Prova de Redação

O uso de aparelhos celulares durante as aulas é polêmico entre os professores e os estudiosos da educação: alguns o acham um absurdo, outros já começaram a procurar formas de incluir os aparelhos sem comprometer o aprendizado. A esse respeito, leia a coletânea a seguir.

Texto 1

A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, em maio de 2008, uma lei que proíbe alunos de usar celulares e aparelhos eletrônicos como MP3 players e videogames em escolas públicas e privadas da Educação Básica. Está liberada a utilização nos intervalos e horários de recreio, fora da sala de aula, cabendo ao professor encaminhar à direção o aluno que descumprir a regra. O projeto de lei que originou a norma diz que o uso do telefone pode desviar a atenção dos alunos, possibilitar fraudes durante as avaliações e provocar conflitos entre professores e alunos e alunos entre si, influenciando o rendimento escolar. Se, por um lado, a tecnologia serve de apoio às ações educacionais, por outro o seu uso exacerbado se torna um empecilho. Há diferenças entre a discussão das formas e dos modos de fazer uso de tecnologias em espaços coletivos e sua exclusão. A escola tem o dever de humanizar e educar cidadãos, posicionando-se por vezes no fio da navalha entre exercer a autoridade e ser autoritária. Não é imprescindível criar uma lei para disciplinar o uso desses aparelhos nas escolas, pois as determinações sobre essa questão podem constar do regimento interno e do projeto político-pedagógico.

GIL, Juca. Lei proíbe uso de celular na sala de aula. Disponível em:.<http://gestaoescolar.abril.com.br/politicas-publicas/lei-proibe-uso-celular-sala-aula-739266.shtml>. Acesso em: 08 abr. 2015.

Texto 2

Tão recente quanto seu próprio aparecimento é a discussão, nas escolas, sobre como lidar com o uso cada vez mais intenso de smartphones em sala. Sem orientações formais por parte de órgãos públicos, o tema tem como pioneira no debate a Unesco que, em 2013, lançou o guia “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel”. No documento, a instituição estimula o acolhimento da tecnologia nas disciplinas que, entre outros benefícios, pode “permitir a aprendizagem a qualquer hora, em qualquer lugar, minimizar a interrupção em aulas de conflito e desastre e criar uma ponte entre a educação formal e a não formal. Não podemos mais ignorar o celular, ele está em todo lugar. Sou contra a proibição do uso, pois a regra acaba sendo burlada. Será que em vez de proibir, não é melhor acolhê-lo como ferramenta educativa?” — questiona Maria Rebeca Otero Gomes, coordenadora do setor de Educação da Unesco no Brasil. Na maioria dos Centros Educacionais ainda não há consenso sobre quais regras devem ser seguidas. Muitos professores constatam que, normalmente, os alunos ficam mais estimulados em fazer pesquisas através do celular. Claro que, no meio, eles mandam uma ou outra mensagem, é inevitável. Mas já tentamos fugir da TV, do vídeo. Não dá para fugir do celular. O grande nó é saber como usá-lo em favor do aprendizado.

ALVIM, Mariana. Apesar da frequente proibição, Unesco recomenda o uso de celular em sala de aula. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/rio/bairros/apesar-da-frequente-proibicao-unesco-recomenda-uso-de-celular-em-sala-de-aula-14372630>. Acesso em: 08 abr. 2015.(Adaptado).

Texto 3


Disponível em: <https://samantasievers.wordpress.com/page/4/> Acesso em: 2 abr. 2015.

Texto 4

O professor da Universidade de Nebraska, Bernard McCoy, entrevistou 777 alunos de seis universidades em cinco estados americanos durante o outono de 2012 e descobriu que o uso de aparelhos digitais, como celulares, computadores e tablets durante a aula é muito mais frequente do que se imagina. Seu uso quase nunca objetiva o aprendizado. Mais de 80% dos alunos admitem utilizá-los durante as aulas, o que interfere negativamente no aprendizado a ponto de piorar as notas, relata o estudo do professor. Os questionários respondidos pelos alunos confirmaram que apenas 8% deles não usavam os aparelhos durante as aulas. Em relação ao objetivo do uso, 86% disseram que conversavam por texto durante as aulas, 68% checavam e-mails, 66% visitavam as redes sociais enquanto o professor tentava ensiná-los, 38% simplesmente navegavam na internet e 8% jogavam algum tipo de game durante as aulas. Os alunos acham vantajoso utilizar os equipamentos digitais durante as aulas, pois 70% queriam permanecer conectados, 55% combatiam a monotonia com os tablets, e 49% diziam fazer algo ligado à aula. A maior desvantagem citada por 90% dos alunos é não prestar atenção na aula: 80% perdiam instruções importantes dadas pelo mestre e 32% eram advertidos pelo professor pelo mau comportamento e mais de 50% disseram que foram distraídos pelo uso dos aparelhos por algum colega na sala.

