Fonética e Fonologia
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Fonética e Fonologia estudam os sons da fala. A Fonética estuda os sons presentes na fala. A Fonologia estuda os padrões de som em linguagens específicas. Fonética e Fonologia constituem uma das partes da Gramática e são ramos complementares da linguística.
O ser humano é capaz de se comunicar por meio de sons, por meio da voz. Esses sons têm origem na camada de ar que é expelida pelos pulmões e que percorre o que chamamos de aparelho fonador.
O estudo dos sons da fala se chama Fonética. Fonologia estuda os fonemas.
Quando falamos, emitimos sons (via oral); esses sons, que se ajuntam para formar uma palavra, chamam-se fonemas. No Português do Brasil existem perto de 33 fonemas. A representação gráfica dos fonemas, para diferir das letras, faz-se entre barras. De uma forma menos teórica, é possível dizer que um fonema é um som mínimo que se agrega a outros para produzir uma palavra falada.
Todo fonema vem representado entre barras oblíquas.
Exemplos:
/a/, /b/, /m/ etc.
O ALFABETO (conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa)
As letras K, W e Y passaram a fazer parte do alfabeto da língua portuguesa, que agora conta com 26 letras, cada uma com uma forma maiúscula e outra minúscula:
Forma minúscula | Forma maiúscula |
a | A |
b | B |
c | C |
d | D |
e | E |
f | F |
g | G |
h | H |
i | I |
j | J |
k | K |
l | L |
m | M |
n | N |
o | O |
p | P |
q | Q |
r | R |
s | S |
t | T |
u | U |
v | V |
w | W |
x | X |
y | Y |
z | Z |
Além dessas letras, usam-se o ç e os dígrafos rr, ss, ch, lh, nh, gu e qu.
As letras k, w e y passaram oficialmente a fazer parte do alfabeto da língua portuguesa. No entanto, seu uso não deve substituir as formas já adaptadas ao português. Não é permitido, por exemplo, escrever "kilo" no lugar de "quilo".
O uso das letras k, w e y ocorre nos seguintes casos:
a) Nomes próprios de pessoas em línguas estrangeiras. Exemplos: Kant, Byron, Kafka, William.
b) Nomes geográficos. Exemplos: Kuwait, Malawi.
c) Siglas, símbolos e unidades de medida de uso internacional. Exemplos: kW (kilowatt).
Nomes de países e cidades em outras línguas devem ser grafados em sua forma correspondente em português. Por exemplo: Nova Iorque. Já os nomes que não possuem versão em português, como Washington e Los Angeles, devem manter a grafia original.
Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem conservar-se em formas onomásticas da tradição bíblica, ou então, simplificar-se, como:
Baruch (o ch em hebraico é pronunciado como o j em espanhol) ou Baruc; Loth ou Lot
As consoantes finais grafadas b, c, d, g e t mantêm-se nas formas onomásticas em que o uso as consagrou: Jacob, Job, Isaac, David, Gad.
Maiúsculas e Minúsculas
A letra minúscula é usada para designar nomes de meses (janeiro, fevereiro), de estações do ano (verão, inverno) e de dias da semana (domingo, segunda-feira).
Os pontos cardeais também são escritos com letra minúscula: norte, sul, sudeste, nordeste. No entanto, suas abreviaturas são escritas em letra maiúscula: N (norte), O (oeste). Quando se utilizam pontos cardeais são utilizados para indicar uma região, eles são escritos com letra maiúscula: Nordeste (região nordeste brasileira).
O uso da letra minúscula é facultativo nos seguintes casos:
a) Citações biográficas (com exceção da primeira palavra e de termos obrigatoriamente grafados com letra maiúscula, como nomes próprios). Por exemplo, "Triste Fim de Policarpo Quaresma" é tão aceitável quanto "Triste fim de Policarpo Quaresma".
b) Formas de tratamento e reverência e nomes sagrados que designam crenças religiosas: senhor doutor Joaquim da Silva (Senhor Doutor Joaquim da Silva) e cardeal João (Cardeal João).
c) Nomes que designam cursos e disciplinas. Exemplos: Biologia ou biologia; Português ou português.
