Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões da prova.

Arte e sociedade

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Se as obras de arte podem ser apreciadas em si
mesmas, como objetos estéticos, também podem iluminar
aspectos essenciais das sociedades em que surgem. As
pinturas rupestres, legados pré-históricos, ilustram hábitos
cotidianos dos nossos ancestrais caçadores, assim como a
arte digital dos nossos dias terá valor documental daqui a
algumas décadas. Sem o interesse comercial dos portugueses,
que levava as caravelas aos mares desconhecidos,
não haveria assunto para que o grande poema de Camões
se associasse ao espírito da Renascença. Sem aderir ao
mecanicismo da relação direta entre causa e efeito, há que
se considerar o diálogo entre o artista e a formação social
em que vive.
Por falar em diálogos: os de Platão, além dos temas
específicos de que tratam, provocam nossa curiosidade
acerca da convivência entre os mitos clássicos e o racionalismo
dos gregos. As brancas e geométricas colunas
dos templos, um legado arquitetônico, não parecem ter
pouco a ver com os raios de um Zeus furioso instalado no
Olimpo? Bem por isso, para corroer a magia e a mitologia
que estão no homem, Karl Marx, no século XIX, fará pouco
dos raios divinos numa época em que já se inventara o
para-raios e se propunha uma nova relação entre capital e
trabalho.
Pode-se cantar o triunfo da solução técnica sobre a
ineficácia da magia, mas não sobre o poder da arte: ainda
no século XIX, efeitos vivos das grandes revoluções do
século anterior – a Industrial e a Francesa – se farão sentir
nos romances românticos ou realistas, cujo centro
dramático está no cotidiano da vida burguesa. E algumas
conquistas da tecnologia, como o processo fotográfico
(registro e revelação) e a gravação fonográfica, repercutirão
decisivamente sobre as artes, abrindo caminho para novas
linguagens, como as reunidas pelo cinema.
Para ficarmos no Brasil, nossa literatura, a princípio
pouco mais que decalque das literaturas estrangeiras,
representou o índio e o escravo, o aristocrata e o comerciante,
seguindo ainda no rumo dos grandes ciclos
econômicos e produzindo obras em que se reconhecem a
mina, o engenho, a usina, a exportação de café, de cacau,
de borracha. E os movimentos de rebelião não ficaram sem
expressivos registros: Canudos e a revolução farroupilha,
rompendo os limites de seus espaços geográficos,
alcançaram a amplidão de belas páginas de Euclides da
Cunha e de Érico Veríssimo.
A última palavra da relação entre arte e sociedade está
se evidenciando no campo da informática: há experiências
de multimídia, que agregam digitalização e robótica, por
exemplo, na produção de poemas. Também há, num movimento
contrário, quem prefira lamentar essa profusão de
linguagens em nome da perda da simplicidade. Por razões
ecológicas, ou por outros motivos, há um esforço de retorno
à natureza que lembra (guardadas as diferenças) o prestígio
do bucolismo em pleno Iluminismo setecentista. Enquanto
isso, os decibéis crescentes dos shows e das ba-
ladas hipnotizam multidões de jovens que não fazem
questão de ouvir mugidos de vaca, como ignoram Bach ou
Mozart.
Tocou-se aqui no cinema de passagem, mas talvez
seja o caso de elegê-lo como a grande arte da época
moderna e contemporânea: um filme já é um fenômeno
multimídia, e assisti-lo numa sala de projeção é mais que
ter contato com uma obra: é participar de um rito social
marcante. No cinema, os recursos da física e da química se
associam, o som e a imagem se casam, a narrativa se faz
interpretação humana, os traços expressivos dos atores
ocupam a tela toda, e a ilusão de verdade é quase palpável.
No cinema, o tempo que corre na ficção entra no tempo
real: quando o nosso ótimo filme acaba, somos devolvidos
a uma realidade indesejável...
Não, não esquecemos a televisão: embora se discuta o
quanto de arte é imediatamente associável a esse veículo,
é impossível deixar de reconhecer a revolução cultural
promovida por essa telinha doméstica na vida moderna.
Aproveitando um imediatismo que era exclusivo do rádio, a
televisão adquiriu meios técnicos para se fazer onipresente
e servir como testemunha viva da História: um dos eventos
paradigmáticos disso é, certamente, o de 11 de setembro,
espécie de apocalipse ao vivo para o mundo. Numa simplória
telenovela, temas graves ganham discussão, preconceitos
ganham ou perdem força, mas nada pode ser
inocente quando propagado para milhões de
telespectadores.
Há quem imagine que os livros de História poderiam
abrir um pouco mais de espaço para as linguagens que a
arte e a cultura encontraram em cada momento da
civilização: presume-se que essas interpretações ajudam, e
muito, a entender a complexidade dos fatos. Há mesmo
uma tendência, entre historiadores, para buscar na vida
cotidiana (incluindo-se aí as representações artísticas) o
sentido mesmo da caminhada de um grupo social, ou de
toda uma sociedade. Somente dessa forma se dariam a
conhecer aspectos da vida de certos grupos nômades,
como os dos ciganos, ou alternativas de sociabilidade,
como a dos hippies. Em qualquer caso, havendo um pincel,
um lápis, uma câmera digital ou um microcomputador, é
certo que alguém, por alguma razão, criará alguma coisa
que diga algo do tempo em que vive.
(Gregório Teles de Lima, inédito)

REDAÇÃO

INSTRUÇÕES GERAIS
I. Dos cuidados gerais a serem tomados pelos candidatos:
1. Leia atentamente as propostas, escolhendo uma das três para sua prova de Redação.
2. Escreva, na primeira linha do formulário de redação, o número da proposta escolhida. A colocação de um título é optativa, a não ser quando expressamente solicitada.
3. Redija seu texto a tinta (em preto).
4. Apresente o texto redigido com letra legível (cursiva ou de forma), em padrão estético conveniente (margens, paragrafação etc.).
5. Não coloque o seu nome na folha de redação.
6. Tenha como padrão básico o mínimo de 30 (trinta) linhas.

