Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões da prova.

O velhinho navegador e o buscador da Internet

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Perto dos 50 anos, Ramiro não suspeitava que um dia
iria se render ao computador. Corria o ano de 1989 e ele
jurava que nenhuma novidade substituiria sua velha Olivetti.
Mas veio o inevitável: ele acabou descobrindo o Word, o
e-mail, a internet... e adeus, máquina de escrever.
Mas sua grande descoberta foi mesmo o buscador.
Mal aprendeu a manejá-lo e começou a pesquisar, espantando-
se com os textos, as imagens e os vídeos que ia
encontrando. A princípio eram buscas aleatórias: manchetes
de jornais no histórico “dia D”; biografia do imperador
Adriano; a fabricação da rapadura; a dieta de carboidratos;
histórias de Lampião e seu bando; rotas de cruzeiro no
Atlântico sul; a chegada do homem à lua etc. etc. Ramiro
logo percebeu os desníveis que havia na qualidade das
imagens e das informações, na redação dos textos, na
confiabilidade dos dados. De astronomia tanto falava um
cientista como um curioso, sobre a história da imprensa
havia teses acadêmicas e anedotas curiosas, o suicídio de
Getúlio Vargas era analisado a partir da carta-testamento
ou posto em dúvida por teorias conspiratórias...
Passou a explorar o buscador para temas mais
definidos. Inspirado pelo poema “Balada do amor através
das idades”, de Drummond, foi atrás das formas de amar:
como se davam entre os trogloditas? E entre godos e visigodos?
Os atenienses eram mais contidos que os nobres
romanos? E o amor cortês, na Idade Média, quais seus
ritos? Como era o casamento entre os silvícolas americanos?
Harmonizavam-se amor e interesse, paixão e dinheiro
na sociedade burguesa? As lutas pelos direitos da
mulher tiveram consequência nas relações amorosas?
Ficou muita coisa do amor no estilo hippie de viver? Os
jovens de hoje são mais espontâneos e menos românticos
no namoro?
Quando o filho começou a fazer o curso vestibular,
dispersou-se de novo, encarregado de auxiliá-lo num semnúmero
de variadíssimos itens programáticos: a importância
do carbono; as catástrofes ambientais; a literatura modernista;
a economia mundial; a mineração na África do Sul, no
Chile e na China; aquecimento global; relevo do Brasil
Central; extração de madeira na Amazônia; exercícios de
cálculo vetorial e sabe-se mais o quê...
Felizmente o filho foi aprovado e Ramiro entregou-se
à satisfação de suas nostalgias: passou a viajar pelas propagandas
antigas, de quando era menino, ouvia rádio e
assistia TV em preto e branco. “As rosas desabrocham /
com a luz do sol / e a beleza das mulheres / com o Creme
Rugol”... Coisa de poeta. Outra, bonitinha: “Quando a lâm-
pada queimar / não adianta estrilar, nem bater o pé; o que
resolve é ter logo à mão / lâmpadas GE”. E a babá eletrônica,
que cantava pontualmente, às nove da noite: “Já é
hora de dormir, / não espere mamãe mandar. / Um bom sono
pra você / e um alegre despertar”.
Reviu, ainda, quadros dos antigos festivais de música
da TV: “Disparada” era bonita, mas lhe parecia um estranho
hino rural combinado com canção de protesto; “Sabiá” podia
ser uma antecipação do movimento ecológico, e os mais
irritados achavam que “Planeta água” devia ser considerado
propaganda da Sabesp... Mas cada canção transpirava um
tema de época, um estilo de vida, um gosto dominante...
Um dia Ramiro decidiu que não seria apenas um
consulente da Internet: decidiu criar um blog e postar as
matérias de seu interesse. Inventou divertidos signos de um
zodíaco maluco e dispôs-se a prestar assistência astrológica;
convidou um amigo seu, professor de física, para
divulgar temas interessantes dessa área, como equilíbrio e
energia. Pelo Google earth estampou fotos de São Paulo e
da região Amazônica, para que os navegantes viajassem
por essas paragens, e foi buscar numa feira de tecnologia
de Zurique a última palavra sobre condução de eletricidade.
Em meio a isso, publicou crônicas, poemas e pequenos
contos, alguns deles acompanhados de trilha musical ou
ilustrados com xilogravuras da tia artista.
Enfim, Ramiro, como o resto do mundo, arranjou um
brinquedo novo. E que brinquedo! Nunca imaginou que a
mais moderna tecnologia poderia, por exemplo, ajudá-lo a
matar saudades dos anos que não voltam mais... Pois as
imagens e os sons voltaram, libertos de misteriosos arquivos
privados para se materializarem nas asas invisíveis da
internet.
(Valdomiro Carrão, inédito)

REDAÇÃO
INSTRUÇÕES GERAIS

I. Dos cuidados gerais a serem tomados pelos candidatos:

1. Leia atentamente as propostas, escolhendo uma das três para sua prova de Redação.
2. Escreva, na primeira linha do formulário de redação, o número da proposta escolhida. A colocação de um título é optativa, a não ser quando expressamente solicitada.
3. Redija seu texto a tinta (em preto).
4. Apresente o texto redigido com letra legível (cursiva ou de forma), em padrão estético conveniente (margens, paragrafação etc.).
5. Não coloque o seu nome na folha de redação.
6. Tenha como padrão básico o mínimo de 30 (trinta) linhas.

