Divisão Regional Brasileira
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A atual divisão regional brasileira foi definida em 1970, mas várias outras divisões foram realizadas ao longo da história do País. A primeira delas foi realizada em 1913. Em 1990, a atual divisão regional brasileira foi adaptada em razão das alterações da Constituição de 1988. O órgão responsável pela divisão regional brasileira é o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Divisão política e regional do território brasileiro proposta pelo IBGE
O Brasil é uma República Federativa. A partir da Constituição de 1988, o país passou a ser constituído por 26 estados e um Distrito Federal - que contém a capital, Brasília -, totalizando 27 unidades político administrativas.
Linha do Tempo: Datas e fatos relevantes à divisão política do Brasil no século XX: 1903: Criação do Território Federal do Acre. 1942: Criação do Território Federal de Fernando de Noronha. 1943: Criação dos territórios: Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu. 1946: Extinção dos territórios federais de Ponta Porã e Iguaçu. 1956: Mudança de denominação de Território Federal do Guaporé para Território Federal de Rondônia. 1960: Inauguração da Capital Federal Brasília. 1960: Criação do Estado da Guanabara na área do antigo Distrito Federal. 1962: Elevação do Território Federal do Acre à condição de estado. 1962: Mudança da denominação do Território Federal do Rio Branco para Território Federal de Roraima. 1974: Fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro e transferência da capital estadual de Niterói para Rio de Janeiro. 1977: Criação do estado do Mato Grosso do Sul, mais uma unidade da federação. Mato Grosso do Sul foi desmembrado do estado do Mato Grosso. 1981: Elevação do Território Federal de Rondônia à condição de estado. 1988: Criação do estado do Tocantins. 1988: Elevação dos Territórios Federais de Roraima e Amapá à condição de estado. 1988: Extinção do Território Federal de Fernando de Noronha, com anexação ao estado de Pernambuco, como Distrito Estadual. |
Após a elevação do Território Federal de Rondônia à condição de estado da federação brasileira, em 1981, foram também elevados a tal condição, em 1988, os territórios do Amapá e de Roraima. A Constituição de 1988, que extinguiu o Território Federal de Fernando de Noronha, criou também o estado do Tocantins, que foi desmembrado de Goiás e considerado uma unidade federativa da região Norte.
Os estados foram classificados pelo IBGE em cinco macrorregiões:
- SUDESTE (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo)
- SUL (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul)
- CENTRO-OESTE (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal)
- NORTE (Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins)
- NORDESTE (Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí).
Essa divisão do IBGE é relevante, pois o governo a utiliza para divulgar dados estatísticos. É importante ressaltar, porém, que as macrorregiões não correspondem totalmente à regionalização do espaço, pois dentro delas há áreas que não apresentam as mesmas características físicas, humanas e econômicas.
A divisão do Brasil em cinco macrorregiões difere da divisão do país em regiões geoeconômicas. A divisão feita pelo IBGE em cinco macrorregiões segue os limites dos estados e é baseada na organização político-administrativa do Brasil. Já a divisão em regiões geoeconômicas procura incluir áreas com características socais e econômicas comuns, não levando em conta os limites estaduais.
Nas últimas décadas, a realidade de todo o país, inclusive de suas cinco macrorregiões, mudou muito. Houve a formação de grandes regiões metropolitanas e centros industriais, uma forte migração interna, a expansão de fronteiras agrícolas para o interior do país, um investimento em infraestrutura (transportes, comunicação e energia) e um rápido crescimento demográfico.
SUDESTE
A região Sudeste – cortada pelo Trópico de Capricórnio e onde predomina o clima tropical – compreende os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
É o centro industrial e a região mais desenvolvida do país. É caracterizada pela presença de indústrias e do mercado financeiro, pela agricultura moderna, pela presença das maiores metrópoles e pela grande circulação de capitais e mercadorias.
A concentração industrial da região ocorreu graças a vários fatores: a mineração no século 18 e a expansão da cafeicultura a partir do século 19 causaram com que o Sudeste se tornasse uma área de atração de população e capitais. Outros fatores que tornaram a região o centro industrial do Brasil foram: a criação de um mercado consumidor e financeiro; o crescimento urbano, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro; o desenvolvimento rodoferroviário e portuário; o fluxo imigratório estrangeiro, com técnicas de produção industrial; e os recursos naturais favoráveis - potencial hidroelétrico, reservas de ferro e manganês e solos férteis.
A agricultura da região Sudeste é moderna e integrada à indústria, concentrando a maior parte da produção agrícola de exportação do Brasil.
