A Índia

A ÁSIA MERIDIONAL: O SUBCONTINENTE INDIANO

A Índia é um país da Ásia Meridional. É o segundo país mais populoso do mundo. A Índia, maior democracia do mundo, é um estado oficialmente secular (laico), mas composto por pessoas de diferentes e fortes crenças religiosas.

Bandeira da Índia

 

Localização

Na região meridional da Ásia, conhecida como Subcontinente Indiano ou Península Indostânica, localiza-se a República da Índia, com uma área de 3.287.782 km².

Mapa do Subcontinente Indiano

RELEVO

A Ásia Meridional é formada por uma grande plataforma repleta de dobramentos modernos e elevados planaltos, que compõem parte do maior conjunto montanhoso do planeta: a Cadeia do Himalaia ("país das neves" em Sânscrito - língua dos povos árias, que, oriundos do Cáucaso, povoaram a região por volta de 2000 a.C.). De formação terciária, o Sistema do Himalaia apresenta aproximadamente 40 montanhas com altitudes acima de 7.500 m, dentre as quais se destaca o Everest, situado entre a China e o Nepal, ponto culminante do globo, com 8.882 m. Na porção meridional do Himalaia, estende-se a Planície Indo-Gangética, que ocupa a maior porção do norte da Índia e praticamente toda a República Popular de Bangladesh. De formação sedimentar recente, seus solos são férteis e propícios para o cultivo do arroz. Mais ao sul, o Planalto do Decã, de formação antiga e cristalina, abrange metade do território integral da Índia, chegando às margens do Oceano Índico. No lado ocidental desse planalto, estão localizados os altiplanos de Ghatts, caracterizados por escarpas elevadas, que se estendem até a extremidade leste do território indiano (os Ghatts orientais).

Mapa - Relevo da Índia

CLIMA

O clima indiano, marcado pelo fenômeno único das monções, é fruto das seguintes determinações:

LATITUDE - a Índia, país que se estende entre os paralelos 8º e 34º de latitude norte, está localizada predominantemente na zona intertropical. Aí predominam climas úmidos e quentes. Mais precisamente, o norte, situado no interior da zona temperada, é mais frio; o sul, próximo ao Equador, apresenta temperaturas em média mais elevadas.

ALTITUDE - na extremidade setentrional do país, onde os conjuntos montanhosos por vezes atingem mais de 8.000 m de altitude, prevalecem temperaturas extremamente frias, para as quais também contribui a latitude. Portanto, o norte da Índia conhece rigorosos invernos e verões curtos com temperaturas relativamente baixas. As grandes altitudes desempenham um outro papel climático importante: criam barreiras aos ventos de monções nas quais entram em choque com massas de ar úmidas, provocando chuvas frontais, conhecidas como precipitações pluviométricas de relevo.

MARITIMIDADE - o território indiano é em forma de cunha que penetra o Oceano Índico, formando a Península Industânica. Por conseguinte, a grande presença do mar ameniza os extremos da temperatura e eleva a umidade do ar. Esse fator propicia elevados índices pluviométricos na maior parte do território indiano.

MONÇÕES - o elemento particular e específico do clima indiano consiste nos ventos de monções. No verão, que no hemisfério norte se prolonga de junho a setembro, as águas do Oceano Índico estão mais frias que o continente, já que os maiores rigores do inverno incidem sobre elas. Dessa maneira, a temperatura do ar é relativamente mais baixa do que a prevalecente nas áreas continentais, o que determina uma maior pressão do ar. Essa diferença de pressão desloca as massas de ar do sul para o norte. Sendo o continente vítima de altas temperaturas, o que provoca grande evaporação de água, o ar frio, proveniente do mar, ao se chocar com essa atmosfera úmida e quente, causa intensas chuvas. Em 1990, por exemplo, na região indiana de Mahabalesawar, o índice de precipitação pluviométrica foi de 6.290 mm, até hoje recorde mundial. Durante o inverno do hemisfério norte, os ventos mudam de direção. Nas áreas setentrionais do continente, as temperaturas são muito baixas, gerando uma zona de altas pressões. Simultaneamente, no Oceano Índico, formam-se áreas de baixa pressão e altas temperaturas. Isso faz com que os ventos soprem do interior do continente asiático para as águas marítimas, provocando a diminuição das temperaturas continentais e a queda das taxas de evaporação. Em consequência, as chuvas praticamente são inexistentes.

 Monções de Verão e de Inverno     

Índia - Precipitações

As Castas

Casta é um tipo de estratificação social baseado na posse de um conhecimento profissional que se torna um fator de privilégio. Assim, este modelo de fixação social apresenta as seguintes características: hereditariedade (a condição de cada indivíduo passa de pai para filho); endogamia (as pessoas só podem se casar com outras do mesmo grupo); predeterminação da profissão, hábitos alimentares e vestuário dos indivíduos de cada grupo; rituais iniciáticos (o pai transmite para o filho os conhecimentos profissionais e os hábitos do grupo por meio de ritos fechados e envoltos em mistério); sociedade estática e destituída de mobilidade vertical.

