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David Hume - biografia, teoria do conhecimento

Publicado em 31 de março de 2023 Autor:

David Hume (1711-1776) foi um filósofo escocês e historiador que desempenhou um papel central no Iluminismo Escocês. Ele é considerado um dos maiores pensadores da Filosofia ocidental e é conhecido por suas contribuições em várias áreas, incluindo Epistemologia, Metafísica, Ética e Filosofia da Religião. As ideias de Hume foram fundamentais para o desenvolvimento do Empirismo – uma corrente filosófica que enfatiza a importância da experiência e da observação na formação do conhecimento humano.

Algumas das obras mais importantes de Hume incluem “Tratado da Natureza Humana” (1739-1740), “Investigação sobre o Entendimento Humano” (1748) e “Investigação sobre os Princípios da Moral” (1751). Nessas obras, Hume aborda questões como a natureza do conhecimento, a relação entre causa e efeito, a existência de Deus e a base da moralidade.

Hume foi um cético e um naturalista filosófico, defendendo que o conhecimento humano tem limitações e que a razão deve ser guiada pela experiência.

Biografia

David Hume nasceu em 26 de abril de 1711, em Edimburgo, Escócia, em uma família aristocrática. Ele foi educado na Universidade de Edimburgo, onde estudou Direito e Filosofia. Hume foi fortemente influenciado pelos pensadores do Iluminismo e pelo Empirismo – uma corrente filosófica que enfatiza a importância da experiência na formação do conhecimento humano.

Em 1734, Hume mudou-se para a França, onde escreveu seu trabalho filosófico mais ambicioso e abrangente, “Tratado da Natureza Humana” (1739-1740). O tratado não teve sucesso imediato e Hume, em suas próprias palavras, “caiu no completo esquecimento”. No entanto, ele continuou a escrever e a publicar trabalhos filosóficos e históricos, incluindo “Investigação sobre o Entendimento Humano” (1748) e “Investigação sobre os Princípios da Moral” (1751).

Hume também foi um historiador talentoso. Sua “História da Inglaterra” (1754-1762) – uma obra em seis volumes que cobre a história britânica desde a invasão romana até a Revolução Gloriosa de 1688 – foi muito popular em sua época e continua sendo uma referência importante para os historiadores.

Além de suas atividades acadêmicas, Hume ocupou diversos cargos públicos. Ele trabalhou como secretário de um general britânico durante a Guerra de Sucessão Austríaca e foi secretário particular do embaixador britânico em Paris. Hume também atuou como subsecretário de Estado.

Durante sua vida, Hume gozou de uma reputação de grande intelectual e socialite. Ele era conhecido por seu estilo de vida sociável e por sua amizade com outros pensadores iluministas, como Adam Smith, Jean-Jacques Rousseau e Benjamin Franklin.

David Hume morreu em 25 de agosto de 1776, em Edimburgo, aos 65 anos. Apesar de sua morte, o legado de Hume continua a ser altamente influente na Filosofia ocidental. Seu pensamento teve um impacto duradouro na Epistemologia, na Ética e na Filosofia da Religião. Ele é frequentemente citado como um dos maiores filósofos da História Ocidental.

Obras

David Hume foi um filósofo e historiador prolífico. Suas obras tiveram um impacto significativo na Filosofia ocidental, e algumas de suas contribuições mais importantes incluem:

