A tecnologia, a mídia e mudanças sociais

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A tecnologia, a mídia e mudanças sociais

A Sociologia estuda as formas como a cultura e as estruturas sociais influenciam a tecnologia e vice-versa.

Tecnologia é a aplicação da ciência para tentar resolver os problemas da vida cotidiana. A tecnologia introduz avanços e informações que desempenham um papel importante ao ajudar a sociedade a alcançar seus objetivos. 

É inegável que avanços tecnológicos como a televisão, o rádio, o computador, o avião, o satélite, o telefone e a Internet mudaram o mundo e o modo de vida de quase todos os seus habitantes de forma extremamente significativa.

De fato, a tecnologia introduzida no século 20 mudou de maneira irreversível a forma como as pessoas se conhecem, interagem, estudam, trabalham e se divertem.

A informação tecnológica cresce exponencialmente. Nas últimas décadas, houve uma “explosão” de tecnologia e informação. Avanços tecnológicos resultaram no aumento do conhecimento e da informação e, consequentemente, na descoberta de formas de aprimorar ainda mais a tecnologia. A tecnologia avança rapidamente. Os sociólogos estudam como as sociedades serão forçadas a se adaptar às mudanças sociais causadas pelos avanços tecnológicos.

Contudo, nem todos os membros de uma sociedade têm o mesmo grau de acesso aos progressos tecnológicos. A tecnologia frequentemente resulta em até maiores desigualdades sociais, pois à medida que avança, as diferenças sociais se tornam ainda mais gritantes.

Há duas formas de estratificação tecnológica. A primeira é o acesso desigual à tecnologia entre as diferentes classes sociais e regiões geográficas. Isso é denominado divisão digital. Esse fenômeno leva à segunda forma de desigualdade: as “lacunas de conhecimento”, que significa uma diferença de conhecimento, que é uma lacuna crescente entre aqueles que tem mais e os que tem menos acesso à tecnologia. Países mais ricos e as classes sociais mais altas estão mais expostos à tecnologia e, consequentemente, tem mais acesso às melhores oportunidades de empreendedorismo e trabalho.

A Tecnologia e os Meios de Comunicação

A Tecnologia e os Meios de Comunicação

A tecnologia criou novos meios de comunicação, que criaram novas formas de ação e interação no mundo social. A tecnologia e os meios de comunicação estão interligados. Hoje, é impossível discutir os meios de comunicação e as formas como as sociedades se comunicam sem abordar o rápido progresso da tecnologia. De fato, a tecnologia determina como e de que forma as informações são compartilhadas.

Novas tecnologias possibilitam a interatividade com o mundo, facilitam o acesso à informação e influenciam como interagimos com outras pessoas. Assim, a tecnologia cria novas formas de comunicação e de tipos de relacionamentos sociais, tanto pessoais como profissionais.

Por exemplo, a tecnologia influencia como e onde as pessoas trabalham. Graças aos avanços tecnológicos, uma pessoa pode trabalhar remotamente: por meio de um computador e de acesso à Internet, pode estar constantemente conectada às pessoas com quem trabalha. Hoje, é fácil se comunicar instantaneamente com pessoas que vivem em outras cidades ou países. A telecomunicação permite que empregados trabalhem fora do local de trabalho tradicional. Essa forma de trabalho ajudou muitas pessoas a adentrar o mercado de trabalho, inclusive deficientes físicos e mães que precisam passar a maior parte do dia em casa, cuidando de seus filhos.

A tecnologia mudou a forma de muitas pessoas se comunicarem no dia a dia: a presença física para interagir com os outros se torna menos necessária à medida que mais pessoas se comunicam virtualmente. Além disso, os meios de comunicação transformaram a organização espacial e temporal da vida social, criando novas formas de ação e interação e novos modos de exercer poder, que não mais dependem de uma localização fixa.

Os meios de comunicação

Os meios de comunicação são outro agente de socialização. Os programas de televisão, os filmes, a música popular, as revistas, os sites na Internet e outras formas de mídia de massa influenciam nossas visões políticas, nossos interesses e preferências, a forma como enxergamos homens, mulheres e membros de minorias e nossas crenças e valores em geral.