Quando das primeiras formações sociais arianas, havia somente quatro castas: os brâmanes (nobreza e clero); os xatrias (militares); os vaixias (comerciantes, artesãos e camponeses) e os sudras (escravos). Pouco a pouco, as castas básicas sofreram inúmeras subdivisões. Ao longo de todo esse processo, a sociedade indiana sempre conheceu a existência dos párias (os intocáveis), atualmente denominados de harijans ou haridchans, condenados à total marginalidade ou, no melhor dos casos, a trabalhos degradantes e mal remunerados. Infelizmente, até hoje, apesar de todos os esforços do governo indiano de eliminá-las, as castas subsistem, pois determinações jurídicas institucionais não eliminam tradições arraigadas.

A expressão ideológica da estrutura de castas é o hinduísmo, a mais antiga religião do mundo. Suas características são: ausência de uma estrutura institucional (não há clero, hierarquia e igrejas); inexistência de um único livro sagrado; ritos e práticas religiosas diferenciadas conforme as diversas regiões; politeísmo (aproximadamente 240 mil deuses, sendo os principais Brahma - ser criador - Vishnu e Shiva); crença na imortalidade da alma, na reencarnação e, no último estágio reencarnatório, a fusão com Deus e com a Natureza (o Nirvana). O hinduísmo prega que cada indivíduo precisa cumprir seu karma (destino), ou seja, em cada uma de suas vidas faz-se necessário enfrentar e superar os obstáculos existenciais até a plena sabedoria. Elemento importante da religião hinduísta é a obediência e rígidas regras relacionadas com a alimentação, vestuário, ritos e peregrinações. Até os dias de hoje, o hinduísmo vem contribuindo para a manutenção de uma ordem social estática, pois seus adeptos são favoráveis, como fundamento da postura moral, à resignação diante da realidade.

UMA CIVILIZAÇÃO MILENAR

Por volta de 2200 a.C., povos arianos, que desceram do Planalto do Cáucaso, estabeleceram-se na Planície Indo-Gangética, onde fundaram a monumental cidade de Mohendjo-Dharo. Esse processo de dominação implicou a escravização dos nativos, os drávidas, cuja sujeição gerou o sistema de castas (que, em sânscrito, significa cor, pois os árias eram brancos e as populações locais amorenadas). 

Índia - Mapa histórico

Em 327 a.C., tropas macedônias, sob o comando de Alexandre, o Grande, deram início a invasão da Índia, interrompida pela morte de seu líder. Aproximadamente 50 anos depois, o subcontinente indiano é unificado pelo Reino de Asoka, que momentaneamente impõe o budismo, logo suplantado pelo hinduísmo tradicional. No século IV d.C., a cultura indiana atinge o apogeu sob a Dinastia Gupta, três séculos depois, as regiões ocidentais da Índia são invadidas pelos árabes, que trazem a religião islâmica. Um dos mais importantes fatores da difusão da nova fé é o fato de que os segmentos menos privilegiados da população viram no Islão - que prega a igualdade de todos diante de Deus - uma forma de se livrar da rigidez e injustiças do sistema de castas.

Sob a Dinastia Mogul (1526 a 1707), teve início a presença ocidental na Índia, motivada fundamentalmente pela busca de especiarias para o mercado europeu. Em 1510, os portugueses tomam Goa. Sucessivamente, holandeses, franceses e ingleses fundam companhias de comércio com a Índia. Em 1690, a cidade de Calcutá é fundada pelos ingleses, que, durante a guerra europeia dos sete anos (1756 - 63), expulsam os franceses da área, consolidando o domínio britânico. Pouco a pouco, os súditos do Reino Unido foram controlando a economia indiana, que foi praticamente desmantelada. O setor têxtil tradicional, que dificultava a entrada da produção britânica, foi a maior vítima do imperialismo inglês. No aspecto social, o campesinato, prejudicado pela criação de uma agricultura voltada para a exportação, sofreu empobrecimento generalizado. Em todo o território indiano, as rendas caíram e o desemprego tornou-se endêmico. Além disso, o governo indiano era obrigado a pagar as despesas das companhias britânicas que operavam em seu território. Seguindo à risca o lema de "dividir para reinar", os ingleses jogavam as diversas etnias e identidades religiosas umas contra as outras. Essas táticas de manipulação provocaram dezenas de levantes e explosões sociais, tanto regionais como algumas de âmbito nacional. A mais importante dessas insurreições foi a famosa Guerra dos Cipayos.

A GUERRA DOS CIPAYOS (1857 - 1858)

O TERMO CIPAYOS SIGNIFICA - os soldados indianos a serviço da Grã-Bretanha.

