Imperialismo na África
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Imperalismo na África
O imperialismo na África ocorreu durante o século XIX. O primeiro evento de imperialismo na África ocorreu entre 1830 e 1857, quando os franceses conquistaram a Argélia. No início do século XX, os europeus dominavam mais de 90% do território africano.
Em meados do século XIX, 90% da África ainda era dominada pelos africanos. Mas comerciantes, missionários e exploradores europeus já haviam aberto o caminho para a colonização estrangeira do continente. Diversas nações europeias haviam fixado postos e colônias ao longo da costa africana, e agora reivindicavam território no interior. Em 1914, apenas duas nações africanas - Etiópia e Libéria - permaneciam livres do domínio europeu.
A Conferência de Berlim
Até o início da década de 1870, apenas Grã-Bretanha e França haviam demonstrado interesse na África. Na década seguinte, outros poderes europeus buscaram conquistar território africano. O primeiro dos novos colonizadores foi o rei da Bélgica, Leopoldo II, que reivindicou a enorme bacia do Rio Congo como posse pessoal em 1884. A Alemanha declarou protetorados sobre quatro territórios africanos nos anos 1884-1885.
Para evitar conflitos territórios na África, a Alemanha organizou a Conferência de Berlim de 1884-1885. Doze nações europeias, além do Império Otomano e dos Estados Unidos, compareceram. Os povos da África, cujo futuro deveria ser decidido, não tinham representantes na conferência.
Rio Niger
Os representantes decidiram que deveria haver livre comércio e tráfego em ambos os rios Níger e Congo. Eles também concordaram que as nações colonizadoras tinham que tomar posse de um território na África antes de reivindicá-lo como sua colônia, e que as nações imperialistas iriam unir forças se o povo africano resistisse a sua colonização. A Conferência de Berlim facilitou a tomada da África pelos poderes europeus, evitando conflitos entre eles.
África Ocidental
O imperialismo europeu na África era fruto de rivalidade nacional, competição econômica e racismo. Na África ocidental, o desejo de proteger o comércio externo era o fator mais importante.
A expansão francesa ao longo da África Ocidental fazia parte de um grandioso sonho de controlar territórios de costa a costa, por todo o continente. O governo francês reivindicava todo o território entre o Senegal e a Argélia. Após muita resistência africana, os franceses conseguiram tomar o Tombuctu (por vezes escrita Timbuktu) em 1894. Eles também anexaram partes da costa, onde os comerciantes franceses estavam em atividade há anos.
O maior forte oponente dos colonizadores franceses foi o império de Samory Touré que construiu um poderoso estado no alto do Rio Níger na década de 1870. Samory, que havia comprado armas de comerciantes europeus, declarou seu império um estado muçulmano e ordenou que todos seus súditos adotassem a religião islâmica.
Samory Touré
Os exércitos de Samory eram os mais poderosos da África Ocidental e conseguiam consertar rifles e até produzir novas armas. Eles enfrentaram os franceses durante 20 anos, até que Samory foi capturado em 1898.
A derrota de Samory rendeu aos franceses o controle sobre a maior parte do interior da África Ocidental, mas muito desse território era seco e pouco povoado. Por outro lado, os britânicos conquistaram territórios menores, mas muito mais valiosos na África Ocidental.
Os britânicos conquistaram território da Costa do Ouro no século XIX. O interior era governado pelos poderosos Ashanti. Os britânicos lutaram quatro guerras contra este povo entre 1824 e 1874, incendiando duas vezes a capital Ashanti, Kumasi. Em 1896 os britânicos capturaram Kumasi novamente, e desta vez declararam o reino como um protetorado.
Contudo, a resistência dos Ashanti não terminou. Em 1900, o governo britânico exigiu a rendição do trono de ouro, o símbolo real Ashanti. Os Ashanti revoltaram-se e aprisionaram o governante, os missionários e os soldados britânicos. Tropas britânicas foram enviadas para esmagar a rebelião, e centenas de pessoas morreram na guerra, que durou um ano. Com forças superiores, os britânicos foram capazes de retomar o controle.
A superioridade militar britânica também resultou na conquista de sua mais importante colônia na África Ocidental, a Nigéria. Os pequenos estados comerciais do delta do Rio Níger foram conquistados no final do século XIX. Em 1902-1903, os britânicos derrotaram o Califado de Sokoto e em 1914, a Grã-Bretanha uniu os povos do norte e sul em uma só colônia nigeriana.
O Nordeste da África
No nordeste da África, o objetivo principal dos europeus era proteger a rota marítima para a Índia britânica. A abertura do Canal de Suez em 1869, que abriu um atalho para a Índia, fez do Egito um lugar de grande importância para a Grã-Bretanha.
Canal de Suez
A construção do canal serviu para endividar o Egito com os bancos europeus. A situação se agravou após a Guerra Civil nos Estados Unidos. Grandes exportações de algodão dos Estados Unidos causaram uma queda nos preços mundiais, prejudicando a indústria de algodão egípcia.
