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REDAÇÃO
A seguir, são apresentados três temas. Examine-os atentamente, escolha um deles e elabore um texto dissertativo com 25 a 30 linhas, no qual você exporá suas ideias a respeito do assunto.
Ao realizar sua tarefa, tenha presentes os seguintes aspectos:
- Você deverá escrever uma dissertação; portanto, mesmo que seu texto possa conter pequenas passagens narrativas ou descritivas, nele deverão predominar suas opiniões sobre o assunto que escolheu.
- Evite fórmulas preestabelecidas ao elaborar seu texto. O mais importante é que ele apresente ideias organizadas, apoiadas por argumentos consistentes, e esteja de acordo com a norma culta escrita.
- Procure ser original. Não utilize em sua dissertação cópias de textos da prova nem de parágrafos que introduzem os temas para a redação.
- Antes de passar a limpo, à tinta, na folha definitiva, releia seu texto com atenção e faça os reparos que julgar necessários.
- Não é permitido usar corretor líquido. Se cometer algum engano ao passar a limpo, não se preocupe: risque a expressão equivocada e reescreva, deixando claro o que pretende comunicar.
- Lembre-se de que não serão considerados:
- textos que não desenvolverem um dos temas propostos;
- textos redigidos a lápis ou ilegíveis.
Boa prova!
TEXTO 1
Objetividade no jornalismo: falácia ou ideal?
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Existe uma linha muito tênue entre o que é subjetivo e o que é tendencioso. A subjetividade não pode ser excluída do homem e muito menos do jornalista. Todos carregamos uma bagagem cultural diferenciada, o que faz diversa a nossa visão de realidade. No meio jornalístico, existem regras que elucidam a maneira correta de se expressar; entretanto não conseguem uniformizar os discursos. Os discursos podem ter pontos em comum (uso de determinadas construções sintáticas, por exemplo), mas cada um possui um estilo ímpar. A tendenciosidade não é estilo de ninguém, é um artifício subliminar para convencer alguém, tentativa do jornalista de fazer com que os leitores compartilhem forçosamente de seu ponto de vista. Deve ser evitada no jornalismo, uma vez que a função básica do jornalista é fornecer subsídios para a construção de uma realidade mais próxima do fato ocorrido.(...) A objetividade é um ideal inatingível para o jornalista, no entanto o profissional deve insistir em alcançá-la. Esse paradoxo é garantia de qualidade dos veículos de comunicação. Nunca existirá um texto isento de subjetividade, de tons íntimos do autor. Quando alguém se propõe a redigir (seja um conto, seja uma cobertura de acidente automobilístico), é sabido que a intenção é sempre convencer os leitores de que o ponto de vista presente é o mais apropriado. O que se quer com o paradoxo da objetividade é diminuir cada vez mais a emissão de juízos de valor, cujo teor pessoal arraigado à cultura do jornalista pode impedir que os leitores extraiam da notícia o essencial. Por isso, no jornalismo atual, fontes de categorias diversas são acionadas para montar um quadro amplo de notícia. Disponível em: http://gilmar.jr.vilabol.uol.com.br/objetividade. Acesso em: setembro 2010 (adaptado) |
TEXTO 2
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 |
Tão paradoxal quanto o título deste editorial é o tema por ele abordado: o horário político obrigatório – ou gratuito, de acordo com a denominação do Tribunal Regional Eleitoral. Em primeiro lugar, não é gratuito, a não ser para candidatos, partidos e coligações, que nada pagam pelo acesso aos meios de comunicação. A sociedade paga. As empresas de mídia recebem compensação fiscal pelos espaços que dispensam à propaganda eleitoral. A polêmica, porém, é outra: tem sentido impor ao público uma programação geralmente demagógica e de má qualidade, que é rejeitada por parcela expressiva de espectadores e reduz a audiência dos programas de rádio e televisão? No Brasil, onde o voto também é obrigatório, faz sentido. Pesquisa divulgada pelo Datafolha no mês passado, após consulta a 10.905 eleitores em 379 municípios do país, mostrou que 65% dos entrevistados utilizam a TV como