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Receba as novidades do blog do EducaBrasTranstorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
Publicado em 15 de May de 2019
Algumas crianças têm crises nervosas; outras, muita dificuldade em permanecer calmas e caladas. Outras ainda iniciam uma tarefa e se esquecem das instruções que receberam para desempenhá-la. Esses são apenas alguns dos sintomas de crianças com TDAH.
Aqueles que têm filhos que sofrem de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) frequentemente sentem que sua tarefa como pai ou mãe é extremamente exaustiva, pois tais crianças requerem muita atenção e dão muito trabalho no lar e na escola.
O transtorno pode ser tão desagregador que, mesmo quando há apenas uma suspeita dele, alguns médicos chegam a prescrever medicamentos até para crianças que nem sequer completaram cinco anos.
Aqueles com TDAH em geral são desordeiros e não têm bom desempenho na escola. São também maus alunos: bagunceiros, rebeldes, desinteressados e preguiçosos. Atualmente, há muito mais meninos que meninas com esse diagnóstico.
Sofrer de TDAH não significa simplesmente ser hiperativo. O transtorno se manifesta de várias maneiras: extrema falta de concentração, atitudes muito impulsivas e, em alguns casos, comportamentos hiperativos, responsáveis por tornar a pessoa simplesmente incapaz de ficar parada. A dificuldade de aprendizagem de muitas delas, em especial de numerosas crianças, é consequência direta do TDAH.
Uma pessoa com esse distúrbio costuma apresentar vários dos seguintes sintomas:
- demonstra impulsividade. Age sem levar em consideração as possíveis consequências de seus atos,
- não tem motivação para completar uma atividade que considera monótona,
- demonstra incapacidade de ficar parada ou sentada, sem se mexer,
- desconcentra-se com grande facilidade,
- interrompe os outros, não permitindo que outra pessoa termine de falar,
- é impaciente,
- reage de forma exagerada a estímulos,
- tem dificuldade para dormir,
- é desorganizada e bagunceira e vive perdendo coisas,
- é incapaz de fazer planos e de se organizar,
- não consegue ficar em silêncio; fala sem parar,
- tem dificuldade em prestar atenção,
- esquece-se das coisas com facilidade,
- tem dificuldade em seguir instruções.
Para crianças com TDAH, o simples tique-taque de um relógio ou um vislumbre na janela bastam para distraí-la, a ponto de elas deixarem de ouvir o que estão lhe dizendo. Mas quando um assunto é de seu interesse, essas mesmas crianças conseguem se concentrar no que estão fazendo, lendo, vendo ou ouvindo.
Elas costumam agir sem pensar. Na sala de aula, têm o hábito de responder a uma pergunta ou enfrentar um desafio lançado pelo professor mesmo sem terem sido chamadas. Em certos casos, não conseguem se relacionar bem com outras crianças, pois são impulsivas, impacientes e, em alguns casos, egoístas.
Talvez o maior desafio apresentado por esse transtorno seja o fato de ele não ser passageiro. O TDAH não é um “problema da idade”. Uma criança com TDAH provavelmente se tornará um adulto com esse distúrbio. De fato, mais e mais adultos estão recebendo esse diagnóstico que, para muitos, representa um verdadeiro alívio – ou seja, funciona como uma explicação para muitos de seus problemas e dificuldades pessoais.
É importante ressaltar, porém, que sofrer de TDAH não é de todo prejudicial. Adultos com esse transtorno podem ser extremamente bem-sucedidos. Muitos são pessoas muito criativas, espontâneas e proativas. De fato, às vezes, a impulsividade torna a pessoa mais decidida. Além disso, a hiperatividade, se bem utilizada, pode servir como fonte quase inesgotável de energia e determinação. Adultos com TDAH tendem a buscar empregos ou trabalhos que exijam criatividade ou muita energia e intensidade.
Contudo, apesar de serem criativas, muitas dessas pessoas em geral não têm bom desempenho em instituições de ensino tradicional nem em empregos convencionais. No Brasil, infelizmente, quase nenhuma escola conta com os recursos educacionais ou financeiros necessários para ajudar crianças que sofrem de TDAH. É inegável que tais estudantes precisam de professores e educadores especializados e adequadamente treinados. Um aluno com TDAH pode necessitar, por exemplo, de mais tempo para terminar uma prova, o vestibular ou o ENEM. Isso não significa falta de inteligência ou capacidade, mas sim, uma dificuldade resultante do distúrbio.
