Os períodos da Pré-história

Os períodos da Pré-história

Os períodos da Pré-história – que corresponde ao aparecimento do homem até o surgimento do homem – foram o Paleolítico, o Mesolítico e o Neolítico. Os períodos da Pré-História abrangem mais de 3 milhões de anos.

Idade da Pedra

Período da existência humana na Terra anterior à invenção da escrita (por volta de 4000 a.C.). Também conhecida como Idade da Pedra, é o período no qual os humanos utilizavam ferramentas e armas feitas de pedra, ainda não usavam metais.

O início da Idade de Pedra varia de região para região. Na África, esse período começou há 2.5 milhões de anos; na Ásia, há 1.8 milhões; e na Europa há 1 milhão de anos. Em áreas mais desenvolvidas como a Eurásia, o final da Idade da Pedra ocorreu entre 4000 e 3000 a.C. Nas Américas, este período começou com a chegada dos homens ao Mundo Novo, há 30.000 anos, e terminou aproximadamente em 2500 a.C.

Até 1920, a natureza e os eventos da Pré-História eram uma área de estudos da Arqueologia, mas atualmente passou para o campo de Estudos Históricos. 

AS ORIGENS DO HOMEM

Segundo os cientistas, o planeta Terra existe há quase cinco bilhões de anos, e o homem três milhões no máximo.

•  cinco bilhões de anos: surgimento da Terra
•  quatro bilhões de anos: surgimento dos seres vivos
•  500 milhões de anos: surgimento da vida nos mares
•  250 milhões de anos: surgimento de répteis (dinossauros) e primatas (ancestrais da espécie humana)

Macaco        

PRIMATA - diferenciam-se pela capacidade de usar os polegares e manter o corpo ereto; a diferença está no cérebro      

Homem

- Quatro milhões de anos: surgimento dos primeiros hominídeos (África) e Australopitecos

- Um milhão e 500 mil anos atrás: surgimento do Homo erectus (ancestral da espécie atual)

• Neandertal (Alemanha)
• Cro-Magnon (França)

- 250 mil anos: surgimento do Homo sapiens

PERÍODOS DA PRÉ-HISTÓRIA

Alguns dos mais significativos acontecimentos na história humana aconteceram durante estes períodos:

ERA PALEOLÍTICA (até 7 000 a.C.): Antiga Idade da Pedra ou o período da Pedra Lascada.

Na Era Paleolítica (termo que vem do grego: paleo = antiga + lítico = pedra) os grupos humanos primitivos viviam da coleta de frutos e raízes, bem como da caça e da pesca para as quais utilizavam instrumentos rudimentares feitos de lascas de pedras, ossos e madeira.

A diminuição dos recursos disponíveis, resultado de alterações climáticas, obrigava-os a deslocamentos constantes (nomadismo). Viviam em grutas e cavernas, copas de árvores e tendas feitas com galhos ou peles de animais. Deixaram nas cavernas pinturas e inscrições que registram seu cotidiano e suas crenças (arte rupestre).

O parentesco era o vínculo principal entre os vários grupos sociais que eram compostos por 30 a 50 membros. A força física e o conhecimento de técnicas de sobrevivência eram elementos fundamentais para determinar a liderança dos agrupamentos.

ERA NEOLÍTICA (10.000 a.C. - 4.000 a.C.): Nova Idade da Pedra ou Idade da Pedra Polida.

Com o fim da Era das Glaciações, há dez mil anos, a Terra começou a adquirir as suas características atuais. As regiões temperadas tornaram-se mais quentes e as mediterrâneas mais secas. Nas regiões temperadas da Europa surgiram as florestas. Migrações provocadas por alterações climáticas levaram ao povoamento da América e da Austrália.

Estavam criadas as condições que deram origem à grande revolução da Pré-História - chamada por antropólogos de Revolução Agrícola ou Neolítica. Em volta de 7000 a.C. alguns grupos tornaram-se sedentários; pararam de vagar para procurar alimento, assentando-se.

O homem começou o cultivo de cereais e a domesticação de ovelhas e gado, abandonando a vida de caçador e coletor.  Na era anterior, os caçadores eram os provedores do sustento da comunidade, seus defensores naturais e líderes. A descoberta do fogo, por exemplo, permitiu melhor aquecimento, defesa e alimentação, aumentando, assim, suas condições de sobrevivência.

Os instrumentos ainda eram feitos de pedras ou ossos, mas passaram a ser polidos (Idade da Pedra Polida), tornando-se mais eficientes. Esta descoberta levou também ao aprimoramento das armas. Foi somente a partir do final do Neolítico (5.000-4.000 a.C.) que o homem passou a utilizar metais moles como o cobre, que podiam ser trabalhados a frio.

O desenvolvimento agrícola modificou o modus vivendi do ser humano, levando-o a buscar locais adequados para a agricultura, instalando ao seu redor comunidades. Esta transformação no estilo de viver disseminou a Revolução Neolítica (também chamada de Revolução Agrícola), beneficiada pela invenção do arado, instrumento responsável pelo aumento da produtividade agrícola. Fatores como água, solo fértil, proteção natural contra enchentes e a presença de materiais que poderiam ser usados para construção eram levados em consideração para a implantação de uma comunidade agrícola.

Não havia distinção social entre os membros de um grupo: todos trabalhavam e os produtos eram distribuídos igualmente. O único tipo de divisão de trabalho era determinado pelo sexo: as mulheres teciam, cuidavam das plantações e faziam pequenos cestos, enquanto os homens cuidavam dos animais e construíam casas, caçavam e pescavam.

As primeiras consequências da Revolução Agrícola foram:

- crescimento demográfico

- organização político-social mais complexa à medida que a população crescia:

a) surgimento dos clãs (grupos familiares - tribos)

b) surgimento de povoados que podem ser descritos como vilarejos ou cidades

Quando os agricultores passaram a produzir o suficiente para sustentar a comunidade, a divisão de trabalho entre os membros da comunidade tornou-se mais definida. Surgiram os artesãos, o escambo (troca de um objeto pelo outro) e o comércio.

Nesse período, graças ao aprimoramento das técnicas de fundição registrou-se o aumento do uso de metais mais resistentes como o ferro. Como resultado, as armas foram sendo aperfeiçoadas levando, cada vez mais, a uma relação de dominação entre os homens. Aqueles que detinham melhores recursos conseguiam impor-se aos demais.

As mudanças nas sociedades primitivas ocorreram de maneira independente em diversas partes do mundo.

Foram registradas inicialmente e de maneira mais significativa em sociedades do Oriente Próximo, China, América Central e Peru.

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