Estruturas Geológicas e as Placas Tectônicas

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A ESTRUTURA GEOLÓGICA DO PLANETA TERRA

Estruturas geológicas, também chamadas de províncias geológicas, são as formações rochosas e as distintas gêneses do relevo terrestre. As estruturas geológicas indicam a composição do relevo, a sua idade aproximada e características mineralógicas. As estruturas geológicas são divididas em crátons, bacias sedimentares e dobramentos modernos.

Eras Geológicas

O planeta Terra, quanto ao aspecto de sua formação física, tem uma história, conhecida como Eras Geológicas.

ESCALA GEOLÓGICA DO TEMPO

ERAS

PERÍODOS

ÉPOCAS

TEMPO EM ANOS

CARACTERÍSTICAS

Cenozoica Quaternário
     
Terciário
Holoceno
Pleistoceno
Piloceno
Mioceno
Oligoceno
Eoceno
Paleoceno
11.000
1000.000
12.000.000
23.000.000
35.000.000
55.000.000
70.000.000
  • extinção dos répteis  gigantes;
  • desenvolvimento dos vertebrados;
  • aparecimento dos símios antropomorfos;
  • surgimento dos homens;
  • aparecimento das fanerógamas (vegetais cujos órgãos reprodutores são bem evidentes: flores, por exemplo.
Mesozoica Cetáceo
Jurássico
Triássico 
  135.000.000
180.000.000
220.000.000
  • répteis gigantes e coníferas;
  • primeiros pássaros.
Paleozoica Permiano
Carbonífero
Devoniano
Siluriano
Ordoviciano
Cambriano
  270.000.000
350.000.000
400.000.000
430.000.000
490.000.000
600.000.000
  • surgimento dos anfíbios e criptógamas (vegetais que não se reproduzem por meio de flores);
  • surgimento dos peixes e dos vermes;
  • início da vegetação nos continentes;
  • aparecimento dos invertebrados;
  • intensa vida aquática.
Pré-Cambriana superior (Proterozoica) Algonquiano      
  • aparecimento de bactérias, algas, fungos, esponjas, crustáceos e celenterados (animais aquáticos, geralmente marinhos, como os corais e as medusas).
    mais de 2 bilhões
  • conhecemos do período alguns fósseis;
  • formação inicial de bactérias e fungos.
 
Pré-cambriano inferior (Arqueozoica) Arqueano (início da Terra)   aproximadamente 4,5 bilhões  
Fonte: LEINZ & AMARAL in . Geologia Geral.

As Placas Tectônicas

A crosta terrestre é formada por doze placas tectônicas, que flutuam sobre o magma pastoso. Quando da fase inicial da Terra, existiam menos placas. Com o tempo, em razão de se moverem em vários sentidos, já que o planeta é esférico, as placas se encontraram em vários pontos da crosta terrestre, dando origem aos terremotos e aos dobramentos do relevo. Em grego, o termo tectônica quer dizer "processo de construir". Para a ciência geográfica, significa as deformações da crosta terrestre geradas pelas pressões provenientes do interior do planeta.

Nas áreas de encontro das placas, a crosta terrestre é frágil, principalmente nas regiões de contato dos oceanos com os continentes, o que possibilita a saída de magma, dando origem aos vulcões. Quando dos choques entre as placas, o atrito daí decorrente provoca os terremotos. Nos oceanos, as placas (sima) são pesadas e, por este motivo, tendem a mergulhar sob as placas continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção, gera as fossas marítimas, normalmente nas zonas onde ocorre o encontro das placas. Como as placas oceânicas se situam debaixo das continentais, a pressão das primeiras sobre estas últimas provocam dobras e enrugamentos, provocando, desde a era mesozoica, os movimentos orogenéticos (em grego, "oros" significa "montanha"). Data daí o aparecimento das grandes cadeias montanhosas do planeta Terra, formadas pelo enrugamento, elevação ou dobramento de partes da crosta terrestre. Este fenômeno é relativamente recente na história do nosso planeta, tendo acontecido no fim da era mesozoica e início da cenozoica. Por essa razão, denominamos dobramento moderno. As mais altas cadeias de montanhas do planeta, tais como o Himalaia, as Rochosas e os Andes, são de formação recente, apresentando elevadas altitudes, pouco desgaste e grande instabilidade física, pois elas estão ainda em processo de formação. Nelas, são comuns vulcões e terremotos.

A Terra, se levarmos em conta a sua origem geológica, conhece três formações básicas:

  • bacias sedimentares
  • escudos cristalinos
  • dobramentos modernos

As Placas Tectônicas

Estruturas geológicas

Os dobramentos modernos, ou cadeias orogênicas recentes, correspondem às grandes cadeias montanhosas do globo datadas do período Terciário da Era Cenozoica. Sua gênese é explicada  pelo movimento das placas tectônicas. Os principais exemplos desse fenômeno são os Andes, os Alpes, o Himalaia e as Montanhas Rochosas. Por serem de formação recente, não foram ainda desgastadas pela erosão e apresentam altitudes elevadas. O Brasil, por exemplo, não conhece formações geradas por dobramentos modernos.