Os meios de comunicação são frequentemente culpados tanto pela violência praticada por jovens como pelos outros males da sociedade. Estima-se que ao assistir aos filmes e aos programas de televisão, uma criança é exposta a milhares de cenas de violência. Isso pode exercer uma enorme influência negativa sobre as crianças e os jovens. Ao mesmo tempo, os comerciais transmitidos pelos meios de comunicação influenciam o nosso cotidiano: o que comemos e bebemos, como nos vestimos e os bens materiais que adquirimos.  Os meios de comunicação também reforçam estereótipos de gênero e de raça. Em alguns casos, pelo fato de alguns meios de comunicação objetivarem os corpos de mulheres, levam alguns homens a acreditar que elas nada mais são do que objetos sexuais.

A tecnologia e os meios de comunicação promovem a globalização. A comunicação globalizada cria uma cultura mundial. As mesmas notícias e os mesmos programas podem ser transmitidos simultaneamente no mundo inteiro. Assim, as informações difundidas ao redor do mundo são as mesmas.

Hoje, graças à tecnologia, há também uma uniformização de hábitos de consumo que ocorre como consequência do contato entre diferentes culturas. Assim, o mundo se torna cada dia mais globalizado.  A circulação de ideias e de informações também gera novos comportamentos, fomenta o desejo por maior liberdade e promove a universalização de valores democráticos.

A Internet

A Internet é uma rede, em escala mundial, com milhões de computadores conectados. Por meio da Internet, as pessoas podem compartilhar informações escritas, sons, imagens, fotos, vídeos, etc. O número de pessoas que utilizam a Internet cresce constantemente.

A Internet foi originada a partir de um sistema criado pelo Departamento de Defesa norte-americano para garantir que os Estados Unidos mantivessem uma rede de comunicações que nem mesmo um ataque nuclear seria capaz de destruir. Durante as décadas de 1970 e 1980, a Internet era utilizada apenas pelo governo dos Estados Unidos e seu uso era limitado a fins militares e acadêmicos. Em 1995, a Internet foi aberta ao público. Poucos anos mais tarde, centenas de milhões de computadores ao redor do mundo já estavam conectados à Internet.

Os sociólogos estudam as implicações sociais da Internet: as novas formas de interação entre as pessoas, as comunidades virtuais, o crime cibernético, etc. Esses são todos fenômenos relativamente novos. O Google, por exemplo, foi criado em 1998, a Wikipédia em 2001, o Facebook em 2004 e o YouTube em 2005.

A Internet é uma entidade profundamente democrática. Praticamente qualquer pessoa pode criar um site ou um blog e utilizá-lo para transmitir seus pensamentos, crenças e opiniões – políticas, sociais, religiosas, etc.  Os sociólogos também estudam como a Internet leva à desigualdade social e à exclusão social. A Internet exemplifica o que ocorre graças à exclusão digital. Por um lado, muitas pessoas acessam e usam a Internet praticamente todos os dias: pagam contas online, fazem compras, pesquisam informações e se comunicam com outras pessoas. Para tais pessoas, a Internet está melhorando e modernizando sua vida. Por outro lado, há pessoas que não possuem acesso à Internet ou não sabem como utilizá-la e, consequentemente, são privadas dos benefícios, das oportunidades sociais e das praticidades que essa nova tecnologia oferece. A exclusão digital causa com que certos grupos da sociedade sejam segregados. Tais grupos são formados por pessoas que não têm acesso a computadores e à Internet e por pessoas mais velhas, que não se mantêm a par de inovações tecnológicas.  

A Internet é certamente uma forma extremamente ágil e eficaz de comunicação. Contudo, há críticos que argumentam que a Internet pode ser prejudicial, pois permite que jovens e crianças tenham livre acesso à pornografia. Ainda mais preocupante é o fato de predadores sexuais usarem a Internet para identificar vítimas em potencial. A Internet também pode resultar em outros males: o isolamento social, a difusão de informações falsas, o plágio, o distanciamento entre familiares, etc.  

Mídias Sociais

Mídias Sociais

As mídias sociais são uma forma de interação social que cresce continuamente. Por meio de sites como o Facebook, o Twitter e o Instagram, a mídia social oferece uma nova maneira para as pessoas se agruparem. Por meio da mídia social, os sociólogos estudam a forma como grupos são formados e administrados.