Em 1875, o governo egípcio estava próximo da ruína financeira. Aceitando uma proposta dos britânicos, os egípcios venderam suas ações na Companhia Universal do Canal Marítimo de Suez. O Egito também foi obrigado a aceitar que administrações britânica e francesa controlassem suas finanças. Quando nacionalistas egípcios tomaram controle do governo, a Grã-Bretanha invadiu o país, e em 1882 dominava o país.
A Grã-Bretanha buscou expandir-se mais em direção ao sul. Para proteger o Egito, os britânicos decidiram tomar posse de terras ao redor da fonte do Rio Nilo. Em um acordo assinado em 1890, a Alemanha deixou a Grã-Bretanha tomar controle de territórios ao longo do Lago Vitória. Em troca, a Alemanha obteve áreas que se tornariam a África Oriental Alemã.
Obter controle do restante do vale do Rio Nilo provou-se mais difícil. Um ano antes de Grã-Bretanha ocupar o Egito, um líder religioso muçulmano conhecido como Mahdi ("O Guiado") havia liderado uma revolta contra tropas egípcias no Sudão. A revolta prosseguiu após a tomada britânica do Egito. Em 1885, o forte britânico em Cartum foi devastado pelos seguidores de Mahdi. O Sudão permaneceu independente pelos próximos 13 anos.
Em 1896, preocupados com o interesse francês e belga no Sudão, os britânicos decidiram reconquistar o país. Eles enviaram soldados ao longo do Rio Nilo, construindo uma ferrovia à medida que seguiam. Em Omdurman, em 1898, um exército egípcio-britânico liderado pelo general H.H. Kitchener encontrou o exército sudanês. As metralhadoras britânicas acabaram com os atacantes, matando mais de 10.000 sudaneses ao custo de apenas 28 soldados britânicos.
Batalha de Omdurman
À medida que as tropas de Kitchener seguiam para o sul, uma expedição francesa seguia em direção ao leste para reivindicar territórios a oeste do Nilo. Algumas semanas após a Batalha de Omdurman, estes dois grupos encontraram-se em Fachoda. Durante um certo tempo, França e Grã-Bretanha pareciam estar à beira de uma guerra, mas o Incidente de Fachoda foi resolvido com diplomacia. O governo francês, já com problemas por causa do escândalo do Caso Dreyfus, desistiu de suas exigências pelas terras ao longo do Nilo.
O Sul da África
No sul da África, minerais valiosos atraíram o imperialismo europeu. Diamantes foram encontrados próximo ao Rio Orange em 1867, e brancos e negros seguiram em massa para a região em busca de riquezas. Em cerca de um ano, a cidade de Kimberley, onde havia campos de diamante, havia se tornado a segunda maior cidade no sul da África. Apesar de protestos dos africânderes (também chamados de bôeres) - como os descendentes dos colonizadores holandeses chamam-se hoje - a Grã-Bretanha anexou a área, que é hoje parte da Colônia do Cabo.
Quando foi encontrado ouro no Transvaal, em 1886, muitos mineradores de língua inglesa migraram para a cidade de Joanesburgo. O Transvaal era difícil de ser anexado pela Grã-Bretanha. Contudo, os britânicos bloquearam a rota dos africânderes para o mar. Eles anexaram a Bechuanalândia e formaram o estado africano de Basutolândia para evitar futuras expansões dos africânderes.
As Rodésias
Cecil Rhodes, um colonizador britânico no Cabo que havia conquistado grandes riquezas nos campos de diamante e ouro, exigiu que a Grã-Bretanha reivindicasse as terras ao norte do Transvaal. Rhodes sonhava em expandir sua ferrovia da Companhia Britânica da África do Sul, da Cidade do Cabo ao Cairo, no Egito. Em 1890, ele planejou uma "Coluna Pioneira" de colonos brancos para as férteis regiões montanhosas posteriormente chamadas de Rodésias.
Cecil Rhodes
Os brancos foram quase derrotados por uma grande rebelião dos Ndebele em 1896-1897. Mas munidos de armas automáticas, os colonizadores foram vitoriosos. O clima ameno da Rodésia do Sul e as minas de cobre na Rodésia do Norte atraíram mais colonizadores da Grã-Bretanha.
Determinados a separar-se da influência britânica, as repúblicas africânderes finalmente foram à guerra contra a Grã-Bretanha em 1899, na Guerra Sul-Africana (como os britânicos chamavam os africanos de Bôers, esta guerra também é conhecida como a Guerra dos Bôeres). Após perder diversas batalhas-chave, os africânderes adotaram táticas de guerrilha. A batalha sangrenta seguiu por mais três anos. Em 1902, finalmente os africânderes se renderam.
A União da África do Sul
Em 1910, o governo britânico uniu as colônias britânicas e africânderes em um Domínio chamado União da África do Sul. A desigualdade racial existiu nesse novo Estado desde sua fundação; somente homens brancos poderiam votar, apesar de constituírem apenas um quinto da população. Os brancos também possuíam a maior parte das terras e administravam todas as minas e fábricas. Apesar de suas diferenças, colonos britânicos e africânderes trabalhavam juntos para manter os africanos sob controle dos brancos.
