Estruturas Geológicas e as Placas Tectônicas
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A ESTRUTURA GEOLÓGICA DO PLANETA TERRA
Estruturas geológicas, também chamadas de províncias geológicas, são as formações rochosas e as distintas gêneses do relevo terrestre. As estruturas geológicas indicam a composição do relevo, a sua idade aproximada e características mineralógicas. As estruturas geológicas são divididas em crátons, bacias sedimentares e dobramentos modernos.
Eras Geológicas
O planeta Terra, quanto ao aspecto de sua formação física, tem uma história, conhecida como Eras Geológicas.
ESCALA GEOLÓGICA DO TEMPO |
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ERAS |
PERÍODOS |
ÉPOCAS |
TEMPO EM ANOS |
CARACTERÍSTICAS |
Cenozoica | Quaternário Terciário |
Holoceno Pleistoceno Piloceno Mioceno Oligoceno Eoceno Paleoceno |
11.000 1000.000 12.000.000 23.000.000 35.000.000 55.000.000 70.000.000 |
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Mesozoica | Cetáceo Jurássico Triássico |
135.000.000 180.000.000 220.000.000 |
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Paleozoica | Permiano Carbonífero Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano |
270.000.000 350.000.000 400.000.000 430.000.000 490.000.000 600.000.000 |
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Pré-Cambriana superior (Proterozoica) | Algonquiano |
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mais de 2 bilhões |
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Pré-cambriano inferior (Arqueozoica) | Arqueano (início da Terra) | aproximadamente 4,5 bilhões | ||
Fonte: LEINZ & AMARAL in . Geologia Geral. |
As Placas Tectônicas
A crosta terrestre é formada por doze placas tectônicas, que flutuam sobre o magma pastoso. Quando da fase inicial da Terra, existiam menos placas. Com o tempo, em razão de se moverem em vários sentidos, já que o planeta é esférico, as placas se encontraram em vários pontos da crosta terrestre, dando origem aos terremotos e aos dobramentos do relevo. Em grego, o termo tectônica quer dizer "processo de construir". Para a ciência geográfica, significa as deformações da crosta terrestre geradas pelas pressões provenientes do interior do planeta.
Nas áreas de encontro das placas, a crosta terrestre é frágil, principalmente nas regiões de contato dos oceanos com os continentes, o que possibilita a saída de magma, dando origem aos vulcões. Quando dos choques entre as placas, o atrito daí decorrente provoca os terremotos. Nos oceanos, as placas (sima) são pesadas e, por este motivo, tendem a mergulhar sob as placas continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção, gera as fossas marítimas, normalmente nas zonas onde ocorre o encontro das placas. Como as placas oceânicas se situam debaixo das continentais, a pressão das primeiras sobre estas últimas provocam dobras e enrugamentos, provocando, desde a era mesozoica, os movimentos orogenéticos (em grego, "oros" significa "montanha"). Data daí o aparecimento das grandes cadeias montanhosas do planeta Terra, formadas pelo enrugamento, elevação ou dobramento de partes da crosta terrestre. Este fenômeno é relativamente recente na história do nosso planeta, tendo acontecido no fim da era mesozoica e início da cenozoica. Por essa razão, denominamos dobramento moderno. As mais altas cadeias de montanhas do planeta, tais como o Himalaia, as Rochosas e os Andes, são de formação recente, apresentando elevadas altitudes, pouco desgaste e grande instabilidade física, pois elas estão ainda em processo de formação. Nelas, são comuns vulcões e terremotos.
A Terra, se levarmos em conta a sua origem geológica, conhece três formações básicas:
- bacias sedimentares
- escudos cristalinos
- dobramentos modernos
Estruturas geológicas
Os dobramentos modernos, ou cadeias orogênicas recentes, correspondem às grandes cadeias montanhosas do globo datadas do período Terciário da Era Cenozoica. Sua gênese é explicada pelo movimento das placas tectônicas. Os principais exemplos desse fenômeno são os Andes, os Alpes, o Himalaia e as Montanhas Rochosas. Por serem de formação recente, não foram ainda desgastadas pela erosão e apresentam altitudes elevadas. O Brasil, por exemplo, não conhece formações geradas por dobramentos modernos.
