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John Locke - biografia, principais ideias

Publicado em 20 de março de 2023 Autor:

John Locke (1632-1704) foi um filósofo, médico e teólogo inglês, considerado um dos principais representantes do Empirismo. Ele é conhecido por suas obras “Ensaio sobre o Entendimento Humano” e “Dois Tratados sobre o Governo”.

O Empirismo foi uma corrente filosófica que surgiu no século XVII na Inglaterra e que teve grande influência na filosofia, ciência e política dos séculos seguintes. A palavra “empirismo” vem do grego “empeiria”, que significa experiência. Os principais representantes do Empirismo foram John Locke, George Berkeley e David Hume. 

John Locke argumentou que todo o conhecimento humano é adquirido por meio da experiência sensorial, e que nossas mentes começam como uma “tábula rasa” em branco que é preenchida com informações ao longo da vida. Ele também defendeu a ideia de que os indivíduos têm direitos naturais, como a vida, a liberdade e a propriedade, e que esses direitos devem ser protegidos pelo governo. Essa teoria influenciou os pensadores iluministas e os movimentos políticos como o liberalismo e o constitucionalismo.

Biografia

John Locke nasceu em 29 de agosto de 1632, em Wrington, uma pequena aldeia no condado de Somerset, na Inglaterra. Seu pai era advogado e servidor público, e sua mãe era filha de um clérigo anglicano. Locke cresceu em uma família próspera e recebeu uma educação sólida na escola de Westminster e na Universidade de Oxford.

Depois de concluir seus estudos em Oxford, Locke se tornou professor assistente de grego e retórica na universidade. Ele também estudou medicina e tornou-se médico licenciado, mas nunca exerceu a profissão. Em vez disso, ele se tornou secretário e conselheiro do político inglês Anthony Ashley Cooper, que mais tarde se tornaria o Conde de Shaftesbury.

Locke trabalhou para Shaftesbury por muitos anos, participando ativamente da política inglesa da época. Ele também viajou para a França, onde conheceu outros filósofos e intelectuais, e estudou as ideias do filósofo francês René Descartes.

John Locke foi membro do parlamento inglês durante o reinado de Carlos II, no final do século XVII. Ele foi eleito para representar a cidade de Shaftesbury em 1689, após a Revolução Gloriosa que depôs o rei Jaime II e estabeleceu um governo constitucional. Locke era um defensor das ideias de liberdade política e religiosa, que foram consagradas na Declaração de Direitos aprovada pelo Parlamento em 1689. Embora Locke tenha sido eleito para o Parlamento, ele não se destacou como um orador ou líder político, tendo se concentrado principalmente em suas obras filosóficas e na elaboração de suas ideias políticas.

Em 1689, Locke publicou sua obra mais famosa, “Dois Tratados sobre o Governo”, que defendia a ideia de que o poder político deve ser baseado no consentimento dos governados e que os indivíduos têm direitos naturais que devem ser protegidos pelo governo. Essas ideias influenciaram o pensamento político liberal e foram uma fonte de inspiração para a Revolução Americana e a Revolução Francesa.

Locke também é conhecido por sua obra “Ensaio sobre o Entendimento Humano”, publicada em 1690, que argumentava que todo o conhecimento humano é adquirido por meio da experiência sensorial e que a mente humana começa como uma “tábula rasa” em branco que é preenchida com informações ao longo da vida.

Locke faleceu em 28 de outubro de 1704, em Oates, propriedade de seu amigo Lord Masham. Ele é considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e suas ideias tiveram um impacto duradouro na política, filosofia, educação e outros campos do conhecimento humano.

Principais Ideias

John Locke foi um filósofo inglês do século XVII, conhecido como um dos principais pensadores do Iluminismo. Suas principais ideias incluem:

  • Empirismo: Locke defendia que todo o conhecimento humano tem sua origem na experiência sensorial. Em outras palavras, ele argumentava que nossas ideias não são inatas, mas são adquiridas por meio dos nossos sentidos.
  • Tabula rasa: Para Locke, a mente humana é como uma “tábula rasa” (ou “página em branco”), que é preenchida com ideias ao longo da vida. Essa ideia é uma das bases do empirismo de Locke.
  • Estado de natureza: Locke acreditava que, antes da formação da sociedade civil, os seres humanos viviam em um estado de natureza, onde cada um era livre para agir como bem entendesse. No entanto, esse estado era caracterizado pela violência e pela falta de segurança.
  • Contrato Social: Para evitar a violência e a insegurança do estado de natureza, Locke defendia que os indivíduos deveriam formar um contrato social, no qual eles renunciam à parte de sua liberdade em troca da proteção oferecida pelo governo.
  • Direitos naturais: Locke argumentava que todos os seres humanos têm direitos naturais, que incluem o direito à vida, à liberdade e à propriedade. Esses direitos são inalienáveis e devem ser protegidos pelo governo.
  • Separação dos poderes: Locke defendia a separação dos poderes do governo em Legislativo, Executivo e Judiciário. Essa separação é uma forma de garantir que nenhum indivíduo ou grupo tenha um poder absoluto sobre os outros.