A Independência da Etiópia
A Etiópia foi o único país africano que resistiu com sucesso ao imperialismo europeu. Em 1873, a Itália adquiriu um porto na costa do Mar Vermelho da Etiópia e usou-o como uma base para estabelecer colônias.
Em 1889, o imperador da Etiópia, Menelik II, assinou um tratado com a Itália cedendo território aos italianos em troca de armas e apoio. A Itália imediatamente reivindicou o direito de fazer da Etiópia um protetorado. Os britânicos apoiaram as reivindicações italianas, e as duas nações entraram em acordo sobre como iriam dividir o que foi chamado de "África Oriental Italiana". O imperador Menelik, porém, proclamou a independência da Etiópia. Com apoio da França, os etíopes prepararam-se para uma invasão italiana.
Em 1 de março de 1896, os italianos atacaram. Em Adwa, eles encontraram um exército etíope portando armamento europeu moderno. Em minoria de um italiano para quatro etíopes, os italianos sofreram uma derrota esmagadora. As nações europeias, impressionadas com a vitória da Etiópia, concordaram em reconhecer a independência do país. Com exceção da Libéria, a Etiópia era o único país da África que não estava sob domínio europeu.
Mesmo com tantas regiões do continente africano dividas entre os poderes coloniais, a resistência africana ao domínio estrangeiro nunca realmente terminou, e apenas mudou de forma à medida que as guerrilhas transformaram-se em rebeliões dispersas.
O Continente Antes de sua Repartição
Mudanças drásticas ocorreram na África desde o século XVIII até o início do século XX. Novos impérios se desenvolveram, e muitos estados antigos foram expandidos. O comércio de escravos pelo Atlântico chegou ao fim, porém outras formas de comércio surgiram. Missionários e exploradores, assim como comerciantes, vieram ao continente africano. Também foram estabelecidas as primeiras colônias europeias na África.
Novos Estados Africanos
No final do século XVIII, surgiram novos estados na África Ocidental, que dependiam do comércio através do Saara. Os novos estados foram formados por líderes muçulmanos que queriam fortalecer o islamismo e espalhar a religião entre os não muçulmanos.
Usman dan Fodio
O maior dos estados muçulmanos era o Califado de Sokoto, que hoje conhecemos como o norte da Nigéria. Seu líder era Usman dan Fodio, um pregador muçulmano e líder do povo Fulani. Em 1804, ele pediu por um jihad - guerra santa islâmica - para purificar o islã entre os povos Hausa e Fulani. Dentro de cinco anos, Usman havia deposto as antigas famílias governantes e uniu diversos pequenos reinos no maior império da África Ocidental. O Califado de Sokoto tornou-se posteriormente um importante centro de educação.
No sul da África, o poderoso reino Zulu foi criado no século XIX pelo rei Shaka Zulu. Usando novos tipos de lanças, o exército bem treinado de Shaka Zulu venceu várias batalhas, e em 1819, governava grande parte do sudeste do continente.
Após chegar ao poder, Shaka Zulu criou uma nova nação. Todos os jovens alistaram-se às unidades militares onde aprendiam a lutar e a ter orgulho de ser um zulu. Apesar de Shaka Zulu ter sido morto em 1828, o Zulu continuou sendo uma nação unida e poderosa.
Enquanto isso, estados antigos reformaram-se e expandiram-se durante o início do século XIX. O Egito retornou ao domínio otomano após a retirada das tropas de Napoleão. Sob a liderança de Mehmet Ali, que governou de 1805 a 1849, o Egito ganhou um grau significativo de independência. Ali trabalhou para modernizar e fortalecer seu país. O exército, a educação e a economia foram todos reformados, e o avanço da irrigação elevou a produção de algodão, açúcar e grãos. Novas construções foram feitas no Cairo e em outras cidades. O Egito estendeu seu controle ao sul africano em direção ao Sudão Oriental, que se tornou uma colônia egípcia. Sob a administração do neto de Ali, Ismael, foi construído o Canal de Suez ligando os mares Vermelho e Mediterrâneo.
O Comércio Africano em Expansão
Durante o século XIX, o comércio de escravos africanos decaiu, à medida que mais e mais países europeus proibiam a prática. Para substituir esse comércio perdido, os africanos ofereceram novas exportações para suprir a crescente necessidade da Europa industrial.
Na África Ocidental, o azeite de dendê havia sido uma exportação importante mesmo antes do declínio do comércio de escravos. Comerciantes compravam o azeite para alimentar os escravos que transportavam. Após 1800, a Grã-Bretanha importou quantidades crescentes de azeite de dendê para a fabricação de vela, sabonete e óleo lubrificante.