INÍCIO DO LEVANTE - reivindicação de melhores condições salariais e de trabalho juntamente com protestos dos militares nativos contra a adoção de medidas que violavam costumes locais, como, por exemplo, o uso de banha de porco (animal proibido pela religião hinduísta) e de vaca (animal sagrado) para lubrificar a munição dos fuzis.

ALIANÇA CONTRA OS BRITÂNICOS - muçulmanos e hinduístas se uniram contra os ingleses, propondo a restauração do Império Mongol (Dinastia Mugal).

CONSEQUÊNCIAS DO LEVANTE - tropas inglesas reprimiram a insurreição, o que permitiu à Coroa britânica assumir diretamente o controle do governo.

A partir da Guerra dos Cipayos, a Índia, elevada à condição de Vice-Reino, tornou-se a "mais bela pérola da Coroa britânica": milhares de jovens ingleses, após concluírem seus cursos acadêmicos, passavam alguns anos na Índia, onde, a serviço do Exército e da Administração coloniais, viviam com muito conforto; por toda parte, proliferavam clubes reservados aos cidadãos britânicos, que neles praticavam o golfe entre intermitentes goles de chá ou gin. Os súditos de Sua Majestade Britânica - na época, a Rainha Vitória - haviam descoberto o seu "paraíso sobre a Terra": o território indiano.

Contudo, os ingleses cometeram um erro: criaram um sofisticado sistema educacional com a finalidade de preparar quadros administrativos locais, mas que, paralelamente, formou uma elite intelectual de altíssima qualidade e, mais que tudo, familiarizada com a cultura e o pensamento europeus. Progressivamente, esses jovens intelectuais, admiradores do Ocidente mas desejosos de afastar a presença imperialista europeia, começaram a professar ideais nacionalistas. Jamais os ingleses poderiam imaginar que essa intelligentsia (termo de origem russa, hoje universalmente usada, que significa intelectualidade com projetos políticos), aparentemente colaboracionista, acabaria por fundar, em 1885, o Congresso Nacional Indiano, agremiação partidária que pregava a independência da Índia.

OS PRIMEIROS MOMENTOS DO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA

ATITUDES INICIAIS DA INGLATERRA - em função das crescentes manifestações em favor da autonomia indiana, a Inglaterra, buscando amenizar as pressões e adiar o processo, fez alguma concessões aos nacionalistas, aumentando o número de funcionários públicos locais e criando magistraturas nativas, sempre hierarquicamente inferiores às ocupadas pelos ingleses.

1915 - Mohandas K. Gandhi, advogado formado na Grã-Bretanha que vivera algum tempo na África do Sul, retorna ao seu país de origem, ingressando no Congresso Nacional Indiano. Seu primeiro passo foi buscar uma aliança entre hinduístas e muçulmanos com o propósito de formar uma "frente ampla" em prol da independência. Em seguida, lutou pela reintrodução, nas escolas nativas, do ensino da língua hindu.

CONSEQUÊNCIAS DAS PRIMEIRAS AÇÕES DE GANDHI - reforço dos setores radicais do Congresso Nacional Indiano, onde se destacava a figura do então jovem Yawaharlal Nehru.

UM ABALO - em 1919, tropas inglesas, tentando reprimir manifestações populares na região de Amristar, matam mais de 400 cidadãos indianos, provocando uma comoção mundial.

REPRESÁLIA NACIONALISTA - o Congresso Nacional Indiano, por sugestão de Gandhi, deu início à "resistência pacífica": paralisação deliberada do tráfego nas principais avenidas das grandes cidades; boicote aos produtos ingleses, cujos maiores exemplos foram a campanha de produzir tecidos em teares domésticos e usar sal extraído dos mares regionais; não participação em quaisquer ritos institucionais ingleses, como eleições, referendos e plebiscitos; não frequentar escolas europeias e aceitação passiva de eventuais represálias. Em pouco tempo, a "resistência pacífica" se espalhou por toda Índia.

RESPOSTAS INGLESAS - repressão policial militar e detenção dos nacionalistas, atitudes que levaram Gandhi a inúmeras e longas "greves de fome", que o tornaram uma liderança conhecida mundialmente.