A letra maiúscula é usada:
a) em nomes próprios (reais ou fictícios): José; Branca de Neve.
b) em nomes de lugares (reais ou fictícios): Rio de Janeiro; Atlântida.
c) nomes mitológicos: Ulisses.
d) nomes que designam instituições: Instituto de Cultura de Minas Gerais
e) nomes que designam festas ou festividades: Natal; Rosh Hashaná Yom Kipur; Ramadã.
f) títulos de jornais e revistas (que devem ser sempre grafados em itálico): O Estado de São Paulo.
g) siglas e abreviaturas: OTAN; Sr.
A letra maiúscula inicial é facultativa em termos de reverência ou formas de tratamento cortês. O uso também é facultativo em inícios de versos e em termos que classificam locais públicos (rua, avenida), assim como templos e edifícios. Exemplos: Igreja ou igreja do Bonfim, sinagoga ou Sinagoga Lubavitch, palácio ou Palácio da Cultura.
FONEMAS E SUA CLASSIFICAÇÃO
Às vezes, letra e fonema se igualam na leitura. A letra t, por exemplo, sempre representará o fonema /t/, mas a letra c representa o fonema /k/. É possível, portanto, que uma palavra tenha número diferente de letras e fonemas.
Fonemas são os elementos sonoros mais simples da língua. Fonema é o som que a letra representa. Fonema é aquilo que se ouve; letra é aquilo que se vê. |
Classificação dos fonemas.
Os fonemas dividem-se em vogais e consoantes. Existem, também, os chamados semivogais. Não existem letras vogais ou consoantes. Esta classificação é atribuída aos fonemas. As letras apenas os representam na escrita.
Vogais (a, e, i, o, u): Chamam-se vogais os fonemas que se emitem livremente, sem obstrução à camada de ar expelida dos pulmões. Podem ser orais (grafados sem til, nem seguidos de m ou n) ou nasais (com til ou seguidos de m ou n, quando grafados). As vogais podem ser tônicas (proferidas com maior intensidade) ou átonas (proferidas com menos intensidade).
Exemplos:
/a/ = América; /e/ = elétrica.
Consoantes: trata-se de fonemas que só podem ser emitidos quando há a interferência de algum elemento da boca (dentes, língua, lábios); ao serem pronunciados, somam-se aos fonemas /a/ ou /e/, por isso ditos consoantes (com + soantes).
Exemplos:
/b/ = beleza; /t/ = Teresa.
Semivogais: são fonemas intermediários, nem totalmente livres (como os vogais), nem totalmente obstruídos (como os consonantais). Geralmente são o /w/, representado principalmente pelas letras o e u e o /y/, representado principalmente pelas letras e e i, quando formam sílaba com os fonemas vogais. O fonema semivogal é sempre átono, quer dizer, pronunciado com menos intensidade que o vogal com o qual forma a sílaba.
Exemplos:
a-cei-tou
Na sílaba cei, o i é pronunciado com menos força que a vogal. Na sílaba tou, o u é pronunciado com menos força que a vogal o. Esses dois fonemas, i e u, funcionam, portanto, como semivogais.
É importante saber que a classificação dos fonemas é variável. Se forem a base da sílaba, funcionam como vogal, mas se estiverem ligados a uma vogal, funcionam como semivogal.
Exemplos:
ti-me
O i é uma vogal, sendo a base da sílaba.
cai-xa
O i é uma semivogal, ligada à vogal a.
Aulas relacionadas
Sumário
- O Alfabeto- Maiúsculas e Minúsculas
- Fonemas e sua Classificação
- Dígrafos
- Dífonos
- Noção de sílaba
- Encontros Vocálicos