Pela primeira vez na história, a localização física deixou de ser uma barreira que delimita uma sociedade. No mundo virtual, a interação física raramente ocorre, mas há dezenas de milhares de sociedades na Internet. Um fenômeno que os sociólogos analisam é a forma como tais comunidades na Internet estão interligadas e como elas afetam as sociedades do mundo real.

O crescimento da mídia social é, de fato, impressionante. Consideremos o Facebook, quiçá o mais famoso site da rede social. Em janeiro de 2009, havia 150 milhões de pessoas cadastradas no Facebook. Em janeiro de 2014, já havia 1.23 bilhão.

Como se explica o crescimento da mídia social? Por que se tornou tão popular? Para responder a tais perguntas, é necessário entender que os relacionamentos humanos são o principal motivo pelo sucesso da mídia social. Esta oferece um novo canal para a constituição de redes sociais. De fato, os seres humanos precisam de redes sociais: estas constituem uma das principais fontes de felicidade e realização. Geralmente, quanto mais os seres humanos interagem com os outros, mais felizes se sentem. Quando as pessoas se envolvem em redes sociais, passam a impactar a vida pessoal e profissional de outros indivíduos por meio da difusão e do compartilhamento de informações e ideias.

Um papel fundamental que a mídia social desempenha é o de expandir as fronteiras de nossos círculos sociais e mudar a forma como nos relacionamos e interagirmos com outras pessoas. Hoje, muitas pessoas têm “amigos do Facebook” – pessoas que mal conhecem, mas com quem compartilham informações, fotos, opiniões políticas, etc. A mídia social permite que tanto notícias banais (por exemplo: “Não consigo dormir!”) como importantes (por exemplo: um ataque terrorista) sejam compartilhadas com centenas e até milhares de pessoas. Vinte anos atrás, para se comunicar algo a outras pessoas – como um noivado –, era necessário escrever uma carta ou telefonar. Ligava-se, no máximo, para dezenas de pessoas. Hoje, podemos comunicar informações para centenas ou milhares de pessoas com um mero click do mouse, por meio do Facebook, do Twitter, de um blog, etc.  O círculo da comunicação nunca foi maior e continua em expansão.

Vale ressaltar que um site como o Facebook não é utilizado apenas para interagir com outras pessoas. Também é utilizado por empresas para divulgar produtos, por canais de televisão para promover filmes e seriados e para celebridades se comunicarem com seus fãs. Mesmo a televisão passou a ser uma forma de mídia interativa, pois incentiva as pessoas a compartilhem na Internet suas opiniões sobre os programas transmitidos. A mídia social forçou a mídia tradicional a reavaliar a forma como atua, como transmite notícias e como se relaciona com seus espectadores.

Um dos principais motivos para o sucesso das mídias sociais é que são acessíveis às pessoas a uma velocidade incrível. É a interatividade das mídias sociais que desperta o interesse das pessoas. Por meio da mídia social, as pessoas se tornam mais relevantes, pois exercem mais influência sobre outras. De fato, as mídias sociais são canais poderosos, pois podem influenciar a vida de muitas pessoas. Todos nós fazemos escolhas no nosso dia a dia: tais escolhas são influenciadas pela mídia, inclusive pela mídia social.

Comunidades Virtuais

Sites como o MySpace e o Facebook, salas de bate-papo online e sites de namoro permitem que uma pessoa se defina como membro de um grupo ou categoria.  Isso leva a divisão de pessoas em diferentes grupos. À medida que as pessoas se categorizam e passam a fazer parte de um grupo, as redes sociais e comunidades on-line são criadas. Isso significa que a localização física não mais previne alguém de fazer parte de uma comunidade: indivíduos podem formar laços com outras pessoas mesmo sem as conhecer pessoalmente. Essas comunidades on-line, assim como as comunidades reais, possuem suas próprias diretrizes, cultura, normas e expectativas. A Sociologia se interessa muito pelo fenômeno da comunidade on-line.

