REDAÇÃO
Com base na leitura dos exemplos seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa, de 15 a 20 linhas, sobre o tema GERAÇÃO Y: CONFLITOS, CONSUMO, TRABALHO E MUDANÇA SOCIAL.
Selecione, organize e relacione fatos e opiniões para defesa de seu ponto de vista.
Sua redação será anulada se você:
- reproduzir partes dos textos da coletânea;
- fugir ao recorte temático ou não escrever um texto dissertativo-argumentativo;
- apresentar letra ilegível, impropérios, desenhos ou qualquer outra forma de identificação no texto;
Texto I
Os millennials — pessoas que têm, hoje, entre 18 e 35 anos —, também conhecidos por Geração Y, têm impactado a forma de a sociedade consumir. Esse grupo, cuja maioria trabalha ou estuda, além de ser engajada em causas sociais e ambientais, segundo levantamento da startup de pesquisas MindMiners, deve atingir seu auge em 2020.
Os objetos de desejo desses indivíduos variam de acordo com a classe social. Segundo a socióloga e pesquisadora da Antenna Consultoria e Pesquisa, Marilene Pottes, enquanto as mais baixas priorizam bens duráveis e conforto, as mais altas – que contam com maior suporte financeiro dos pais – valorizam vivências. Por ser uma geração tecnológica, pessoas de zona rural não podem ser enquadradas nessa classificação.
Embora os especialistas concordem que esse público é exigente e autêntico, há divergências sobre o recorte exato das idades. Uma pesquisa do Statista, portal alemão líder de estatísticas internacionais na internet, por exemplo, considera consumidores que eram adolescentes na virada do milênio. Já a empresa de pesquisas Kantar Worldpanel abrange pessoas nascidas de 1979 a 1996. Outro contorno engloba nascidos no início dos anos 80 até meados de 90: nesse caso, teriam recebido a denominação de millennials por atingirem idade de discernimento a partir dos anos 2000, ou se tornarem consumidores na época. Esses jovens se reconhecem como trabalhadores e ambiciosos. Apesar disso, uma grande parte ainda mora com os pais ou outros parentes, dependendo financeiramente da família.
— É uma geração que pôde estudar mais e ingressar no mercado de trabalho mais tarde. Alguns os consideram mimados, mas, na verdade, eles apenas não querem aceitar qualquer tipo de trabalho — explica a gerente de marketing da MindMiners, Danielle Almeida.
A Bridge Research também fez um estudo sobre os hábitos desses jovens adultos:
— Essas pessoas são multitarefas, conseguem trabalhar olhando para o celular, por exemplo. Também são menos leais a marcas do que pessoas de outras idades — destaca Renato Trindade, diretor da empresa de pesquisa.
Para o professor da FGV Roberto Kanter, a principal razão de agradar à geração Y é seu inédito poder de influência:
— Devido às mídias sociais, os consumidores, e não mais os meios de comunicação, têm sido a principal fonte de informação sobre produtos e serviços.
Disponível em:<https://oglobo.globo.com/economia/millennials-entenda-geracao-que-mudou-forma-de-consumir23073519#ixzz5mt5DfZKf>. Acesso em: 1/5/19.
Texto 2
A geração Y no poder
Lidar com levantes de clientes insatisfeitos nas redes sociais já entrou para a rotina corporativa. Consultorias fazem fortuna ensinando às empresas como manejar as revoltas digitais protagonizadas pelos membros da geração Y, também chamados de millennials, assim definidos o que têm, hoje, entre 23 e 38 anos. O que vem inquietando muitos executivos, agora, é se deparar com críticas públicas dos próprios funcionários, especialmente nos gigantes de tecnologia. O alvo mais recente foi a Amazon, empresa avaliada em quase 1 trilhão de dólares. No início de abril, começou a circular um abaixo-assinado endereçado a seu fundador, o bilionário Jeff Bezos, e ao conselho de administração da companhia. Em menos de dez dias, mais de 6700 funcionários, de estagiários a diretores, deixaram o nome e o cargo no documento, facilmente identificáveis numa busca pelo LinkedIn.
Numa espécie de rebelião de crachá, eles foram a público demandar políticas ambientais mais amplas e detalhadas, além de criticar contratos com petroleiras, que usam o braço de computação em nuvem da companhia. A carta pede apoio dos patrões à aprovação de uma resolução no encontro anual de acionistas, marcado para 22 de maio, em que a Amazon se comprometa a especificar publicamente como pretende reduzir o uso de combustíveis fósseis em sua operação.
Revista Veja, 1.º de maio/2019, p. 69.
Texto 3
Os dois grandes grupos
Assim, surgem dois grandes grupos: aqueles que hoje têm entre 18 e 24 anos (young millennials) e aqueles que hoje têm entre 25 e 34 anos (old millennials).
Os Old Millennials
– Eles foram crianças e adolescentes nos anos 90 e não cresceram com acesso à internet, smartphones e apps. Viveram boa parte da vida sem internet.
– Foram pegos de surpresa pela crise econômica
– assunto que não pensavam muito a respeito.
– Tendem a ser mais otimistas, colaborativos e flexíveis.
– Tendem a ser mais nostálgicos e se sentem adultos quando fazem coisas como varrer a casa e lavar a louça.
– Hoje, suas maiores preocupações e objetivos são coisas como mudar ou conseguir um emprego, viajar ao exterior, comprar uma casa ou apartamento e começar ou voltar a estudar.
– Eles se interessam mais em momentos de “pausa” e “detox” das tarefas para relaxar e buscam mais “life hacks” (dicas, macetes).
Os Young Millennials
– A infância e adolescência deles aconteceu nos anos 2000. Já nasceram em um mundo conectado à internet e desde a escola conheceram coisas como smartphones e redes sociais.
– Já conheceram o mundo com uma economia mais frágil.
– Tendem a ser mais realistas, questionadores e conscientes quando o assunto é finanças.
– Adoram a filosofia YOLO (You Only Live Once/Só Se Vive Uma Vez). 89% se identificam com esse estilo de vida.
– Tendem a ter menos paciência com “perda de tempo” como anúncios e comerciais.
– 4 entre 10 têm o diploma universitário como maior sonho.
O que os une
Mas em algum momento eles precisam se encontrar, correto? Afinal, são todos millennials.
Segundo a análise do Google, a vida com acesso à informação 24 horas por dia é o ponto comum.
Ambos os grupos buscam no acesso à cultura a sua principal fonte de educação, inspiração e entretenimento.
Disponível em: < https://exame.abril.com.br/marketing/existem-dois-tipos-millennials-muito-diferentes/>. Acesso em: 1.º/5/19.