Após o término da Segunda Guerra Mundial, conflito que contou com uma importante participação de soldados indianos ao lado do Exército britânico, o Partido Trabalhista - de orientação esquerdista - subiu ao poder em Londres. Suas lideranças, em razão de convicções ideológicas, eram favoráveis a conceder independência às colônias, notadamente à Índia. Contudo, um enorme obstáculo se opunha a tais propósitos: os conflitos entre muçulmanos e hinduístas. O Congresso Nacional Indiano defendia a criação de um país uno, abrangendo cidadãos de ambas as religiões. No entanto, desde 1906, quando fora criada a Liga Muçulmana, os islâmicos propunham a divisão do subcontinente em dois países: um hinduísta e outro de orientação muçulmana. Na década de 30, a Liga Muçulmana gestara uma hábil e carismática liderança: Mohamed Ali Jinnah, cuja coragem e estatura moral rivalizava, para o seu povo, com as de Gandhi. Agora, os ingleses temiam que uma rápida retirada de suas tropas do território indiano provocasse - como provocou - um massacre de proporções catastróficas. Com o objetivo de aparar as arestas entre islâmicos e hinduístas e diluir as tensões, foi nomeado Vice-Rei da Índia o Lorde Mountbatten, figura simpática a todas etnias do subcontinente indiano. Frustradas foram suas intenções: em 1947, ano da independência, após as bárbaras atrocidades e enormes deslocamentos populacionais (hinduístas se movendo para as regiões onde sua religião era majoritária e muçulmanos buscando se concentrar nas áreas de predomínio islâmico), foram criados dois países: a Índia (predominantemente hinduísta) e o Paquistão (de religião muçulmana). De imediato, teve início uma guerra entre as duas novas nações, momentaneamente encerrada em 1948, pois, até hoje, prosseguem os conflitos. Os grupos nacionalistas radicais indianos jamais perdoaram a política pacifista de Gandhi, atribuindo a ela a divisão do subcontinente. No dia 30 de janeiro de 1948, um jovem radical assassina o "Pai da Independência", Gandhi, então apelidado de Mahatma ("Alma Grande").

OS PRINCIPAIS EVENTOS E PROCESSOS DA ÍNDIA CONTEMPORÂNEA

O PRIMEIRO-MINISTRO DA ÍNDIA PÓS-INDEPENDÊNCIA (1947 - 1966) - Jawaharlal Nehru (Congresso Nacional Indiano).

POLÍTICA EXTERNA DE NEHRU - na Conferência de Bandung (1955), Nehru, Tito (Iugoslávia), Nasser (Egito) e Sukarno (Indonésia) formularam o conceito de "terceiromundismo", ou seja, a criação de um "bloco de nações não alinhadas",  equidistantes do mundo ocidental, liderado pelos EUA, e do socialismo de modelo soviético. Os objetivos da proposta eram: consolidar uma soberania e autonomia políticas plenas e levar adiante um processo de desenvolvimento econômico baseado na noção de que somente a industrialização, de base estatizante, geraria a prosperidade nacional.

POLÍTICA INTERNA DE NEHRU - incentivo à pesquisa científica e à modernização tecnológica; projetos educacionais visando promover a escolarização básica de toda população; subsídios estatais à implantação de indústrias, fundamentalmente as voltadas à produção de bens de capital; criação de uma moderna infraestrutura econômica (energia e transportes); aumento da produção agrícola para atender às necessidades de uma população caracterizada por um crescimento desordenado e extraordinariamente rápido.

ÊXITOS DE NEHRU - reconhecimento internacional de sua liderança; feitos tecnológicos, tais como a colocação de satélites em órbita e o desenvolvimento da física nuclear, que levaria a Índia a detonar uma bomba atômica em 1974; relativo aumento da produção agrícola e ampla criação de indústrias.

O SEGUNDO GOVERNANTE DA ÍNDIA - a filha de Nehru, a Primeira-Ministra Indira Gandhi (Congresso Nacional Indiano), cujo primeiro mandato se prolongou de 1966 a 1977.

POLÍTICA EXTERNA DE INDIRA GANDHI - continuação da política "terceiromundista" de Nehru e conflitos com o Paquistão motivados pelo domínio da Caxemira (região indiana de maioria religiosa muçulmana ambicionada pelos paquistaneses). Em 1981, Indira Gandhi desfechou um ataque ao Paquistão em apoio ao movimento separatista da província do Paquistão Oriental, que então adquiriu sua independência sob a denominação de República Popular da Bengala (Bangladesh).

POLÍTICA INTERNA DE INDIRA GANDHI - campanha de esterilização em massa da população masculina visando diminuir o crescimento demográfico; apesar de seu discurso nacionalista e populista, a Primeira-Ministra levou adiante uma tímida liberalização econômica, aceitando algumas diretrizes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Isso desagradou a todos os segmentos sociais: as camadas populares tiveram seus rendimentos diminuídos e os setores empresariais, principalmente os ligados ao capital estrangeiro, passaram a exigir mais concessões. 

A ÍNDIA DE INDIRA GANDHI CONHECE PROBLEMAS - o relativo fracasso da política de esterilização; diminuição do crescimento econômico em função da "crise do petróleo" do início dos anos 70, exportações de bens industriais abaixo dos índices projetados pelo governo.

ELEIÇÕES DE MARÇO DE 1977 - o Congresso Nacional Indiano é esmagadoramente derrotado por uma coligação entre três partidos de oposição: o Bharatiya Janata (de orientação hinduísta e nacionalista),  Partido Socialista e o Congresso pela Democracia, representante da casta dos "intocáveis".