Mídias Sociais e Movimentos Sociais

A Internet tem desempenhado um papel importante na mobilização política. Foi utilizada como instrumento para mobilizar protestos no Brasil, no Oriente Médio e em outras partes do mundo. Sites como o Twitter, o YouTube e o Facebook desempenharam um papel fundamental durante as manifestações políticas que causaram a queda de vários regimes. Por meio desses sites, difundiram-se informações, como relatos de violência contra os manifestantes. Ao mesmo tempo, a Internet permitiu que os manifestantes compartilhassem seus objetivos e ambições com pessoas ao redor do mundo.

A mídia social foi de grande importância para eventos que marcaram o mundo nos últimos anos. Exemplos: a eleição do Presidente Barack Obama, em 2008, a “Rebelião Twitter”, ocorrida no Irã, em 2009, a eclosão de revoluções no mundo árabe, como a “Revolução do Facebook” no Egito, em 2011, e os protestos ocorridos no Brasil em 2013. Essas novas formas de comunicação são uma fonte de poder inédito para quem as sabe utilizar.

À medida que ocorrem tais eventos, sociólogos, ativistas e governos de vários países se perguntam como as mídias sociais estão mudando o mundo. Alguns sociólogos e analistas políticos afirmam que as mídias sociais estão abrindo caminho para a democracia em países cujo regime é ditatorial, pois um dos principais objetivos por trás dessa nova tecnologia é a interação social em grande escala. Governos totalitários, por exemplo, tiranizam o povo, controlam os meios de comunicação e censuram as notícias. Pode-se afirmar, portanto, que a tirania é um monologo. Mas à medida que a população que vive sob o totalitarismo passa a ter acesso à mídia social, o governo não tem mais como prevenir que ocorra o diálogo. Essa liberdade de expressão promovida pela mídia social ameaça os regimes ditatoriais.

Qual tem sido o impacto da era eletrônica sobre movimentos sociais e suas consequências? Vinte e cinco anos atrás, não havia telefones celulares, a Internet ou mídias sociais. Ativistas organizavam passeatas por meio de folhetos e contatavam a mídia com a esperança de que um jornal publicasse uma nota sobre a passeata organizada. Se a mídia não demonstrasse interesse, poucas pessoas ficariam sabendo do evento. Hoje, isso não é mais necessário: as mídias sociais e os “smartphones” permitem que anunciemos eventos, protestos e manifestações para um número praticamente ilimitado de pessoas. Uma mensagem no Facebook pode resultar em uma grande manifestação pública que envolva milhares e até milhões de pessoas.

As mídias sociais ao redor do mundo facilitam a organização de grandes manifestações. O mundo presenciou esses fenômenos recentemente. Em junho de 2009, milhares de manifestantes, a maioria deles jovens, saíram às ruas no Irã para protestar contra a eleição presidencial, que havia sido manipulada pelo governo para se reeleger. O governo iraniano tentou pôr um fim aos protestos e proibiu os jornais de noticiá-los, mas os manifestantes utilizaram o Twitter para relatar ao mundo e aos outros manifestantes no Irã que a polícia iraniana estava abafando os protestos. Os manifestantes utilizaram a mídia social para planejar e coordenar seus próximos passos: por meio de telefones celulares, transmitiram fotos e vídeos dos protestos e da repressão policial. O governo iraniano tentou bloquear o Twitter e as mensagens de texto, mas pessoas morando em outros países, que apoiavam os manifestantes iranianos, tomaram medidas para impedir o bloqueio. Os protestos contra a eleição iraniana em 2009 revelaram o poder do Twitter e da mídia eletrônica em influenciar manifestações e protestos públicos.         

A mídia social foi utilizada por ativistas que organizaram e deram origem à Primavera Árabe, que resultou na queda do regime do Egito, da Tunísia, da Líbia e do Iêmen. A Primavera Árabe resultou em levantes na Síria e em Bahrain e forçou outros países árabes, como a Jordânia, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos a conceder mais direitos à sua população.

À medida que a Primavera Árabe se espalhou pelo Oriente Médio, os governos árabes passaram a temer o poder da Internet e da mídia social. O ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, tentou limitar o acesso à Internet em seu país durante os 18 dias de protesto, que ocorreram no final de janeiro e início de fevereiro de 2011. Tornou-se evidente, porém, que o governo não mais conseguia controlar o fluxo de informações que era transmitido pelos cidadãos egípcios ao exterior.