  • “Tratado da Natureza Humana” (1739-1740) – Essa obra, dividida em três volumes, é considerada o trabalho filosófico mais abrangente e ambicioso de Hume. No tratado, ele aborda questões de Metafísica, Epistemologia e Moralidade, apresentando seus pontos de vista sobre a natureza humana e o conhecimento.
  • “Investigação sobre o Entendimento Humano” (1748) – Essa obra é uma versão mais curta e acessível das ideias apresentadas no “Tratado da Natureza Humana”. Hume discute temas como causalidade, indução, ceticismo e a natureza do conhecimento empírico.
  • “Investigação sobre os Princípios da Moral” (1751) – Nesse trabalho, Hume aborda a base da moralidade e apresenta sua teoria ética, que enfatiza a importância das emoções e da simpatia na determinação do comportamento moral.
  • “Ensaios Morais, Políticos e Literários” (1741-1742, com edições posteriores) – Uma coleção de ensaios sobre diversos temas, incluindo Política, Economia, História e Religião. Alguns dos ensaios mais conhecidos incluem “Do Equilíbrio Comercial”, “Da Liberdade de Imprensa” e “Dos Milagres”.
  • “História da Inglaterra” (1754-1762) – Uma obra em seis volumes que cobre a história britânica desde a invasão romana até a Revolução Gloriosa de 1688. A “História da Inglaterra” foi uma das principais obras históricas de seu tempo e continua a ser uma referência importante para os historiadores.
  • “Diálogos sobre a Religião Natural” (publicado postumamente em 1779) – Nessa obra, Hume apresenta um debate entre três personagens fictícios sobre a existência e a natureza de Deus, abordando temas como o argumento do design, o problema do mal e a natureza da religião.

Teoria do Conhecimento

A teoria do conhecimento de David Hume é baseada no Empirismo – uma corrente filosófica que enfatiza a importância da experiência na formação do conhecimento humano. Hume argumenta que todo conhecimento provém da experiência, e ele estabelece uma distinção entre dois tipos de percepções: impressões e ideias.

Impressões são as experiências sensoriais diretas e vivas que temos, como ver uma cor ou sentir uma emoção. Ideias, por outro lado, são cópias mentais menos vívidas das impressões, que formam nossos pensamentos e conceitos. Segundo Hume, todas as ideias são derivadas de impressões, e não há conhecimento inato.

Na teoria do conhecimento de Hume, há dois tipos de conhecimento: relações de ideias e questões de fato. As relações de ideias referem-se a proposições que são verdadeiras por definição e podem ser conhecidas independentemente da experiência, como a Matemática e a Lógica. Questões de fato são proposições cuja verdade depende da experiência e da observação, como “a grama é verde” ou “o sol nasce no leste”.

Hume também aborda o problema da causalidade e da indução em sua teoria do conhecimento. Ele argumenta que nosso entendimento de causa e efeito é baseado na observação regular de eventos que ocorrem em sequência, mas não podemos conhecer a necessidade ou a conexão entre eventos com base apenas na experiência. Isso leva Hume a ser cético em relação à inferência indutiva, pois não há uma base racional para acreditar que o futuro se assemelhará ao passado.

Empirismo e Racionalismo

David Hume é um dos principais expoentes do Empirismo – uma corrente filosófica que enfatiza a importância da experiência como fonte de conhecimento. No entanto, é importante destacar que Hume não defende o Racionalismo – outra corrente filosófica, que sustenta que a razão é a principal fonte de conhecimento. A seguir, examinaremos as visões empiristas de Hume e como elas se diferenciam do Racionalismo.

Empirismo: Hume acredita que todo conhecimento é derivado da experiência. Ele distingue duas categorias de percepções: impressões e ideias. Impressões são experiências sensoriais diretas e vívidas, enquanto ideias são cópias mentais mais fracas dessas impressões. Para Hume, não há ideias inatas, e tudo o que sabemos é resultado de nossas experiências.

Hume também afirma que existem dois tipos de conhecimento: relações de ideias e questões de fato. As relações de ideias são verdades que podem ser conhecidas independentemente da experiência, como Matemática e Lógica. Questões de fato, por outro lado, são verdades baseadas na experiência e na observação do mundo.

Racionalismo: O Racionalismo, em contraste com o Empirismo, sustenta que a razão é a principal fonte de conhecimento e que algumas verdades podem ser conhecidas independentemente da experiência. Os racionalistas acreditam em ideias inatas e em princípios racionais universais que são inerentes à mente humana.