II. Da elaboração da redação:

1. Atenda, com cuidado, em todos os seus aspectos, à proposta escolhida. Às redações que não atenderem à proposta (adequação ao tema e ao tipo de composição) será atribuída nota zero.
2. Empregue nível de linguagem apropriado à sua escolha.
3. Estruture seu texto utilizando recursos gramaticais e vocabulário adequados. Lembre-se de que o uso correto de pronomes e de conjunções mantém a coesão textual.
4. Seja claro e coerente na exposição de suas ideias.

III. Das propostas:

PROPOSTA I − DISSERTAÇÃO

Leia o editorial abaixo procurando apreender o tema nele desenvolvido. Em seguida, elabore uma dissertação, na qual você exporá, de modo claro e coerente, suas ideias acerca desse tema.

Descendentes de um grande escritor brasileiro já desaparecido tentaram evitar que uma publicação veiculasse fotografia do pai com um determinado tipo de gravata. Consideravam que o autor só poderia aparecer com o modelo borboleta, seu predileto. O episódio é apenas um exemplo dos excessos cometidos por famílias na suposta tentativa de proteger a imagem de seus famosos parentes mortos. Há muitos casos análogos, que envolvem, além da imagem e do nome, o direito de relatar fatos biográficos, criticar e reproduzir obras em meios como livros, revistas e catálogos. Ambições pecuniárias, leis problemáticas e decisões judiciais infelizes conspiram para conferir aos herdeiros um poder desmedido sobre bens que possuem evidente dimensão pública.
O episódio mais recente envolveu a Bienal de São Paulo e a associação O Mundo de Lygia Clark, dirigida pelo filho da pintora. Diante de imposições, os responsáveis preferiram retirar a artista da mostra. "Queriam até controlar quem poderia escrever sobre ela", afirmou o curador Agnaldo Farias.
A associação argumenta que tem custos e precisa cobri-los. Ainda que fosse assim (e que se precise avançar em políticas públicas de aquisição de acervos na área das artes visuais), o argumento não bastaria para impedir a presença de obras da artista na Bienal, a reedição de um livro e o uso de seu nome numa exposição com depoimentos em vídeo acerca de seu trabalho.
Em breve o Ministério da Cultura levará a consulta pública a revisão da Lei de Direito Autoral. É provável que aspectos relativos às novas tecnologias dominem o debate − mas isso não deveria impedir que se criassem regras para reequilibrar as relações entre direitos de herdeiros e o caráter público do patrimônio cultural.

(Folha de S. Paulo, A2 opinião, segunda-feira, 07 de junho de 2010)

PROPOSTA II − DISSERTAÇÃO

Leia com atenção o texto que segue.

A escola é uma instituição voltada para a formação do indivíduo, entendida esta como o reconhecimento e a prática de valores positivos.
Ocorre, no entanto, que a escola também se volta para a literatura, e o aluno entra em contato com grandes escritores, que nem sempre tratam de valores positivos; os melhores prosadores e poetas podem abordar aspectos negativos do homem e da sociedade: a força da ambição, o autoritarismo, a injustiça, a violência, as carências de toda espécie, o ódio, o ciúme, o despeito...

Com base no que diz o texto acima, redija uma dissertação na qual você discutirá a seguinte tese:

A literatura não apregoa bons costumes, mas estimula nosso senso crítico.

PROPOSTA III − NARRAÇÃO

Uma propaganda na TV alerta a população sobre equívocos provocados pelo fato de pessoas terem o mesmo nome, explorando de modo bem-humorado o caso de homônimos. No saguão de um aeroporto, um homem carrega uma pequena tabuleta com o nome da pessoa que espera, a quem, evidentemente, nunca vira antes. Quando chega, o homem cujo nome está escrito na tabuleta é levado para a casa onde sua suposta família o espera com uma festa de boas-vindas. Na hora do encontro, evidencia-se o engano: o recém-chegado, que nada tem de oriental, é recepcionado por uma família de japoneses. No aeroporto, o japonês esperado pela família permanece aguardando.

Redija uma narração em que se relate um caso de engano vivido por duas personagens homônimas. O narrador que você escolher deve contar como o equívoco se gerou e explorar a reação tanto dessas personagens, quanto de outras presentes na situação imaginada. Procure ser bem criativo no desfecho. 

PUC-Campinas 2011 - verão

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