O Contrato Social

O Contrato Social de John Locke é uma teoria política que descreve a relação entre o governo e os cidadãos. Segundo essa teoria, as pessoas têm direitos naturais que o governo deve proteger, como o direito à vida, à liberdade e à propriedade. O Contrato Social é uma espécie de acordo tácito entre o povo e o governo, no qual o povo concede poder ao governo para proteger seus direitos.

De acordo com Locke, o Contrato Social implica em um acordo em que as pessoas se unem para criar um governo, que deve atuar em seu benefício e promover a segurança e a prosperidade da comunidade. Se o governo falha em cumprir seus deveres, as pessoas têm o direito de rebelar-se e substituí-lo por um novo governo.

O Contrato Social de Locke também estabelece que o poder do governo é limitado, e que ele não pode agir arbitrariamente ou em detrimento dos direitos do povo. Para garantir essa limitação do poder, Locke propôs a divisão do governo em três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

O Contrato Social de Locke foi uma importante contribuição para a teoria política moderna e influenciou muitos outros pensadores, incluindo os fundadores dos Estados Unidos. Sua ideia de que o governo deve proteger os direitos naturais das pessoas continua a ser uma importante base para a teoria política contemporânea.

O Liberalismo

John Locke é frequentemente considerado um dos principais teóricos do liberalismo clássico. Sua filosofia política enfatiza a importância dos direitos individuais, da liberdade e do governo limitado. Algumas das principais ideias de Locke que ajudaram a moldar o pensamento liberal incluem:

  • Direitos Naturais: Locke argumentou que os indivíduos têm direitos naturais inalienáveis, incluindo o direito à vida, à liberdade e à propriedade. Esses direitos são protegidos pelo governo, que é estabelecido pelo consentimento das pessoas.
  • Contrato Social: Locke acreditava que o governo deve ser baseado em um contrato social entre o povo e o governo. As pessoas concedem poder ao governo para proteger seus direitos, e o governo é responsável perante o povo.
  • Governo Limitado: Locke defendia a ideia de que o governo deve ter poderes limitados e estar sujeito à lei. Ele argumentava que o governo deve ser dividido em três poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário – para evitar o abuso de poder.
  • Liberdade Religiosa: Locke era um defensor da liberdade religiosa e argumentava que o Estado não deveria impor nenhuma religião em particular.

Essas ideias foram importantes na formação do pensamento liberal clássico e influenciaram muitos outros pensadores e movimentos políticos ao longo da história. O pensamento liberal baseado nas ideias de Locke é ainda uma das principais correntes de pensamento político na atualidade.

A qual corrente filosófica pertenceu John Locke?

John Locke pertenceu à corrente filosófica do empirismo. Ele acreditava que todo o conhecimento humano é baseado na experiência sensorial e que as ideias surgem da experiência. Locke enfatizou a importância da observação e da experiência como base para a compreensão do mundo e criticou a noção de que o conhecimento humano é inato ou inerente à mente. Além disso, Locke é conhecido por sua defesa da liberdade individual e do governo limitado, ideias que foram fundamentais para o desenvolvimento do liberalismo político.

O Iluminismo

Embora John Locke tenha vivido antes do Iluminismo, suas ideias tiveram uma grande influência no movimento iluminista que se seguiu. Locke é frequentemente citado como um dos precursores do Iluminismo, graças às suas ideias em relação à razão, à tolerância religiosa e à liberdade individual.

As ideias de Locke sobre a natureza humana e a capacidade de razão foram importantes para os filósofos iluministas que acreditavam na capacidade da razão para compreender o mundo e para melhorar a vida das pessoas. Locke também defendeu a tolerância religiosa, o que foi uma ideia central do Iluminismo e que se opunha à intolerância religiosa que ainda existia na época.

Além disso, as ideias de Locke sobre a liberdade individual e o papel limitado do governo foram importantes para o desenvolvimento do liberalismo político, que foi uma das correntes políticas centrais do Iluminismo.