O TDAH se torna uma fonte de sofrimento para as crianças quando são culpadas ou punidas por seu comportamento e desempenho na escola. Crianças e jovens que têm o problema necessitam não de repreensões, mas de atenção especial e, acima de tudo, de um sistema de ensino diferenciado para ajudá-los a superar as dificuldades de aprendizagem. Está além da capacidade infantil superar o transtorno sem a colaboração dos pais e professores. Se ela sofre de TDAH, pode se comportar mal ou não prestar atenção à aula; pode ficar inquieta, mostrar-se impaciente e até mal-educada. Mas tais comportamentos, por mais indesejáveis que sejam, são manifestações do transtorno. O TDAH é às vezes tratado com medicamentos e sempre com atenção e carinho, e não por meios severos – repreensões e punições físicas.
Ao mesmo tempo, ele não pode servir de justificativa para que uma criança ou jovem faça o que quiser. Quando há suspeita de que uma criança sofre do transtorno, deve ser diagnosticada o quanto antes para ser tratada com a maior rapidez possível. O TDAH não pode servir como desculpa para que pais e professores se isentem de qualquer responsabilidade quanto ao comportamento e aprendizado de uma criança que apresenta os sintomas do distúrbio.
Apesar de o sistema educacional brasileiro não estar equipado para tratar adequadamente de crianças com TDAH, é fundamental procurar ajuda para elas. Pesquisas internacionais revelam que essas crianças correm maior risco de se tornarem não apenas péssimos alunos, mas também adultos dependentes de álcool e drogas e até mesmo criminosos. Isso porque não se integram na escola e, em muitos casos, passam a se considerar pessoas fracassadas: pouco inteligentes, indisciplinadas, preguiçosas e com pouquíssimo potencial. A dificuldade de se adaptarem ao sistema educacional tradicional e aos empregos convencionais prejudica sua autoestima.
O TDAH: Um problema físico?
Sintomas de TDAH são causados pelo processamento não regulado de estímulos sensoriais pelo cérebro. Às vezes, uma mensagem é enviada pelo sistema nervoso e uma atividade se inicia; outras vezes, porém, as mensagens que o sistema nervoso central recebe não são processadas de forma organizada. Quando isso ocorre, o comportamento da pessoa se desorganiza, sendo afetada sua capacidade de se concentrar em um assunto por um longo período de tempo.
A bioquímica do cérebro também pode explicar alguns dos sintomas associados ao TDAH. No caso de crianças hiperativas, estudos demonstram que há mais substâncias químicas excitantes (estimulantes) em seu cérebro.
Há também uma ligação clara entre o TDAH as e toxinas ambientais. Quando o cérebro de jovens é exposto mesmo a pequenas quantidades de chumbo, pode haver danos cerebrais que se manifestam por meio desse transtorno.
O que os pesquisadores e cientistas afirmam com certeza é que tal distúrbio constitui uma herança genética. Fatores externos, como complicações no parto e o consumo de bebidas alcoólicas e de cigarros pelas mães durante a gravidez, são responsáveis por menos de 10% dos casos de TDAH. Já se descartaram as suspeitas de que um alto consumo de açúcar pudesse causar hiperatividade. Mas a influência da genética é inegável. Estima-se que 40% das crianças com TDAH tenham pai ou mãe com o mesmo transtorno, e que 35% de todas as crianças com TDAH (que não sejam filhos únicos) tenham um irmão ou irmã com o mesmo distúrbio. É interessante que quando os irmãos são gêmeos, em 80 ou 90% dos casos em que um deles sofre de TDAH, o mesmo ocorre com o outro. O papel da genética em relação ao TDAH é, portanto, incontestável.