TERCEIRO GOVERNO INDIANO (1977 - 1980) - encabeçado pelo Primeiro-ministro Morarji Desai, que em nada alterou a política externa de não alinhamento e foi incapaz de cumprir suas promessas de melhorias econômicas e pleno emprego. Uma cisão na maioria governista forçou a convocação de eleições, as quais reconduziram Indira Gandhi ao poder.

SEGUNDO MANDATO DE INDIRA GANDHI (1980 - 1984) - caracterizado por um relativo autoritarismo e por sucessivas acusações contra a corrupção da burocracia estatal, o que desgastou a imagem pública da primeira-ministra.

O GRANDE PROBLEMA - proliferação de conflitos étnicos, principalmente entre a maioria hinduísta e os adeptos da religião Sikhs. Em 1984, a tensão chegou ao ápice quando tropas do exército, a mando de Indira Ghandi, invadiram o Templo de Ouro, o mais sagrado santuário Sikh localizado em Amristar, matando centenas de pessoas. Em represália, grupos radicais da seita planejaram a eliminação física da primeira-ministra, que é assassinada, em 1984, por um dos seus guarda-costas, membro da etnia perseguida.

SUCESSOR DE INDIRA GANDHI - seu filho Rajiv Gandhi (Congresso Nacional Indiano)

MEDIDAS INTERNAS DE RAJIV - apoiado por uma sólida maioria parlamentar, o novo Primeiro-ministro promoveu negociações com os Sikhs e outros movimentos separatistas indianos, em especial o que então se desenvolvia na importante região do Punjab. Disposto a concessões, Rajiv concordou em ampliar a autonomia da área em troca da manutenção, por parte do governo central, do controle sobre defesa, relações externas, finanças, correio, sistema viário e telecomunicações. 

POLÍTICA EXTERNA DE RAJIV - em 1987, o governo indiano interveio no conflito do Sri Lanka, onde a maioria da população, de etnia cingalesa, enfrentava o movimento separatista dos Tamis. Forças pacificadoras indianas foram mandadas para a região, obtendo uma efêmera cessação dos combates. Informado de que o Paquistão estabeleceu um programa de desenvolvimento nuclear, Rajiv anunciou que a Índia não tinha condições de renunciar a construção de artefatos atômicos.

POLÍTICA INTERNA DE RAJIV - modernização tecnológica (seu slogan: "micro computadores é o caminho para o progresso"). Esse objetivo fez com que os trabalhadores indianos, temendo a informatização, passassem a conviver com a ameaça de desemprego, gerando uma grave tensão social.

20 DE MAIO DE 1989 - Rajiv Gandhi é vítima de um atentado levado a efeito por militantes do movimento de libertação Tâmil, sendo sucedido pelo líder do Partido do Congresso Nacional Indiano: Narasimha Rao que dá início a uma política de ampla liberalização econômica.

CONSEQUÊNCIAS DA NOVA POLÍTICA - apesar de alguns êxitos, principalmente a queda da inflação, a diminuição do déficit público e o aumento das exportações, as medidas do novo governo trouxeram consigo uma violenta onda de protestos populares, agravando os conflitos étnicos. Em 1996, após uma fragorosa derrota eleitoral, Rao renunciou ao cargo de Primeiro-ministro. Uma nova "estrela" política ascendia aos céus do cenário indiano: o Partido Janata. 

1998 - o Partido Janata, a frente da uma coligação, obtém maioria parlamentar e seu líder Atal Bihari Vajpayee tornou-se o Primeiro-ministro.

MAIO DE 1998 - a Índia leva a efeito uma série de testes nucleares que foram seguidos por ensaios semelhantes por parte do Paquistão. 

Mapa - A Índia ameaçada

ÍNDIA: UM FORMIGUEIRO HUMANO

Com uma população de 1,33 bilhão de habitantes, a Índia é o segundo país mais populoso do mundo. Em termos estatísticos, seu território pode ser considerado bem povoado, pois conhece uma população relativa de 464 habitantes por km². Na realidade, a distribuição de seus habitantes é muito irregular, fenômeno agravado pelo seu desordenado crescimento demográfico. Além disso, a Índia é palco de uma grande diversidade étnica, gerada pelas diferentes origens raciais e também pelos inúmeros contatos com culturas heterogêneas, além de um complexo processo de miscigenação. Um complicado mosaico de línguas, dialetos, religiões e costumes caracteriza o país.

COMPOSIÇÃO ÉTNICA DA ÍNDIA

  • HINDUS - 72%
  • DRÁVIDAS - 25%
  • MONGÓIS E OUTROS - 3%

Índia - Densidade demográfica

Esse caleidoscópio étnico causa outro grave problema: o linguístico. Quinze são as línguas oficialmente reconhecidas, das quais o hindi é a mais extensiva, embora falada somente por 41% da população. O inglês é uma língua associada, praticada amplamente pela burocracia para os documentos oficiais. As outras catorze são regionais, além da existência de 1650 dialetos.

