Problemas Respiratórios
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Centro respiratório
A respiração espontânea depende completamente das descargas rítmicas do centro respiratório no bulbo, pelo menos em mamíferos adultos. O centro respiratório está localizado na formação reticular da parte caudal do bulbo e acha-se dividido em: centro inspiratório, cujos neurônios provocam inspiração quando estimulados, e centro expiratório, parcialmente superposto ao primeiro, cujos neurônios causam expiração ativa quando estimulados.
A elevação da PCO2 ou da concentração dos íons H+ (redução do pH) no sangue arterial ou a diminuição da PO2 aumenta o nível de atividade do centro respiratório. As modificações em sentido contrário têm efeito levemente inibidor.
Aclimação ou adaptação
Uma adaptação à altitude é possível, graças a uma variedade de mecanismos de compensação. A alcalose respiratória (aumento do pH) produzida pela hiperventilação desloca a curva de dissociação da oxiemoglobina para a esquerda; há aumento concomitante de 2,3-DPG dos eritrócitos, o que tende a diminuir a afinidade da hemoglobina pelo O2, produzindo maior disponibilidade de oxigênio para os tecidos.
A secreção de eritropoietina se eleva prontamente quando de uma ascensão a determinada altitude, passando a cair nos 4 dias seguintes, à medida que aumenta a resposta ventilatória e se eleva a PO2 arterial. O aumento de eritrócitos circulantes desencadeado pela eritropoietina se inicia dentro de 2 a 3 dias e é sustentado durante todo o tempo em que o indivíduo permanece a grande altitude.
Há também alterações compensatórias a nível dos tecidos: aumenta o número de mitocôndrias, que são os locais das reações oxidativas, e ocorre um aumento de mioglobina, o que facilita o movimento de O2 dentro dos tecidos. Há ainda um aumento do teor de citocromo-oxidase tissular.
Efeitos retardados de grandes altitudes
Muitos indivíduos, quando sobem pela primeira vez a grandes altitudes, desenvolvem o transitório "mal das montanhas". Essa síndrome se desenvolve 8 a 24 horas após a chegada e dura 4 a 8 dias. Caracteriza-se por cefaleia, irritabilidade, insônia, dispneia (dificuldade na respiração), náuseas e vômitos. Sua causa é desconhecida, mas os sintomas se reduzem ou são prevenidos se a alcalose é diminuída por exemplo pelo tratamento com acetazolamida.
O edema pulmonar causado por grandes altitudes é um fenômeno interessante que costuma ocorrer em indivíduos que sobem rapidamente a altitudes acima de 2.500 m e exercem atividade física pesada durante os primeiros 3 dias após a chegada. Também é observada em pessoas aclimatadas em grandes altitudes que passam 2 semanas ou mais ao nível do mar e depois voltam.
Parada respiratória
A ventilação pode ser sustada voluntariamente durante um certo tempo, mas, finalmente, o controle voluntário é vencido. O ponto no qual o controle voluntário não pode mais impedir a ventilação é chamado ponto de interrupção. A interrupção da parada voluntária deve-se ao aumento da PCO2 arterial e à queda da PO2.
Efeitos respiratórios de outros reflexos viscerais
O vômito, a deglutição e a gagueira provocam modificações respiratórias. A inibição da respiração e o fechamento da epiglote durante estas atividades não somente evitam a aspiração do alimento ou do vômito para dentro da traqueia, mas também, no caso do vômito, fixam o tórax de tal modo que a contração dos músculos abdominais aumenta a pressão intra-abdominal. Fechamento da epiglote e inibição da respiração ocorrem durante um esforço voluntário e involuntário, de modo semelhante.
O soluço é uma contração espasmódica do diafragma que provoca uma inspiração durante a qual a epiglote fecha subitamente. O fechamento da epiglote é responsável pela sensação e pelos ruídos característicos.
Sumário
- Centro respiratório
- Aclimação ou adaptação
- Efeitos retardados de grandes altitudes
- Parada respiratória
- Efeitos respiratórios de outros reflexos viscerais
- Hipóxia
- Cianose
- Asfixia
- Afogamentos
- Doença de descompressão
- Aeroembolismo