Portanto, embora Locke não tenha sido um filósofo iluminista, suas ideias influenciaram significativamente o movimento e muitos dos seus princípios fundamentais.

John Locke e a Independência dos Estados Unidos

John Locke influenciou a independência dos Estados Unidos. Locke é considerado um dos pais do liberalismo político moderno. Suas ideias sobre a natureza humana, os direitos individuais, a liberdade e a propriedade foram muito influentes na época da Revolução Americana e foram incorporadas na Declaração de Independência dos Estados Unidos.

A Declaração de Independência, escrita em 1776 por Thomas Jefferson, inclui a afirmação de que “todos os homens são criados iguais” e têm o direito inalienável à “vida, liberdade e busca da felicidade”. Essa ideia é uma clara referência à filosofia de Locke, que afirmou que todos os indivíduos têm direitos naturais que não podem ser violados pelo Estado. Locke também argumentou que o poder do governo deve ser limitado e que os indivíduos têm o direito de rebelar-se contra um governo opressor.

Essas ideias de Locke foram fundamentais para a criação dos Estados Unidos como uma nação baseada em princípios de liberdade e igualdade. Muitos dos líderes da Revolução Americana, incluindo Jefferson, eram admiradores de Locke e foram influenciados por suas ideias políticas. Portanto, é justo dizer que Locke teve um papel significativo na independência dos Estados Unidos.

John Locke e a Revolução Francesa

Embora a Revolução Francesa tenha acontecido mais de um século após o falecimento de Locke, suas ideias sobre a natureza dos direitos humanos, a liberdade individual e o papel do governo no estabelecimento de um contrato social foram influentes para os pensadores da Revolução Francesa.

Os princípios de Locke foram retomados e desenvolvidos pelos filósofos iluministas franceses, como Voltaire, Montesquieu e Rousseau, que ajudaram a espalhar a ideia de que o poder do governo deve ser limitado e que o direito à liberdade individual deve ser respeitado. Essas ideias foram fundamentais na construção do movimento revolucionário francês e na elaboração de sua declaração de direitos humanos.

Além disso, as obras de Locke, como o “Segundo Tratado sobre o Governo Civil”, influenciaram diretamente alguns dos líderes revolucionários franceses, como Maximilien Robespierre e Jean-Jacques Rousseau. Eles usaram suas ideias para justificar a necessidade de uma república democrática na França e para criticar o absolutismo monárquico que existia antes da Revolução Francesa.

Livros

John Locke escreveu muitos livros importantes, incluindo:

  • “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” (An Essay Concerning Human Understanding)
  • “Dois Tratados sobre o Governo” (Two Treatises of Government)
  • “Carta sobre a Tolerância” (A Letter Concerning Toleration)
  • “Algumas Considerações sobre o Ensaio Sobre o Entendimento Humano” (Some Thoughts Concerning Education)
  • “Um Projeto para o Estabelecimento da Paz Perpétua na Europa” (A Project for a Perpetual Peace)
  • “Condução do Entendimento Humano” (Conduct of the Understanding)
  • “Sobre a Razão Humana” (On Human Reason)
  • “Sobre a Liberdade Civil e a Propriedade” (On Civil Government and Property)
  • “Um Discurso Sobre o Poder Político” (A Discourse on Political Power)
  • “Uma Defesa do Ensaio Sobre o Entendimento Humano” (A Defence of Mr. Locke’s Essay of Human Understanding)

Esses livros abrangem vários tópicos, incluindo epistemologia, política, educação, religião e moralidade. “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” e “Dois Tratados sobre o Governo” são considerados seus trabalhos mais importantes e influentes.

John Locke – Frases

Aqui estão algumas das frases mais famosas de John Locke:

  • “Ninguém é tão tolo que prefira a dor à felicidade.”
  • “A liberdade é a possibilidade de agir de acordo com a sua própria vontade, desde que essa vontade não viole as leis ou a liberdade de outra pessoa.”
  • “A educação começa no berço.”
  • “Acredito que a verdadeira fonte da lei é a razão e que ela não deve ser encontrada nas convenções ou nos costumes.”
  • “Os homens nascem livres e iguais em direitos.”
  • “O homem não nasce com ideias inatas, mas com uma mente em branco que é preenchida com a experiência sensorial.”
  • “A propriedade é um direito natural que surge do trabalho e da propriedade pessoal.”
  • “A ignorância do passado faz com que as pessoas repitam os mesmos erros.”
  • “O objetivo do governo é proteger os direitos naturais dos indivíduos.”
  • “A virtude é mais difícil de ser corrompida do que a riqueza.”


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