Durante os protestos da Primavera Árabe, as pessoas passaram a utilizar a mídia social – sites como o Facebook, o YouTube e o Twitter – para postar mensagens das manifestações e para transmitir imagens que revelaram os abusos cometidos pelas forças de segurança de seu país. Ao mesmo tempo, criaram páginas na mídia social para organizar os protestos. De fato, o Facebook foi utilizado para organizar muitos protestos no Mundo Árabe. Durante os protestos ocorridos no Egito e na Tunísia, a maioria das pessoas recebia informações por meio de sites de mídia social.

A mídia social tem desempenhado um papel fundamental na mobilização, capacitação e formação de opiniões. De fato, ela fomenta mudanças e transmite informações mesmo de lugares remotos para outras localizações, nacionais e internacionais. Dessa forma, permite que sejam relatados eventos que ocorrem em lugares tradicionalmente ignorados pela mídia. A mídia social promove um processo decentralizado de geração de notícias. 

Desde o surgimento das mídias sociais, os regimes autoritários têm tentado bloqueá-las ou utilizá-las para monitorar e lutar contra manifestantes.
É interessante notar que alguns analistas políticos acreditam que a mídia social foi o principal instigador da Primavera Árabe. Já outros acreditam que a mídia social foi apenas uma ferramenta utilizada pelos manifestantes, e não a causa do levante popular em vários países árabes.

Biotecnologia

Nas últimas décadas, a biotecnologia tem produzido grandes avanços científicos – alguns deles, porém, bastante polêmicos. A biotecnologia é o uso da tecnologia na prática da Medicina. Avanços tecnológicos nas áreas de tecnologias reprodutivas, pré-seleção sexual e engenharia genética têm gerado polêmica ao levantar questões políticas, éticas e morais.

Por exemplo, as técnicas de pré-seleção de sexo – utilizadas por casais para poderem escolher o sexo de seus filhos – são motivo de polêmica. Os críticos apontam que a sociedade não tem como prever as consequências dos desequilíbrios de gêneros que podem ser causados pela pré-seleção de sexo. Será que as pessoas preferirão um sexo mais que o outro? Como isso virá a influenciar o casamento e a família? 

Um dos mais recentes avanços no campo da Engenheira Genética é a Terapia Genética, em que engenheiros genéticos podem desativar genes que contêm traços indesejáveis e os substituírem por genes com traços desejáveis. Embora tais avanços abram a possibilidade de curar organismos e erradicar certas doenças e deficiências, a Terapia Genética ainda se encontra em fase experimental.

Por motivos evidentes, certos grupos de pessoas apoiam a Engenharia Genética, pois esperam que tal campo de estudo levará à cura de doenças terríveis. Os sociólogos estudam como tais avanços médicos impactam as sociedades.

Defasagem Cultural

Defasagem cultural refere-se às mudanças tanto na cultura material como na cultura não material que ocorrem a velocidades diferentes. Em geral, mudanças na cultura não material não acompanham as mudanças na cultura material, inclusive em relação aos avanços tecnológicos.

A tecnologia avança a um ritmo acelerado, mas nossos sentimentos e crenças em relação às mudanças tecnológicas (tais sentimentos fazem parte de nossa cultura não material) não se formam tão rapidamente.

Exemplificando: a tecnologia que permite que as pessoas se conheçam on-line existe há anos. Mas a forma como as pessoas devem se comportar em sites de “namoro on-line” ainda não foi definida. Em outras palavras, a tecnologia e o conhecimento de como utilizá-la não se desenvolvem simultaneamente. Além disso, não há respostas definitivas sobre como melhor utilizar tal tecnologia. Por exemplo, quanto tempo as pessoas devem se comunicar on-line antes de se conhecerem pessoalmente? Podemos confiar nas pessoas que conhecemos on-line?  

Pode-se afirmar que a tecnologia trouxe consigo não apenas soluções, mas também perguntas e incertezas.

Sumário

- A Tecnologia e os Meios de Comunicação
- Os meios de comunicação
- A Internet
i. Mídias Sociais
ii. Comunidades Virtuais
iii. Mídias Sociais e Movimentos Sociais
- Biotecnologia
- Defasagem Cultural