Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos

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Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos

As Nações Unidas dividem os países em duas categorias: países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Um país desenvolvido possui um alto nível de industrialização e renda per capita. Já um país subdesenvolvido possui um baixo nível de industrialização e renda per capita. A denominação países desenvolvidos e subdesenvolvidos surgiu após a Segunda Guerra Mundial e foi utilizada para explicar a diferença entre os países industrializados e os exportadores de matéria-prima.

Países Ricos e Países Pobres

A terminologia usada para denominar países desenvolvidos e subdesenvolvidos varia bastante. São vários os termos utilizados para descrever os níveis de desenvolvimento de países. As nações são classificadas em categorias, baseadas em critérios como grau de riqueza ou pobreza, nível de industrialização, desenvolvimento econômico, etc.

O termo "país emergente", bastante utilizado na década de 1990, descrevia países em desenvolvimento: entre eles, países da América Latina, do Leste Europeu, do Sudeste Asiático e da África. Na década de 1980, eles eram chamados de países de terceiro mundo. Hoje, esses países são classificados como países em desenvolvimento (países recentemente industrializados) e países subdesenvolvidos (países menos industrializados).

Países em desenvolvimento ou recentemente industrializados incluem a maioria dos países da América do Sul e da Europa Oriental e partes dos continentes africano e asiático. Tais países são, em geral, menos industrializados que os desenvolvidos, mas mais que os subdesenvolvidos.

A maioria dos países em desenvolvimento apresenta uma má distribuição de renda – fator decisivo na medida do desenvolvimento de uma nação. Em tais países, a concentração de renda se encontra nas mãos de poucos. Tais países dependem de países desenvolvidos. Uma das heranças da colonização de exploração é ter uma relação de dependência com decisões, tecnologia, mercados e preços e créditos originários das nações desenvolvidas.

A maioria dos países africanos e alguns asiáticos são subdesenvolvidos ou menos industrializados. Apresentam dependência financeira e exclusão tecnológica e econômica. A economia desses países é primariamente agrícola. Muitos desses países são extremamente pobres: há falta de água potável, encanamento e esgotos, eletricidade e atendimento médico. Apresentam também baixo consumo de energia, elevadas taxas de analfabetismo, elevado crescimento demográfico, alta mortalidade infantil e baixa expectativa de vida. São frequentemente atingidos por epidemias e endemias: malária, febre amarela, doença de Chagas, meningites, hepatites, cólera, etc. Os índices de mortalidade são, portanto, elevados. Na África, por exemplo, milhões de pessoas contraíram o vírus da AIDS e milhares, o Ebola.

Países como os Estados Unidos, o Canadá, o Japão, a Cingapura, a Austrália, a França e a Grã-Bretanha são chamados de países desenvolvidos ou países industrializados. Na década de 1980, eram chamados de países de primeiro mundo. São nações industrializadas, todas elas capitalistas. Muitas delas foram as primeiras nações a se industrializarem no século XIX, quando se iniciou a Revolução Industrial. São as nações líderes em termos de indústria, finanças e tecnologia.

As características compartilhas por países desenvolvidos são: alto desenvolvimento tecnológico, participação expressiva dos setores secundário e terciário na economia, renda per capita elevada e distribuição de renda relativamente homogênea. Tais países também exercem muita influência sobre outros países em assuntos de política, economia e cultura. Os cidadãos desses países costumem viver mais e melhor e ter um maior grau de educação. Contudo, são os países que mais poluem e que mais utilizam os recursos naturais mundiais. 

Outros termos frequentemente usados para classificar o desenvolvimento de países eram Norte (países de primeiro e segundo mundo) e o Sul (países de terceiro mundo).

Medindo a riqueza (ou pobreza) das Nações

Uma das formas de medir a riqueza de um país é através do PIB (Produto Interno Bruto). O PIB é a soma do valor monetário de tudo que é produzido em um país durante o ano.

Tipologias baseadas em PIB per capita ou medidas econômicas similares são muito úteis. Contudo, são limitadas, pois o PIB e o PIB per capita medem a capacidade produtiva de um país, mas não considera o bem-estar da população ou a concentração de renda nacional. Dois países podem ter o mesmo PIB, mas oferecer níveis bastante diferentes de qualidade de vida. Por exemplo, uma comparação entre dois países pode revelar que um deles tem um índice menor de mortalidade infantil, mas também um índice menor de expectativa de vida. Quando se comparam países, é necessário, portanto, utilizar outros índices além do PIB para se fazer uma análise mais correta sobre a situação real econômica de uma nação.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma forma, mais abrangente que o PIB, para medir a riqueza ou pobreza de uma nação. Esse índice foi criado pelas Nações Unidas para classificar países em termos socioeconômicos. O índice avalia não somente o tamanho da economia de um país, mas também a qualidade de vida de sua população. O índice leva em conta expectativa de vida, renda per capita, taxa de escolaridade e outros fatores que medem a qualidade de vida da população. O Brasil está classificado com uma das maiores economias do mundo, porém tem um IDH que é lamentável, ficando entre os países com a maior desigualdade social.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), índice publicado pela ONU a respeito de 174 países, considera três variáveis básicas:

1. A expectativa de vida da população;

2. O grau de escolaridade da população;

3. A renda per capita da população.

A escala do IDH varia de 0 a 1; quanto mais próximo do 1 um país estiver, melhor é a qualidade de vida de sua população.

Risco País

No mundo globalizado de hoje, é importante que um país seja bem-visto pelo mercado financeiro internacional, pois investimentos estrangeiros estimulam a economia de um país, gerando empregos e maior riqueza.

Uma medida financeira utilizada para se avaliar um país é o Risco País. O Risco País mede o risco de se investir em um determinado país. Computado em pontos, o Risco País sobe quando investidores têm dúvidas quanto à capacidade de pagamento de títulos emitidos por um país. Quanto maior o Risco País, maior o retorno exigido por investidores na compra dos títulos do país. Isto significa que o investidor só irá comprar os títulos de um país se o retorno for alto o suficiente para compensar a possibilidade de a dívida não ser honrada. Por outro lado, quando investidores estrangeiros passam a confiar mais em um país, o Risco País dele cai.

Crescimento Econômico e Concentração de Renda

O crescimento econômico de uma nação é necessário. Se não há crescimento econômico, a única forma de melhorar o padrão da vida dos mais pobres temporariamente é por meio de uma transferência direta de riquezas. Este tipo de distribuição de renda, além de ser imoral, não é tolerado pela comunidade internacional desde a queda da União Soviética. Apenas o crescimento econômico cria a possibilidade da melhora da vida econômica da população sem que ninguém seja injustamente prejudicado. 

Porém, não é justo que apenas os ricos se beneficiem com o crescimento econômico de seu país. O governo tem a obrigação de criar oportunidades para que as camadas pobres da população tenham a oportunidade de elevar seu patamar econômico. Segundo o Banco Mundial, algumas formas do governo fazer isto são:

 — Encorajar o emprego.
 — Financiar casas e terra para os pobres.
 — Melhorar o sistema educacional.
 — Adotar um sistema progressivo de impostos e tributos: quem ganha mais, paga mais.
 — Criar benefícios e subsídios para o pequeno produtor.

É óbvio que a estabilidade política de um país também é fundamental para garantir uma economia sólida. Governos instáveis e corruptos afugentam investimentos, sejam eles estrangeiros ou mesmo nacionais.

Sumário

- Países Ricos e Países Pobres
- Medindo a riqueza (ou pobreza) das Nações
- Risco País
- Crescimento Econômico e Concentração de Renda

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