AS PRINCIPAIS LÍNGUAS DA ÍNDIA

  • HINDI - língua oficial
  • TELUGU
  • BENGALI
  • MARATI
  • TÂMIL
  • URDU
  • GUJARATI

Em todo o país, apesar da política de modernização levada a efeito pelos sucessivos governos indianos, permanecem fortes traços culturais tradicionais, impermeáveis às influências internacionais e ao impacto da crescente sofisticação tecnológica. O melhor exemplo do arcaísmo que ainda assola a nação indiana é a sobrevivência do sistema de castas.

O crescimento vegetativo do país, apesar das campanhas de controle de natalidade, ainda é muito elevado, agravando a pobreza que ainda assola boa parte da população. Peritos em demografia acreditam que a população indiana, em poucos anos, ultrapassará a da República Popular da China. Ainda mais grave é o fato de que ocorre uma excessiva concentração populacional em certas regiões, verdadeiros "quistos" demográficos.

A Índia possui a maior população de trabalhadores jovens do mundo. Isso se deve ao fato de a maior parte da população indiana ser jovem. Cinquenta porcento da população do país tem menos de 25 anos e, 65%, menos de 35. De acordo com muitos especialistas, a vantagem demográfica da Índia foi um dos principais fatores do crescimento econômico do país.

A população indiana ainda é majoritariamente rural: somente 34,9% do total mora em áreas urbanas. Contudo, em função do gigantismo de sua demografia, a Índia conta com aproximadamente 40 cidades com mais de 1 milhão de habitantes.

Em resumo, a Índia conhece, hoje em dia, três gravíssimos problemas: analfabetismo, baixa expectativa de vida e a pobreza.

Índia - Crescimento vegetativo

A ECONOMIA INDIANA

Desde 1991, o país vem reduzindo o controle estatal da economia, abrindo-se para o capital internacional e adotando medidas de liberalização da economia. A Índia se tornou uma economia de mercado. Houve no país um acelerado crescimento econômico, que resultou no aumento da expectativa de vida, na taxa de alfabetização e na segurança alimentar. Contudo, a maioria dos beneficiados são os que residem em áreas urbanas.

Atualmente, a economia da Índia é uma das maiores do mundo. Engloba os diferentes aspectos da velha e da nova economia: da agricultura familiar à moderna, do artesanato à indústria de tecnologia. A economia indiana é composta por indústrias modernas e uma enorme indústria de serviços.

Apesar do crescimento econômica, a renda per capita na Índia está abaixo da média mundial. A pobreza no país é claramente demonstrada pela baixa qualidade de vida e pela baixa renda de uma grande parte da população. Segundo o Instituto Brookings, em 2018, 70.6 milhões de indianos vivem abaixo da linha da pobreza. Isso significa que mais de 70 milhões de indianos têm uma renda igual ou inferior a $1,90 (dólar norte-americano) por dia.

A distribuição de sua População Economicamente Ativa (PEA) é outro indicador das discrepâncias de desenvolvimento econômico da Índia: um país de enormes abismos sócio-econômicos. De um lado, elites e classes médias intelectualmente preparadas e de alto poder aquisitivo; de outro, bolsões de pobreza absoluta. 47% da População Economicamente Ativa dedica-se à agricultura, o que demonstra o grau de subdesenvolvimento do país. Apesar da enorme força de trabalho voltada ao setor primário, esse só contribui em 15,4% para o PIB, em função do arcaísmo tecnológico da produção agropecuária.

AGROPECUÁRIA

Mapa - Índia Agropecuária

Como em toda Ásia Meridional, a maior porção das áreas cultivadas produzem arroz, que é o mais importante gênero para a alimentação das populações da região. Essa rizicultura é feita na forma de subsistência, não voltada para o comércio. Constitui mais um elemento indicador do primitivismo das economias do sul asiático. No verão, é feita a semeadura, já que as abundantes chuvas de monções facilitam o plantio. De fato, o arroz é quase sempre cultivado nas planícies inundadas, mas também as partes mais baixas das montanhas que circundam os vales e deltas fluviais são utilizadas. Normalmente, as propriedades com produção de subsistência têm menos que 5 hectares, caindo, por vezes, para menos de 1 hectare. Trata-se de uma produção familiar com técnicas primitivas, utilizando toda população disponível, inclusive velhos, crianças e mulheres. A produção rural indiana é um exemplo clássico de agricultura intensiva, já que o trabalho, além de ser essencialmente braçal, busca aproveitar o máximo da terra, pois sendo essa escassa, é necessário tirar dela o máximo proveito. No interior das áreas rizicultoras, o cultivo de legumes e verduras ajuda a complementar as necessidades alimentares dos camponeses. Quando dos períodos de seca, impróprios para a produção de arroz, são cultivados o milho, trigo, soja, feijão, legumes e grão-de-bico. Esses gêneros, pela sua importância alimentícia, são fundamentais para diversificar a dieta das populações da Ásia Meridional, sendo sua produção incentivada pelos governos, o que, apesar do primarismo tecnológico, faz desses países grandes produtores mundiais de alimentos.