Como diagnosticar o TDAH
Diagnosticar o TDAH não é simples. Nem todas as pessoas que aparentam sofrer do transtorno de fato sofrem. Mas é muito mais comum que uma criança tenha TDAH e ninguém nem sequer suspeite – e muito menos o diagnostique. Na maioria dos casos, cabe a um professor informar os pais de que o filho deles está “sonhando acordado”, não prestando atenção à aula, não fazendo os deveres e incomodando os colegas. O que frequentemente ocorre em seguida é que os pais de tal criança a levam a um médico que prescreve Ritalina (ou outro medicamento usado para o tratamento do TDAH), mesmo antes de ela ser diagnosticada. Muitas vezes, o médico nem cogita que o comportamento do paciente se deve a algum outro problema que não seja o TDAH.
Antes de receitar Ritalina, é extremamente importante que o médico busque descobrir se os problemas da criança estão ligados não a um transtorno ou dificuldade de aprendizagem, e sim, a alguma experiência recente. O médico deve perguntar aos pais se os sintomas que o filho vem apresentando, que indicam TDAH, são recentes. É importante saber se a criança sempre foi hiperativa, pois o TDAH não se manifesta de repente. Se uma criança que sempre se comportou bem, subitamente começa a demonstrar os sintomas do distúrbio, pode ser apenas porque ela está ansiosa ou deprimida, e não porque de fato sofre do transtorno.
Uma criança que esteja preocupada com um problema em casa pode passar a agir de forma hiperativa e nervosa. A preocupação, ansiedade ou depressão da criança podem fazer com que ela tenha dificuldade em se concentrar e em desempenhar as tarefas mais simples. Ao mesmo tempo, podem fazê-la se comportar de maneira agressiva, pois a agressão representa uma forma de ela manifestar ansiedade e tristeza. É também possível que a criança esteja constantemente distraída na sala de aula porque não entende o que o professor está ensinando ou porque não se interessa pelo assunto exposto. Para obter um diagnóstico correto, os médicos precisam conversar com os pais e professores da criança e submetê-la a testes psicológicos. Infelizmente, tal processo pode ser bastante caro e inacessível para muitas pessoas.
DDA
Diagnosticar uma criança que sofre de DDA – Distúrbio do Déficit de Atenção (sem hiperatividade) – pode ser até mais difícil, pois é geralmente a hiperatividade que desperta a suspeita de que uma criança esteja sofrendo de déficit de atenção. Na ausência da hiperatividade, o DDA talvez nunca seja detectado.
Numerosas crianças que sofrem de DDA são consideradas meras “sonhadoras”: parecem viver em seu próprio mundo. Elas não perturbam ninguém e não interrompem pais ou professores. Muitas vezes, parecem estar concentradas, pois passam horas olhando para um livro aberto ou para o professor. Mas, na realidade, não estão lendo o livro nem ouvindo as palavras do educador. Estão “sonhando acordadas” – e ninguém percebe que elas sofrem do transtorno de DDA. Muitas das meninas com distúrbio são ignoradas e tratadas como se fossem alunas desinteressadas. Talvez a maior dificuldade em identificar o DDA seja que seus sintomas frequentemente passam despercebidos. Muitas escolas e educadores estão familiarizados com o problema da hiperatividade, mas poucos sabem sobre o DDA. Em muitos casos, crianças que sofrem de DDA se comportam bem: não perturbam os pais, nem os professores. E pelo fato de se comportarem bem, o transtorno nunca chega a ser detectado. A criança é simplesmente tachada de desinteressada, preguiçosa, pouco inteligente ou incapaz.
Como superar o TDAH
Muitos especialistas afirmam que o TDAH é um distúrbio que persiste por toda a vida, mas os adolescentes com esse transtorno podem aprender a dominar sua impulsividade e desorganização. Os jovens, por exemplo, podem canalizar sua hiperatividade à prática de esportes.
Alguns estudos demonstram que pessoas com TDAH têm menos dificuldades em se concentrar quando a informação que lhes é transmitida advém de algum tipo de mídia digital ou de um computador, como um videogame. Esse fato é de extrema relevância para educadores. Quando possível, professores devem fazer uso de mídias digitais em sala de aula para ajudar alunos que sofrem de TDAH a absorver melhor o assunto que está sendo ensinado.