II. Da elaboração da redação:
1. Atenda, com cuidado, em todos os seus aspectos, à proposta escolhida. Às redações que não atenderem à proposta (adequação ao tema e ao tipo de composição) será atribuída nota zero.
2. Empregue nível de linguagem apropriado à sua escolha.
3. Estruture seu texto utilizando recursos gramaticais e vocabulário adequados. Lembre-se de que o uso correto de pronomes e de conjunções mantém a coesão textual.
4. Seja claro e coerente na exposição de suas idéias.

III. Das propostas:

PROPOSTA I − DISSERTAÇÃO

Leia o editorial abaixo procurando apreender o tema que nele está desenvolvido. Em seguida, elabore uma dissertação em que você exponha, de modo claro e consistente, suas idéias acerca desse tema.

A boliviana Idalena Furtado vive há cinco anos no Brasil e, como tantos outros imigrantes sul-americanos, veio trabalhar numa confecção de roupas no bairro paulistano do Bom Retiro.
Seu relato, publicado nesta Folha, descreve condições análogas às de uma situação de trabalho escravo. Trabalhava 15 horas por dia. Comia sobre a máquina de costura e dormia em um cômodo, "todo mundo amontoado".
Aliciados em seus países de origem, bolivianos, peruanos e paraguaios se juntam a trabalhadores brasileiros para viver em oficinas clandestinas, sem direito a férias e a um dia de descanso semanal, enredados numa espiral de dívidas e degradação. O ambiente de clausura em que trabalham não poderia oferecer maior contraste com o das lojas de grife para as quais fornecem seus produtos.
Vistorias do Ministério do Trabalho responsabilizaram algumas marcas conceituadas por compactuar com o abuso. Nas oficinas que confeccionam roupas para suas lojas, verificou-se um regime de hiperexploração do trabalho: funcionários das empresas clandestinas tinham, por exemplo, de pedir autorização para deixar o local onde costuravam e viviam.
Relatos das condições nas chamadas "sweatshops" (oficinas-suadouro), em especial nos países em desenvolvimento, renderam publicidade negativa a marcas de artigos esportivos, brinquedos e roupas que, para uma sociedade ofuscada pelo brilho do consumo, parecem ainda assim associadas a prazer, desejo e sedução.
O consumidor raras vezes tem acesso à realidade que pode ocultar-se sob a aparência reluzente. A inclinação para o "consumo consciente" − trate-se de móveis de madeira certificada, empresas com responsabilidade social ou selos atestando compromisso contra o trabalho infantil− é algo relativamente recente no Brasil.
Depende, para fortalecer-se, do empuxo de fiscalização do Estado, que revela o avesso de algumas grifes. Ciente de fatos assim, o consumidor também se torna responsável, como pagante, pela degradação de seres humanos.

(Adaptado: Folha de S.Paulo, A2 opinião, sábado, 20 de agosto de 2011)

PROPOSTA II − DISSERTAÇÃO

Atente para o texto seguinte:

De quem é, afinal, a internet?
A pergunta se justifica: há um árduo debate sobre a possibilidade de haver algum efetivo controle sobre as matérias divulgadas pela internet. Há quem defenda a liberação absoluta de todos os espaços de navegação, em nome da democracia e do direito universal à informação; mas há quem alegue os riscos que muitas matérias podem representar para a coletividade e defenda, por isso, algum mecanismo de controle. De fato, ao navegarmos, encontramos de tudo: verdades e mentiras, arte e pornografia, informações confiáveis e notícias maliciosas, campanhas justas e mobilizações preconceituosas. Haverá alguma medida a ser tomada? Qual? E por quem? E em nome de quê, ou de quem?

Redija uma dissertação, em prosa clara e coerente, sobre o texto acima, dando especial atenção às perguntas que o finalizam. Para isso, busque formular propostas que possam, a seu ver, responder adequadamente a essas perguntas.

PROPOSTA III − NARRAÇÃO

Atente para a seguinte situação:

Um menino de dez ou onze anos, quase maltrapilho, atravessa uma movimentada praça da cidade carregando nos ombros uma grande caixa de isopor, cheia de picolés. Tropeça, cai e todos os picolés se espalham pelo chão. O garoto não sabe o que fazer: outros meninos chegam correndo para se apossar dos sorvetes, mas um policial, um padre e um motoboy que iam passando intervêm.

Escreva uma narração, na qual você desenvolverá a cena em que ocorre a intervenção. Ao narrar, mostre como agem e o que dizem as várias personagens envolvidas, bem como o que acaba resultando dessa intervenção. 

PUC-Campinas 2012 - verão

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