Os escudos cristalinos ou maciços antigos, que abrangem 36% do território nacional, são popularmente conhecidos como serras, formações antigas e diversificadas e, por conseguinte, extremamente desgastadas pela erosão, apresentando altitudes modestas. Nos escudos cristalinos, originários do período Arqueozoico, a ocorrência de minerais economicamente exploráveis é pequena; já nos escudos  datados do Proterozoico (4% do território brasileiro), proliferam recursos como o ferro, a bauxita, o manganês, o ouro, a cassiterita e outros minerais metálicos.

64% da superfície do território nacional consiste de bacias sedimentares: depressões do terreno preenchidas por sedimentos. Sua importância  econômica é grande, pois aí surgem combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e xisto.

Estruturas geológicas do Brasil

Nos escudos formados durante a era pré-cambriana, encontramos grandes quantidades de minerais metálicos, tais como ferro, ouro e bauxita. Por sua vez, nos escudos da era paleozoica, são abundantes minerais não metálicos, como, por exemplo, gesso e cimento. Por sua vez, os dobramentos modernos são ricos em todos os tipos de minério. Nas bacias sedimentares - cavidades cheias de pedaços minerais de rochas vitimadas pela erosão e preenchidas também por restos orgânicos, encontramos combustíveis fosseis. Nos ambientes aquáticos, onde são abundantes os plânctons*, surge o petróleo. Já nas regiões onde existiram florestas, atualmente soterradas, costumam ser abundantes reservas de carvão.

Plataforma oceânica de exploração petrolífera.
Plataforma oceânica de exploração petrolífera.
Fonte: PETROBRAS

RESUMO

A crosta terrestre é formada por placas tectônicas que literalmente boiam sobre o manto, em permanente estado de fusão a região de contato entre duas placas tectônicas é uma área frágil da crosta terrestre, susceptível de tornar-se um local de escape do magma que está preso, sob pressão, no manto; nas zonas de encontro das placas é que irrompem os vulcões e ocorrem os terremotos em função desses movimentos, os continentes estão em permanente processo de distanciamento. No fundo dos mares, as cadeias meso-oceânicas  são o ponto de encontro de duas ou mais placas tectônicas. Delas saem materiais magmáticos que empurram as placas em direções opostas. A crosta continental (SIAL) é mais leve que a crosta oceânica (SIMA) e, no caso do nosso continente, retorna ao manto do litoral oeste sul-americano. Essa é a razão da presença da fossa de Atacama. No oeste da placa sul-americana ocorre um enrugamento que se chama Cordilheira dos Andes.

placas tectônicas

 

A FORMAÇÃO DOS CONTINENTES

A TEORIA DE WEGENER E AS PLACAS TECTÔNICAS

A TEORIA DE WEGENER E AS PLACAS TECTÔNICAS

De acordo com uma teoria orgânica atual, a litosfera é formada por um pequeno número de fragmentos rígidos, denominados placas tectônicas. Essas placas se movimentam a uma velocidade da ordem de alguns centímetros por ano.

Para tentar explicar a evolução do nosso planeta e a atual repartição das massas continentais, em 1912 o geofísico alemão Alfred Wegener, na obra A origem dos continentes e oceanos, propôs a conhecida Teoria da Deriva dos Continentes.

Segundo essa Teoria, a Terra era formada inicialmente por um único bloco rochoso denominado Pangeia, que se foi fragmentando pelo aparecimento de fendas ou fraturas, em contínua expansão.

Através desse processo de fragmentação, formaram-se no final do triásico (primeiro período da era mesozoica) dois grandes conjuntos continentais, um meridional — o continente de Gondwana — e outro setentrional — o continente Laurasiático (América do Norte e Eurásia).

América do Sul e África (com a Arábia ainda unida a este último), iniciaram sua separação no cretáceo, com a formação do dorsal médio-atlântica, cujo traçado surge marcado no meio do Oceano Atlântico.

O primeiro ter-se-ia fragmentado durante a era mesozoica (no período cretáceo), dando origem à dorsal Atlântica e ao oceano do mesmo nome, o que provocou a separação entre a América, a África e a Eurásia.

No terciário ocorreram os derradeiros acontecimentos que configuram a atual disposição e distribuição dos continentes — as duas Américas uniram-se pelo istmo do Panamá, devido ao deslocamento da América do Sul para o norte; a Índia continuou também o seu deslocamento para o norte até chocar-se com a Ásia, o que deu origem ao sistema montanhoso do Himalaia. Finalmente a Austrália separou-se da Antártida, iniciando seu deslocamento para o norte, até ocupar a atual posição.

Sumário

- Eras Geológicas
- As Placas Tectônicas
- Estruturas Geológicas
- A Formação dos Continentes
i. A Teoria de Wegener e as Placas Tectônicas