagonizou em 1936. Nesse filme, o
operário (Carlitos) é apresentado, literalmente, como
peça de uma engrenagem que parece devorá-lo, numa
evidente crítica ao produtivismo desumano.
Num laboratório de química, na projeção de um
filme, nas corridas alucinadas de fórmula 1, no carrossel
infantil, nos instrumentos de precisão, na tecelagem,
nas gigantescas atrações dos parques, a roda se
metamorfoseia e atende a um número incalculável de
funções específicas. Para isso, tem apenas que rodar:
“roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião, a
vida rodou num instante nas voltas do meu coração”,
cantou Chico Buarque, na peça Roda viva. Essa expressão,
aliás, tanto nomeia o movimento estafante da
rotina (“estou numa roda-viva”) como a dinâmica prometida
por um conhecido programa de debates da TV.
Além de imprescindível para a vida prática, o que há de
expressivo na roda se manifesta ludicamente nos jogos
e cantigas de rua, nas “cantigas de roda”. E também já
assumiu tristes funções, como no caso da “roda dos
enjeitados”: à entrada de alguns conventos, uma roda
de pedra, giratória, recolhia algum recém-nascido
indesejado, entregue, por pessoa não identificável, aos
cuidados das irmãs.
De madeira, de ferro, de borracha, primitivas ou
sofisticadas, movidas mecânica ou eletronicamente, as
rodas são vistas como símbolos poderosos: elas expressam
a criação contínua, o recomeçar permanente,
o movimento criador, a evolução. Um dos prazeres humanos
consiste em usar os músculos para acionar rodas:
as de uma bicicleta, as de um patinete, as de um
skate. Quando alguém corre muito, dizemos: “Ele está
voando”. Em nossa imaginação, as rodas são também
asas. Como esquecer aquele carrinho que rodou na superfície
de Marte, provido de uma câmera? E muita
gente assistiu a essa cena graças a um filme que se
desenrola na roda de um velho projetor de cinema.
“No universo da ciência o centro está em toda
parte”, diz um conhecido aforismo. No centro da civilização,
a roda segue onipresente.
(Alcebíades Villares, inédito)

REDAÇÃO

INSTRUÇÕES GERAIS
I. Dos cuidados gerais a serem tomados pelos candidatos:
1. Leia atentamente as propostas, escolhendo uma das três para sua prova de Redação.
2. Escreva, na primeira linha do formulário de redação, o número da proposta escolhida. A colocação de um título é optativa, a não ser quando expressamente solicitada.
3. Redija seu texto a tinta (em preto).
4. Apresente o texto redigido com letra legível (cursiva ou de forma), em padrão estético conveniente (margens, paragrafação etc.).
5. Não coloque o seu nome na folha de redação.
6. Tenha como padrão básico o mínimo de 30 (trinta) linhas.

II. Da elaboração da redação:
1. Atenda, com cuidado, em todos os seus aspectos, à proposta escolhida. Às redações que não atenderem à proposta (adequação ao tema e ao tipo de composição) será atribuída nota zero.
2. Empregue nível de linguagem apropriado à sua escolha.
3. Estruture seu texto utilizando recursos gramaticais e vocabulário adequados. Lembre-se de que o uso correto de pronomes e de conjunções mantém a coesão textual.
4. Seja claro e coerente na exposição de suas idéias.

III. Das propostas:

PROPOSTA I − DISSERTAÇÃO

Leia o editorial abaixo procurando apreender o tema que nele está desenvolvido. Em seguida, elabore uma dissertação em que você exponha, de modo claro e consistente, suas idéias acerca desse tema.

O problema da obesidade infantil é grave e não tem solução fácil.
O Brasil segue a mesma rota epidêmica dos EUA. Lá, demógrafos chegam a prever que, devido às doenças associadas ao excesso de peso, as gerações futuras viverão menos anos do que as de seus pais.
Salvo se uma droga milagrosa for descoberta, a melhor forma de enfrentar o problema é uma combinação de menor ingestão de calorias com maior dispêndio energético (atividade física). Como ambas contrariam nossos apetites naturais, um incentivo do poder público pode ser útil.
Não se trata de promover o paternalismo do Estado. O mundo moderno oferece ferramentas tributárias e mercadológicas para que autoridades possam atuar de forma eficaz e não autoritária.
Os mais óbvios instrumentos são os impostos. Em vez de concentrar a atenção sobre medidas de alcance na melhor das hipóteses limitado, como restrições à publicidade para o público infantil (decisões de compra costumam caber aos pais), seria melhor elaborar uma mescla de incentivos e gravames* que favoreça a alimentação equilibrada e deixar a propaganda na esfera da autorregulamentação.
Vilões nutricionais, como refrigerantes e salgadinhos industrializados, em vez de banidos, como sugerem os mais afoitos, deveriam ter a carga de impostos majorada. Alimentos saudáveis, como frutas e legumes, poderiam ser agraciados com subvenções. É possível até mesmo, por essa via, tornar um pouco mais benignos produtos hoje insalubres. Bastaria fixar as alíquotas de acordo com a quantidade de nutrientes deletérios, como sódio e gorduras saturadas, presente no alimento.
A abordagem fiscal não obrigaria ninguém a fazer o que não queira. Ao confiar na autonomia do cidadão e na autorregulamentação da indústria, tem mais chance de dar certo. E ainda dá aos fabricantes a oportunidade de veicular peças publicitárias que enfatizem a preocupação com a qualidade nutricional de seus produtos, o que contribuiria para fomentar a cultura da alimentação saudável.