Outras regiões da África Ocidental também participaram do comércio de azeite de dendê. Em troca pelas exportações, os africanos recebiam tecidos de algodão, armas, sal e outros bens das fábricas e minas europeias. Em 1850, o valor do comércio entre Europa Ocidental e África Ocidental era seis ou sete vezes maior do que havia sido em 1820.
Na região oriental da África, uma expansão do antigo comércio de marfim atraiu muitos navios europeus e norte-americanos. O centro do comércio de marfim era a ilha de Zanzibar, na costa oriental da África.
Com a ajuda de comerciantes africanos, caravanas vindas do Zanzibar buscavam marfim. Parte do produto era comprado ou roubado de africanos locais, mas os comerciantes de caravana também utilizavam poderosos rifles europeus para caçar elefantes para obter marfim.
A Presença Estrangeira na África
Os comerciantes não eram os únicos viajantes estrangeiros na África. Colonos, missionários e exploradores também imigraram para o continente.
A colônia de Serra Leoa foi fundada em 1787 por negros que voltavam livres para a África, vindos da América do Norte e Grã-Bretanha. A Libéria foi estabelecida em 1820 por ex-escravos norte-americanos. Mas nenhuma das colônias atraiu tantos colonos como seus fundadores esperavam. Contudo, Serra Leoa tornou-se importante a partir de 1808, quando a Grã-Bretanha fez do país sua base para patrulhas contra o comércio de escravos. Durante os 60 anos seguintes, 130.000 africanos foram resgatados dos navios negreiros e enviados para Serra Leoa. Missionários europeus também vieram à colônia para trabalhar com esses colonizadores.
Enquanto isso, a Libéria tornou-se a primeira república da África em 1847. Os líderes da nação criaram um governo baseado no governo dos Estados Unidos. Apesar de serem minoria em relação aos nativos africanos, os colonizadores norte-americanos detinham o poder político e econômico no país.
Durante o século XIX, as igrejas cristãs estabeleceram estações que ofereciam aos africanos, educação e tratamento médico, assim como introdução ao cristianismo. Muitos missionários escreveram relatos sobre suas experiências. Suas descrições dessas regiões desconhecidas geraram curiosidade sobre a África no Ocidente.
Essa curiosidade, assim como uma avidez para encontrar novos mercados para os bens ocidentais, levou a grandes explorações na África. Homens e mulheres corajosos viajavam por partes do continente que nunca haviam sido exploradas por Ocidentais. Os grandes rios da África atraíam interesse especial, pois ofereciam rotas de comércio para o interior do continente.
O interesse pela África alcançou seu ápice durante as viagens de um missionário médico escocês chamado David Livingstone (1813-73). Livingstone iniciou seu trabalho no sul da África, mas logo prosseguiu para o norte. Ele viajou ao longo do rio Zambeze e do alto rio Congo, escrevendo relatos de sua jornada para os leitores na Inglaterra. Entre as descobertas de Livingstone estavam as gigantes cataratas do Rio Zambeze, que chamou de Cataratas Vitória em homenagem à rainha britânica.
Rio Zambeze
Enquanto explorava a África central, Livingstone esteve fora de contato com o mundo exterior por aproximadamente cinco anos. Em 1871, um jornalista norte-americano chamado Henry M. Stanley, deu início a uma busca por Livingstone. Após quase oito meses de viagem, Stanley encontrou-o em uma cidade mercante no Lago Tanganica, chamada Ujiji. Os cumprimentos de Stanley foram: "Dr. Livingstone, eu presumo?" Essa se tornou uma das frases mais famosas na história das explorações.
David Livingstone e Henry M. Stanley
Livingstone esperava que seu trabalho pudesse expor os horrores do comércio de escravos e trazer missionários a novas regiões da África. Outros missionários seguiram seus passos e estabeleceram estações. Porém, Stanley tinha intenções bastante diferentes: ele usou armas para forçar seu caminho pelo Rio Congo em direção ao Atlântico. Então ele foi trabalhar para o rei Leopoldo II da Bélgica, que usou as explorações de Stanley para reivindicar a bacia do Congo.
As Primeiras Colonizações na África
Antes de 1880, apenas algumas colônias pequenas foram estabelecidas na África. Exceto por alguns postos comerciais e pelas colônias de negros de Serra Leoa e Libéria, apenas as bordas do norte e sul do continente ficaram sob domínio estrangeiro.
Em 1652, a Companhia Holandesa das Índias Orientais estabeleceu um posto de reabastecimento no Cabo da Boa Esperança. Navios holandeses em seu caminho para a Ásia paravam no posto para comprar água e outros suprimentos. Alguns agricultores holandeses começaram a se estabelecer no posto de suprimento, que se tornou uma colônia chamada de Colônia do Cabo.
À medida que os agricultores holandeses seguiam para o interior africano em busca de mais território, eles entravam em conflito com o povo khoisan que mantinha rebanhos de ovelha e gado. Os holandeses exigiram terras e mão de obra dos khoisan, e em 1658, os dois povos estavam em guerra. Os khoisan foram obrigados a fugir para o árduo Deserto do Kalahari ou trabalhar como operários para os holandeses.
