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Psicopedagogo ou Professor Particular?

Publicado em 30 de março de 2020 Autor:

Quando devemos buscar um professor particular ou um psicopedagogo? 

Qual é a diferença entre os dois? 

Qual é o papel do psicopedagogo no processo de ensino-aprendizagem? 

Quando devemos procurar um?

Muitas vezes uma criança apresenta dificuldades no decorrer dos anos escolares. Neste momento é importante que todos estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem há algum tempo. As dificuldades podem advir de diversos fatores, por isso é essencial que sejam identificadas a fim de procurar o suporte adequado para auxiliar o desenvolvimento durante o processo de ensino-aprendizagem. 

Quando a origem dessa dificuldade é pedagógica, onde o aluno necessita de reposição de conteúdos, fixação de conteúdos, ou sanar dúvidas, deve ser indicado um professor particular, ou um tutor. Quando a origem é neurológica, sendo eles os mais comuns entre crianças e adolescentes na escola a dislexia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), déficit de processamento auditivo (DPA) e discalculia, entre outros, o profissional indicado seria um psicopedagogo. 

O professor particular é o profissional indicado quando as dificuldades apresentadas pelo aluno se referem aos CONTEÚDOS escolares. Já o psicopedagogo é um especialista em HABILIDADES PARA APRENDER. Dessa forma, o conteúdo passa a ser um meio a fim de atingir o objetivo de otimizar e efetivar o processo de ensino-aprendizagem. Pode-se, a partir do material do aluno, ensiná-lo técnicas de estudo: como grifar, fazer resumos, apontamentos, quadros sinóticos, mapas mentais, entre outros.

Veja no quadro abaixo algumas diferenças entre esses profissionais:

Qual é o papel do psicopedagogo?

A Psicopedagogia responde às seguintes perguntas: 

Como se aprende? 

Como a aprendizagem muda ao longo de tempo e quais as suas variáveis? 

Como reconhecer suas dificuldades, tratá-las e prevení-las?

Para Janine Mery (1985), o psicopedagogo é um professor do tipo particular que realiza a sua tarefa de pedagogo sem perder de vista os propósitos terapêuticos da sua ação. 

Qual o papel do Psicopedagogo nas escolas?

O psicopedagogo na instituição exerce um trabalho preventivo onde tem como um dos objetivos diminuir a “frequência dos problemas de aprendizagem”. Seu trabalho implica em um trabalho diagnóstico para a identificação do problema e, a partir daí, desenvolver um plano de intervenção. Na instituição os processos didáticos-metodológicos são avaliados e procura-se  entender como o funcionamento da escola interfere no processo de aprendizagem. O trabalho inclui a orientação de professores  e de outros profissionais da instituição escolar para a melhoria nas estratégias e condições do processo ensino-aprendizagem, assim como para prevenção de eventuais problemas. 

Qual é o papel do Psicopedagogo no atendimento clínico?

O psicopedagogo procura conhecer no outro aquilo que o impede de aprender e busca entender as influências emocionais e afetivas, que podem lhe favorecer ou desfavorecer. O psicopedagogo irá investigar e promover as possibilidades de mudanças sobre os processos cognitivos, emocionais e pedagógicos que possam dificultar o processo de aprendizagem. 

Como cada sujeito é único, não há uma ‘receita’ que possa ser aplicada em todos os casos, mas o psicopedagogo tende a trabalhar em cima do problema apresentado pela criança; sobretudo com uma metodologia que impulsionará a sua situação acadêmica.

O que esperar de um trabalho psicopedagógico?

Segundo Lino de Macedo (1990), o psicopedagogo, no Brasil, ocupa-se das seguintes atividades:

1. Orientação de estudos – Ajuda a organizar a vida escolar da criança, promover o melhor uso do tempo, a elaboração de uma agenda e organização de materiais necessários para o estudo.

2. Apropriação dos conteúdos escolares –  O psicopedagogo busca se apropriar do domínio de disciplinas escolares em que a criança vem apresentando dificuldades.

3. Desenvolvimento do raciocínio – Trabalha com os processos de pensamento necessários ao ato de aprender. Os jogos são muitos utilizados, pois através do jogo a criança vai se percebendo e construindo a sua forma de aprender.

4. Atendimento de crianças – A psicopedagogia se presta a atender e acompanhar crianças com dificuldades durante o processo de ensino-aprendizagem. 

Com base no Projeto de Lei 3.124/97 e nas discussões da Comissão de Regulamentação e Cursos da ABPp, interpreta-se que, dentro desses espaços de atuação, seriam atribuições e competências dos psicopedagogos:

  • Intervenção psicopedagógico no processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo por enfoque o sujeito que aprende em seus vários contextos: da família, da educação (formal e informal), da empresa, da saúde;
  • Realização de diagnóstico e intervenção psicopedagógico mediante a utilização de instrumento e técnicas próprios da Psicopedagogia;
  • Utilização de métodos, técnicas e instrumentos psicopedagógicos que tenham por finalidade a prevenção, a avaliação e a intervenção relacionadas com a aprendizagem;
  • Consultoria e assessoria psicopedagógica, objetivando a identificação, a análise e a intervenção nos problemas do processo de aprendizagem;
  • Supervisão de profissionais em trabalhos teóricos e práticos de Psicopedagogia;
  • Orientação, coordenação e supervisão de cursos de Psicopedagogia;
  • Coordenação de serviços de Psicopedagogia em estabelecimentos públicos e privados;
  • Planejamento, execução e orientação de pesquisas psicopedagógicas.

Quando devo procurar um psicopedagogo?

Quando a criança apresentar alguns sinais como: 

  • Dificuldade de seguir rotinas; hiperatividade;
  • Apatia e desânimo nas relações que envolvem aprendizagem;
  • Falta de concentração, problemas com atenção e memória;
  • Dificuldade em compreender o que se aprende na escola;
  • Problemas de articulação da fala e aquisição lenta de vocabulário;
  • Inversão de letras, sílabas ou palavras;
  • Adição ou omissão de sons;
  • Leitura e escrita lenta para a idade;
  • Letra ilegível;
  • Desorganização geral por não possuir orientação espacial;
  • Notas baixas e/ou repetência;
  • Atraso na entrega de trabalhos escolares;
  • Dificuldade de raciocínio lógico.

Estar atento!

A aprendizagem é inerente a qualquer ser humano. Quando um sujeito aprende, ele não é um ser isolado, mas sim composto por aspectos afetivos, cognitivos e motores. Ele é constantemente influenciado por condições, não só internas, mas também externas, como pessoas, experiências, estímulos e relações interpessoais. Para que esse processo de aprendizagem ocorra de maneira eficaz, aquele que aprende deve ser visto na sua totalidade. É fundamental entender o que ele aprende, como ele aprende e por que, considerando todas as variáveis que intervém neste processo. Isso irá auxiliá-lo a superar suas dificuldades e conhecer suas potencialidades.

Para isso é importante ficarmos atentos às necessidades das crianças e perceber quando estão sinalizando que precisam de ajuda! O quanto antes essa ajuda vier, melhor! 

BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

MACEDO, Lino de. “Prefácio” a SCOZ et alii, Psicopedagogia – Contextualização, Formação e Atuação Profissional. Porto Alegre: Artes Medicas, 1992. 

MASINI, Elcie S. Ação Psicopedagogica. São Paulo: Memnon, 2000.

WEISS, M. L. L. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro, DP&A, 2003. 

Fonte da Imagem: IStock



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