Um dos desafios do TDAH consiste na dificuldade em diferenciar uma pessoa naturalmente espontânea e cheia de energia, que se sente pressionada por seus afazeres do dia a dia, de outra que sofre de alguma condição neurológica. Em outras palavras, como distinguir uma personalidade de uma patologia? Tais perguntas são de grande relevância, pois hoje não há uma forma exata, científica, de diagnosticar o TDAH. Os especialistas definem tal transtorno como uma patologia quando os sintomas são tão extremos que prejudicam a vida daqueles que dele sofrem.
O Tratamento
Desde o final da década de 1930, têm-se utilizado remédios para tratar crianças e adultos com DDA e TDAH. O tratamento mais comum para tais transtornos são os estimulantes. Apesar de a Ritalina ser o medicamento mais comum, há pacientes que obtêm resultados até melhores com Dexedrina, Cylert e Adderall, ou até com certos antidepressivos. Cerca de 70% das crianças respondem bem a estimulantes. Quando tomados na dose correta, os estimulantes ajudam pessoas com TDAH a se concentrar por mais tempo e inibem comportamentos indesejados, como distração, frustração e acessos de raiva.
Crianças que tomam Ritalina parecem sofrer menos do distúrbio neurológico em que ocorre um envio irregular de mensagens ao seu sistema neurológico. Acredita-se que estimulantes utilizados para tratar o TDAH afetam tanto a velocidade na qual a informação é processada quanto a força de ligação entre os neurônios. O estimulante obriga a mensagem a ser enviada por meio de neurônios, e isso pode ajudar aqueles que sofrem de TDAH, que possivelmente não têm os mesmos caminhos neuroquímicos.
A Ritalina começa a surtir efeito de 30 a 60 minutos após ter sido ingerida, mas seus efeitos duram apenas uma média de 3 horas. Portanto, a maioria das crianças toma uma dose de Ritalina no desjejum, pela manhã, e outra no almoço, para ter um desempenho satisfatório na escola.
Quando o medicamento administrado surte efeito, a pessoa que sofre de TDAH consegue se concentrar, o que causa uma enorme diferença em seu dia a dia. A eficácia da Ritalina faz com que muitos médicos a prescrevam para qualquer paciente que apresente os sintomas associados ao TDAH. Alguns médicos chegam até a utilizar a Ritalina como instrumento de diagnóstico, pois acreditam erroneamente que, se a concentração da criança aumentar com a Ritalina, esse será um sinal de que ela de fato tem TDAH. É importante ressaltar que essa não constitui uma forma correta nem prudente de diagnosticar o transtorno, pois a Ritalina pode ajudar a aumentar a concentração mesmo de alguém que não sofra de TDAH. É fundamental que o diagnóstico preceda a prescrição de qualquer medicamento para o TDAH.
Mesmo que a criança de fato sofra do distúrbio, é importante monitorar a eficácia dos medicamentos prescritos a ela, pois estimulantes nem sempre são benéficos. Pacientes que tomam Ritalina precisam ser cuidadosamente acompanhados, pois o remédio pode causar perda de apetite, insônia, cansaço, tiques ocasionais e outros problemas resultantes de estímulos do sistema nervoso central. Alguns médicos, portanto, recomendam que uma criança com TDAH interrompa o uso dos medicamentos durante as férias escolares. A administração do medicamento é frequentemente aliada a outros recursos, inclusive psicoterapia e terapia cognitiva, mas os benefícios de tais tratamentos, além de bastante caros, não são tão evidentes. Quem é o responsável pela decisão de medicar a criança? Mesmo que o médico recomende algum medicamento, cabe aos pais tomar tal decisão. A escola não tem o direito de insistir em que uma criança seja medicada.
Mudanças de comportamento
Os especialistas em TDAH acreditam que, independentemente de medicamentos serem prescritos, o mais importante é ensinar as crianças que sofrem desse transtorno a aprender a controlar seus impulsos e sua energia quase inesgotável por meio de mudanças de comportamento. Também recomendam que elas aprendam a: se organizar nas atividades e afazeres diários, no uso de agenda ou calendário e na escolha de um lugar para guardar seus pertences na escola e no lar. Incontestavelmente, o processo de se organizar representa um desafio para a maioria das pessoas – e mais ainda para uma criança com TDAH. Portanto, a ajuda dos pais e professores é imprescindível. É também essencial elogiar a criança quando ela se esforça para se controlar e se organizar. É fundamental que a criança sinta que seus esforços estão sendo notados e valorizados.