Durante as Guerras Napoleônicas, os holandeses perderam a Colônia do Cabo para a Grã-Bretanha. O domínio britânico, que teve início em 1806, afetou o povo da colônia de diversas formas. O governante britânico proibiu futuras expansões para evitar conflitos com os poderosos estados africanos a nordeste. Em 1834, o governo britânico acabou com a escravidão em suas posses, o que libertou os muitos escravos dos colonos holandeses. Finalmente, os britânicos criaram regras para regulamentar as relações entre os colonizadores e seus servos africanos. Essas novas leis permitiram que os africanos fizessem reclamações contra seus chefes e que fizessem queixas aos tribunais.
Ressentindo o domínio britânico, muitos holandeses buscaram maneiras de escapar dele. Entre 1835 e 1845, aproximadamente 14.000 fazendeiros holandeses cruzaram a fronteira a nordeste do Cabo Orange. Eles levaram consigo tudo que possuíam, incluindo escravos e servos africanos. Pouco tempo depois, esses migrantes entraram nos territórios africanos. Primeiramente eles encontraram e derrotaram os Ndebele. Em 1838, um grupo de migrantes sob a liderança de Andreas Pretorius entraram em território zulu. Primeiramente o Rei Dingane, o meio-irmão de Shaka, tratou os migrantes com respeito, pois temia seus armamentos. Mas num ataque surpresa zulu, Pretorius e outros migrantes foram mortos. Os migrantes se uniram para lutar contra os zulus. No fim de 1838, eles derrotaram os zulus numa batalha nas margens de um rio que passou a ser conhecido como Blood River ou Rio Sangrento. O rio recebeu esse nome, pois se afirma que ele ficou vermelho devido a tanto sangue zulu derramado nele.
A maioria dos migrantes se estabeleceu em um planalto interno, criando o Estado Livre de Orange e a República do Transvaal.
Os Franceses no Norte da África
As únicas outras colonizações europeias na África antes de 1850 ocorreram ao longo da costa do norte da África. Essa região, chamada de Costa da Barbária, era formada pelo que hoje conhecemos como Marrocos, Tunísia, Argélia e Líbia. O Marrocos era um reino independente, enquanto os outros três eram parte do Império Otomano. Estas terras haviam sido habitadas durante séculos por berberes muçulmanos e árabes.
A França teve uma disputa financeira com o governante da Argélia e usou esse conflito para invadir o país em 1830. Inicialmente, os franceses encontraram forte resistência do povo argelino. Após uma guerra longa e brutal, a França ganhou o controle da Argélia em 1848. Posteriormente, a Tunísia e o Marrocos tornaram-se protetorados franceses. Protetorados são nações oficialmente independentes, mas cujas políticas são guiadas por um poder estrangeiro.
O Domínio Europeu da África
Por volta de 1900, quase todo o continente africano era dominado por europeus. Os colonizadores reformularam a tradicional sociedade africana - simultaneamente prejudicando e beneficiando os nativos.
A forma de governo colonial mais comum era o domínio direto, na qual os colonizadores exerciam controle absoluto sobre governos locais. França, Alemanha, Bélgica e Portugal adotaram esse modelo de governo colonial, substituindo os líderes africanos por seus próprios governantes e impondo leis baseadas nos moldes europeus.
Os franceses acreditavam que os africanos poderiam ser assimilados, isto é, absorvidos pela cultura francesa. A França desejava substituir a cultura africana pela francesa: os nativos adotariam a língua e o sistema educacional, governamental e legislativo francês. O governo da França também tinha a intenção de que suas posses na África se tornassem províncias e não apenas colônias francesas.
No Senegal, por exemplo, alguns nativos eram considerados franceses ao nascer. Outros africanos tornaram-se cidadãos franceses ao cumprir requisitos como aprender a língua francesa e trabalhar na administração local da colônia.
A Grã-Bretanha, diferente de outros poderes imperiais, praticava o domínio indireto ao usar africanos para administrar as atividades locais do dia a dia. Essa política de colonização permitiu que alguns nativos participassem do governo colonial. Nas colônias britânicas, o chefe local africano permanecia como a figura de autoridade e continuava a lidar com os problemas da comunidade de maneira tradicional. Porém, era o principal oficial do governo britânico na colônia que impunha a lei britânica e assegurava que o chefe local coletava os impostos e fornecia trabalhadores africanos para os colonizadores.
A Grã-Bretanha afirmava que o domínio indireto era uma forma de preparar os africanos para governar a si próprios. O uso de líderes nativos nas administrações locais permitiu que os britânicos controlassem um número maior de colônias.
Domínio Econômico Europeu da África
Os poderes europeus esperavam que suas colônias fossem lucrativas. Cada colônia tinha que produzir riqueza suficiente para pagar pelo custo de sua administração local e compensar investidores estrangeiros e o governo imperialista que a colonizava.
