Briófitas – Pteridófitas
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Embriófitas ou Cormófitas
Podemos dividir o Reino vegetal em dois sub-reinos: Talófitas, como as algas e Cormófitas ou Embriófitas, que incluem as Briófitas, Pteridófitas e Espermatófitas (Gimnospermas e Angiospermas).
As embriófitas são predominantemente terrestres e apresentam alternância de gerações ou metagênese. A meiose é espórica, sempre formando esporos (n). Uma geração é a gametofítica, haploide (n) e se reproduz sexuadamente formando gametas. A outra é a geração esporofítica, diploide (2n), que se reproduz assexuadamente formando esporos (n); estes se desenvolvem, dando origem aos gametófitos.
Briófitas
Divisão Briófitas (G > E).
São plantas criptógamas, isto é, não produzem flores.
Correspondem ao grupo de “transição” entre Talófitas e Embriófitas.
Já possuem tecidos organizados, porém não possuem vasos condutores da seiva, portanto são avasculares.
Como a maioria das espécies vive fora d’água, não atingem mais que 15 cm de altura (pequeno porte), pois a seiva é transportada de célula para célula. Existem poucas espécies de água doce, mas não se conhece nenhuma briófita que viva no mar.
Precisam de muita umidade e na reprodução o gameta masculino, anterozoide, deve nadar, atraído pelas substâncias químicas da oosfera, feminina (= quimiotactismo +).
Os gametângios são: arquegônios, onde se formam oosferas e anterídios, que formam anterozoides.
As briófitas se dividem em Musgos e Hepáticas.
Os musgos são considerados briófitas mais evoluídas que as Hepáticas. Já possuem rizoides, cauloide e filoides. Os musgos dos gêneros Funaria, Sphagnum (turfa = melhora textura e retenção de água no solo) e Polytrichum são muitos comuns.
Os musgos vivem em locais úmidos e sombreados, onde formam eventualmente aveludados tapetes verdes sobre pedras, troncos e barrancos. Mesmo que a maioria viva em regiões tropicais, ainda assim existem espécies adaptadas a regiões temperadas e até mesmo às regiões árticas, onde fazem parte da tundra, um tipo de formação vegetal do polo norte.
Hepáticas são as briófitas menos evoluídas, apresentando ainda algumas características de talófitas, como a Marchantia. Possuem talo rastejante junto ao chão, com ramificações dicotômicas, apresenta estruturas chamadas de chapéus onde se formam arquegônios e anterídios, produzindo os gametas oosferas e anterozoides. As Hepáticas são frequentemente monoicas ou hermafroditas, pois cada planta apresenta aparelho reprodutor masculino e aparelho reprodutor feminino.
Além das Hepáticas e dos Musgos, os Antóceros também são briófitas, porém, um grupo muito pequeno e com características entre talófitas e embriófitas.
Reprodução sexuada
Todas as embriófitas (Briófitas, Pteridófitas e Espermatófitas), apresentam alternância de gerações, sendo a geração gametofítica (n) a mais duradoura, autotrófica e independente (G > E).
Na alternância de gerações temos as seguintes características:
- Gametófito (n) desenvolvido com rizoides, cauloide e filoides. Nos gametófitos estão arquegônio (formador de oosfera) e anterídio (formador de anterozoides). Após a fecundação forma-se um zigoto, que ao desenvolver-se, forma o esporófito (2 n). O esporófito (2n) é dependente do gametófito (n).
- Esporófito (2n), constituído por um haustório, fixando-o no gametófito (n). O esporófito (2n), por meiose espórica, formará esporos (n), que darão novamente gametófitos. O esporo, em condições favoráveis, desenvolve-se, dando inicialmente o protonema, que se transformará no gametófito (n) adulto
Reprodução assexuada
Em algumas Hepáticas (Marchantia) ocorre também outro tipo de reprodução, assexuada, por meio de propágulos, formados no interior de conceptáculos.