Destaque de produção na Índia

Ao contrário da maioria dos países subdesenvolvidos, nos quais o cultivo de produtos tropicais de exportação sufocou a agricultura de subsistência e obrigou à importação de cereais, a Índia preserva sua autossuficiência na produção de alimentos. Isso se deve, fundamentalmente à "Revolução Verde".

A  REVOLUÇÃO VERDE

Em 1966, quando a Índia era vitimada por um brutal surto de fome, a Primeira-Ministra Indira Gandhi adotou como slogan: "nunca mais haverá fome na Índia". Passando da ideia aos fatos, o governo de Nova Deli convocou o Doutor Swaminathan, chefe do Instituto de Pesquisas Agrícolas, para resolver a questão. A ele foi dada uma ordem: tornar a Índia autossuficiente em alimentos. Imediatamente, o agrônomo indiano entrou em contato com um cientista americano, Norman Borlaug, que, por meio de seleções genéticas, criara uma variedade especial de trigo - o Sonora 63 -, resistente à seca, às pragas e com enorme produtividade, até mesmo em solos áridos. Borlaug, dando continuidade às suas pesquisas, conseguira também produzir um novo tipo de milho, com características semelhantes. A aliança entre o americano e Swaminathan foi o estopim da chamada "Revolução Verde". O trigo, o milho e, depois, o arroz IR6 - todos criados em laboratório, por meio de cruzamentos genéticos - foram plantados em larga escala na Índia.

Simultaneamente, o governo indiano levou adiante investimentos que financiaram os pequenos e médios agricultores a produzir de maneira mais moderna, ou seja, mediante a utilização de adubos, inseticidas , irrigação e máquinas. Um aspecto negativo da "Revolução Verde" foi a incapacidade dos pequenos agricultores de saldar suas dividas bancárias, o que provocou a perda de suas terras. Esse fato causou uma grande concentração da propriedade fundiária nas mãos daqueles que detinham maiores capitais, provocando também um êxodo rural crescente que agravou os problemas urbanos. Apesar de tudo, a "Revolução Verde" produziu bons resultados, fundamentalmente no Punjab, onde a substituição dos adubos orgânicos pelos químicos, a ampliação do uso de tratores e da irrigação aumentaram a produção, colocando a Índia entre os dez maiores produtores mundiais de gêneros alimentícios.

Críticos de "esquerda" ressaltam, entretanto, que a introdução de novas técnicas e de grãos transgenéticos aumenta a dependência dos países subdesenvolvidos em relação às nações economicamente dominantes. De fato, essas sofisticadas sementes, os fertilizantes químicos, inseticidas e pesticidas são fornecidos por empresas transnacionais. Isso agrava o endividamento do país, que, para diminuir os déficits da balança de pagamentos e amortizar sua dívida externa, busca intensificar suas exportações, praticamente aniquilando a agricultura de subsistência. Dessa maneira,  o círculo torna-se vicioso: no afã de superar a dependência pela utilização de modelos produtivos externos, os países pobres agravam seus problemas socioeconômicos. Em síntese: a velha agricultura familiar dá lugar às plantations voltadas ao mercado externo.

PRODUTOS PRIMÁRIOS INDIANOS DE EXPORTAÇÃO

  • CHÁ, TABACO, ALGODÃO, LÁTEX

Quanto à pecuária, a Índia conhece uma curiosa contradição: seu rebanho bovino é o segundo maior do mundo; entretanto, por motivos religiosos (a "vaca sagrada"), a produção de carne é praticamente nula, destacando-se somente a produção de leite e manteiga. Para a alimentação popular, é significativa a criação de ovinos e de aves.

Ásia Meridional

SERVIÇOS

A indústria de serviços, responsável por boa parte do crescimento econômico do país, representa quase dois terços do PIB indiano, ou seja, 1,36 trilhões de dólares, e emprega um terço da população.  Por ser uma ex-colônia inglesa, a Índia se beneficia do fato de que parte de sua população fala inglês.

A indústria de tecnologia foi o motor de crescimento e de transformação da economia indiana. O setor de tecnologia cresceu de $2,5 bilhões na década de 1990 para aproximadamente $177 bilhões em 2019, criando milhões de empregos formais no país. 

A Índia é um dos maiores exportadores mundiais de produtos da área de tecnologia da informação. Por meio de suas empresas de TI (Tecnologia da Informação), desenvolvimento de softwares, pesquisas avançadas e telecomunicações, o país fornece ao mundo mão de obra altamente qualificada a custos relativamente baixos. Muitas empresas globais terceirizam suas demandas tecnológicas para a Índia. O país compete no mercado global com multinacionais de países desenvolvidos.

