REDAÇÃO
INSTRUÇÕES GERAIS
I. Dos cuidados gerais a serem tomados pelos candidatos:
1. Leia atentamente as propostas, escolhendo uma das três para sua prova de Redação.
2. Escreva, na primeira linha do formulário de redação, o número da proposta escolhida. A colocação de um título é optativa, a não ser quando expressamente solicitada.
3. Redija seu texto a tinta (em preto).
4. Apresente o texto redigido com letra legível (cursiva ou de forma), em padrão estético conveniente (margens, paragrafação etc.).
5. Não coloque o seu nome na folha de redação.
6. Tenha como padrão básico o mínimo de 30 (trinta) linhas.
II. Da elaboração da redação:
1. Atenda, com cuidado, em todos os seus aspectos, à proposta escolhida. Às redações que não atenderem à proposta (adequação ao tema e ao tipo de composição) será atribuída nota zero.
2. Empregue nível de linguagem apropriado à sua escolha.
3. Estruture seu texto utilizando recursos gramaticais e vocabulário adequados. Lembre-se de que o uso correto de pronomes e de conjunções mantém a coesão textual.
4. Seja claro e coerente na exposição de suas idéias.
III. Das propostas:
DISSERTAÇÃO I
O texto que segue apresenta resultado de estudo divulgado recentemente. Leia o texto com atenção. Em seguida, elabore uma DISSERTAÇÃO na qual, de modo claro e coerente, apresentará suas ideias sobre caminhos que podem contribuir para que os brasileiros superem os desafios de uma participação cidadã.
Estudo sobre o Índice de Participação Cidadã das Américas avaliou sete países da região − Brasil, EUA, Chile, Venezuela, Colômbia, Guatemala, México − e aponta que a violência perpetrada por atores estatais e não estatais afeta o engajamento popular e a percepção da população sobre o exercício da cidadania.
O estudo revela que, embora a confiança nas instituições democráticas seja, em geral, baixa nesses países, os níveis de participação popular têm aumentado nas Américas, e a atuação em manifestações e em petições atingiu seu maior grau nos últimos dez anos.
Para elaboração do índice, foram avaliados três grupos de questões: a existência de condições legais e sociais para a participação cidadã; o modo como essa participação acontece na prática; e a percepção da população sobre o exercício da cidadania. Liberdade de expressão, eleições, igualdade de gênero e índices de violência foram alguns dos 22 indicadores analisados. A novidade nesse atual trabalho de construção de índices foi introduzir questões sobre o empoderamento: se a pessoa não se sente capaz de produzir impacto sobre o governo e a comunidade, isso condiciona suas atitudes e suas ações na sociedade civil. Acredita-se que índices que meçam a democracia e a participação cidadã são elementos fundamentais para a consolidação de uma democracia de qualidade.
No índice geral, o Brasil aparece em 5o lugar, evidenciando significativo desequilíbrio entre a já existência de leis e instituições conducentes à participação popular e a percepção do engajamento por parte da população.
No quesito liberdade de expressão, por exemplo, o Brasil apresenta proteções legais similares às dos demais países analisados, sendo que o exercício dessa liberdade por meio da mídia e da participação em petições fica acima da média. Porém, o país tem o pior índice de percepção de liberdade de expressão dentre os sete países. Apenas 31,6% dos brasileiros sentem que a liberdade de expressão é total e justamente exercida − nos demais países, esse índice fica entre 43,6% e 61,5%.
Contribuem para essa percepção distorcida a baixa confiança da população na polícia e no Poder Judiciário e o uso excessivo da força para repressão de manifestações, o que rebaixa a posição do país. A pesquisa revela que populações rurais e indígenas que fazem campanha pelo direito à terra e por acesso aos recursos naturais enfrentam assassinatos, ameaças e ataques, e relatórios recentes mostram que o governo tem usado força excessiva para suprimir manifestações não violentas. Outros pontos negativos para o Brasil são a baixa participação feminina em cargos eletivos (em outra classificação, entre 191 nações, o Brasil ocupa o 155o lugar em representação feminina no Legislativo) e o fato de os cidadãos terem um baixo grau de confiança nas instituições governamentais.
(Adaptado de: VILA-NOVA, Carolina. Folha de S. Paulo, 15.03.2018)
DISSERTAÇÃO II
Leia atentamente o texto abaixo.
É corrente a opinião de que, para os jovens de hoje, os tradicionais partidos políticos já não teriam muito o que dizer. A juventude estaria mais interessada em movimentos mais definidos, em causas e reivindicações mais específicas. É como muitos analisam os fatos recentes: certas manifestações de rua e certas postagens nas redes sociais parecem ignorar os caminhos da política partidária, buscando novas formas de participação na vida social.
Posicione-se diante da questão tratada no texto acima, redigindo uma DISSERTAÇÃO na qual você se valerá de argumentos claros e bem apresentados.