Pteridófitas
São plantas criptógamas (não produzem flores).
As pteridófitas mais conhecidas pertencem à classe das filicíneas, como as samambaias e avencas. As folhas do esporófito são bem desenvolvidas, compostas e pinadas. As folhas novas apresentam-se enroladas na forma de báculos.
Há plantas arbóreas que podem atingir vários metros de altura, como a samambaiaçu, com até 15 m. A maioria habita as regiões tropicais, mas algumas espécies vivem em regiões temperadas e mesmo semidesérticas.
O grupo das pteridófitas foi, no passado, mais diversificado e exuberante do que é atualmente. As grandes florestas de 300 milhões de anos atrás eram formadas principalmente por pteridófitas.
Divisão Pteridófitas - (Traqueófitas) -> (E > G)
Apresentam alternância de gerações ou metagênese. A geração esporofítica (2n) é a mais desenvolvida. A geração gametofítica (n) é independente, porém, reduzida e constituída pelo protalo.
O esporófito possui xilema e floema, ou seja, são vasculares, portanto são traqueófitas.
O esporófito (2n) é autótrofo e independente, apresentando raiz, caule e folhas. Nas folhas podem apresentar soros (= conjunto de esporângios).
Nos esporângios, por meiose espórica, formam-se os esporos (n). Estes, em condições normais, desenvolvem-se formando o protalo (n), que é a geração gametofítica.
No protalo desenvolvem-se os gametângios arquegônio e anterídeo, que produzem os gametas oosfera e anterozoides.
Para a fecundação, o anterozoide biflagelado ou pluriflagelado, depende da água do solo para locomoção até a oosfera (= quimiotactismo +).
Ciclo das samambaias (pteridófitas isosporadas):
Além da reprodução por alternância de gerações, também se reproduz por rizomas (caule)propagação vegetativa!
Existem outras pteridófitas, como as classes das Licopodíneas (gêneros Licopodium, Selaginella) e Equissetíneas (Equisetum).
As Selaginellas são pteridófitas heterosporadas. No interior de estróbilos aparecem dois tipos de esporângios: microsporângios (2n), que por meiose espórica, produzirão numerosos micrósporos (n), de pequeno tamanho; e, megasporângios (2n), que através da meiose espórica, cada um produzirá 4 megásporos (n), com tamanho maior que os micrósporos.
- Micrósporos (n), lançados ao solo, crescerão, produzindo microprótalos (n); estes serão os gametófitos masculinos, visto só formarem anterídeos, produzindo somente anterozoides (n).
- Megásporos (n), lançados ao solo, crescerão, produzindo megaprotalos (n); estes serão os gametófitos femininos, visto só formarem arquegônios, produzindo somente oosferas (n).
- Os anterozoides (n), nadando na água do solo, chegarão ao megaprotalo, onde fecundarão a oosfera (n), produzindo o zigoto (2n); a partir desse, crescerá a planta adulta – com raiz, caule e folhas – isto é, o novo esporófito (2n).
Tanto as briófitas quanto as pteridófitas formam anterozoides flagelados, que precisam nadar para fecundar a oosfera. Nos musgos os anterozoides dependem de respingos de chuvas, garoas e orvalhos para atingir a planta feminina, onde se encontram os arquegônios.
Nas samambaias, o protalo é hermafrodita, o que facilita a tarefa dos anterozoides. Mesmo assim, eles têm de nadar na superfície umedecida do protalo até os arquegônios.
Em ambos os casos há dependência de água líquida para a fecundação, o que leva a maioria das briófitas e pteridófitas a habitar regiões tropicais, no interior de florestas úmidas.
Briófitas e pteridófitas diferem quanto à fase predominante do ciclo, que é haploide – gametófito – nas briófitas e diploide – esporófito – nas pteridófitas.
Sumário
- Embriófitas ou Cormófitas- Briófitas
i. Divisão Briófitas
- Pteridófitas
i. Divisão Pteridófitas