A exportação de matéria-prima e safras para a Europa constituía a maior parte da riqueza africana durante o período de domínio europeu. Havia grandes plantações de seringueiras na África Oriental Alemã e no Congo. Existiam também depósitos de ouro e diamante no sul da África. Grandes fazendas produziam algodão e outras safras como o cacau que era usado para a produção de chocolate.
Nas colônias africanas, as terras pertenciam aos colonizadores brancos, mas eram os negros que eram forçados a trabalhar nelas. Como as plantações normalmente precisavam de mais mão de obra que a região poderia fornecer, colonizadores recrutavam trabalhadores de outras regiões da África.
Os impostos locais eram uma outra fonte de riqueza para os colonizadores. Africanos que não pagassem os impostos exigidos pela administração colonial eram multados e presos. Os europeus controlavam todas as empresas e cargos do governo, e relegavam os africanos a trabalhar como agricultores e mineradores.
Africanos no garimpo
Alguns africanos protestaram publicamente contra o sistema de impostos. Em 1898, o governo britânico impôs uma taxa sobre a residência das pessoas de Serra Leoa. Enfurecidos com esse novo imposto e também com os insultos e maus tratos da polícia, o povo da colônia rebelou. Muitos africanos e europeus morreram durante essa rebelião.
O abuso dos colonizadores europeus era uma realidade na vida dos trabalhadores africanos das colônias. Para aumentar a produção de algodão na África Oriental Alemã (hoje Tanzânia), os europeus obrigavam os africanos a trabalhar arduamente nas lavouras. Em 1905, muitos trabalhadores dessas plantações revoltaram-se na Rebelião de Maji Maji. Convencidos de que ao beber uma mistura de grãos e água (maji), eles seriam protegidos das balas europeias, os nativos enfrentaram as metralhadoras alemãs. Mais de 100.000 africanos morreram na batalha e durante a subsequente fome que atingiu a colônia.
Provavelmente o pior tratamento aos trabalhadores africanos ocorreu na região conhecida como o Estado Livre do Congo (hoje Zaire). Esse enorme território tornou-se a colônia particular do Rei Leopoldo II da Bélgica após a Conferência de Berlim.
Os governantes locais da colônia belga eram obrigados a enviar membros de seu povo para trabalhar como escravos em minas e plantações de seringueira. A quantidade de trabalho que cada nativo era obrigado a realizar era absurdamente alta, e os africanos apanhavam, eram mutilados e até mortos caso não produzissem o suficiente.
Com o passar do tempo, o mundo exterior tomou conhecimento das horríveis condições de vida e trabalho no Congo. Pressão internacional obrigou o Rei Leopoldo II a passar a administração de sua colônia para o governo belga em 1908. As condições no Congo melhoraram, porém apenas superficialmente, pois o povo local continuava a ser escravizado.
As Consequências da Colonização sobre a Vida Africana
Os exploradores, missionários e oficiais coloniais europeus frequentemente consideravam os africanos como povos primitivos, incapazes de administrar seu território ou suas próprias vidas. Esta crença levou os europeus a praticarem o paternalismo - a política de tomar conta das pessoas sem dar-lhes qualquer responsabilidade. Os europeus brancos na África consideravam os africanos de pele escura como sendo social e culturalmente inferiores. A escravidão havia alimentado estes preconceitos, mas mesmo a proibição do tráfico negreiro não acabou com esses sentimentos.
Apesar das políticas variarem de colônia a colônia, a discriminação racial era comum em todo lugar. A maioria das colônias tinha leis que separavam os africanos dos europeus. Na África do Sul, por exemplo, os africanos somente podiam entrar em casas de africânderes para trabalhar como empregados. Os africanos educados pelas missões religiosas podiam trabalhar no governo colonial, mas apenas assumindo cargos de pouca importância.
As políticas coloniais enfraqueceram a tradicional família africana e a vida comunitária dos vilarejos. Os homens eram frequentemente enviados para trabalhar longe de seus vilarejos. As mulheres também tinham que trabalhar para europeus para ajudar a cumprir o pagamento dos impostos. Poucas tinham tempo para produzir suas próprias roupas, como faziam no passado. Os africanos foram, portanto, obrigados a depender de bens manufaturados que eles compravam a crédito nas lojas de companhias europeias. Famílias inteiras se encontravam em dívida com seus empregadores.
Em muitas regiões, os trabalhadores africanos que haviam deixado suas vilas se estabeleceram em cidades superpovoadas, construídas próximas aos centros de trabalho. Doenças espalhavam-se rapidamente devido às precárias condições das cidades. A urbanização repentina levou ao aumento da criminalidade e à dissolução de laços familiares e comunitários dos nativos.
Benefícios da Colonização Europeia
Todavia, o domínio europeu trouxe benefícios para a África. Uma vez encerradas as guerras de conquista, os europeus baniram as guerras entre os povos africanos. Os poderes coloniais construíram sistemas de comunicação e ferrovias ligando portos, minas e plantações. Estes avanços criaram empregos e permitiram com que os africanos entrassem em contato com o mundo exterior. Os colonizadores do Ocidente também trouxeram a medicina moderna e o saneamento para a África, o que ajudou a melhorar a expectativa de vida dos povos africanos. Novas técnicas de cultivo introduzidas pelos europeus aumentaram a produção de alimentos no continente.