Os escudos cristalinos ou maciços antigos, que abrangem 36% do território nacional, são popularmente conhecidos como serras, formações antigas e diversificadas e, por conseguinte, extremamente desgastadas pela erosão, apresentando altitudes modestas. Nos escudos cristalinos, originários do período Arqueozoico, a ocorrência de minerais economicamente exploráveis é pequena; já nos escudos datados do Proterozoico (4% do território brasileiro), proliferam recursos como o ferro, a bauxita, o manganês, o ouro, a cassiterita e outros minerais metálicos.
64% da superfície do território nacional consiste de bacias sedimentares: depressões do terreno preenchidas por sedimentos. Sua importância econômica é grande, pois aí surgem combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e xisto.
Nos escudos formados durante a era pré-cambriana, encontramos grandes quantidades de minerais metálicos, tais como ferro, ouro e bauxita. Por sua vez, nos escudos da era paleozoica, são abundantes minerais não metálicos, como, por exemplo, gesso e cimento. Por sua vez, os dobramentos modernos são ricos em todos os tipos de minério. Nas bacias sedimentares - cavidades cheias de pedaços minerais de rochas vitimadas pela erosão e preenchidas também por restos orgânicos, encontramos combustíveis fosseis. Nos ambientes aquáticos, onde são abundantes os plânctons*, surge o petróleo. Já nas regiões onde existiram florestas, atualmente soterradas, costumam ser abundantes reservas de carvão.
Plataforma oceânica de exploração petrolífera.
Fonte: PETROBRAS
RESUMO |
A crosta terrestre é formada por placas tectônicas que literalmente boiam sobre o manto, em permanente estado de fusão a região de contato entre duas placas tectônicas é uma área frágil da crosta terrestre, susceptível de tornar-se um local de escape do magma que está preso, sob pressão, no manto; nas zonas de encontro das placas é que irrompem os vulcões e ocorrem os terremotos em função desses movimentos, os continentes estão em permanente processo de distanciamento. No fundo dos mares, as cadeias meso-oceânicas são o ponto de encontro de duas ou mais placas tectônicas. Delas saem materiais magmáticos que empurram as placas em direções opostas. A crosta continental (SIAL) é mais leve que a crosta oceânica (SIMA) e, no caso do nosso continente, retorna ao manto do litoral oeste sul-americano. Essa é a razão da presença da fossa de Atacama. No oeste da placa sul-americana ocorre um enrugamento que se chama Cordilheira dos Andes. |
A FORMAÇÃO DOS CONTINENTES
A TEORIA DE WEGENER E AS PLACAS TECTÔNICAS
De acordo com uma teoria orgânica atual, a litosfera é formada por um pequeno número de fragmentos rígidos, denominados placas tectônicas. Essas placas se movimentam a uma velocidade da ordem de alguns centímetros por ano.
Para tentar explicar a evolução do nosso planeta e a atual repartição das massas continentais, em 1912 o geofísico alemão Alfred Wegener, na obra A origem dos continentes e oceanos, propôs a conhecida Teoria da Deriva dos Continentes.
Segundo essa Teoria, a Terra era formada inicialmente por um único bloco rochoso denominado Pangeia, que se foi fragmentando pelo aparecimento de fendas ou fraturas, em contínua expansão.
Através desse processo de fragmentação, formaram-se no final do triásico (primeiro período da era mesozoica) dois grandes conjuntos continentais, um meridional — o continente de Gondwana — e outro setentrional — o continente Laurasiático (América do Norte e Eurásia).
América do Sul e África (com a Arábia ainda unida a este último), iniciaram sua separação no cretáceo, com a formação do dorsal médio-atlântica, cujo traçado surge marcado no meio do Oceano Atlântico.
O primeiro ter-se-ia fragmentado durante a era mesozoica (no período cretáceo), dando origem à dorsal Atlântica e ao oceano do mesmo nome, o que provocou a separação entre a América, a África e a Eurásia.
No terciário ocorreram os derradeiros acontecimentos que configuram a atual disposição e distribuição dos continentes — as duas Américas uniram-se pelo istmo do Panamá, devido ao deslocamento da América do Sul para o norte; a Índia continuou também o seu deslocamento para o norte até chocar-se com a Ásia, o que deu origem ao sistema montanhoso do Himalaia. Finalmente a Austrália separou-se da Antártida, iniciando seu deslocamento para o norte, até ocupar a atual posição.
Sumário
- Eras Geológicas- As Placas Tectônicas
- Estruturas Geológicas
- A Formação dos Continentes
i. A Teoria de Wegener e as Placas Tectônicas
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