O Sudeste compreende também o Quadrilátero Ferrífero. Localizado no centro-sul de Minas Gerais, é responsável pela maior produção brasileira de minério de ferro e manganês. Uma zona siderúrgica e metalúrgica se desenvolveu centralizada em Belo Horizonte, que aproveita o minério de ferro e o manganês do Quadrilátero Ferrífero.
São Paulo é o centro financeiro do Brasil, sede da maior bolsa de valores do país e de muitos bancos públicos e privados.
Por ser um polo de atração populacional, o Sudeste vivencia um crescimento acelerado de suas cidades, mas não há um acompanhamento de desenvolvimento de sua infraestrutura. Consequentemente, serviços básicos como saneamento, moradia, educação, saúde e transporte não estão estruturados para suprir as necessidades de todos seus habitantes. Isso gera graves problemas nas cidades.
A precariedade do sistema de transportes faz com que a população de baixa renda prefira morar em favelas ou loteamentos clandestinos e não na periferia.
O desemprego e o subemprego nas grandes cidades multiplicam a pobreza e agrava as tensões sociais. Durante crises econômicas, cresce o crime e as atividades ilegais.
A degradação do meio ambiente e a poluição também têm sido problemas causados pelo crescimento das cidades no Sudeste.
SUL
O Sul compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nessa região, predomina o clima subtropical, não sendo incomuns temperaturas abaixo de zero durante o inverno.
A industrialização da região Sul foi iniciada por imigrantes europeus. A partir do início do século 19, tais imigrantes desenvolveram atividades artesanais com o objetivo de prover sustento às suas famílias. Essas indústrias domésticas deram origem às indústrias de grande porte, como as têxteis, as vinícolas e as de artefatos de couro. Os imigrantes desencadearam a industrialização da região, pois a maioria delas originava de países desenvolvidos, onde eram conhecidas as técnicas de produção.
Na Região Sul, predomina a prática agrícola moderna, que é responsável por uma parcela significativa da produção agrícola brasileira. Em pequenas e médias propriedades familiares, o trabalho é realizado pelo próprio proprietário e por seus familiares.
A região é caracterizada por muitas cidades pequenas e médias. Em Santa Catarina destacam-se as cidades de Itajaí, Blumenau, Brusque e Joinville. É uma área de colonização alemã. Na região predominam pequenas e médias propriedades agrícolas e pequenas e médias empresas que atuam no setor têxtil, alimentício, agroindustrial, de roupas, de calçados, e outras. Encontram-se também grandes empresas como a Sadia.
A maior concentração industrial localiza-se em Porto Alegre e Curitiba. Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é o maior centro econômico, político e cultural da sub-região sul do Brasil. Curitiba, capital do Estado do Paraná, se tornou um polo de grande atração populacional. É uma área de grande concentração de indústrias com tecnologia avançada e de grande escala e inclui indústrias de material de transporte e de material elétrico e químico.
Outras atividades da região incluem a pecuária de corte e o cultivo de arroz, na Campanha Gaúcha, e a indústria de papel, no Paraná.
O fácil acesso aos outros membros do Mercosul também traz muitos benefícios à Região Sul.
No Sul e Sudeste do Brasil, a renda per capita é mais elevada do que no restante do país. Isso se deve ao fato de essas regiões serem as mais desenvolvidas.
CENTRO-OESTE
A região Centro-Oeste inclui os Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. A maior parte da região apresenta um clima tropical. A parte norte da região, onde começa a floresta equatorial, tem um clima mais quente.
O desenvolvimento do Centro-Oeste ocorreu primeiramente com a transferência da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília. A construção de Brasília, iniciada na década de 1950, acelerou a ocupação da região.
Na região Centro-Oeste predomina a agricultura das grandes fazendas. As indústrias que se estabeleceram na região estão ligadas às atividades agrícolas e à pecuária. Áreas do cerrado foram transformadas em extensas áreas agrícolas, com produção moderna, que se destaca pelo cultivo de arroz, milho e soja.
O Centro-Oeste é a principal produtora de grãos do Brasil. As atividades agropecuárias da região são caracterizadas pelo uso de métodos modernos de cultivo, como a escolha de sementes e o uso de tratores e de outros equipamentos. Na pecuária de corte, é comum o uso de inseminação artificial e de vacinas para o rebanho.
O centro urbano da região é Brasília. Os institutos governamentais políticos e administrativos dominam as atividades da cidade.
Sumário
- Divisão política e regional do território brasileiro proposta pelo IBGE- Sudeste
- Sul
- Centro-Oeste
- Norte
- Nordeste
i. Meio Norte
ii. Sertão
iii. Zona Da Mata
iv. O Agreste
- Dois Brasis


