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REDAÇÃO
A seguir, você encontrará alguns fragmentos do romance O arroz de Palma de Bernardo Azevedo publicado pela Ed. Record, RJ, em 2008. Estes trechos de ficção não devem ser reproduzidos na sua produção textual, nem no que diz respeito à forma nem ao gênero. Como toda literatura, essa seleção tem por objetivo apenas ajudá-lo a desenvolver suas próprias ideias sobre a questão abordada.
herança
“Terminado o lanche, Leonor, Nicolau, Joaquim e eu somos chamados ao quarto de Tia Palma. A herança deixada por ela comove. A quarta cadeira, onde costumava se sentar, fica para mim. A caixinha de jóias é entregue a Leonor. A imagem de São Joaquim, na família há algumas gerações, passa a pertencer ao Joaquim, é claro. Para o Nicolau, vão duas libras esterlinas de ouro, primeiro dinheiro que Tia Palma ganhou no Brasil, por ter lavado, passado e engomado as camisas dos oficiais de um navio britânico que, durante um mês, esteve ancorado no porto do Rio de Janeiro.
 — Se ainda quiserem algumas outras recordações, podem levar. Todos os pertences de Palma estão cá neste quarto.
 Leonor, visivelmente emocionada, pergunta se mamãe se importa de ela ficar com a mesinha que também é caixa de costura. O pequeno móvel e seus apetrechos sempre a encantaram, desde menina.
 — Imagina, filha! Já disse, guarda da tua tia o que quiseres.
 Faço também o meu pedido. Se os irmãos estiverem de acordo, gostaria ainda de levar como lembranças a caneta e o mata-borrão. Problema nenhum, todos acham justo. Eu sou o que gosta de escrever. Mamãe se alegra com a decisão rápida e unânime.
 — Estarão em boas mãos.
 Nicolau e Joaquim não fazem ideia do que ainda possam querer. Pensam um pouco, olham ao redor e dizem que o que receberam está de bom tamanho.
 A partilha fácil e harmoniosa de Tia Palma me obriga a pensar. ...” p. 250-251
sangue
“Insisto: não há “Família à Oswaldo Aranha”, “Família à Rossini”, “Família `Belle Meunière” ou “Família ao molho pardo” – em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa, repito, gosta de preparar a família a seu jeito. Os Alves Machado, por exemplo, nunca puderam ter filhos. Isabel é adotiva. Nenhuma ideia de quem foram os pais verdadeiros. Quero dizer os pais biológicos. Os pais verdadeiros, ao meu ver, são o senhor Avelino e dona Maria Celeste, que a receberam ainda recém-nascida, e que, indiferentes ao sangue que lhe corria nas veias, criaram-na e a educaram. Deram-lhe amor. Isabel soube ser grata. Principalmente, por não lhe terem escondido a verdade. Todos sabiam a história da adoção. Quando começamos a namorar sério, ela tocou no assunto sem nenhum desconforto. Queria que eu estivesse mesmo ciente de que, se viéssemos a casar, nossos filhos não saberiam, por parte dela, a origem do sangue.
 — Se é sangue bom, se é sangue ruim... não faço ideia, Antonio.
 — E daí, minha querida? Que importância tem isso?
 Hoje, velhinho, aqui nessa cozinha, acho graça do diálogo que já vai longe. Afluentes de um rio somos todos, eu disse a ela. Artérias de uma só veia que deságua no coração: a veia artística. Criadores de nós mesmos, nos inventamos e reinventamos sem trégua, diariamente. A cada experiência, boa ou má, nasce um outro eu de nossa própria autoria. O talento é dado a todos, sem exceção. Por instinto e vocação, todos nos concebemos, nos rascunhamos, nos passamos a limpo e nos apresentamos em público na versão que julgamos menos falha ou mais convincente. Depois, voltamos corajosamente para dentro de nós e labutamos. Tentamos nos emendar, nos corrigir. Cortamos aquela parte que nos incomoda ou não soa bem e acrescentamos algo que agora nos dá sentido. O que há de errado com nossa forma e conteúdo? Que dieta precisamos fazer, que ginástica, que corte de cabelo? Que livro nos falta? Que ousadia, que idioma, que habilidade? Que sentimento é preciso? Que carícia, que estímulo? Que mulher, que homem em nossa cama? Que figurino para festas? Que roupa para enterro? Ninguém mais fala em luto fechado ou luto aliviado. A morte já não exige tanto. Nossa dor ficou um pouco mais leve e confortável, podemos usar jeans sem medo. Ao final, que diferença faz o sangue? Então, por que nossos pais têm sangues diferentes? Que fator RH nos fará mais felizes? Que grupo sanguíneo nos reunirá de verdade para beber e cantar em torno da mesma mesa? Breve tocará o sinal e o Professor Deus tomará a minha prova. Tantas questões por responder. Afluentes de um só rio somos todos, acredito. Artérias de uma só veia que deságua no coração. Bela missão essa que nos foi dada: a de nos criarmos e recriarmos pacientemente a cada dia. Sem que o sangue jamais nos suba à cabeça, é o que eu peço. Família somos todos.” p. 124 -126
Produza um texto dissertativo-argumentativo no qual você expresse de forma clara, coerente e bem fundamentada suas ideias acerca da relação entre a herança biológica, cultural, social, enfim, humana que cada um recebe durante a vida e a pessoa que vem a ser no seu dia a dia.
Serão valorizadas a pertinência e a originalidade de seus argumentos.
Você deverá contextualizar o tema, discutir posições e manifestar seu posicionamento sem perder de vista a sociedade em que vivemos.
O seu texto deve apresentar um título sugestivo e ter cerca de 25 linhas.
NÃO ASSINE O TEXTO.
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