TUMA, Rogério. Na sala de aula, não!  Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/revista/772/na-sala-de-aula-nao-3798.html>. Acesso em: 08 abr. 2015.(Adaptado).

Texto 5

De acordo com Sidney Nilton de Oliveira, coordenador do curso de Psicologia da Universidade Federal do Paraná, adaptar-se à nova realidade dos alunos não é apenas uma estratégia de sobrevivência, mas essencial para obter melhores resultados no âmbito educacional. A resposta que deve ser procurada pelos professores não é como fazer para que os alunos deixem as redes sociais de lado durante a aula, mas sim qual é o papel que essas ferramentas ocupam no processo educacional. “Tudo depende do diálogo estabelecido com o aluno. As redes sociais podem ser uma ferramenta importante para o contato, a troca de informações e a aproximação do educador com os alunos”. Segundo ele, a relação professor-aluno sempre sofrerá interferência de outros elementos: hoje é o celular e o tablet, mas antigamente era o jornal ou o livro lido durante a aula que incomodava. O coordenador também ressalta que é importante que cada professor defina regras e faça acordos com seus alunos sobre o uso desses dispositivos. Se houver consenso, os problemas passam a ser pontuais e de fácil resolução, não comprometendo a qualidade da aula e o desempenho do aluno. O jeito é adaptar-se à realidade e usar a tecnologia em favor da aula. Desse modo, se a realidade dos alunos inclui o universo das redes sociais, o professor deve tentar levar o conteúdo das aulas para o espaço virtual, por meio de grupos de discussão e compartilhamento de conteúdos.

POMPEO, Carolina. Professores disputam atenção de alunos com redes sociais. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/professores-disputam-atencao-de-alunos-com-redes-sociais-8i7ugq1uxkjhagjbhy7hgl5ji>. Acesso em: 09 abr. 2015. (Adaptado).

Com base na leitura da coletânea, escolha UMA das três propostas de construção textual (dissertação, narração ou carta argumentativa) apresentadas a seguir e discuta a questão-tema abaixo:

Celular em sala de aula: um aliado ou um empecilho à aprendizagem?

DISSERTAÇÃO

O artigo de opinião é um gênero textual no qual são apresentados argumentos para convencer os leitores a respeito da validade de um ponto de vista sobre determinado assunto.
De posse dessa orientação, amparando-se na leitura dos textos da coletânea e ainda em sua visão de mundo, imagine-se na função de articulista, de uma revista ou de um jornal de circulação nacional, e escreva um artigo de opinião posicionando-se acerca da questão-tema desta prova.

NARRAÇÃO

O gênero crônica, em sentido atual, é uma narrativa que se caracteriza por basear-se em considerações do cronista acerca de fatos correntes e marcantes do cotidiano. Em torno desses fatos, o autor manifesta uma visão subjetiva, pessoal e crítica.
Tendo em vista essa definição de crônica, crie uma narrativa a partir da seguinte situação: você, na condição de professor (a), percebe que 80% de seus alunos estão usando aparelhos celulares conectados à internet. Conte, em um texto em prosa, qual foi a sua reação e medida tomada diante do fato observado. Não deixe de transmitir suas possíveis reflexões e impressões sobre a situação criada, obviamente, relacionando-a com o tema desta prova. Sua narração, portanto, deverá ser em primeira pessoa.

CARTA ARGUMENTATIVA

A carta de leitor é um gênero textual, comumente argumentativo, que circula em jornais e revistas. Seu objetivo é emitir um parecer de leitor sobre matérias e opiniões diversas publicadas nesses meios de comunicação.
Considerando a definição desse gênero textual, a leitura da coletânea e, ainda, suas experiências pessoais, escreva uma carta de leitor a um jornal ou revista de circulação nacional, emitindo seu ponto de vista − contrário, favorável ou outro que transcenda esses posicionamentos − a respeito da situação exposta no Texto 1 da coletânea.

OBSERVAÇÃO: Ao concluir sua carta, NÃO a assine; subscreva-a com a expressão UM (A) LEITOR(A).

UEG 2015 - 1ª Fase - 2ª Prova

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