Os europeus também trouxeram melhoras educacionais para a África. O nível de alfabetização, que havia sido muito baixo, aumentava à medida que governantes e missionários construíam novas escolas. Alguns missionários compilaram dicionários de línguas africanas que nunca haviam sido escritas. Alguns africanos estudaram para tornarem-se líderes religiosos ou professores. A administração colonial francesa e britânica permitiu que os nativos aprendessem sobre as formas de governo e legislações europeias. Alguns deles foram privilegiados ao viajar para o exterior e receber uma educação universitária europeia.
Os Franceses no Norte da África
As únicas outras colonizações europeias na África antes de 1850 ocorreram ao longo da costa do norte da África. Essa região, chamada de Costa da Barbária, era formada pelo que hoje conhecemos como Marrocos, Tunísia, Argélia e Líbia. O Marrocos era um reino independente, enquanto os outros três faziam parte do Império Otomano. Estas terras haviam sido habitadas durante séculos por berberes muçulmanos e árabes.
A França teve uma disputa financeira com o governante da Argélia e usou esse conflito para invadir o país em 1830. Inicialmente, os franceses encontraram forte resistência do povo argelino. Após uma guerra longa e brutal, a França ganhou o controle da Argélia em 1848. Posteriormente, a Tunísia e o Marrocos tornaram-se protetorados franceses. Protetorados são nações oficialmente independentes, mas cujas políticas são guiadas por um poder estrangeiro.
A educação introduzida pelos europeus inspirou muitos africanos a pedir pela liberdade de seus povos do regime colonial. Assim como na Índia, nativos alfabetizados começaram a questionar por que os ideais dos ensinamentos europeus não eram postos em prática em suas próprias colônias. Os africanos perceberam que para conquistar sua liberdade, eles teriam que se igualar aos europeus. A educação tornou-se um meio para os africanos conquistarem sua independência.
Independência da África
O Nacionalismo Africano
O movimento de independência pós-Segunda Guerra Mundial também ocorreu na África. Nacionalistas africanos lutavam para que a África voltasse a ser livre de colonização, mas que o continente mantivesse as delineações territoriais e organização política das colônias estabelecidas.
A Segunda Guerra Mundial fez com que várias nações europeias perdessem interesse em suas colônias. O conflito também fomentou o nacionalismo africano, pois muitos nativos que serviram nas forças armadas durante a guerra tiveram a oportunidade de interagir com outros africanos e asiáticos que almejavam a independência de seus países.
Os movimentos nacionalistas receberam o apoio de um número crescente de africanos que trabalhavam nas cidades e municípios da África colonial. Após a guerra, esses trabalhadores urbanos realizaram uma série de greves exigindo o fim de baixos salários. Muitos eram alfabetizados, liam jornais e faziam parte de partidos nacionalistas africanos.
Os nacionalistas africanos ao sul do Saara foram encorajados pelo sucesso dos movimentos nacionalistas asiáticos e pela independência de grande parte do norte da África no início da década de 1950. Eles foram também incentivados pelos ganhos políticos e sociais obtidos pelos negros nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial.
A Costa do Ouro
No final da Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha passou a permitir que os nativos africanos participassem mais de seu governo colonial. Os britânicos presumiam que essa autonomia limitada africana facilitaria a futura independência de suas colônias. Em 1957, a colônia britânica da Costa do Ouro conquistou a sua independência.
A Costa do Ouro foi capaz de realizar uma transição calma para a independência, tendo sido auxiliada por sua riqueza econômica e forte sistema educacional. Havia pouca rivalidade entre os povos da Costa do Ouro. Portanto, esse país que foi renomeado de Gana era mais política e economicamente estável que a maioria dos outros países africanos.
O líder do movimento de independência da Costa do Ouro foi Kwame Nkrumah, que havia estudado em uma universidade norte-americana. A vitória de seu partido na eleição de 1951 elegeu-o primeiro-ministro, apesar de seu governo permanecer ainda sob a autoridade britânica.
Kwame Nkrumah
Em 6 de março de 1957, a Costa do Ouro ganhou sua total independência, e Nkrumah nomeou o país de Gana. Durante os anos seguintes, as outras colônias britânicas na África Ocidental tornaram-se independentes - a Nigéria em 1960, a Serra Leoa em 1961 e a Gâmbia em 1965.
A decisão da Grã-Bretanha de dar independência à Gana forçou a França a tomar decisões a respeito do futuro de suas colônias na África Ocidental. O presidente da França, Charles de Gaulle, deu a seguinte escolha às colônias francesas: elas poderiam obter independência parcial e serem membros de uma nova Comunidade Francesa, ou poderiam obter independência total e perder o apoio francês. Apenas a Guiné, em 1958, sob a liderança de Ahmed Sékou Touré, escolheu a independência total. No ano seguinte, porém, a Constituição da Comunidade Francesa foi modificada para permitir que as colônias francesas se tornassem totalmente independentes sem perder o apoio da França. A África Ocidental francesa foi dividida em sete nações independentes.
