REDAÇÃO
INSTRUÇÕES GERAIS
I. Dos cuidados gerais a serem tomados pelos candidatos:
1. Leia atentamente a proposta da prova de Redação.
2. Escreva, na primeira linha do Formulário de Redação, o título da Redação.
3. A Redação deverá ser escrita em língua portuguesa e em letra legível, usando, unicamente, caneta esferográfica de tinta preta.
4. Tenha como padrão básico 30 (trinta) linhas.
5. Empregue nível de linguagem apropriado à sua escolha.
6. Estruture seu texto utilizando recursos gramaticais e vocabulário adequados. Lembre-se de que o uso correto de pronomes e de conjunções mantém a coesão textual.
7. Seja claro e coerente na exposição de suas ideias.
8. A Redação não deve conter qualquer registro ou sinalização que permita a identificação do candidato (nome, assinatura, rubrica etc.) em local não destinado a esse fim, podendo acarretar desclassificação do candidato.
9. A Redação será avaliada quanto à adequação ao tema, adequação ao tipo de texto, adequação ao nível de linguagem, coesão e coerência. O candidato que obtiver nota 0 (zero) em um dos critérios − adequação ao tema, adequação ao tipo de texto ou coerência − será desclassificado do Processo Seletivo.
II. Da Proposta:
DISSERTAÇÃO
Texto I
Filantropia (Do grego philanthropía)
1. Amor e dedicação ao ser humano.
2. Bondade, generosidade para com o próximo.
3. Ação ou prática de contribuir financeira, material ou moralmente para o bem-estar alheio.
(Disponível em: Dicionário Aulete on-line)
Texto II
O Brasil ficou em 54º lugar na edição mais recente do The World Giving Index, ranking produzido pela Charities Aid Foundation (CAF). A pesquisa pergunta se o entrevistado, no mês anterior à conversa, ajudou de alguma maneira um desconhecido, doou dinheiro ou tempo como voluntário. Num ano de pandemia, o Brasil avançou 20 posições desde a divulgação anterior da classificação da CAF. Dentre os doadores, a maior parte diz ajudar o combate à fome e à pobreza.
Para o antropólogo Michel Alcoforado, falta uma participação mais robusta da elite brasileira nas doações. Para ele, a questão é cultural: “Diferentemente dos ricos americanos, por exemplo, que avaliam ter enriquecido por causa dos EUA e doam para retribuir o país, a elite brasileira acha que ficou rica apesar do Brasil, então não se vê em débito com a nação”.
(FERRASOLI, Dante. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
Texto III
Calcada no encontro paradoxal das elites com a pobreza – que consideram sua antítese – as práticas filantrópicas criam toda uma rede de instituições e sujeitos que por meio delas obtêm capital simbólico e social. No entanto, a intenção de intervir pela comunidade muitas vezes não parece diminuir a distância interposta pelos recursos financeiros econômicos entre as duas pontas da prática filantrópica, a saber, doadores e recipientes.
(Adaptado de: KUNRATH SILVA, Patricia. Filantropia e Investimento Social Privado nos Estados Unidos e no Brasil: redes transnacionais de governança econômica. Tese de Doutorado. Porto Alegre, 2017)
Texto IV
A meu ver, não está em questão se a filantropia é superior ao Estado na promoção do bem público. Há papéis que são específicos do Estado, como aqueles relativos à segurança e à justiça, e papéis que podem ser compartilhados entre organizações públicas e filantrópicas, como nas áreas da saúde e educação. E nesse segundo caso tanto podemos ter instituições públicas como filantrópicas que sejam efetivas ou não. O importante é podermos ter no Brasil a filantropia como complementar ao setor público, capaz de somar forças para a promoção do bem público.
(RODRIGUES, Maria Cecília Prates. Disponível em: https://estrategiasocial.com.br. Adaptado)
Considerando os textos acima, escreva uma dissertação argumentativa sobre o tema:
A filantropia na promoção do bem público