Tipos de Rochas e Minerais

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Tipos de Rochas e Minerais

Os tipos de rochas e minerais são classificados conforme sua gênese. Essas duas estruturas sólidas compõem a litosfera terrestre. Diferenciar os tipos de rochas e minerais é importante para o estudo das Ciências da Terra.

O mineral é um material sólido formado por um elemento ou uma composição química encontrado em todas as camadas geológicas da Terra. Exemplos de minerais são o ouro, o diamante, o talco e o quartzo. A rocha, por sua vez, é um composto de minerais, podendo conter também elementos orgânicos. O basalto, o arenito, o granito e o mármore são exemplos de rocha. As rochas e minerais são objeto de ampla exploração econômica: os chamados "minerais preciosos", tais como o diamante e o ouro, são a matéria prima das joias que enfeitam as pessoas; o granito, formado pelos minerais quartzo, mica e feldspato, é utilizado na fabricação de pisos, pias e na pavimentação de rampas que dão acesso às residências.

As rochas conhecem um processo constante de transformação - denominado de ciclo das rochas - pelo qual rochas antigas tornam-se novos tipos de rocha.

TIPOS DE ROCHAS

Ao longo do processo de formação do planeta, a crosta terrestre, ou litosfera, conheceu a geração de diversos tipos de rochas. Essas se dividem, quanto à sua origem, em três tipos:

  • magmáticas ou ígneas
  • sedimentares
  • metamórficas

As quatro porções da Terra
As quatro porções da Terra

No início de sua formação, a litosfera era constituída por rochas que se consolidaram com o resfriamento do magma - são as chamadas rochas ígneas ou magmáticas. Essas formações rochosas, ao entrarem em contato com o ar, a água e as geleiras, passaram a sofrer a ação do intemperismo (decomposição química e desagregação mecânica), tornado-se, assim, particularizadas e específicas, o que possibilitou seu transporte por agentes erosivos (vento, chuvas, e geleiras) a depressões do relevo, que passaram a ser preenchidas por sedimentos que, também através de processos físicos e químicos, consolidaram-se como rochas sedimentares. O terceiro tipo de rocha que se forma na crosta terrestre é a metamórfica, que consiste na transformação, no interior da crosta, das rochas ígneas e sedimentares em função da pressão e de altas temperaturas.

As rochas sedimentares surgem pela acumulação de material orgânico e de detritos ou fragmentos de outras rochas. As rochas sedimentares podem ser detríticas (quando sua origem decorre de detritos), orgânicas e químicas. O processo de formação das rochas sedimentares é chamado de intemperismo, causado por agentes físicos, químicos e biológicos. Quando as rochas são decompostas por agente físicos e biológicos ocorre o intemperismo físico. Quando a decomposição é gerada por um agente químico, ocorre o intemperismo químico.

EXEMPLOS DE INTEMPERISMO

As variações de temperatura provocam a decomposição das rochas, cujos minerais se dilatam quando aquecidos e se contraem em áreas de clima frio (intemperismo por agente físico);

A pressão exercida pelas raízes de um vegetal quando penetram as rochas podem provocar sua desintegração (intemperismo por agente biológico);

A decomposição das rochas também pode ser provocada pela penetração da água, que altera a sua estrutura química (intemperismo por agente químico).

As rochas magmáticas ou ígneas são criadas pela solidificação do magma, quer no interior, quer na superfície da crosta terrestre. A solidificação no interior do planeta é sempre lenta, à superfície é rápida. O granito é um exemplo de rocha formada nas profundezas da Terra; o basalto é resultante da solidificação rápida de magma na superfície.

As rochas metamórficas são geradas pelas alterações de temperatura, pressão e profundidade sofridas pelas rochas magmáticas ou sedimentares. Portanto, qualquer tipo de rocha, quando transformada, é uma rocha metamórfica. O mármore, por exemplo, resulta das mudanças do calcário.

Denominamos de rochas cristalinas aquelas que, magmáticas ou metamórficas, possuem uma estrutura molecular ordenada. Formadas por compactação, as rochas sedimentares cobrem 75% da superfície terrestre, formando uma fina camada superficial que compreende apenas 5% do volume da crosta terrestre.

OS SOLOS

Chamamos de solo a superfície da crosta terrestre, permanentemente alterada pelo intemperismo e onde nasce e se desenvolve a vida vegetal. Todo solo é formado por sedimentos provenientes da desintegração das rochas, misturados com vários materiais orgânicos, frutos da decomposição de plantas e animais.

Os solos, quanto a origem, estão divididos em três tipos:

  • solos orgânicos
  • solos aluviais
  • solos eluviais

Os solos orgânicos são resultantes da sedimentação de material orgânico. As florestas e as planícies cobertas de vegetação rasteira são exemplos de solos orgânicos. Em ambos os casos, os elementos vegetais mortos sofreram decomposição, gerando o humo. Por essa razão, tais solos são conhecidos como humíferos. A Planície Polonesa, que se estende da Polônia até a Rússia, é um bom exemplo de solo orgânico, daí decorrendo sua impressionante fertilidade.

Os solos aluviais são criados por sedimentos transformados em lugares distantes e transportados pelas águas dos rios e pelos ventos. As áreas ribeirinhas são exemplos de solos aluviais.

Os solos eluviais são formados pela decomposição de um certo tipo de rocha e sempre aparecem em locais onde as rochas matrizes foram transformadas pela intemperização. A produção de café que, por um longo período, foi a causa responsável pela prosperidade de São Paulo, deu-se em terras roxas derivadas das alterações sofridas pelo basalto, rocha de origem magmática. Também o plantio da cana de açúcar, produto que marcou o inicio da colonização do Nordeste brasileiro, foi possível graças a um tipo de solo denominado massapé, fruto das transformações do calcário, este de origem sedimentar.

EROSÃO

A erosão é o fenômeno do desgaste do solo pela ação de inúmeros agentes, quer naturais, quer humanos. Os principais fatores de erosão são as correntes de água (erosão hídrica), principalmente quando escorrem em terrenos de muita declividade ("descida"), as geleiras e o vento (erosão eólica). As regiões onde a vegetação é pouca ou inexistente e as áreas vitimadas pelo desmatamento são as que mais rapidamente conhecem o processo de erosão, com graves consequências para o meio ambiente. A erosão, ao destruir o solo, abala o equilíbrio da natureza, prejudicando principalmente as atividades agrícolas. Estas, quando empregam métodos inadequados, também aceleram a erosão. No Brasil, ainda é usada a prática das queimadas, que destrói a matéria orgânica do solo. Por essa razão, elas devem ser evitadas, pois a defesa dos solos é uma tarefa prioritária para a sobrevivência humana no planeta Terra.

Sumário

- Tipos de Rochas
- Os Solos
- Erosão