Serviços de atendimento ao cliente e televendas em inglês também são terceirizados para a Índia. 

Bangalore, cidade localizada no sul da Índia, é a capital tecnológica do país.

A indústria da Tecnologia da Informação na Índia fomentou um crescimento significativo no setor de Educação do país, principalmente nos campos de Engenharia e Ciência da Computação. As empresas de tecnologia da Índia impulsionam o crescimento econômico, criam oportunidades de emprego e melhoram educação e saúde no país. Isso faz com que a pobreza diminua e o padrão de vida aumente na Índia.

A INDÚSTRIA

Na Ásia Meridional, a Índia é o país mais industrializado, detendo a terceira maior produção industrial do mundo. A indústria representa 23% do PIB e emprega 22% da força de trabalho da Índia.

A industrialização indiana teve início ainda sob o domínio colonialista britânico, tendo por base a siderurgia e o setor têxtil. Na mesma época, expandiu-se extraordinariamente a rede ferroviária, que hoje atinge aproximadamente 70.000 km de extensão. Após a independência, graças ao intervencionismo estatal e os investimentos da ex-União Soviética, houve grande crescimento das indústrias de base, notadamente nos setores elétrico, químico, metalúrgico e petroquímico. Na época, capitais soviéticos chegaram a controlar 80% da metalurgia, 60% da indústria de equipamentos elétricos, 50% da petroquímica e 30% da siderurgia. Desde o governo do Primeiro-ministro Narasimha Rao (1991 - 1996), a Índia vem implementando reformas econômicas.

A Índia possui um parque industrial diversificado localizado em diversas regiões do país. O maior centro industrial na Índia é Mumbai e seus arredores. As maiores indústrias na Índia são: ferro e aço, têxtil, juta, açúcar, cimento, papel, petroquímico, automóvel, tecnologia da informação (TI), bancos e seguradoras.

Visando a racionalizar a divisão espacial das indústrias, tanto o governo como os empresários indianos tomam medidas para implantar as indústrias de acordo com a localização de recursos minerais, das forças de mercado e da presença de mão de obra.

Um dos fatores de sustentação da produção industrial indiana é a geração de energia. A Índia é o terceiro país que mais consome energia no mundo: é superada apenas por China e Estados Unidos. A Índia é também o terceiro maior produtor de energia do mundo.

A Índia se encontra em 25o lugar no ranking de maiores nações produtoras de petróleo do mundo: o país importa 75% do petróleo que consome. Doze porcento da energia utilizada na Índia é fornecida por hidrelétricas e 2% da eletricidade é gerada por usinas nucleares.

Índia - Minérios e Indústrias

A indústria de tecnologia foi o motor de crescimento e de transformação da economia indiana. O setor de tecnologia cresceu de $2,5 bilhões na década de 1990 para aproximadamente $110 bilhões atualmente, criando milhões de empregos formais no país.

A Índia é um dos maiores exportadores mundiais de produtos da área de tecnologia da informação. Por meio de suas empresas de TI (Tecnologia da Informação), desenvolvimento de softwares, pesquisas avançadas e telecomunicações, o país fornece ao mundo mão de obra altamente qualificada a custos mais competitivos. Muitas empresas globais terceirizam suas demandas tecnológicas para a Índia. O país compete no mercado global com multinacionais de países desenvolvidos.

Bangalore, cidade localizada no sul da Índia, é a capital tecnológica do país.

A indústria da Tecnologia da Informação resultou em um crescimento significativo do setor de Educação do país, principalmente nos campos de Engenharia e Ciência da Computação. As empresas de tecnologia da Índia impulsionam o crescimento econômico, criam oportunidades de emprego e melhoram a educação e a saúde na Índia. Isso faz com que a pobreza diminua e o padrão de vida aumente no país.

POTÊNCIA NUCLEAR

A Índia conta com importantes e sofisticados centros de pesquisa atômica. O interesse indiano por energia nuclear se deve também a fatores políticos: a construção de ogivas nucleares para fins militares. Em 1998, a Índia se tornou uma potência nuclear.

Até hoje, a Índia, assim como o Paquistão, recusa-se a assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares – um tratado que é quase universalmente aceito.

DADOS POLÍTICOS DA ÍNDIA

NOME OFICIAL - República da Índia

CAPITAL - Nova Deli

MOEDA - rúpia indiana

ESTRUTURA POLÍTICA - República Parlamentarista

PRINCIPAIS PARTIDOS - Congresso Nacional Indiano e Partido Janata

PODER LEGISLATIVO - bicameral (Conselho do Povo e Casa do Povo)

Sumário

- Relevo
- Clima
- As castas
- Uma civilização milenar
- Índia: um formigueiro humano
- A economia indiana
- Agropecuária
i. A Revolução Verde
- A indústria
- Dados políticos da Índia