Embora Hume reconheça a existência de relações de ideias, que podem ser consideradas conhecimento a priori, sua visão geral é fundamentalmente empirista. Ele enfatiza a importância da experiência e das impressões sensoriais como a base de todo o conhecimento humano.

Em resumo, David Hume é um defensor do Empirismo, que sustenta que a experiência é a fonte primária de conhecimento. Ele não defende o Racionalismo, que valoriza a razão como a principal fonte de conhecimento. A filosofia de Hume enfatiza a importância da experiência e da observação do mundo na construção de nosso conhecimento e compreensão.

“Investigação sobre o Entendimento Humano”

“Investigação sobre o Entendimento Humano” (An Enquiry Concerning Human Understanding), publicado pela primeira vez em 1748, é uma das obras mais importantes de David Hume. Esse trabalho é uma revisão e reformulação de parte do “Tratado da Natureza Humana”, que Hume considerou mal-sucedido em termos de recepção crítica. Na “Investigação”, Hume apresenta suas ideias de uma forma mais concisa e acessível.

A obra se concentra na Epistemologia e na teoria do conhecimento de Hume, explorando questões como a natureza do conhecimento, a origem das ideias, a causalidade e a indução. Hume baseia sua investigação no empirismo, defendendo que todo o conhecimento deriva da experiência. Ele faz a distinção entre impressões (experiências sensoriais diretas) e ideias (cópias mentais de impressões), argumentando que todas as ideias se originam das impressões.

Na “Investigação”, Hume discute a diferença entre relações de ideias e questões de fato. As relações de ideias são verdades a priori que podem ser conhecidas independentemente da experiência, como Matemática e Lógica. Questões de fato são verdades que dependem da experiência e da observação do mundo.

Uma parte significativa da “Investigação” é dedicada ao problema da causalidade e da inferência indutiva. Hume argumenta que nosso entendimento de causa e efeito é baseado na observação regular de eventos que ocorrem em sequência, mas não podemos conhecer a necessidade ou a conexão entre eventos com base apenas na experiência. Isso leva Hume a ser cético em relação à indução, afirmando que não há uma base racional para acreditar que o futuro se assemelhará ao passado.

A “Investigação sobre o Entendimento Humano” é uma introdução excelente e acessível ao pensamento de Hume e é uma leitura essencial para quem deseja compreender sua filosofia empirista e suas contribuições à Epistemologia.

O ceticismo de David Hume inspirou Kant

O ceticismo de David Hume desempenhou um papel importante em inspirar Immanuel Kant a desenvolver sua própria filosofia. Kant afirmou que foi o ceticismo de Hume que o despertou de seu “sono dogmático” e o motivou a repensar a relação entre o conhecimento e a experiência.

Hume, como um cético e empirista, questionou a possibilidade de conhecimento a priori e a base racional da causalidade. Ele argumentou que não podemos ter certeza de que nossas percepções e experiências fornecem uma imagem verdadeira e confiável do mundo. O ceticismo de Hume sobre a causalidade e a indução levantou dúvidas fundamentais sobre a base do conhecimento humano.

Kant reconheceu a importância das questões levantadas por Hume e concordou que a filosofia racionalista do período não havia fornecido respostas satisfatórias. No entanto, Kant não aceitou o ceticismo de Hume em sua totalidade. Em vez disso, ele procurou reconciliar o Racionalismo e o Empirismo em sua própria filosofia – o Idealismo Transcendental.

Kant argumentou que há certas condições prévias, chamadas de categorias, que são necessárias para que possamos ter experiências e conhecimentos. Essas categorias são inatas e a priori, e incluem conceitos como espaço, tempo e causalidade. Kant defendeu que, embora a experiência seja necessária para obter conhecimento sobre o mundo, também precisamos dessas estruturas inatas da mente para organizar e interpretar a experiência.