Professores e educadores precisam aprender técnicas de mudança de comportamento que contribuam para o desempenho do aluno na sala de aula. Infelizmente, há poucos professores no Brasil treinados para isso.
Oferecemos aqui algumas dicas:
Antes de mais nada, quando você, pai ou professor, estiver falando com a criança, faça contato visual com ela. Quando estiver transmitindo instruções a ela, explique calma e claramente o que deve fazer. Peça que a criança repita o que você lhe disse, para você ter certeza de que ela não apenas ouviu corretamente, mas compreendeu o que lhe foi dito. O ideal é transmitir à criança as instruções por etapas – um passo de cada vez.
Crianças com TDAH e DDA não reagem bem quando um adulto fala com elas em voz alta, pois interpretam tal tom de voz como forma de repreensão. Um tom mais baixo e calmo é o melhor modo de comunicação. Aproximar-se fisicamente da criança é outra maneira de fazer com que ela melhore seu comportamento. É importante transmitir à criança as diferenças entre atitudes e comportamentos adequados e inadequados.
Na sala de aula, as crianças que sofrem de TDAH devem sentar-se perto do professor e da lousa. Essa proximidade física minimiza suas possibilidades de distração. Além disso, permite que o professor perceba se o aluno está prestando atenção ou “sonhando acordado”. É importante também que crianças com TDAH tenham uma “válvula de escape” para energia: necessitam de atividades físicas na escola para amenizar sua hiperatividade e para ajudá-las a se concentrar nos estudos. Isso porque têm excesso de energia e, se ficarem sentadas o dia inteiro, na sala de aula e na frente da televisão, não a despenderão. É fundamental, portanto, que se envolvam com atividades físicas e pratiquem esportes que requeiram muito esforço físico.
Um adulto com TDAH também precisa aprender a dominar o transtorno. Precisa melhorar suas habilidades organizacionais, administrar seu tempo, reduzir o estresse, evitar distrações e permanecer focado e concentrado.
As lições do TDAH
O TDAH e o DDA podem ser prejudiciais ou não. Pessoas que deles sofrem geralmente têm muitas qualidades e habilidades, mas também precisam enfrentar desafios. A qualidade de vida de uma criança com TDAH depende do ambiente onde vive e da escola onde estuda. É fundamental que ela receba ajuda, apoio e carinho dos pais e professores. Transtornos como o TDAH e o DDA ensinam lições a todos nós. Eles nos conscientizam de que nem toda criança aprende da mesma forma e de que nem todo tipo de trabalho serve para todo adulto. Infelizmente, a sociedade como um todo não pensa desse modo. Muitas escolas parecem fábricas em que alunos são tratados como matéria-prima: tudo que importa é que eles se formem e passem em algum vestibular. Já no mercado de trabalho, muitos acreditam que um bom profissional é aquele que mostra competência em tudo o que faz.
Muitas pessoas ficam alarmadas com o número crescente de jovens que tomam medicamentos para tratar de transtornos como o TDAH. Inegavelmente, muitas pessoas necessitam de medicamentos como a Ritalina. E o fato de tantas pessoas serem diagnosticadas com TDAH e DDA deve nos lembrar que tais transtornos não são incomuns e que, portanto, as escolas precisam se modernizar e se adaptar para atender crianças e jovens com esses e outros transtornos. Caso contrário, muitas delas, que representam o futuro do Brasil, serão não apenas maus alunos, mas também maus profissionais, e terão dificuldade em se tornar pessoas produtivas e felizes.
Os adultos também necessitam de uma sociedade que seja mais flexível e compreensiva, na qual se entenda que diferentes pessoas têm não só diferentes talentos, como também diferentes dificuldades e desafios. O TDAH é um transtorno que afeta grande número de seres humanos. Muitas pessoas ainda não estão cientes de que elas próprias ou seus filhos sofrem desse transtorno. Portanto, é imprescindível que nossa sociedade aprenda mais sobre o TDAH e o DDA e que se façam esforços para tratar daqueles que sofrem desses transtornos.
Fonte da Imagem: https://www.miamiherald.com/news/local/education/article94120257.html
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