mídia preferida para obter informações sobre partidos e candidatos. Os jornais aparecem em segundo lugar, com 12% da preferência, restando para o rádio e a internet o terceiro lugar, com 7%. Apenas 6% dos inquiridos disseram que se preparam para o voto com informações colhidas em conversas com amigos e familiares. Então, é inquestionável o valor da mídia eletrônica na orientação do eleitorado. Ainda assim, não deixa de ser uma imposição incômoda para a maioria da população. Pesquisa encomendada ao Ibope pela Associação Brasileira de Agências de Propaganda mostra que o brasileiro não simpatiza com a propaganda eleitoral compulsória: 76% dos consultados informaram que “não gostam nada” ou “não gostam muito”. Apenas 11% assinalaram “gostar” ou “gostar muito”. Além de impositivo, o horário eleitoral gera outras deformações, como a formação de alianças partidárias espúrias com o único propósito de ampliar o tempo de exposição de candidatos e siglas, com total prejuízo para os conteúdos programáticos e para a coerência ideológica. Também o tempo exíguo dispensado aos candidatos às eleições proporcionais mal permite que digam o nome, o número e, em certos casos, alguma gracinha, que só serve para ridicularizar o debate eleitoral. Ainda assim, existe pelo menos um fator insuperável a justificar a manutenção desta programação: o direito de todos os candidatos ao acesso à mídia. Se a propaganda fosse paga, ou dependesse apenas do interesse jornalístico, o poder econômico poderia prevalecer e os candidatos menos conhecidos talvez não tivessem oportunidade de se apresentar ao público. Agora, mesmo com todas as deformações, o horário eleitoral possibilita este contato entre o eleitor e os pretendentes a mandatos eletivos. Jornal Zero Hora, 22/08/2010 (editorial) |
A importância da leitura de jornais
Você já deve ter presenciado a cena: alguém, de manhã cedinho, alimentando o corpo e o espírito, servindo-se da primeira refeição e lendo o jornal – ritual matinal de preparação não apenas para mais um dia de trabalho, mas também para a vida.
Caso você opte por esse tema, discuta a importância da leitura de jornais, apontando benefícios que ela pode proporcionar. Sendo possível, apresente dados da realidade que sustentem seus argumentos.
A importância de uma imprensa livre
Segundo o Instituto Análise,
• 91% dos brasileiros consideram a imprensa uma arma anticorrupção, ao divulgar escândalos de políticos e autoridades;
• 97% se declararam a favor da investigação e da divulgação de casos suspeitos de corrupção;
• 69% consideram a imprensa apartidária;
• 88% veem a imprensa como digna de credibilidade ao revelar desvios e irregularidades;
• nove em cada dez entrevistados defendem que os meios de comunicação não devem ser submetidos a nenhum tipo de censura.
Para Alberto Carlos Almeida, diretor do Instituto Análise, o fato de jornais, rádios e TVs serem vistos como os principais canais de denúncias de corrupção revela a boa imagem de que a imprensa desfruta e o descrédito da população em outras instituições.
Se você optar por este tema, apresente suas ideias sobre o papel da imprensa em uma sociedade com ampla liberdade de expressão, sustentando-as com dados da realidade. Se quiser, use como contraponto fatos e problemas ocorridos em países que não têm imprensa livre.
Será verdade que o jovem brasileiro de hoje não se interessa por política?
Segundo conclusões de um estudo do Instituto Akatu e da Indicator Opinião Pública, o jovem brasileiro tem um alto interesse no consumo, mas pouco quer saber de política. Tem muita preocupação com o futuro profissional, usa a televisão como principal meio de informação e tem pouco gosto pela leitura. O lazer e o entretenimento são outra grande preocupação nessa faixa etária (de 18 a 25 anos), que demonstra muito interesse por sair com amigos, dançar, ouvir música e desfrutar a natureza.
Se o tema escolhido for este, reflita sobre o envolvimento – ou não – dos jovens na política nacional e apresente o seu ponto de vista, justificando-o com bons argumentos e dados da realidade.
PUCRS 2011 - verão
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