Resumindo: o ceticismo de David Hume foi fundamental para inspirar Immanuel Kant a desenvolver sua própria filosofia. Embora Kant não tenha adotado o ceticismo de Hume em sua totalidade, ele reconheceu as limitações da Filosofia Racionalista e procurou criar uma abordagem mais equilibrada e integrada para entender a natureza do conhecimento e da experiência.

David Hume – Frases

David Hume foi um filósofo e escritor ilustre cujas ideias influenciaram profundamente a Filosofia ocidental. Aqui estão algumas de suas frases mais conhecidas e perspicazes:

  • “A razão é, e só deve ser, a escrava das paixões e nunca pode pretender qualquer outro ofício senão servi-las e obedecê-las.” (“Tratado da Natureza Humana”)
  • “A beleza não está nas coisas, mas na mente que as contempla.” (“Investigação sobre os Princípios da Moral”)
  • “Nada é mais surpreendente do que a facilidade com que muitas pessoas concordam em falar sobre o que pensam que é mais incompreensível.” (“Diálogos sobre a Religião Natural”)
  • “Se quisermos satisfazer-nos acerca da natureza do universo, devemos procurar um pouco mais longe do que as paixões e os preconceitos comuns, que sempre nos perturbam em nossas disputas filosóficas.” (“Investigação sobre o Entendimento Humano”)
  • “É certo que a superstição é muito favorável à clerezia e às ambições dos príncipes.” (“História da Inglaterra”)
  • “A opinião governa o mundo.” (“Ensaios Morais, Políticos e Literários”)
  • “Os milagres não devem ser acreditados, a menos que a testemunha seja de tal crédito que sua falsidade seria um milagre maior do que o fato que ele se propõe a estabelecer.” (“Investigação sobre o Entendimento Humano”)

As frases de Hume capturam sua perspicácia e seu profundo questionamento sobre a natureza humana, a moral, a religião e a epistemologia. Seu legado continua a ser estudado e apreciado pelos estudiosos e entusiastas da Filosofia.

David Hume – Curiosidades

David Hume foi um filósofo influente e um personagem interessante. Aqui estão algumas curiosidades sobre sua vida e obra:

  • A obra mais conhecida de Hume, “Investigação sobre o Entendimento Humano”, foi uma revisão e reformulação de parte de seu “Tratado da Natureza Humana”. Hume ficou desapontado com a recepção inicial do “Tratado” e decidiu escrever a “Investigação” para apresentar suas ideias de maneira mais concisa e acessível.
  • Hume era conhecido por seu estilo de vida modesto e simples, apesar de ser um pensador brilhante. Ele foi descrito por muitos como uma pessoa amável, educada e humilde.
  • Ele nunca se casou nem teve filhos. No entanto, Hume manteve amizades profundas e duradouras ao longo de sua vida, incluindo com o filósofo e economista Adam Smith e o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau.
  • Hume foi uma figura central na chamada “Ilustração Escocesa”, um movimento intelectual e filosófico do século XVIII que se concentrou no Empirismo, no Ceticismo e no Humanismo. Seus contemporâneos incluíam Adam Smith, Francis Hutcheson e Thomas Reid.
  • Embora Hume tenha sido fortemente cético em relação à religião, ele nunca se declarou abertamente ateu. No entanto, suas críticas à religião e às noções de milagres e design divino o levaram a ser visto como um crítico do pensamento religioso.
  • Hume era um grande apreciador da literatura e escreveu não apenas obras filosóficas, mas também ensaios e histórias. Ele também escreveu uma “História da Inglaterra” em seis volumes, que se tornou uma obra de referência popular na época.
  • Em 1763, Hume foi nomeado secretário da embaixada britânica em Paris. Durante sua estadia na capital francesa, ele se tornou uma figura popular na alta sociedade, sendo chamado de “le bon David” (o bom David) por seus amigos e conhecidos.


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