Grupos Sanguíneos

Grupos Sanguíneos

Grupos Sanguíneos - ABO

O sistema ABO classifica os grupos sanguíneos em quatro tipos: A, B, AB, e O.

Nessa classificação estão envolvidos três alelos diferentes: I^A, I^B e i.

Observe o quadrado abaixo:

Quanto a dominância entre os alelos, podemos concluir:

• I^A e I^B- ausência de dominância.
• I^A e I^B- são dominantes em relação ao i.

É nas hemácias e no plasma sanguíneo que se encontram as proteínas que participam da determinação dos grupos de sangue do sistema ABO:

• nas hemácias são encontrados os aglutinogênios (um tipo de antígeno)
• no plasma são encontradas as aglutininas (um tipo de anticorpo)

A relação entre antígeno e anticorpo é altamente específica, como fosse chave-fechadura. Baseada na presença ou ausência de aglutinogênios e aglutininas, uma transfusão sanguínea é feita procurando-se um tipo de sangue compatível com o do receptor.

Portanto, se forem feitas transfusões de sangue entre pessoas de dois grupos sanguíneos incompatíveis, há sério risco de os glóbulos injetados serem aglutinados e obstruírem os capilares do receptor, colocando a vida em risco!

Riscos desse tipo ocorrem pelo fato de as hemácias poderem apresentar na superfície de suas membranas antígenos de vários tipos, os quais seriam detectados e aglutinados por anticorpos específicos presentes no plasma sanguíneo do receptor.

Algumas conclusões importantes:

• Indivíduos do tipo A só doam para os tipos A e AB, enquanto podem receber dos tipos A e também do O. Essas conclusões são tiradas, levando-se em conta os tipos de anticorpos presentes no plasma do receptor em potencial.
• Indivíduos do tipo B só doam para os tipos B e AB, enquanto podem receber dos tipos B e também do O.
• Indivíduos do tipo AB só doam para o tipo AB, ou seja, para quem for igual a eles. Em compensação, podem receber de todos os outros tipos sanguíneos, visto não apresentarem os anticorpos aglutinadores no seu plasma. São considerados “receptores universais”.
• Indivíduos do tipo O só recebem de quem for igual a eles, visto apresentarem no plasma, os dois tipos de anticorpos. Em contraposição, doam para todos os outros tipos sanguíneos, já que não apresentam os antígenos na superfície das hemácias. São considerados “doadores universais”.

Alelos Rh (Rhesus) no homem – sistema Rh

A determinação genética do sistema Rh é complexa. Contudo, de modo simplificado, pode ser assim vista:

• Caso de dominância completa entre os alelos R e r.
• O R determina a presença do fator Rh nas hemácias.

Então: Se uma pessoa Rh^- receber uma transfusão de sangue Rh⁺(antígeno) ela produzirá anti Rh (anticorpo).

Note: anti Rh só aparecerá no sangue do indivíduo Rh^- se o sistema de defesa for estimulado pela doação de sangue Rh⁺.

Eritroblastose Fetal

Durante a gestação, plasma da mãe passa para o filho (e vice-versa) pela placenta.

É comum o rompimento de vasos da placenta permitindo a mistura de hemácias (mãe/filho).

Se a mãe é Rh^- e o filho Rh⁺, o sistema de defesa da mãe produzirá anti Rh que, junto com o plasma, passará ao organismo do filho. O anti Rh destruirá as hemácias da criança, caracterizando a Eritroblastose fetal.

Como a produção de anticorpos é lenta, um primeiro filho Rh⁺, mas no segundo filho Rh⁺, com organismo da mãe já sensibilizado, o risco de Eritroblastose é grande.

Obs.: Quando a incompatibilidade de sangue entre mãe e filho já acontece ao nível do sistema ABO, o risco de Eritroblastose é muito menor, porque as aglutininas de mãe, rapidamente destruirão as hemácias do feto, não havendo tempo para a produção de anti Rh pelo organismo da mãe.

Logo depois do nascimento de uma criança Rh⁺ injeta-se na mãe Rh^- soro anti Rh (a maior passagem de hemácias do filho para a mãe ocorre durante o parto). Com isso, a mãe não precisará produzir anticorpos, o que diminui a sensibilização, evitando Eritroblastose no próximo filho Rh⁺.

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