Obs.*gravames − impostos pesados

(Folha de S.Paulo, A2 opinião, sexta-feira, 10 de agosto de 2012)

PROPOSTA II − DISSERTAÇÃO

Leia com atenção os textos seguintes.

I. Talvez uma característica essencial de nosso tempo seja o valor absoluto que se dá ao fenômeno da conectividade. Explico-me: parece que hoje a vida de cada um depende de estarmos conectados a algo ou a alguém, via celular, internet, videogame, i-pod, tv interativa, ou o que seja. É como se nossa identidade mesma se firmasse a partir de alguma conexão, por meio de algum suporte eletrônico, com o meio externo. Que fim levou a tal da vida interior? Ainda faz sentido falar nela?

II. Quando vejo a vizinha, já velhinha e solitária, acionar seu laptop e vagarosamente digitar como quem reaprende a ler e a escrever, penso que estamos vivendo uma época em que a solidão humana vai sendo progressivamente afastada. Num toque de dedo acessamos o outro, os outros, o mundo, participando assim de uma comunidade verdadeiramente globalizada. A moderna socialização deixou para trás, parece que definitivamente, o triste confinamento dos indivíduos. Esses textos defendem posições opostas. Escreva uma dissertação em prosa, na qual você argumentará a favor da posição com a qual mais se identifica.

PROPOSTA III − NARRAÇÃO

Propõe-se que a narração se inicie assim:

A cidade onde nasci, além de muito pequena, é também muito pacata e silenciosa. Delegacia e hospital só atendem a casos de rotina, sem nenhuma gravidade. Foi por isso que, quando o telefone tocou alternada e insistentemente nesses dois lugares, no exato momento em que todos na praça se despediam para ir dormir, o tumulto foi grande. Depois de breve interrupção, tocou também lá na igreja.

Dê continuidade a esse relato, pondo em ação personagens que já estão sugeridas nesse início ou outras que preferir. Tente surpreender o leitor, tanto pela escolha do acontecimento, quanto pelo seu desfecho. 

PUC-Campinas 2013 - verão

Matérias: Selecione as matérias que você deseja fazer na prova.

Biologia
Física
Geografia
História
Matemática
Português
Química

Língua estrangeira:-

Inglês

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A PROVA

REDAÇÃO

O sistema de provas do Educabras:

  • Identifica os assuntos que você mais precisa estudar!

  • Permite que você pause a prova e retorne a ela mais tarde

  • Cronometra a prova

  • Armazena as provas para você avaliar seu progresso.

O Educabras prepara você para o Vestibular e o Enem. Entre na faculdade de sua escolha e siga a carreira de seus sonhos!
Conteúdo e recursos para otimizar seu tempo de estudo e maximizar sua nota no Vestibular e no Enem.

Mais informaçõesimage
image

Agilize e facilite seu trabalho!
- Conteúdo didático para elaborar aulas e usar em classe.
- Banco de dados com milhares de questões por matéria.
- Elabore provas em alguns minutos! Opção de imprimir ou baixar provas e salvá-las em seu cadastro para usá-las no futuro.

Mais informaçõesimage
image

ESTUDO PERSONALIZADO

Programa de Estudo Personalizado com foco nos vestibulares que você prestará:
- Otimize o tempo de estudo: concentre-se nos assuntos relevantes para os vestibulares de sua escolha.
- Opção de incluir o Enem em seu Programa de Estudo Personalizado.
- Conteúdo e Ferramentas: Aulas, resumos, simulados e provas de Vestibulares e do Enem.
* Confira se os vestibulares de sua escolha fazem parte do Programa de Estudo Personalizado

Mais informaçõesimage

Colégios

O Educabras ajuda o colégio a melhorar o desempenho acadêmico dos alunos no Enem e no Vestibular e aumentar o índice de aprovação nas mais conceituadas faculdades do Brasil.
Pacotes de assinaturas: contrate assinaturas a um valor menor para seus professores e alunos.

Mais informaçõesimage