As outras colônias francesas na África, ao sul do Saara, tornaram-se independentes em 1960. Apenas o pequeno território de Somália Francesa escolheu permanecer sob o domínio francês. Em 1977, a Somália tornou-se independente, tendo sido nomeada de Djibouti.
O Congo Belga
O grande Congo belga conquistou sua independência em 1960. Porém, as políticas coloniais belgas haviam deixado o Congo despreparado para sua autonomia. Os líderes africanos do Congo nunca haviam recebido uma boa educação e nunca haviam exercido importantes cargos governamentais.
No final da década de 1950, surgiram protestos no Congo Belga contra o desemprego e a falta de direitos políticos. À medida que a violência crescia e os colonos brancos fugiam do Congo, o governo belga decidiu conceder independência à colônia em junho de 1960. Mas o caminho para a independência do Congo foi prejudicado por um motim no exército e uma tentativa de separação de Katanga, uma província rica em minérios.
Enfrentando uma guerra civil, Patrice Lumumba, o primeiro-ministro do novo governo do Congo, pediu ajuda às Nações Unidas e em seguida à União Soviética. Alarmado com essa política de aproximação aos soviéticos, o presidente do Congo, Joseph Kasavubu, afastou Lumumba do cargo de primeiro-ministro. As tropas da ONU entraram em Katanga, e o país sofreu anos de inquietação política e social.
Joseph Mobutu
Em 1965, o exército, liderado por Joseph Mobutu, tomou o controle do governo do Congo. Apoiado pela autoridade de uma nova Constituição, Mobutu adquiriu enorme poder como presidente. Seu novo governo restaurou os nomes africanos de cidades, de montanhas e de rios e mudou o nome do país para Zaire.
Quênia
A luta por independência também foi violenta no Quênia, uma importante colônia britânica no leste da África. Lá, os colonos brancos, que constituíam menos de 1% da população, desfrutavam de uma posição muito privilegiada. Eles exerciam grande influência no governo colonial e possuíam vastas extensões de terras nas férteis regiões montanhosas próximas ao Monte Quênia.
Os primeiros líderes de oposição africanos foram os kikuyus, o maior grupo étnico no Quênia, que também viviam próximo ao Monte Quênia. Em 1947, Jomo Kenyatta, que era kikuyu, tornou-se líder de uma grande organização nacionalista. Como muitos outros líderes negros na África, Kenyatta havia sido educado no exterior. Autor e orador talentoso, ele tornou-se muito popular entre os negros quenianos. Entretanto, os colonos brancos recusaram-se a ouvir os pedidos de reforma de Kenyatta, e a chance da implantação de reformas pacíficas no país foi perdida.
As reivindicações dos colonos por território causaram séria escassez de terra na região do Monte Quênia, agravando a pobreza de muitos kikuyus. Em 1951, alguns kikuyus formaram um movimento guerrilheiro secreto, conhecido como Mau-Mau, que começou a atacar plantações de colonos brancos. Os Mau-Mau também forçaram outros kikuyus a unirem-se ao seu movimento.
O governo britânico retaliou contra o movimento Mau-Mau. Os oficiais britânicos declararam estado de emergência no país e suspenderam muitos direitos políticos. O governo acusou Kenyatta de liderar o movimento e aprisionou-o, juntamente com milhares de outros africanos. Usando armas e tropas trazidas do exterior, os britânicos destruíram o último dos grupos guerrilheiros em 1956. Durante o conflito, menos de 100 colonos foram mortos, porém mais de 10.000 africanos perderam suas vidas.
Jomo Kenyatta
Enquanto isso, a independência no restante da África Oriental Britânica seguia adiante. Tanganica tornou-se independente sob o governo de Julius Nyerere em 1961 e a Uganda obteve a sua independência em 1962. Em 1964, Tanganica uniu-se com Zanzibar para formar a Tanzânia. O Quênia tornou-se independente em 1963, e Jomo Kenyatta ocupou o cargo de presidente do país até sua morte em 1978.
Sumário
- A Conferência de Berlim- África Ocidental
- O Nordeste da África
- O Sul da África
- As Rodésias
- A União da África do Sul
- A Independência da Etiópia
- O Continente Antes de sua Repartição
i. Novos Estados Africanos
- O Comércio Africano em Expansão
- A Presença Estrangeira na África
- As Primeiras Colonizações na África
i. Os Franceses no Norte da África
ii. O Domínio Europeu da África
iii. Domínio Econômico Europeu da África
iv. As Consequências da Colonização sobre a Vida Africana
v. Benefícios da Colonização Europeia
vi. Os Franceses no Norte da África
Independência da África
i. O Nacionalismo Africano
ii. A Costa do Ouro
iii. O Congo Belga
iv. Quênia



